quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Tributo à Minha Mãe - Parte IV




Os três amigos
Esta é mais uma das estórias que o meu pai me contava quando era pequena.
O herói desta estória chama-se João da Burra. A mãe dele morreu de parto quando ele nasceu. Naquele tempo não havia farinhas e leites para bebés como há hoje. Assim para criar bebés que não tinham mãe só havia uma maneira: era criar o bebé com o leite de certos animais como vacas e burras, mas o leite da burra era muito forte e assim o bebé foi alimentado e criado com o leite da burra.
Este bebé fez-se menino e de menino fez-se homem e era um homem muito forte como não havia nenhum nas redondezas e não havia outro homem que se atrevesse a enfrentá-lo.
A certa altura ele começou a dizer ao pai que queria correr mundo para ver se encontrava alguém tão forte como ele para assim ter um amigo. Por ser muito forte ninguém se aproximava do João nem acompanhava com ele, pois todos tinham medo dele.
O pai do João concordou com o pedido do filho, mas ficou receoso que lhe acontecesse algum mal e imaginando o pior mandou fazer uma bengala de ferro que pesava cem quilos. Assim sempre tinha uma defesa, pois poderia encontrar por esse mundo homens mais fortes do que ele e também malvados.
Certo dia lá partiu o João por esse mundo com a bengala que, apesar de pesar cem quilos, nas mãos dele era como se fosse igual a qualquer outra. Começou a andar por esse mundo fora até que um dia, quando ia atravessando uma charneca onde havia pinheiros e outras árvores, de repente encontra um rapaz que estava a arrancar pinheiros com a mão. O João parou e ficou a olhar para aquilo e pensou: “Ora aqui está um homem tão forte como eu.”
Aproximou-se do rapaz e fez-lhe a seguinte pergunta:
- Queres ir comigo correr mundo para ver se encontramos alguém tão forte como nós?
O rapaz concordou imediatamente e lá foram os dois muito contentes porque ninguém tinha coragem para os enfrentar.
Andaram por montes, serras, vales e montanhas até que vêem um rapaz com uma grande enxada e cada vez que ele cavava a montanha ficava rasa, transformava-se numa planície. Então disseram um para o outro:
- Aqui está um homem tão forte como nós! Vamos falar com ele e convidá-lo a vir connosco.
Quando se aproximaram do rapaz este parou muito surpreendido, pois imaginava-se único na Terra. Os três combinaram o seguinte: pôr alcunhas aos três. Um chamar-se-ia João da Burra; o outro Arranca-Pinheiros e o terceiro chamar-se-ia Arrasa-Montanhas e lá partiram os três.
Após terem caminhado durante bastante tempo ficaram com fome e como eram muito grandes e fortes também comiam muito. Assim quando encontraram no caminho uma casa velha decidiram lá ficar e combinaram o seguinte: 
  - Tu ficas aqui para arranjar lenha para cozinhar e nós os dois vamos por aí buscar pão e carne para a nossa refeição.
E lá partiram os dois, mas não tinham dinheiro; então trataram de imaginar a possibilidade de conseguir trazer comida para casa. O primeiro a encontrar uma saída foi o João da Burra. Ia um homem com um burro e este levava um seirão cheio de pão que o homem ia vender a uma feira que ficava ali perto. O burro tinha um cabresto enfiado na cabeça que estava ligado a uma arreata que o homem tinha enrolado à volta do braço para segurar o burro. Ao ver aquilo o João pensou logo na maneira de tirar o pão ao homem sem ele dar por isso. O que é que ele fez? O João tirou o cabresto da cabeça do burro e enfiou-o na sua cabeça e continuou a andar. Passado algum tempo o dono do burro olhou para trás e qual não foi o seu espanto quando viu o João, enorme, atrás dele com o cabresto enfiado na cabeça.
O espanto foi tal que se transformou num grande medo, pois o pobre homem imaginou que o seu burro se tinha transformado em homem e... pernas para que te quero; desatou a correr e o susto foi tal que só parou na feira sem nunca ter olhado para trás. Foi isto que o João da Burra tinha premeditado. Agora, nas calmas, tirou o seirão que estava cheio de pão e foi escondê-lo por ali e foi levar o burro para a feira e lá o deixou. Entretanto o dono do burro que por lá, na feira, andava viu o seu burro e reconheceu-o, mas disse em voz bem forte:
- Quem não te conhece que te compre!
E não mais quis saber do burro.
Por outro lado o João da Burra, após deixar o burro na feira, voltou para trás; apanhou o seirão cheio de pão e dirigiu-se para a casa velha.
E o que aconteceu ao Arranca-Pinheiros?
Bem, o Arranca-Pinheiros viu um pastor que andava a guardar um grande rebanho de ovelhas e à socapa apanhou uma e imediatamente se dirigiu para a casa.
Quando o Arranca-Pinheiros e o João da Burra se aproximam da casa velha e abandonada ouvem um grande choro e ficam aflitos. Correm para a casa para saberem o que se passa. Era o Arrasa-Montanhas que chorava e ele contou aos amigos o que tinha acontecido:
- Sabem lá o que aconteceu. A casa estava muito suja e eu pus-me a limpar tudo. Quando me aproximei da chaminé comecei a ouvir uma voz:
- “Olha que eu caio.”
Olhei por todo o lado da casa e não vi ninguém. Passado algum tempo cai, pela chaminé, uma perna; depois outra; depois os braços e depois o resto do corpo. Foi um susto tão grande que ainda não estou em mim.
Aquela casa era habitada pelo diabo e ele não queria que ninguém vivesse lá. Então o diabo voltou a sujar tudo e a deixar a casa tão suja como estava antes de o Arrasa-Montanhas ter começado a limpá-la.
O João da Burra consolou o amigo. Eles tinham combinado que cada dia ficaria de faxina à casa um deles e disse logo ao amigo:
- Deixa lá, não te preocupes. Quando for a minha vez de ficar na casa, eu trato dele!
No dia seguinte calhou a vez de ficar na casa ao Arranca-Pinheiros. Este também devia limpar a casa e fazer a refeição para os três. Um dos outros foi tratar de trazer a lenha para casa e o outro o vinho. Novamente, quando se aproximavam da casa, ouviram o choro do amigo. O Arranca-Pinheiros estava desesperado. O diabo, para além de ter deitado um corpo humano aos pedaços para dentro de casa e ter sujado a casa toda depois de limpa, ainda fez cocó no panelão da comida e agora não tinham que comer. Então o João disse logo:
- Amanhã fico eu de faxina!  
De manhã cedo os outros dois partiram a ir buscar o que fazia falta na casa e lá ficou o João da Burra. Quando este estava a cozinhar começa a ouvir:
- Olha que eu caio! Olha que eu caio!
O João tratou logo de agarrar na sua bengala que pesava cerca de cem quilos e ficou muito quieto à espera que o diabo caísse. Quando o diabo caiu o João deu-lhe logo com a bengala; o diabo ficou ferido e não teve tempo para fazer porcaria para dentro do panelão e saiu a fugir a sete pés de casa. O João saiu logo atrás dele e viu onde ele se meteu. Era um grande buraco muito fundo que ninguém conhecia a sua profundidade. Então o João voltou para casa para acabar de fazer o almoço e a faxina da casa.
Chegou a hora do almoço e os dois amigos aproximavam-se da casa. Quando se encontraram logo falaram que desta vez iriam encontrar o João também a chorar. Ao se aproximarem mais da casa começaram a ouvir um grande barulho, mas qual não foi o seu espanto: não era o João a chorar. Aquele barulho não era de choro, não. Pararam um pouco a escutar – verdade; o João estava a cantar. Correram ambos para casa e ficaram admirados com o que viram. O João correu logo ao seu encontro e cheio de alegria disse-lhes de um só fôlego:
– Já sei quem é ele, o diabo. Também sei onde vive.
Os amigos disseram-lhe:
– Calma, calma, amigo! Conta lá tudo o que se passou.
E o João contou que quando ouviu ele dizer que ia cair, agarrou logo na sua bengala e quando ele caiu deu-lhe tantas bengaladas que ele ficou num oito e desatou a fugir. Ele desatou a correr atrás do diabo e viu onde ele se meteu e disse aos amigos:
- Agora vamos comer. Depois vamos ver onde ele está.
Assim fizeram. Quando acabaram a refeição lá foram os três ver o lugar onde o diabo se tinha metido. Era um buraco muito fundo, mas os três rapazes eram corajosos. Ao se aproximarem do buraco encontraram um camponês de certa idade que os avisou que aquele lugar era muito perigoso; tão perigoso que o rei tinha ali três filhas encantadas e não havia ninguém que se atrevesse a ir buscá-las. O João disse logo:
- Eu sou capaz de ir lá buscá-las; mas primeiro temos de ir falar com o rei.
Assim foi feito. Quando falaram com o rei sobre o assunto, o rei disse logo que era verdade. Tinha lá três filhas encantadas: uma estava guardada por um leão; a outra estava guardada por uma serpente de sete cabeças e a terceira estava guardada pelo diabo. Se se atrevessem a ir lá buscá-las tinham de trazer provas de lá terem estado para poderem comprovar que tinham tentado salvar as princesas. O João da Burra afirmou logo que lá iria buscar as princesas e o rei prometeu que, se ele e os amigos conseguissem salvar as princesas, ele as daria em casamento aos três e ficariam a pertencer à família real. As promessas foram feitas e os amigos partiram.   
 Ao se aproximarem do buraco o João da Burra disse logo:
- Eu vou à frente.
Lá se meteram os três amigos pelo buraco até que encontraram a porta de uma casa. O João da Burra, que levava sempre consigo a bengala, bateu com ela na porta. Veio logo o leão, que era enorme, para matar os três amigos, mas o João estava preparado e deu-lhe logo várias bengaladas na cabeça que o leão caiu para o lado morto. O João entrou de repente com os dois amigos e agarraram na princesa para saírem dali o mais rápido possível. A princesa pede para não ser salva deixando as irmãs ali. Assim os quatro dirigem-se para o quarto onde estava a outra princesa guardada pela serpente de sete cabeças. O João que era mais corajoso ia à frente e bateu na porta com a bengala. Logo vem a serpente ameaçadora e pronta a comê-los. O João dá-lhe com a bengala nas sete cabeças de uma só vez e a serpente morreu. As duas irmãs ficaram muito contentes e abraçaram-se muito e agradeceram muito ao João e pediram-lhe para salvar a sua irmã que estava fechada noutro quarto e guardada pelo diabo. O João disse logo com uma gargalhada:
- Ah, desse é que eu ando à procura.
As princesas avisaram-no que o diabo era muito mau; mas o João respondeu-lhes que isso sabia ele. Era por isso que ele andava à sua procura. Lá partiram os cinco e o João ia sempre à frente. Quando chegaram à porta do quarto onde estava a princesa prisioneira, o João bateu à porta com a sua bengala e quem veio abrir foi o diabo muito sorridente. O que ele queria era apanhar o João e os amigos confiantes para atacá-los de surpresa e matá-los como era seu costume; mas o João tinha sempre a sua fada-madrinha a avisá-lo e quando o diabo o ia atacar o João dá-lhe uma grande bengalada mesmo em cheio no meio da cabeça que o diabo caiu logo por terra. Então o João arranca-lhe uma orelha e guarda-a na algibeira. Assim que o diabo volta a si, levanta-se meio tonto e de repente desaparece. As três irmãs finalmente estavam livres e muito felizes e disseram aos três amigos que estavam cheias de saudades dos pais e queriam voltar para o palácio o mais depressa que fosse possível para os abraçarem. Então o João pediu aos amigos para arranjarem uma corda e uma caixa para levar as raparigas. O primeiro a sair do buraco foi um dos amigos do João que puxou a caixa com a princesa e depois foi a vez de fazer sair do buraco o outro amigo. O último a sair do buraco foi o João.
O Arranca-Pinheiros e o Arrasa-Montanhas tinham muita inveja do João porque ele era mais forte e mais corajoso do que eles. O João da Burra, porque tinha muito bom coração, tinha a sua fada-madrinha que o avisava do mal e ele escutava-a e seguia os seus conselhos. Então quando chegou a sua vez de entrar na caixa ele seguiu o conselho da sua consciência, a fada-madrinha, e em vez de entrar na caixa colocou lá a sua bengala que pesava tanto como ele. Os amigos, ao sentirem a caixa pesada, concluíram que era o João que vinha lá dentro e quando calcularam que estivesse a meio caminho, largaram a corda e a caixa caiu a grande velocidade junto da casa. O Arranca-Pinheiros e o Arrasa-Montanhas disseram às princesas que tinha sido um acidente; que, de certeza, o João estava morto e lá partiram os cinco para o palácio.
Quando chegaram ao palácio o rei e a rainha ficaram tão felizes por verem as filhas que correram a abraçá-las e assim ficaram longos momentos em que o tempo não passou, todos abraçados e esquecidos de tudo ao seu redor. Depois foram para a sala familiar e aí as filhas contaram e contaram tudo o que tinham passado e como o João tinha sido valente e o que lhe tinha acontecido depois. Após escutá-las com muita atenção o rei pediu as provas da sua participação no salvamento das filhas ao Arranca-Pinheiros e ao Arrasa-Montanhas conforme tinha sido combinado. Eles entregaram o que tinham que era a língua do leão e as sete línguas da serpente, mas sem as pontas, pois o João é que tinha cortado primeiro a língua por ter sido ele quem os tinha morto; e entregaram também um bocado do cabelo do diabo, pois o João tinha cortado a orelha. O rei decidiu esperar por aquele rapaz que lhe tinha parecido ser tão corajoso, mas como ele nunca mais aparecia o rei decidiu mandar os seus criados procurar alguém que tivesse as pontas das línguas que estavam na sua posse. Os criados partiram e procuraram e perguntaram por todo o lado num grande raio de superfície, mas não encontraram ninguém e regressaram ao palácio desiludidos.
Perante tal situação não restou ao rei outra alternativa que não fosse iniciar os preparativos para os casamentos das suas duas filhas. Faltavam dois dias para os casamentos e por esta altura o João, que continuava preso no buraco, já tinha muita fome e lembrou-se da orelha do diabo que tinha na algibeira; tirou-a, deu-lhe uma dentada e logo apareceu o diabo que lhe disse:
- Pede tudo o que quiseres, mas não mordas a minha orelha!     
Então o João disse-lhe:
- Quero sair daqui!
Então o diabo disse-lhe:
- Sobe para as minhas costas e eu levo-te já lá para cima. 
Assim foi. Quando o João chegou lá em cima ficou muito contente e agradeceu ao diabo. Este pediu-lhe a orelha, que era preciso que o João lhe desse a orelha. O João foi firme e disse:
- A orelha não dou que ainda me vai fazer muita falta!
E o diabo partiu.
Saindo daquele lugar o João dirigiu-se para a cidade e por onde quer que passasse só ouvia falar dos casamentos das princesas: “Faltavam dois dias para os casamentos e o rei não estava muito convencido que tivessem sido aqueles dois rapazes que salvaram as princesas. As provas não estavam completas. O rei tinha mandado perguntar por toda a parte e não tinham encontrado ninguém com o restante das provas; por isso tinha mandado iniciar os preparativos para as bodas.”
O João tinha as provas com ele e começou logo a pensar como agir para desmascarar os dois falsos amigos.
Antes do dia dos casamentos o rei mandou fazer umas grandes festas em honra das princesas. Como elas eram três, ficou decidido serem três dias de festa.
O primeiro dia foi em honra da princesa mais velha que tinha estado prisioneira do leão e que tinha dado ao João uma maçã de bronze como prova do seu reconhecimento por tê-la salvado.
A fada-madrinha do João levou-o a pensar em ir ver a grande festa que havia no palácio em honra da princesa mais velha. Só que ele não tinha roupas adequadas para aparecer numa festa real e também não tinha cavalo que era absolutamente necessário naquele tempo, pois todos os senhores eram cavaleiros. O João não tinha nada dessas coisas. Pensou, pensou como iria resolver a situação e lembrou-se da orelha do diabo. Tirou-a da algibeira, deu-lhe uma dentada e logo lhe apareceu o diabo dizendo a mesma frase:
- Pede tudo quanto queiras, mas não mordas a minha orelha!
Então o João pediu-lhe um cavalo que corresse tanto que não houvesse seta nenhuma que o apanhasse. O cavalo tinha de ter arreios todos em cobre e estar adornado com tudo de cobre.
Quando chegou a altura de os cavaleiros começarem o desfile aparece o João montado num lindo cavalo todo adornado a cobre e o próprio João também tinha uma armadura toda de cobre.
No camarote da família real estavam o rei, a rainha, as três princesas, o Arranca-Pinheiros e o Arrasa-Montanhas. Quando o João passou diante da família real e estava em frente da princesa mais velha atirou para o regaço dela a maçã de cobre que ela lhe tinha oferecido. Ela tentou identificar quem tinha sido o cavaleiro que tinha atirado a maçã, mas o João desapareceu num instante e ninguém mais o viu. A princesa reconheceu a maçã que tinha dado ao João em reconhecimento pelo seu salvamento; mostrou-a ao pai e explicou-lhe que maçã era aquela, mas não tinha conseguido identificar o cavaleiro.
No dia seguinte houve a festa em honra da princesa que tinha nascido a seguir. À mesma hora o João tira a orelha do diabo e dá-lhe uma dentada. Aparece-lhe o diabo com a mesma frase e desta vez o João pede-lhe uma armadura toda de prata e arreios de prata para o cavalo.
Quando chegou a altura dos cavaleiros desfilarem o João brilhava tanto que todos os convidados se voltaram para olhar para ele e quando ele passou em frente da princesa do meio atirou-lhe a maçã de prata para o regaço dela e ela gritou logo para o rei não deixar sair aquele cavaleiro. Só que, quando as ordens foram dadas, o João já tinha desaparecido; pois o cavalo era mais veloz do que o vento.
No dia seguinte a festa era em honra da princesa mais nova e o rei deu logo ordens aos seus criados para que, quando entrasse aquele cavaleiro estranho no palácio tudo se fechasse atrás dele para poderem saber quem era ele.
O João apareceu na festa desta vez com uma armadura de ouro e o cavalo com arreios de ouro. Estava lindo e todos os convidados ficaram a admirar aquele cavaleiro que brilhava como o sol. Quando passou em frente do camarote real, durante o desfile dos cavaleiros, atirou para o regaço da princesa mais nova a maçã de ouro que esta lhe tinha oferecido em reconhecimento pelo João a ter salvado. Ela levantou-se imediatamente e pediu ao pai, que era o rei, permissão para falar com aquele cavaleiro. Os outros dois, que tinham sido os falsos amigos do João, já estavam com medo e queriam fugir; só que as princesas pediram ao seu pai para os mandar prender. Entretanto o João foi apanhado pelos criados do rei porque ele quis; pois se ele tivesse dado ordens ao seu cavalo para ultrapassar os muros, ele tê-lo-ia feito.
Uma vez em presença do rei, da rainha e das princesas o João entregou as provas que tinha de ter salvado as princesas e contou ao rei tudo aquilo por que tinha passado. O rei comovido agradeceu imenso ao João por ter salvado as suas três filhas e mencionou a grande coragem e valor da sua pessoa. O rei perguntou-lhe se queria que mandasse matar os dois falsos valentões, mas o João, porque tinha muito bom coração, disse que não e que o melhor seria que eles casassem com as outras duas princesas.
Assim aconteceu: o João da Burra, o Arranca-Pinheiros e o Arrasa-Montanhas casaram com as três princesas e foram muito felizes.
Assim acaba a estória.    
 
                                 FIM
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