quarta-feira, 19 de setembro de 2012

"Fugir ou enfrentar a dor?"


Hoje venho partilhar convosco estes apontamentos:

Uma jornalista pergunta a um alentejano, já reformado que se encontrava sentado junto à sua casa:
  • O senhor, se não tivesse emigrado, o que tinha?
  • O que tinha? Tinha o mesmo que têm os outros que não emigraram: tinha o dia p'ra andar por aí e a noite p'ra dormir no jardim.
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Crónica de Paulo Coelho in revista Viva +, nº68, do Jornal de Notícias, nº28, ano 120, de 29 de Junho de 2007

Fugir ou enfrentar a dor?

Quando a vida nos obriga a enfrentar situações difíceis – como uma perda pessoal, por exemplo – é preciso entender que a eternidade está dando mais um passo.

Jorge Luís Borges escreveu algo muito bonito a respeito:

Tu és nuvem, és mar, esquecimento
és também o que perdeste num momento
somos todos os que partiram.

O reflexo do nosso rosto no espelho
muda a cada instante
e cada dia tem o seu labirinto.

A nuvem que se desfaz no poente
é nossa imagem; incessantemente
uma rosa se converte noutra rosa.

Particularmente, eu detesto o caminho da perda; mas às vezes não há solução e é preciso encará-lo.

O sacrifício e a benção

Um homem fez a promessa de carregar uma cruz (= karma) até ao cimo de um monte, se fosse atendido no seu pedido. Deus concedeu-lhe o que pedia.

Então ele mandou fazer a cruz e começou a caminhada. Depois de vários dias, achou que a cruz pesava mais do que supunha e, com um serrote emprestado, serrou boa parte da madeira.

Ao chegar ao cimo do monte, notou que, separada por uma fenda na terra, havia outra montanha. Nela tudo era paz e tranquilidade; mas precisava de uma ponte para chegar até lá. Tentou usar a cruz, mas era curta para isto. Então reparou: o pedaço que tinha cortado era exactamente o que estava faltando para que pudesse atravessar aquele abismo.

Outra história sobre a cruz

Num certo lugarejo da Úmbria (Itália) havia um homem que se queixava da sua sorte. Era cristão e achava que a sua cruz (=karma) era pesada demais, era-lhe muito difícil de a suportar.

Certa noite, antes de dormir, rezou para que Deus lhe desse a oportunidade de trocar de cruz. Nessa noite teve um sonho:

O Senhor conduzia-o para um depósito. “Podes trocar a tua cruz.” O homem viu cruzes de todos os tamanhos, pesos e feitios com os nomes dos seus donos. Escolheu uma cruz média, mas vendo o nome de um amigo lá gravado, deixou-a de lado. Finalmente, como Deus lhe tinha permitido, escolheu a cruz mais pequena que encontrou. Para sua surpresa, era o seu nome que estava gravado nela.

O guru de Mesure

Existia em Mesure, na Índia, um famoso guru. Conseguiu reunir um bom número de seguidores e espalhou com generosidade a sua sabedoria.

Na meia-idade, contraiu a malária; mas continuava a cumprir religiosamente o seu ritual: banhar-se de manhã, dar aulas ao meio-dia e orar durante a tarde no templo.

Quando a febre e os tremores o impediam de concentrar-se, ele tirava a parte cima da sua roupa e atirava-a para um canto. O seu poder era tão grande que a roupa continuava tremendo enquanto o homem, livre das contracções, podia fazer as suas preces com calma. No final, voltava a vestir a roupa e os sintomas retomavam.

Por que é que você não abandona de vez esta roupa e se livra da doença?” perguntou um jornalista ao ver o milagre.

Já é uma bênção poder fazer com tranquilidade aquilo que devo fazer” - respondeu o homem - “O resto faz parte da vida; seria uma cobardia não aceitar.”


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terça-feira, 18 de setembro de 2012

As Minhas Leituras: livro “BEM-ESTAR INTERIOR”


Hoje venho partilhar convosco os apontamentos que escrevi quando li este livro já lá vão uns bons anos; contudo tudo me parece bem atual. Espero que gostem!

BEM-ESTAR INTERIOR

de Maria José Costa Félix
  • Oficina do Livro – 2003
“Tudo indica que uma das razões para o alastramento do sentimento de solidão é a ruptura dos elos familiares que faz com que, hoje em dia, muitas famílias estejam espalhadas e que cada um, vivendo separado dos seus, se sinta estrangeiro, isolado, abandonado. Aquilo que aflige terrivelmente o mundo de hoje é a solidão afectiva. Querer partilhar a vida e não ter com quem.

Sós, no fundo estão todos aqueles que nunca souberam que só a amizade acompanha, de facto. A amizade que permanece cá dentro de nós para lá do fim de qualquer situação sentimental. Amizade – atitude constante de não recusa, de abertura total, de esperança que é .

Sós estão, no fundo, todos os esfomeados de ternura e compreensão que ainda não vêem que não é do exterior que a amizade nos alimenta. Sempre virados para fora, nem reparam que o coração se lhes vai ressecando e que é só por isso que, por ocasião de uma perda, nada mais encontram do que o vazio.

Sós acabam sempre algum dia por se sentir todos aqueles que, qualquer que seja a sua situação, não encontrados consigo mesmos, precisam de alguém exteriormente a acompanhá-los. A solidão tem muito a ensinar-nos: que há uma plenitude vinda de um estarmos bem connosco mesmos; que essa sensação de bem-estar não precisa do que quer que seja para existir e que há uma não necessidade capaz de irradiar e de atrair outros sem ser por carência, mas para uma celebração conjunta.

O momento da morte é o do encontro inevitável com tudo aquilo que, durante muito tempo recusámos por medo de ficar sem. E nesse momento final de toda uma aprendizagem que, ao longo da vida, fomos sendo convidados a fazer, por muito acompanhados que estejamos – de pessoas e coisas – a nada mais nos podemos agarrar senão ao que realmente somos.

Esta solidão não é isolamento, mas dimensão última. A entrada no outro lado da vida. E chegar serenamente a este momento de maior libertação é qualquer coisa que não conseguimos fazer uns dos outros isolados.

Seres divididos que somos, só dando as mãos, abrindo o coração, é que vamos tendo a força para navegar por entre as tantas correntes contrárias que, no dia-a-dia, nos tornam difícil captar a cor única do fundo do mar.

Daí a importância daquele olhar para nós virado; daquela mão que a nossa pega; do corpo que com o nosso se funde; da onda de ternura, de carinho, de amizade, de amor. Daí que, quem não os tem, quer viva isolado quer acompanhado, se sinta só na vida.

Da mesma maneira que, como se costuma dizer, quanto mais sabemos, mais sabemos que nada sabemos; também quanto mais avançarmos pelos caminhos da vida, mais atalhos nos aparecem pela frente; mais encruzilhadas, eventualmente mais abismos a obrigarem-nos a um trabalho de discernimento. E há alturas em que nos sentimos demasiado cansados para esse trabalho.

Uma das coisas que a astrologia nos ensina é que cada um de nós é responsável por aquilo que lhe acontece – e ao mundo de que faz parte – na medida das suas potencialidades. Isto é, tudo aquilo que se possa fazer para melhorar o mundo em que se vive e não se faça, provavelmente nos cairá em cima, de uma forma ou de outra. Não por qualquer castigo, mas por simples consequência de um não-aproveitamento daquilo que nos foi dado.

O que temos, não nos pertence: sejam bens materiais, sejam bens espirituais. Foi-nos dado por um tempo, maior ou menor, para que o utilizemos, mas também que o distribuamos de forma a que, por nosso intermédio, outros disso possam beneficiar.

De que forma é que estamos a aproveitar o que temos, o que somos?

Até que ponto é que vale a pena gostar disto de que gostamos, fazer isto que fazemos?

Qual a dimensão do contentamento, qual a veracidade da alegria que a vida que temos nos traz?

A vida é feita de pequenos nadas encadeados; cuja sequência, grande parte das vezes, nos escapa. E se não aceitarmos que nos possa escapar, somos levados, conscientemente ou inconscientemente, a forçá-la.

De repente, sentimo-nos num buraco; sem perspectivas.

Ninguém verdadeiramente sai do buraco onde caiu, se não se tiver decidido a procurar dentro de si as forças, muitas ou poucas, quaisquer que elas sejam, que tem e a utilizá-las.

Um primeiro passo para acreditar nesta capacidade de auto-revitalização, que todos temos, parece ser começar por mudar pequenas coisas na própria vida. Introduzir nela alguns hábitos básicos que, à medida que vão criando uma determinada rotina, a vão alterando.

Há quem, por natureza, enfrente a vida com alegria e sempre encontre uma saída, qualquer que seja a desgraça que lhe caia em cima; simplesmente porque parte do princípio de que alguma saída há-de haver e acredita que, no momento adequado, surgirá.

Há quem, face ao menor obstáculo, desespere.

Acontece que, atrás de feitios ou predisposições optimistas ou pessimistas, poderá estar algo mais importante que é o gostar ou não gostar de si próprio. O aceitar-se tal como se é, dando a si próprio o direito de não ser perfeito, de poder falhar, de não corresponder às expectativas seja lá de quem for. O que implica não se recriminar nem se preocupar muito em saber o que os outros pensam sobre si. Deixar a vida fluir.

Há uma pequena táctica: gostar de nós próprios. Se eu quero que os outros gostem de mim, tenho de começar por criticar-me menos, procurar os meus pontos positivos e valorizar-me. Gostando de mim é natural que, por consequência, os outros gostem também de mim, se eu lhes souber mostrar o meu valor. Estamos a reforçar esta táctica se valorizarmos o carinho, os abraços, os beijos, as relações familiares e de amizade. Se procurarmos relacionar-nos com pessoas com interesses semelhantes aos nossos, manter-nos a par do que se passa à nossa volta e fazer alguma coisa de útil na vida.

Muitas são as pessoas que tentam, desesperadamente por vezes, encontrar os meios de controlar tudo o que acontece à sua volta; os seus sentimentos; os seus pensamentos; o seu futuro.

Procuramos controlar a nossa vida quando, por exemplo, sentimos uma inveja doentia de alguma pessoa mais bem sucedida, mas encontramos maneira de nos convencer de que ela fala ou veste de maneira horrível. Ou quando sentimos uma enorme atracção por alguém e nos convencemos de que essa pessoa é que está interessada em nós, só que nem lhe ligamos.

Também tentamos controlar aquilo que nos acontece e que por vezes tanto nos angustia, através do que fazemos, do que dizemos, do que pensamos, ou seja, da nossa inteligência. Para tudo temos uma teoria e para tudo encontramos justificação sem nos apercebermos de que a razão profunda para tudo isso é para não enfrentarmos o desamparo que, afinal, nos habita.

Nada, porém, adiantamos em lutar contra a vida nem em tentar controlá-la. O que se pode fazer com a vida é semelhante àquilo que se pode fazer com a água: colocar as mãos em concha e recebê-la criando espaço onde poderá permanecer. Isto é, se não podemos modificar alguns dados fundamentais da vida, podemos sempre modificar a nossa maneira de lidar com eles e, talvez, de os receber no nosso mundo interior. O importante é ter uma atitude de não resistência e de acolhimento da vida.

O truque é permanecermos em contacto com aquilo que nos está a acontecer encarando cada momento da vida com a única coisa que temos como segura, isto é, valorizarmos o aqui e agora.

Quando nos acontece algo que nos faz sofrer e não temos como evitá-lo, pensemos no número infindável de pessoas que já passaram, estão a passar ou irão passar por algo semelhante imaginando-nos como uma pequena conta de um colar com biliões delas, percorridas por uma corrente de luz dourada que signifique partilha, solidariedade e entre-ajuda. Aceitar serenamente factos inevitáveis ou incontroláveis da vida, permite-nos uma tranquilidade e uma energia que sempre nos ajudarão a lidar melhor com eles.

Habituados a ter sempre algo para fazer, algum programa profissional ou social, alguém com quem conversar ou fazer qualquer outra coisa, dificilmente aceitamos que, tal como existem tempos de actividade, também existem tempos de passividade. Qualquer deles, como pólo que é de tensão, tem de ser vivido para que a tensão vá desaparecendo do nosso dia-a-dia.

Pretender que a vida seja uma série contínua de tempos de actividade é tão prejudicial ao crescimento como permitir que nela tudo sejam tempos de passividade.

Deixá-la fluir não significa de maneira nenhuma ficar por sistema à espera de que alguém nos resolva os problemas. Só que, por vezes, há pesos que nos caem em cima e que nos obrigam a entregar as armas. A única coisa que, nesses momentos difíceis, nos é pedido é que, mesmo sem compreender o porquê do que está a acontecer, o aceitemos. Apenas isso.

Ao acreditarmos que, sempre que é preciso, há uma força que, não sendo nossa, nossa se torna; conseguimos continuar a olhar para a vida com um sorriso. Um coração disponível. Uma alegria inexplicável.

Sem noite, o dia seria menos luminoso e sem dia, a noite seria demasiado silenciosa. Para quem não trabalha, as férias têm pouco sabor; mas quem só trabalha não consegue aproveitar bem as férias ...

A verdadeira vida – aquela que, aconteça o que acontecer, nos traz contentamento interior – é feita de totalidades, complementaridades.

Os nossos sentidos não conseguem captar a totalidade do que quer que seja. Todos eles, fazendo parte da matéria que constitui a nossa morada terrena, só podem, de cada vez, captar uma parte daquilo que apreendem. A sua camada visível, audível, palpável.

Porém, há algo em nós que continuamente nos convida a olhar para lá do que os nossos olhos vêem. A ouvir para lá do que nos chega através dos ouvidos. A sentir o perfume de que o cheiro das flores apenas é a expressão. A saber que há uma fome para lá da física. A apalpar a vida sem pretender agarrá-la.

Esse algo que nos habita, sendo profundamente nosso, não nos pertence. Tal como não nos pertence tudo aquilo que irrompe quando menos esperamos, quando nada planeamos nem controlamos. Aquilo que nasce não porque o tivéssemos desejado, mas porque, com simplicidade, o acolhemos para que ganhasse forma visível, audível, palpável.

Tudo na vida funciona em termos de eixos. Dia – noite; claro – escuro; quente – frio; yang – ying; activo – passivo; ... enquanto qualquer pólo de um eixo for exacerbado, vivemos em tensão. Exercer a nossa liberdade de, em cada momento, aceitar ser mais activo ou mais passivo, implica estar continuamente atentos aos sinais que nos vão sendo dados, através dos apelos que vamos sentindo e do que nos vai sendo proporcionado ou negado. Isto só se consegue se, por entre todas as nossas actividades, formos arranjando no nosso dia-a-dia pedaços de silêncio. De encontro total connosco próprios.

Só na medida em que os contrários vão estando ligados, é que vamos podendo integrar simultaneamente a alegria da vitória e a dor da derrota. “Aquele que reconciliou os contrários, matou em si a fonte dos conflitos.” – diz-nos Yvette Centeno.

A verdadeira gratidão tanto pode exteriorizar-se como não.

Este sentimento de apreciação grata relativamente aos benefícios recebidos é uma expressão da alma.

Agradecer é reconhecer essa centelha nos outros enquanto simultaneamente afirmamos a sua presença dentro de nós.

É estar atento a uma alegria interior que, ao se expandir, nos expande a consciência tornando-a mais alerta e, ao ligar-nos a algo maior do que nós, nos unifica e cura.

Sendo um primeiro passo no sentido da abertura da consciência, o agradecimento pode ser considerado uma energia de libertação, na medida em que liberta a força da boa vontade que em todos nós existe; mesmo naqueles em que talvez não seja facilmente detectável.

Mesmo quando achamos que nada temos a agradecer à vida; que ela apenas nos pede paciência, resignação, ... todos podemos aproveitar esta energia para nos libertarmos de desejos insatisfeitos, sentimentos de inveja ou injustiça que nos tornam prisioneiros.

Aproveitamos a vida sempre que procurarmos olhar preferencialmente para aquilo que temos, por pouco ou até quase nada que seja e não tanto para o que não temos; para o lado bom em vez de para o lado mau: o sorriso de uma criança que nos é dirigido; a mão que alguém nos dá; o encontro com um velho amigo com o qual descobrimos pela primeira vez as tantas coisas que temos em comum; a possibilidade de abraçar alguém e sentir a força que daí nos vem; uma conversa estimulante no decorrer da qual alguém nos diz uma qualquer coisa agradável; o facto de termos amigos; um simples nascer ou pôr do sol; um dia bonito ...

Desenvolvemos a vida em nós se, em vez de nos lamentarmos pelo que não temos, valorizarmos o que gostaríamos de ou que achamos justo ter; procuramos pensar que tudo isso é apenas relativamente importante e sempre menos importante do que tendemos a sentir que seria e, ao mesmo tempo, acreditar que, de repente, até podemos recebê-lo. Ou seja, se procurarmos manter sempre aberta essa porta por onde a vida nos entra embora, muitas vezes, provavelmente quando e da forma que menos esperaríamos.

Quanto mais agradecermos o que nos é dado, tanto mais atraímos quem alguma coisa nos dê. Ter boa vontade em relação aos outros e às circunstâncias da vida faz aparecer quem a tenha para connosco e circunstâncias que nos sejam favoráveis. É por esta lei da atracção que, quem quiser mesmo acreditar naquilo em relação ao qual é céptico, o melhor que tem a fazer é dar um primeiro passo como se acreditasse. Não é verdade que a fé move montanhas?

Ora a fé é a maior dádiva pela qual temos de agradecer imenso, mas é também a maior graça que a todos é dada, desde que, claro está, lhe abramos os braços.

A gratidão pela abundância e pela prosperidade é uma poderosa força espiritual que traz consigo a propensão para a partilha e é neste crescimento através da partilha, em que todos podemos ter um papel, que reside a possibilidade de contribuirmos para a construção da paz quer seja através da simples partilha económica, quer através da partilha de talentos postos ao serviço dos outros. É pelo facto de podermos canalizar conscientemente qualquer forma de energia que a gratidão tem ainda o poder para nos curar.

Porém, é evidente que tal só acontece se a expressão de gratidão for benéfica e não por exemplo agradecer o fracasso, a despromoção ou a desgraça de alguém, especialmente se resultou em algo a nosso favor ...

Não é por nos preocuparmos com algo que poderá acontecer que podemos impedir que isso aconteça. Pelo contrário, pode até ser que essa tanta preocupação atraia precisamente aquilo que tememos e, entretanto, desperdiçamos uma energia que nos seria útil para o nosso bem-estar.

É evidente que há precauções que convém tomar; cuidados que é importante ter. Muitos são os problemas, as embrulhadas que podemos evitar se formos previdentes; se organizarmos e planearmos a vida de acordo com os objectivos em vista.

Só que ser previdente não é sinónimo de passar a vida ansioso por conta do que poderá acontecer. Pretender eliminar tudo o que é risco, sofrimento é como negar que a vida é uma caminhada feita por entre paisagens planas e outras montanhosas. A vida é uma aventura.

Ter essa pretensão é não aceitar que para tudo o que nos acontece existe um propósito, mesmo quando não o conseguimos decifrar. Mesmo os chamados maus momentos só aparentemente é que o são como acontece com os bons. É não aceitar que, por muito inteligentes e experientes que sejamos, pouco sabemos sobre aquilo que, de facto, é melhor para nós – o necessário para ir avançando no sentido da unidade.

Só por aí, no entanto, é que vamos vendo que existe algo superior a nós, uma força maior – e tanto faz o nome que se lhe dá ... – que, através dos mais variados sinais nos vai revelando precisamente aquilo que, aqui e agora, nos é indispensável para dar o passo em frente para o qual, por vezes, até já estamos preparados embora sem o saber.

Como seres racionais que somos, natural é querer perceber porque é que temos de passar por uma determinada dificuldade ou dor insuportável ...

A porta de saída não é outra senão, com toda a humildade e sem mais, pronunciar um Sim que é entrega total a algo superior, acreditemos ou não que Ele existe. Não importa se é agradável ou desagradável, qualquer coisa que nos acontece pode ser aproveitada para irmos percebendo da existência desta porta e sabendo como a fé é algo que, ao se viver, dá todo um colorido e um calor ao que quer que seja.

A preocupação excessiva está ligada a uma falta de confiança. Uma necessidade excessiva de nos sentirmos seguros, de nos esforçarmos, de arranjarmos esquemas protectores. Esta atitude traduz um medo demasiado grande de não ter algo que consideramos indispensável. Um medo muito grande de perder que, no fundo, é expressão do medo de viver.

Estamos tanto mais preocupados com o que nos acontece e aos que nos são queridos, quanto mais encararmos a vida como uma tarefa a cumprir; uma corrida que não desistimos; uma batalha que temos de ganhar. Acontece que acreditar na vida é sorrir-lhe; abrirmo-nos a ela disponíveis para o encantamento; mergulhar de forma fluida na corrente e quanto menos nos agarrarmos a coisas, pessoas, situações menos prendermos o que quer que seja, mais atraímos a chamada sorte.

Como nada é completamente bom ou completamente mau; uma mesma situação tanto pode ser encarada de forma positiva como de forma negativa. Tudo depende do ângulo sob o qual a olharmos; como a aproveitarmos. As coisas não mudam pelo facto de as olharmos de uma maneira ou de outra, mas se olharmos para o que elas têm de positivo, recebemos delas o que têm de positivo em tudo. Se por outro lado, olharmos para o que elas têm de negativo, recebemos tudo o que elas têm de negativo. Assim também se passa no campo dos relacionamentos: quanto maiores expectativas tivermos relativamente a alguém, maiores são as probabilidades de a relação deixar de nos satisfazer porque nem reparamos naquilo que ela é e, embora não seja como gostaríamos, nos é importante. Não aproveitamos devidamente o que a vida, por seu intermédio, nos está a proporcionar.

Recebemos tanto mais dos outros quanto mais nos limitarmos a acolher aquilo que, de momento, têm para nos dar. Sem mais lhes pedir. Sem exigências. Sem expectativas. É a forma positiva de olhar para eles. A forma respeitosa de estar na vida.

Viver nunca é fácil, mesmo para aqueles para quem aparentemente o é. Podemos é optimizar as dificuldades e virá-las a nosso favor ou permitir-lhes que nos deitem abaixo.

Todos temos um caminho a percorrer e só à medida que avançamos com os nossos próprios pés carregando com os fardos que nos pertencem é que esse caminho se nos vai delineando. Há, porém, quem o recuse. Quem, ao sentir que andar para a frente é difícil, se ache no direito de descarregar para cima de alguém; de pedir satisfações à vida zangando-se com ela.

Todos armazenamos dentro de nós as memórias de infância. Nesse armazém existem memórias boas e más que afectam os nossos comportamentos de adultos – chamam-se-lhe criança interior e nada tem a ver com imaturidade.

O nosso lado criança é esse mais fundo de nós mesmos e que nos permite viver em intimidade, com entusiasmo, encantamento pelo que a vida nos proporciona; ajuda-nos a não levar as dificuldades demasiado a sério. É aí que se encontra a nossa criatividade; os nossos verdadeiros recursos porque não somos limitados pela obrigação de ser forte, vencer na vida, corresponder a expectativas alheias e nossas, desempenhar um determinado papel social, familiar, profissional. É o lugar onde nos entregamos completamente ao que sentimos e intuímos.

À medida que vamos crescendo, vamos aprendendo a sobreviver num mundo que valoriza sobretudo a força, a aparência, a eficácia e quase sempre de alguma forma somos levados a esconder este nosso lado a que se costuma chamar fraco. Há situações porque demasiado dolorosas que praticamente nos obrigam a empurrá-lo para o fundo do nosso inconsciente onde vai ficando esquecido e compenetrados nas nossas obrigações, vamos ficando adultos.

A criança interior é algo que nos vem de dentro e podemos viver sem mexer um dedo nem dizer uma palavra. Manifesta-se através de sensações físicas, reacções emocionais, comportamentos obsessivo-compulsivos, uma dor física a seguir a uma emoção forte, cansaço ou vontade de passar pelas brasas, sensação de estar adoentado, de se sentir deprimido ou pessimista, sem alegria de viver ...

Uma das formas mais óbvias da criança interior se manifestar é através de doenças que nos obrigam a arranjar tempo para nos alimentarmos a nós mesmos e uma das melhores maneiras de ouvir aquilo que nos tem para dizer é atendendo à parte do nosso corpo que dói. Dizem os entendidos que quase todos nós não recebemos da parte dos nossos pais tudo aquilo que em crianças precisávamos de ter tido e, portanto, temos necessidade de ir curando as feridas da nossa criança interior.

Antes de mais, curamos a nossa criança interior reconhecendo-a e descobrindo que muitas das necessidades de amor, confiança, segurança, respeito, orientação que sentimos não nos foram satisfeitas quando éramos crianças e que nos podem provocar agora estados de ansiedade crónica, medo, vergonha, raiva e desespero. A seguir, puxa-se para fora tudo aquilo que, ao longo da vida, por necessidade de sobrevivência, fomos escondendo e nos dói talvez mais do que julgávamos possível.

Sempre que as necessidades básicas próprias de qualquer ser humano continuam por satisfazer, estamos sujeitos a ter comportamentos de abuso em relação a nós próprios e aos outros e a criar problemas potencialmente em qualquer área da nossa vida.

Só o próprio é que pode levar este trabalho de encontrar e conhecer as necessidades da sua criança interior. Só ele a pode alimentar. Senão acabamos por fazer exactamente a mesma coisa aos nossos filhos que os nossos pais nos fizeram porque esta criança interior que está magoada, interfere em absoluto com o nosso comportamento de adulto.

Depois de entrar dentro de si para sentir de facto a dor e reconhecer que tem direito a estar magoado, há que não ficar a chafurdar nessa dor e andar para a frente, isto é, perdoar a quem nos magoou. Ao relembrarmos aquilo que os nossos pais nos fizeram e ao lhes mostrarmos como nos magoaram, estamos, ao mesmo tempo, a ver todas as agressões que fazemos aos nossos filhos e começamos a educá-los de maneira diferente explicando que o que nos leva a agir de uma determinada maneira é o facto de termos sido magoados.

Nunca é tarde para se ter uma infância feliz!

É o sonho que nos permite o encantamento necessário para sentir que a vida eterna existe; que haverá sempre algo que podemos fazer, ver, aprender. Algo por descobrir ainda e que puxando-nos para lá de nós mesmos, nos torna maiores e nos mostra que o caminho que é suposto percorrermos, mesmo quando todo percorrido, não acabou ainda.

Quando acreditamos nalguma coisa e orientamos o nosso tempo e os nossos talentos no sentido de a realizar; à medida que o tempo passa, iremos avançando continuamente numa direcção que, para nós, é a correcta.

Se a nossa atitude em relação à vida for positiva, receberemos quase tudo aquilo de que, de facto, precisamos.

Sem dúvida que nos aparecerão pela frente provações; desafios de toda a ordem, mas a forma como deles tomamos consciência e como os encaramos é que vai determinar quão positivos ou quão negativos nos irão ser.

Se aceitarmos os eventuais desapontamentos e procurarmos olhá-los com optimismo e esperança pensando coisas deste tipo: já que a chuva me impede de ir à praia, vou aproveitar para ir ao cinema que há uma série de filmes que quero ver; então eles serão para nós sempre uma ocasião de crescimento.

As chaves que nos simplificam a vida são aquelas que, por nós próprios, utilizamos. Aquelas que nos dizem que importante é viver cada dia o mais plenamente possível. Acreditar que a todo o momento é possível que os nossos sonhos se realizem.

Em última análise, é de nós que depende que isso aconteça; da nossa atitude interior de esperança, que é a confiança.

Para onde quer que vá e quaisquer que sejam as circunstâncias da sua vida, leve os seus sonhos consigo e o mundo será um lugar mais bonito. Aquilo que a luz do sol é para as flores, são os sonhos para a vida. Enriquecem-lhe todo o ser.

Os sonhos atiram-nos sempre para a frente; mostram-nos que viver não é olhar para o passado, mas sim para o futuro. Os sonhos mantêm-nos interessados pela vida. Constantemente ocupados com alguma perspectiva positiva e energia para realizar grandes coisas. São os sonhos que nos permitem a determinação que nos torna capazes de conseguir aquilo que pretendemos.

Os sonhos ajudam-nos a achar graça e a manter o sentido de humor necessário para descobrir sempre uma saída para qualquer situação em que nos encontremos. Permitem-nos errar e aprender com os erros. Correr riscos sem o receio de falhar. Manter a confiança e a inspiração que nos dá coragem para continuarmos firmes nas nossas convicções na medida em que nos fazem crer que tudo é possível. Permitem-nos crescer e aprender com as mudanças que a vida nos traz.

Um sonho é uma prenda que damos a nós próprios e para aqueles que querem acreditar nos seus sonhos e em si mesmos, a vida é uma dádiva preciosa em que tudo é possível. Chegamos? Não chegamos? O importante é que vamos. Esta vida é uma viagem que não acaba mesmo quando aparentemente chega ao fim.

Pode haver períodos em que sentimos como se tivéssemos dado milhões de passos no sentido dos nossos sonhos e agido em conformidade com o que planeámos para lá chegar apenas para, afinal, nos encontrarmos no lugar de onde partimos. Nesses períodos a única coisa a fazer é não desistir. Por muito perdidos, abandonados e sozinhos que nos sintamos, há que continuar a acreditar em nós mesmos e tentar descortinar o caminho para lá de desvios, paragens e obstáculos. Por muito doloroso que o momento seja, sempre acabará por passar.

Em cada novo dia pode haver encantamento e podemos antecipá-lo pensando em qualquer coisa que de novo nos possa trazer alguma oportunidade de crescimento, amizade, uma maior compreensão de nós próprios, algo que ainda não temos a experiência e que talvez nos apaixone. Basta encarar o dia-a-dia como fazendo parte da grande aventura que é a vida.

Uma das preocupações da nossa vida é não perder tempo. Aproveitar ao máximo todos os minutos. Chegar a tempo, ganhar tempo, mesmo sem saber de quê e para quê.

Ocupamos de tal maneira o tempo que passamos a vida com a sensação de que ele não chega para nada. Para esticar o tempo dormimos menos do que o suficiente, comemos mais depressa do que o ideal ou até pulamos refeições.

A pressa de chegar, a ânsia de fazer, a obsessão de conseguir, levam-nos a ultrapassar etapas. A apoiar-nos em utopias. A satisfazer-nos com ilusões. A afastar-nos daquilo que é a nossa essência; daquilo que no fundo nós queremos. Levam-nos, por isso, a atrair e a ser atraídos por pessoas que nos desviam do caminho que é o nosso.

Acontece que o tempo não se perde nem se ganha. Ele simplesmente passa e a única coisa a que nos convida é que o aproveitemos, não no sentido de fazer o maior número possível de coisas, mas no de gozar o tempo, respirá-lo, vivê-lo. Só através desta vivência empenhada podemos ir crescendo.

Admitir que não somos capazes de fazer tudo aquilo a que nos propomos num determinado espaço de tempo obriga-nos a aceitar que não somos donos e senhores absolutos daquilo que possuímos, incluindo a nossa própria vida. Somos limitados e aprender a viver implica ir aceitando tranquilamente o que não temos, o que não conseguimos fazer, o que perdemos.

Quando lutamos contra o tempo, este aparece-nos como inimigo. Algo que nos persegue ou nos devora sempre que olhamos para trás. Cada segundo fica carregado de uma enorme ansiedade que, não é mais do que a expressão dessa dificuldade em reconhecer e aceitar o facto de sermos limitados. A contrapartida é andarmos quase sempre insatisfeitos e com alguma frustração.

Só quando, pelo contrário, aceitamos essas nossas limitações, é que a sensação de não ter tempo se pode transformar em algo sereno. Só andando devagar é que podemos ir reconhecendo onde se encontra o nosso verdadeiro porto de abrigo e que vamos podendo lá chegar inteiros. Só dessa forma vamos deixando pelo caminho tudo aquilo que foram fardos de facto inúteis.

Reconhecer o nosso caminho, aquele por onde nos podemos ir apercebendo do significado da nossa vida e onde podemos ir encontrando os nossos verdadeiros companheiros de viagem, leva tempo. Exige silêncio. Paragens. Consulta do mapa de estradas. Basta estar atento aos sinais interiores e exteriores que a vida nos for dando para saber o que fazer. Há ocasiões em que temos mesmo de correr, senão quisermos perder um comboio que talvez seja o último. Só que, para nos apercebermos dele, não podemos passar a vida numa correria.

O problema central é o da gestão de si próprio. A única forma de gerir o tempo é conhecendo-nos. Só assim não passamos muitas horas da nossa vida a fazer coisas completamente secundárias. Isso implica estabelecer prioridades. Saber aquilo que nos é mais importante. Para estabelecer prioridades temos de estabelecer objectivos começando pelos objectivos a longo prazo para depois os ir concretizando. O problema é que, às vezes, queremos aplicar prioridades sem conhecer os objectivos.

Aplicar estas ideias leva-nos a perguntar a nós próprios:

O que quero da vida?

No decorrer deste ano o que quero ter?

Neste mês, como é que quero concretizar este meu querer?

Se for prioritário ter tempo para nós, pode ser que este mês queiramos concretizá-lo tendo uma hora por dia de tempo livre para nós. Então, mesmo que ter a casa arrumada habitualmente seja importante, nesta altura, talvez não seja isso a coisa prioritária.

Claro que podemos ter também objectivos inatingíveis, mas esses há que deitá-los para o lixo.

Os amigos do tempo são as Leis de Gestão do Tempo:

  1. O essencial leva pouco tempo; o acessório leva muito.
  2. Todo o trabalho interrompido por outros leva mais tempo.
  3. Quanto mais tempo temos, mais demoramos a fazer uma coisa.
  4. Para lá de um certo tempo, não vale a pena insistir.
  5. Fazer uma coisa de cada vez e procurar fazê-la bem.
  6. Respeitar os nossos ritmos biológicos.
  7. Quanto menor é o interesse pelo que fazemos, mais tempo despendemos a fazê-lo.

Para descobrir o nosso próprio ritmo, temos de descobrir as horas em que somos mais produtivos e quais as horas que nos rendem menos. A partir daqui convém concentrar as nossas forças nesse período mais produtivo.

De seguida elabora-se o seguinte quadro que se coloca em local bem visível:


Actividades importantes
e urgentes


Actividades importantes, mas não urgentes


Actividades urgentes, mas não importantes


Actividades nem urgentes, nem importantes



























É aconselhável planear a semana, o mês procurando, por exemplo,

  1. eliminar em cada semana pelo menos uma das coisas que mais nos façam perder tempo,
  2. passar em cada dia pelo menos uma hora sem interrupções,
  3. não deixar tarefas inacabadas,
  4. quebrar a rotina,
  5. escrever objectivos que ainda apenas sejam ideias vagas.

A noção que temos do tempo pode permitir-nos vislumbrar a eternidade se vivermos de forma plenamente consciente e agradecida o dia único que hoje nos é dado.

Apreciar cada momento que passa.

Arranjar tempo para esta vida interior que sempre foi importante, mas nunca tão importante como na correria de hoje em dia.

Aprender a lidar equilibradamente com o que nos vem de fora não deixando que nos provoque, mantendo uma atitude de neutralidade em relação a isso, distraindo-nos de um eventual problema, de forma a que, embora exista e todos os dias tenhamos de o enfrentar, dele nos dissociemos.

Existem técnicas cientificamente comprovadas que, levando-nos a ver o lado positivo de qualquer questão, nos ensinam a nos dissociarmos do seu lado negativo. Assim o problema deixa de influenciar a nossa mente e nós deixamos de reagir demasiado seja a que for.

Conselhos para alguém cheio de responsabilidades:

  1. Antes de sair de casa, tomar tranquilamente o pequeno-almoço;
  2. Tentar chegar sempre a uma reunião com tempo necessário para se descontrair antes dela começar;
  3. Se for empresário, procure criar uma equipa de suporte para saber que tem apoios com que pode contar;
  4. Não fazer do trabalho o centro da sua vida;
  5. Arranjar tempo para se relacionar com a família e amigos.

Para lá de um corpo físico, cada um de nós tem um corpo energético e a circulação da energia no interior do nosso corpo é comandada pelos chamados chacras, palavra que em sânscrito quer dizer roda.

Cada chacra corresponde a uma cor, uma nota musical, determinados órgãos, funções e sistemas, um sentido, um elemento.



1º - chacra da raíz. Encontra-se na base da coluna vertebral e está relacionado com os alicerces da nossa vida: a família, o trabalho, o dinheiro, a mãe.

2º - chacra do ventre ou do prazer. Dele depende a nossa capacidade para viver as paixões.

3º - chacra do plexo solar. Situa-se ao nível do estômago e está relacionado com a liberdade, com a capacidade para dizer NÃO, para fazer aquilo que sentimos ser bom para nós, para confiar na intuição.

4º - chacra do coração. Situa-se ao centro do peito e permite-nos a amizade, a partilha, a aceitação, o relacionamento com os outros e cujas perturbações provocam problemas de respiração, de circulação e no sistema imunitário.

5º - chacra da garganta. Situa-se na base do pescoço e está relacionado com a comunicação.

6º - chacra da testa. Também chamado Terceiro Olho, está relacionado com o sexto sentido.

7º - chacra da coroa. É o chacra da luz interior que representa o contacto com a parte mais profunda do nosso ser. Problemas a este nível provocam medo do desconhecido, sensação de estar separado, rebeldia em relação à figura de autoridade.

Qualquer cura é conseguida através de uma mudança; uma transformação. E ninguém pode fazer aquela que a cada um de nós compete. Ninguém pode pensar por nós. Nenhuma doença nos surge por acaso. Curar significa recuperar o equilíbrio perdido; a sensação de bem-estar íntimo.

Qualquer pessoa tem dentro de si mesma tudo aquilo de que precisa para transformar o negativo em positivo, independentemente do ponto a que tenha chegado.

Somos nós que criamos o nosso próprio universo. O chão onde construímos a nossa realidade. A única coisa sobre a qual temos um controlo total é a nossa atitude. Cada palavra que dissermos, cada gesto que fizermos, provoca uma reacção em cadeia.

Se pensarmos ou agirmos de forma harmoniosa, as palavras e os gestos fluem-nos directamente do coração criando uma onda de amizade. O que significa que, se quisermos, de facto, mudar o mundo, só temos de mudar a nossa maneira de pensar.

Intuir é captar algo que está para lá dos limites dos nossos cinco sentidos. Ver para lá do que os nossos olhos vêm, ouvir para lá do que os nossos ouvidos ouvem. Ultrapassar as nossas percepções. Vislumbrar o ilimitado e assim poder escutar a voz do silêncio.

Intuir é olhar para as várias circunstâncias da vida ou para aqueles com quem nos relacionamos ou cruzamos pelos caminhos da vida, sem ficar retidos em quaisquer preconceitos ou juízos de valor.

Intuir é descobrir-lhes a alma.

Intuir é acolher os sinais por mais pequenos ou insignificantes que nos pareçam e que nos vão sendo dados, sem sobre eles nos interrogarmos e, sobretudo, sem os criticar, mas antes acolhê-los com disponibilidade de coração. E assim acolher o mistério que nos faz ser o que somos e acontecer-nos o que nos acontece ou aos outros à nossa volta.

Assumir a intuição que cada um de nós tem e desenvolvê-la implica um crescimento contínuo precisamente no sentido da humildade.

Humildade essa que não significa achar que eu não sou nada, não sei nada, ...; mas sim que há algures, não importa onde, algum Ser que sabe mais o que, de facto, é melhor para mim, em cada momento e que continuamente está disposto a fazer-me chegar sinais que sobre isso me informam. E que a maneira de eu os ir captando começa por ser usufruindo ao máximo daquilo que tenho, desenvolvendo ao máximo as minhas potencialidades, só que não me deificando nem deificando aquilo que tenho.

Em vez de ficar agarrado a todo esse poder, qualquer que Ele seja, devo sim, ir procurando ter uma atitude de disponibilidade de coração face a tudo e a todos.

Ter uma atitude de amizade e não de poder em relação a tudo e a todos significa respeitar os sinais que a vida nos for dando tanto os que vêm de dentro de nós mesmos como os que vêm de fora de nós mesmos.

Quanto mais tivermos esta atitude amorosa face à vida, mais abrimos as portas à intuição.

Seguir a intuição implica aceitar que há uma ordem que preside a tudo. Um Ser Superior que nos vai orientando pelos caminhos da vida. Ouvir a Sua voz. Reconhecer n’Ele um Mestre amigo, sempre pronto a ajudar-nos, sempre à espera que O acolhamos por muito que d’Ele nos afastemos.


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Hoje venho partilhar convosco os apontamentos que escrevi quando li este livro já lá vão uns bons anos; contudo tudo me parece bem atual. Espero que gostem!

BEM-ESTAR INTERIOR


de Maria José Costa Félix

  • Oficina do Livro – 2003

“Tudo indica que uma das razões para o alastramento do sentimento de solidão é a ruptura dos elos familiares que faz com que, hoje em dia, muitas famílias estejam espalhadas e que cada um, vivendo separado dos seus, se sinta estrangeiro, isolado, abandonado. Aquilo que aflige terrivelmente o mundo de hoje é a solidão afectiva. Querer partilhar a vida e não ter com quem.

Sós, no fundo estão todos aqueles que nunca souberam que só a amizade acompanha, de facto. A amizade que permanece cá dentro de nós para lá do fim de qualquer situação sentimental. Amizade – atitude constante de não recusa, de abertura total, de esperança que é .

Sós estão, no fundo, todos os esfomeados de ternura e compreensão que ainda não vêem que não é do exterior que a amizade nos alimenta. Sempre virados para fora, nem reparam que o coração se lhes vai ressecando e que é só por isso que, por ocasião de uma perda, nada mais encontram do que o vazio.

Sós acabam sempre algum dia por se sentir todos aqueles que, qualquer que seja a sua situação, não encontrados consigo mesmos, precisam de alguém exteriormente a acompanhá-los. A solidão tem muito a ensinar-nos: que há uma plenitude vinda de um estarmos bem connosco mesmos; que essa sensação de bem-estar não precisa do que quer que seja para existir e que há uma não necessidade capaz de irradiar e de atrair outros sem ser por carência, mas para uma celebração conjunta.

O momento da morte é o do encontro inevitável com tudo aquilo que, durante muito tempo recusámos por medo de ficar sem. E nesse momento final de toda uma aprendizagem que, ao longo da vida, fomos sendo convidados a fazer, por muito acompanhados que estejamos – de pessoas e coisas – a nada mais nos podemos agarrar senão ao que realmente somos.

Esta solidão não é isolamento, mas dimensão última. A entrada no outro lado da vida. E chegar serenamente a este momento de maior libertação é qualquer coisa que não conseguimos fazer uns dos outros isolados.

Seres divididos que somos, só dando as mãos, abrindo o coração, é que vamos tendo a força para navegar por entre as tantas correntes contrárias que, no dia-a-dia, nos tornam difícil captar a cor única do fundo do mar.

Daí a importância daquele olhar para nós virado; daquela mão que a nossa pega; do corpo que com o nosso se funde; da onda de ternura, de carinho, de amizade, de amor. Daí que, quem não os tem, quer viva isolado quer acompanhado, se sinta só na vida.

Da mesma maneira que, como se costuma dizer, quanto mais sabemos, mais sabemos que nada sabemos; também quanto mais avançarmos pelos caminhos da vida, mais atalhos nos aparecem pela frente; mais encruzilhadas, eventualmente mais abismos a obrigarem-nos a um trabalho de discernimento. E há alturas em que nos sentimos demasiado cansados para esse trabalho.

Uma das coisas que a astrologia nos ensina é que cada um de nós é responsável por aquilo que lhe acontece – e ao mundo de que faz parte – na medida das suas potencialidades. Isto é, tudo aquilo que se possa fazer para melhorar o mundo em que se vive e não se faça, provavelmente nos cairá em cima, de uma forma ou de outra. Não por qualquer castigo, mas por simples consequência de um não-aproveitamento daquilo que nos foi dado.

O que temos, não nos pertence: sejam bens materiais, sejam bens espirituais. Foi-nos dado por um tempo, maior ou menor, para que o utilizemos, mas também que o distribuamos de forma a que, por nosso intermédio, outros disso possam beneficiar.

De que forma é que estamos a aproveitar o que temos, o que somos?

Até que ponto é que vale a pena gostar disto de que gostamos, fazer isto que fazemos?

Qual a dimensão do contentamento, qual a veracidade da alegria que a vida que temos nos traz?

A vida é feita de pequenos nadas encadeados; cuja sequência, grande parte das vezes, nos escapa. E se não aceitarmos que nos possa escapar, somos levados, conscientemente ou inconscientemente, a forçá-la.

De repente, sentimo-nos num buraco; sem perspectivas.

Ninguém verdadeiramente sai do buraco onde caiu, se não se tiver decidido a procurar dentro de si as forças, muitas ou poucas, quaisquer que elas sejam, que tem e a utilizá-las.

Um primeiro passo para acreditar nesta capacidade de auto-revitalização, que todos temos, parece ser começar por mudar pequenas coisas na própria vida. Introduzir nela alguns hábitos básicos que, à medida que vão criando uma determinada rotina, a vão alterando.

Há quem, por natureza, enfrente a vida com alegria e sempre encontre uma saída, qualquer que seja a desgraça que lhe caia em cima; simplesmente porque parte do princípio de que alguma saída há-de haver e acredita que, no momento adequado, surgirá.

Há quem, face ao menor obstáculo, desespere.

Acontece que, atrás de feitios ou predisposições optimistas ou pessimistas, poderá estar algo mais importante que é o gostar ou não gostar de si próprio. O aceitar-se tal como se é, dando a si próprio o direito de não ser perfeito, de poder falhar, de não corresponder às expectativas seja lá de quem for. O que implica não se recriminar nem se preocupar muito em saber o que os outros pensam sobre si. Deixar a vida fluir.

Há uma pequena táctica: gostar de nós próprios. Se eu quero que os outros gostem de mim, tenho de começar por criticar-me menos, procurar os meus pontos positivos e valorizar-me. Gostando de mim é natural que, por consequência, os outros gostem também de mim, se eu lhes souber mostrar o meu valor. Estamos a reforçar esta táctica se valorizarmos o carinho, os abraços, os beijos, as relações familiares e de amizade. Se procurarmos relacionar-nos com pessoas com interesses semelhantes aos nossos, manter-nos a par do que se passa à nossa volta e fazer alguma coisa de útil na vida.

Muitas são as pessoas que tentam, desesperadamente por vezes, encontrar os meios de controlar tudo o que acontece à sua volta; os seus sentimentos; os seus pensamentos; o seu futuro.

Procuramos controlar a nossa vida quando, por exemplo, sentimos uma inveja doentia de alguma pessoa mais bem sucedida, mas encontramos maneira de nos convencer de que ela fala ou veste de maneira horrível. Ou quando sentimos uma enorme atracção por alguém e nos convencemos de que essa pessoa é que está interessada em nós, só que nem lhe ligamos.

Também tentamos controlar aquilo que nos acontece e que por vezes tanto nos angustia, através do que fazemos, do que dizemos, do que pensamos, ou seja, da nossa inteligência. Para tudo temos uma teoria e para tudo encontramos justificação sem nos apercebermos de que a razão profunda para tudo isso é para não enfrentarmos o desamparo que, afinal, nos habita.

Nada, porém, adiantamos em lutar contra a vida nem em tentar controlá-la. O que se pode fazer com a vida é semelhante àquilo que se pode fazer com a água: colocar as mãos em concha e recebê-la criando espaço onde poderá permanecer. Isto é, se não podemos modificar alguns dados fundamentais da vida, podemos sempre modificar a nossa maneira de lidar com eles e, talvez, de os receber no nosso mundo interior. O importante é ter uma atitude de não resistência e de acolhimento da vida.

O truque é permanecermos em contacto com aquilo que nos está a acontecer encarando cada momento da vida com a única coisa que temos como segura, isto é, valorizarmos o aqui e agora.

Quando nos acontece algo que nos faz sofrer e não temos como evitá-lo, pensemos no número infindável de pessoas que já passaram, estão a passar ou irão passar por algo semelhante imaginando-nos como uma pequena conta de um colar com biliões delas, percorridas por uma corrente de luz dourada que signifique partilha, solidariedade e entre-ajuda. Aceitar serenamente factos inevitáveis ou incontroláveis da vida, permite-nos uma tranquilidade e uma energia que sempre nos ajudarão a lidar melhor com eles.

Habituados a ter sempre algo para fazer, algum programa profissional ou social, alguém com quem conversar ou fazer qualquer outra coisa, dificilmente aceitamos que, tal como existem tempos de actividade, também existem tempos de passividade. Qualquer deles, como pólo que é de tensão, tem de ser vivido para que a tensão vá desaparecendo do nosso dia-a-dia.

Pretender que a vida seja uma série contínua de tempos de actividade é tão prejudicial ao crescimento como permitir que nela tudo sejam tempos de passividade.

Deixá-la fluir não significa de maneira nenhuma ficar por sistema à espera de que alguém nos resolva os problemas. Só que, por vezes, há pesos que nos caem em cima e que nos obrigam a entregar as armas. A única coisa que, nesses momentos difíceis, nos é pedido é que, mesmo sem compreender o porquê do que está a acontecer, o aceitemos. Apenas isso.

Ao acreditarmos que, sempre que é preciso, há uma força que, não sendo nossa, nossa se torna; conseguimos continuar a olhar para a vida com um sorriso. Um coração disponível. Uma alegria inexplicável.

Sem noite, o dia seria menos luminoso e sem dia, a noite seria demasiado silenciosa. Para quem não trabalha, as férias têm pouco sabor; mas quem só trabalha não consegue aproveitar bem as férias ...

A verdadeira vida – aquela que, aconteça o que acontecer, nos traz contentamento interior – é feita de totalidades, complementaridades.

Os nossos sentidos não conseguem captar a totalidade do que quer que seja. Todos eles, fazendo parte da matéria que constitui a nossa morada terrena, só podem, de cada vez, captar uma parte daquilo que apreendem. A sua camada visível, audível, palpável.

Porém, há algo em nós que continuamente nos convida a olhar para lá do que os nossos olhos vêem. A ouvir para lá do que nos chega através dos ouvidos. A sentir o perfume de que o cheiro das flores apenas é a expressão. A saber que há uma fome para lá da física. A apalpar a vida sem pretender agarrá-la.

Esse algo que nos habita, sendo profundamente nosso, não nos pertence. Tal como não nos pertence tudo aquilo que irrompe quando menos esperamos, quando nada planeamos nem controlamos. Aquilo que nasce não porque o tivéssemos desejado, mas porque, com simplicidade, o acolhemos para que ganhasse forma visível, audível, palpável.

Tudo na vida funciona em termos de eixos. Dia – noite; claro – escuro; quente – frio; yang – ying; activo – passivo; ... enquanto qualquer pólo de um eixo for exacerbado, vivemos em tensão. Exercer a nossa liberdade de, em cada momento, aceitar ser mais activo ou mais passivo, implica estar continuamente atentos aos sinais que nos vão sendo dados, através dos apelos que vamos sentindo e do que nos vai sendo proporcionado ou negado. Isto só se consegue se, por entre todas as nossas actividades, formos arranjando no nosso dia-a-dia pedaços de silêncio. De encontro total connosco próprios.

Só na medida em que os contrários vão estando ligados, é que vamos podendo integrar simultaneamente a alegria da vitória e a dor da derrota. “Aquele que reconciliou os contrários, matou em si a fonte dos conflitos.” – diz-nos Yvette Centeno.

A verdadeira gratidão tanto pode exteriorizar-se como não.

Este sentimento de apreciação grata relativamente aos benefícios recebidos é uma expressão da alma.

Agradecer é reconhecer essa centelha nos outros enquanto simultaneamente afirmamos a sua presença dentro de nós.

É estar atento a uma alegria interior que, ao se expandir, nos expande a consciência tornando-a mais alerta e, ao ligar-nos a algo maior do que nós, nos unifica e cura.

Sendo um primeiro passo no sentido da abertura da consciência, o agradecimento pode ser considerado uma energia de libertação, na medida em que liberta a força da boa vontade que em todos nós existe; mesmo naqueles em que talvez não seja facilmente detectável.

Mesmo quando achamos que nada temos a agradecer à vida; que ela apenas nos pede paciência, resignação, ... todos podemos aproveitar esta energia para nos libertarmos de desejos insatisfeitos, sentimentos de inveja ou injustiça que nos tornam prisioneiros.

Aproveitamos a vida sempre que procurarmos olhar preferencialmente para aquilo que temos, por pouco ou até quase nada que seja e não tanto para o que não temos; para o lado bom em vez de para o lado mau: o sorriso de uma criança que nos é dirigido; a mão que alguém nos dá; o encontro com um velho amigo com o qual descobrimos pela primeira vez as tantas coisas que temos em comum; a possibilidade de abraçar alguém e sentir a força que daí nos vem; uma conversa estimulante no decorrer da qual alguém nos diz uma qualquer coisa agradável; o facto de termos amigos; um simples nascer ou pôr do sol; um dia bonito ...

Desenvolvemos a vida em nós se, em vez de nos lamentarmos pelo que não temos, valorizarmos o que gostaríamos de ou que achamos justo ter; procuramos pensar que tudo isso é apenas relativamente importante e sempre menos importante do que tendemos a sentir que seria e, ao mesmo tempo, acreditar que, de repente, até podemos recebê-lo. Ou seja, se procurarmos manter sempre aberta essa porta por onde a vida nos entra embora, muitas vezes, provavelmente quando e da forma que menos esperaríamos.

Quanto mais agradecermos o que nos é dado, tanto mais atraímos quem alguma coisa nos dê. Ter boa vontade em relação aos outros e às circunstâncias da vida faz aparecer quem a tenha para connosco e circunstâncias que nos sejam favoráveis. É por esta lei da atracção que, quem quiser mesmo acreditar naquilo em relação ao qual é céptico, o melhor que tem a fazer é dar um primeiro passo como se acreditasse. Não é verdade que a fé move montanhas?

Ora a fé é a maior dádiva pela qual temos de agradecer imenso, mas é também a maior graça que a todos é dada, desde que, claro está, lhe abramos os braços.

A gratidão pela abundância e pela prosperidade é uma poderosa força espiritual que traz consigo a propensão para a partilha e é neste crescimento através da partilha, em que todos podemos ter um papel, que reside a possibilidade de contribuirmos para a construção da paz quer seja através da simples partilha económica, quer através da partilha de talentos postos ao serviço dos outros. É pelo facto de podermos canalizar conscientemente qualquer forma de energia que a gratidão tem ainda o poder para nos curar.

Porém, é evidente que tal só acontece se a expressão de gratidão for benéfica e não por exemplo agradecer o fracasso, a despromoção ou a desgraça de alguém, especialmente se resultou em algo a nosso favor ...

Não é por nos preocuparmos com algo que poderá acontecer que podemos impedir que isso aconteça. Pelo contrário, pode até ser que essa tanta preocupação atraia precisamente aquilo que tememos e, entretanto, desperdiçamos uma energia que nos seria útil para o nosso bem-estar.

É evidente que há precauções que convém tomar; cuidados que é importante ter. Muitos são os problemas, as embrulhadas que podemos evitar se formos previdentes; se organizarmos e planearmos a vida de acordo com os objectivos em vista.

Só que ser previdente não é sinónimo de passar a vida ansioso por conta do que poderá acontecer. Pretender eliminar tudo o que é risco, sofrimento é como negar que a vida é uma caminhada feita por entre paisagens planas e outras montanhosas. A vida é uma aventura.

Ter essa pretensão é não aceitar que para tudo o que nos acontece existe um propósito, mesmo quando não o conseguimos decifrar. Mesmo os chamados maus momentos só aparentemente é que o são como acontece com os bons. É não aceitar que, por muito inteligentes e experientes que sejamos, pouco sabemos sobre aquilo que, de facto, é melhor para nós – o necessário para ir avançando no sentido da unidade.

Só por aí, no entanto, é que vamos vendo que existe algo superior a nós, uma força maior – e tanto faz o nome que se lhe dá ... – que, através dos mais variados sinais nos vai revelando precisamente aquilo que, aqui e agora, nos é indispensável para dar o passo em frente para o qual, por vezes, até já estamos preparados embora sem o saber.

Como seres racionais que somos, natural é querer perceber porque é que temos de passar por uma determinada dificuldade ou dor insuportável ...

A porta de saída não é outra senão, com toda a humildade e sem mais, pronunciar um Sim que é entrega total a algo superior, acreditemos ou não que Ele existe. Não importa se é agradável ou desagradável, qualquer coisa que nos acontece pode ser aproveitada para irmos percebendo da existência desta porta e sabendo como a fé é algo que, ao se viver, dá todo um colorido e um calor ao que quer que seja.

A preocupação excessiva está ligada a uma falta de confiança. Uma necessidade excessiva de nos sentirmos seguros, de nos esforçarmos, de arranjarmos esquemas protectores. Esta atitude traduz um medo demasiado grande de não ter algo que consideramos indispensável. Um medo muito grande de perder que, no fundo, é expressão do medo de viver.

Estamos tanto mais preocupados com o que nos acontece e aos que nos são queridos, quanto mais encararmos a vida como uma tarefa a cumprir; uma corrida que não desistimos; uma batalha que temos de ganhar. Acontece que acreditar na vida é sorrir-lhe; abrirmo-nos a ela disponíveis para o encantamento; mergulhar de forma fluida na corrente e quanto menos nos agarrarmos a coisas, pessoas, situações menos prendermos o que quer que seja, mais atraímos a chamada sorte.

Como nada é completamente bom ou completamente mau; uma mesma situação tanto pode ser encarada de forma positiva como de forma negativa. Tudo depende do ângulo sob o qual a olharmos; como a aproveitarmos. As coisas não mudam pelo facto de as olharmos de uma maneira ou de outra, mas se olharmos para o que elas têm de positivo, recebemos delas o que têm de positivo em tudo. Se por outro lado, olharmos para o que elas têm de negativo, recebemos tudo o que elas têm de negativo. Assim também se passa no campo dos relacionamentos: quanto maiores expectativas tivermos relativamente a alguém, maiores são as probabilidades de a relação deixar de nos satisfazer porque nem reparamos naquilo que ela é e, embora não seja como gostaríamos, nos é importante. Não aproveitamos devidamente o que a vida, por seu intermédio, nos está a proporcionar.

Recebemos tanto mais dos outros quanto mais nos limitarmos a acolher aquilo que, de momento, têm para nos dar. Sem mais lhes pedir. Sem exigências. Sem expectativas. É a forma positiva de olhar para eles. A forma respeitosa de estar na vida.

Viver nunca é fácil, mesmo para aqueles para quem aparentemente o é. Podemos é optimizar as dificuldades e virá-las a nosso favor ou permitir-lhes que nos deitem abaixo.

Todos temos um caminho a percorrer e só à medida que avançamos com os nossos próprios pés carregando com os fardos que nos pertencem é que esse caminho se nos vai delineando. Há, porém, quem o recuse. Quem, ao sentir que andar para a frente é difícil, se ache no direito de descarregar para cima de alguém; de pedir satisfações à vida zangando-se com ela.

Todos armazenamos dentro de nós as memórias de infância. Nesse armazém existem memórias boas e más que afectam os nossos comportamentos de adultos – chamam-se-lhe criança interior e nada tem a ver com imaturidade.

O nosso lado criança é esse mais fundo de nós mesmos e que nos permite viver em intimidade, com entusiasmo, encantamento pelo que a vida nos proporciona; ajuda-nos a não levar as dificuldades demasiado a sério. É aí que se encontra a nossa criatividade; os nossos verdadeiros recursos porque não somos limitados pela obrigação de ser forte, vencer na vida, corresponder a expectativas alheias e nossas, desempenhar um determinado papel social, familiar, profissional. É o lugar onde nos entregamos completamente ao que sentimos e intuímos.

À medida que vamos crescendo, vamos aprendendo a sobreviver num mundo que valoriza sobretudo a força, a aparência, a eficácia e quase sempre de alguma forma somos levados a esconder este nosso lado a que se costuma chamar fraco. Há situações porque demasiado dolorosas que praticamente nos obrigam a empurrá-lo para o fundo do nosso inconsciente onde vai ficando esquecido e compenetrados nas nossas obrigações, vamos ficando adultos.

A criança interior é algo que nos vem de dentro e podemos viver sem mexer um dedo nem dizer uma palavra. Manifesta-se através de sensações físicas, reacções emocionais, comportamentos obsessivo-compulsivos, uma dor física a seguir a uma emoção forte, cansaço ou vontade de passar pelas brasas, sensação de estar adoentado, de se sentir deprimido ou pessimista, sem alegria de viver ...

Uma das formas mais óbvias da criança interior se manifestar é através de doenças que nos obrigam a arranjar tempo para nos alimentarmos a nós mesmos e uma das melhores maneiras de ouvir aquilo que nos tem para dizer é atendendo à parte do nosso corpo que dói. Dizem os entendidos que quase todos nós não recebemos da parte dos nossos pais tudo aquilo que em crianças precisávamos de ter tido e, portanto, temos necessidade de ir curando as feridas da nossa criança interior.

Antes de mais, curamos a nossa criança interior reconhecendo-a e descobrindo que muitas das necessidades de amor, confiança, segurança, respeito, orientação que sentimos não nos foram satisfeitas quando éramos crianças e que nos podem provocar agora estados de ansiedade crónica, medo, vergonha, raiva e desespero. A seguir, puxa-se para fora tudo aquilo que, ao longo da vida, por necessidade de sobrevivência, fomos escondendo e nos dói talvez mais do que julgávamos possível.

Sempre que as necessidades básicas próprias de qualquer ser humano continuam por satisfazer, estamos sujeitos a ter comportamentos de abuso em relação a nós próprios e aos outros e a criar problemas potencialmente em qualquer área da nossa vida.

Só o próprio é que pode levar este trabalho de encontrar e conhecer as necessidades da sua criança interior. Só ele a pode alimentar. Senão acabamos por fazer exactamente a mesma coisa aos nossos filhos que os nossos pais nos fizeram porque esta criança interior que está magoada, interfere em absoluto com o nosso comportamento de adulto.

Depois de entrar dentro de si para sentir de facto a dor e reconhecer que tem direito a estar magoado, há que não ficar a chafurdar nessa dor e andar para a frente, isto é, perdoar a quem nos magoou. Ao relembrarmos aquilo que os nossos pais nos fizeram e ao lhes mostrarmos como nos magoaram, estamos, ao mesmo tempo, a ver todas as agressões que fazemos aos nossos filhos e começamos a educá-los de maneira diferente explicando que o que nos leva a agir de uma determinada maneira é o facto de termos sido magoados.

Nunca é tarde para se ter uma infância feliz!

É o sonho que nos permite o encantamento necessário para sentir que a vida eterna existe; que haverá sempre algo que podemos fazer, ver, aprender. Algo por descobrir ainda e que puxando-nos para lá de nós mesmos, nos torna maiores e nos mostra que o caminho que é suposto percorrermos, mesmo quando todo percorrido, não acabou ainda.

Quando acreditamos nalguma coisa e orientamos o nosso tempo e os nossos talentos no sentido de a realizar; à medida que o tempo passa, iremos avançando continuamente numa direcção que, para nós, é a correcta.

Se a nossa atitude em relação à vida for positiva, receberemos quase tudo aquilo de que, de facto, precisamos.

Sem dúvida que nos aparecerão pela frente provações; desafios de toda a ordem, mas a forma como deles tomamos consciência e como os encaramos é que vai determinar quão positivos ou quão negativos nos irão ser.

Se aceitarmos os eventuais desapontamentos e procurarmos olhá-los com optimismo e esperança pensando coisas deste tipo: já que a chuva me impede de ir à praia, vou aproveitar para ir ao cinema que há uma série de filmes que quero ver; então eles serão para nós sempre uma ocasião de crescimento.

As chaves que nos simplificam a vida são aquelas que, por nós próprios, utilizamos. Aquelas que nos dizem que importante é viver cada dia o mais plenamente possível. Acreditar que a todo o momento é possível que os nossos sonhos se realizem.

Em última análise, é de nós que depende que isso aconteça; da nossa atitude interior de esperança, que é a confiança.

Para onde quer que vá e quaisquer que sejam as circunstâncias da sua vida, leve os seus sonhos consigo e o mundo será um lugar mais bonito. Aquilo que a luz do sol é para as flores, são os sonhos para a vida. Enriquecem-lhe todo o ser.

Os sonhos atiram-nos sempre para a frente; mostram-nos que viver não é olhar para o passado, mas sim para o futuro. Os sonhos mantêm-nos interessados pela vida. Constantemente ocupados com alguma perspectiva positiva e energia para realizar grandes coisas. São os sonhos que nos permitem a determinação que nos torna capazes de conseguir aquilo que pretendemos.

Os sonhos ajudam-nos a achar graça e a manter o sentido de humor necessário para descobrir sempre uma saída para qualquer situação em que nos encontremos. Permitem-nos errar e aprender com os erros. Correr riscos sem o receio de falhar. Manter a confiança e a inspiração que nos dá coragem para continuarmos firmes nas nossas convicções na medida em que nos fazem crer que tudo é possível. Permitem-nos crescer e aprender com as mudanças que a vida nos traz.

Um sonho é uma prenda que damos a nós próprios e para aqueles que querem acreditar nos seus sonhos e em si mesmos, a vida é uma dádiva preciosa em que tudo é possível. Chegamos? Não chegamos? O importante é que vamos. Esta vida é uma viagem que não acaba mesmo quando aparentemente chega ao fim.

Pode haver períodos em que sentimos como se tivéssemos dado milhões de passos no sentido dos nossos sonhos e agido em conformidade com o que planeámos para lá chegar apenas para, afinal, nos encontrarmos no lugar de onde partimos. Nesses períodos a única coisa a fazer é não desistir. Por muito perdidos, abandonados e sozinhos que nos sintamos, há que continuar a acreditar em nós mesmos e tentar descortinar o caminho para lá de desvios, paragens e obstáculos. Por muito doloroso que o momento seja, sempre acabará por passar.

Em cada novo dia pode haver encantamento e podemos antecipá-lo pensando em qualquer coisa que de novo nos possa trazer alguma oportunidade de crescimento, amizade, uma maior compreensão de nós próprios, algo que ainda não temos a experiência e que talvez nos apaixone. Basta encarar o dia-a-dia como fazendo parte da grande aventura que é a vida.

Uma das preocupações da nossa vida é não perder tempo. Aproveitar ao máximo todos os minutos. Chegar a tempo, ganhar tempo, mesmo sem saber de quê e para quê.

Ocupamos de tal maneira o tempo que passamos a vida com a sensação de que ele não chega para nada. Para esticar o tempo dormimos menos do que o suficiente, comemos mais depressa do que o ideal ou até pulamos refeições.

A pressa de chegar, a ânsia de fazer, a obsessão de conseguir, levam-nos a ultrapassar etapas. A apoiar-nos em utopias. A satisfazer-nos com ilusões. A afastar-nos daquilo que é a nossa essência; daquilo que no fundo nós queremos. Levam-nos, por isso, a atrair e a ser atraídos por pessoas que nos desviam do caminho que é o nosso.

Acontece que o tempo não se perde nem se ganha. Ele simplesmente passa e a única coisa a que nos convida é que o aproveitemos, não no sentido de fazer o maior número possível de coisas, mas no de gozar o tempo, respirá-lo, vivê-lo. Só através desta vivência empenhada podemos ir crescendo.

Admitir que não somos capazes de fazer tudo aquilo a que nos propomos num determinado espaço de tempo obriga-nos a aceitar que não somos donos e senhores absolutos daquilo que possuímos, incluindo a nossa própria vida. Somos limitados e aprender a viver implica ir aceitando tranquilamente o que não temos, o que não conseguimos fazer, o que perdemos.

Quando lutamos contra o tempo, este aparece-nos como inimigo. Algo que nos persegue ou nos devora sempre que olhamos para trás. Cada segundo fica carregado de uma enorme ansiedade que, não é mais do que a expressão dessa dificuldade em reconhecer e aceitar o facto de sermos limitados. A contrapartida é andarmos quase sempre insatisfeitos e com alguma frustração.

Só quando, pelo contrário, aceitamos essas nossas limitações, é que a sensação de não ter tempo se pode transformar em algo sereno. Só andando devagar é que podemos ir reconhecendo onde se encontra o nosso verdadeiro porto de abrigo e que vamos podendo lá chegar inteiros. Só dessa forma vamos deixando pelo caminho tudo aquilo que foram fardos de facto inúteis.

Reconhecer o nosso caminho, aquele por onde nos podemos ir apercebendo do significado da nossa vida e onde podemos ir encontrando os nossos verdadeiros companheiros de viagem, leva tempo. Exige silêncio. Paragens. Consulta do mapa de estradas. Basta estar atento aos sinais interiores e exteriores que a vida nos for dando para saber o que fazer. Há ocasiões em que temos mesmo de correr, senão quisermos perder um comboio que talvez seja o último. Só que, para nos apercebermos dele, não podemos passar a vida numa correria.

O problema central é o da gestão de si próprio. A única forma de gerir o tempo é conhecendo-nos. Só assim não passamos muitas horas da nossa vida a fazer coisas completamente secundárias. Isso implica estabelecer prioridades. Saber aquilo que nos é mais importante. Para estabelecer prioridades temos de estabelecer objectivos começando pelos objectivos a longo prazo para depois os ir concretizando. O problema é que, às vezes, queremos aplicar prioridades sem conhecer os objectivos.

Aplicar estas ideias leva-nos a perguntar a nós próprios:

O que quero da vida?

No decorrer deste ano o que quero ter?

Neste mês, como é que quero concretizar este meu querer?

Se for prioritário ter tempo para nós, pode ser que este mês queiramos concretizá-lo tendo uma hora por dia de tempo livre para nós. Então, mesmo que ter a casa arrumada habitualmente seja importante, nesta altura, talvez não seja isso a coisa prioritária.

Claro que podemos ter também objectivos inatingíveis, mas esses há que deitá-los para o lixo.

Os amigos do tempo são as Leis de Gestão do Tempo:

  1. O essencial leva pouco tempo; o acessório leva muito.
  2. Todo o trabalho interrompido por outros leva mais tempo.
  3. Quanto mais tempo temos, mais demoramos a fazer uma coisa.
  4. Para lá de um certo tempo, não vale a pena insistir.
  5. Fazer uma coisa de cada vez e procurar fazê-la bem.
  6. Respeitar os nossos ritmos biológicos.
  7. Quanto menor é o interesse pelo que fazemos, mais tempo despendemos a fazê-lo.

Para descobrir o nosso próprio ritmo, temos de descobrir as horas em que somos mais produtivos e quais as horas que nos rendem menos. A partir daqui convém concentrar as nossas forças nesse período mais produtivo.

De seguida elabora-se o seguinte quadro que se coloca em local bem visível:


Actividades importantes
e urgentes


Actividades importantes, mas não urgentes


Actividades urgentes, mas não importantes


Actividades nem urgentes, nem importantes


É aconselhável planear a semana, o mês procurando, por exemplo,

  1. eliminar em cada semana pelo menos uma das coisas que mais nos façam perder tempo,
  2. passar em cada dia pelo menos uma hora sem interrupções,
  3. não deixar tarefas inacabadas,
  4. quebrar a rotina,
  5. escrever objectivos que ainda apenas sejam ideias vagas.

A noção que temos do tempo pode permitir-nos vislumbrar a eternidade se vivermos de forma plenamente consciente e agradecida o dia único que hoje nos é dado.

Apreciar cada momento que passa.

Arranjar tempo para esta vida interior que sempre foi importante, mas nunca tão importante como na correria de hoje em dia.

Aprender a lidar equilibradamente com o que nos vem de fora não deixando que nos provoque, mantendo uma atitude de neutralidade em relação a isso, distraindo-nos de um eventual problema, de forma a que, embora exista e todos os dias tenhamos de o enfrentar, dele nos dissociemos.

Existem técnicas cientificamente comprovadas que, levando-nos a ver o lado positivo de qualquer questão, nos ensinam a nos dissociarmos do seu lado negativo. Assim o problema deixa de influenciar a nossa mente e nós deixamos de reagir demasiado seja a que for.

Conselhos para alguém cheio de responsabilidades:

  1. Antes de sair de casa, tomar tranquilamente o pequeno-almoço;
  2. Tentar chegar sempre a uma reunião com tempo necessário para se descontrair antes dela começar;
  3. Se for empresário, procure criar uma equipa de suporte para saber que tem apoios com que pode contar;
  4. Não fazer do trabalho o centro da sua vida;
  5. Arranjar tempo para se relacionar com a família e amigos.

Para lá de um corpo físico, cada um de nós tem um corpo energético e a circulação da energia no interior do nosso corpo é comandada pelos chamados chacras, palavra que em sânscrito quer dizer roda.

Cada chacra corresponde a uma cor, uma nota musical, determinados órgãos, funções e sistemas, um sentido, um elemento.



1º - chacra da raíz. Encontra-se na base da coluna vertebral e está relacionado com os alicerces da nossa vida: a família, o trabalho, o dinheiro, a mãe.

2º - chacra do ventre ou do prazer. Dele depende a nossa capacidade para viver as paixões.

3º - chacra do plexo solar. Situa-se ao nível do estômago e está relacionado com a liberdade, com a capacidade para dizer NÃO, para fazer aquilo que sentimos ser bom para nós, para confiar na intuição.

4º - chacra do coração. Situa-se ao centro do peito e permite-nos a amizade, a partilha, a aceitação, o relacionamento com os outros e cujas perturbações provocam problemas de respiração, de circulação e no sistema imunitário.

5º - chacra da garganta. Situa-se na base do pescoço e está relacionado com a comunicação.

6º - chacra da testa. Também chamado Terceiro Olho, está relacionado com o sexto sentido.

7º - chacra da coroa. É o chacra da luz interior que representa o contacto com a parte mais profunda do nosso ser. Problemas a este nível provocam medo do desconhecido, sensação de estar separado, rebeldia em relação à figura de autoridade.

Qualquer cura é conseguida através de uma mudança; uma transformação. E ninguém pode fazer aquela que a cada um de nós compete. Ninguém pode pensar por nós. Nenhuma doença nos surge por acaso. Curar significa recuperar o equilíbrio perdido; a sensação de bem-estar íntimo.

Qualquer pessoa tem dentro de si mesma tudo aquilo de que precisa para transformar o negativo em positivo, independentemente do ponto a que tenha chegado.

Somos nós que criamos o nosso próprio universo. O chão onde construímos a nossa realidade. A única coisa sobre a qual temos um controlo total é a nossa atitude. Cada palavra que dissermos, cada gesto que fizermos, provoca uma reacção em cadeia.

Se pensarmos ou agirmos de forma harmoniosa, as palavras e os gestos fluem-nos directamente do coração criando uma onda de amizade. O que significa que, se quisermos, de facto, mudar o mundo, só temos de mudar a nossa maneira de pensar.

Intuir é captar algo que está para lá dos limites dos nossos cinco sentidos. Ver para lá do que os nossos olhos vêm, ouvir para lá do que os nossos ouvidos ouvem. Ultrapassar as nossas percepções. Vislumbrar o ilimitado e assim poder escutar a voz do silêncio.

Intuir é olhar para as várias circunstâncias da vida ou para aqueles com quem nos relacionamos ou cruzamos pelos caminhos da vida, sem ficar retidos em quaisquer preconceitos ou juízos de valor.

Intuir é descobrir-lhes a alma.

Intuir é acolher os sinais por mais pequenos ou insignificantes que nos pareçam e que nos vão sendo dados, sem sobre eles nos interrogarmos e, sobretudo, sem os criticar, mas antes acolhê-los com disponibilidade de coração. E assim acolher o mistério que nos faz ser o que somos e acontecer-nos o que nos acontece ou aos outros à nossa volta.

Assumir a intuição que cada um de nós tem e desenvolvê-la implica um crescimento contínuo precisamente no sentido da humildade.

Humildade essa que não significa achar que eu não sou nada, não sei nada, ...; mas sim que há algures, não importa onde, algum Ser que sabe mais o que, de facto, é melhor para mim, em cada momento e que continuamente está disposto a fazer-me chegar sinais que sobre isso me informam. E que a maneira de eu os ir captando começa por ser usufruindo ao máximo daquilo que tenho, desenvolvendo ao máximo as minhas potencialidades, só que não me deificando nem deificando aquilo que tenho.

Em vez de ficar agarrado a todo esse poder, qualquer que Ele seja, devo sim, ir procurando ter uma atitude de disponibilidade de coração face a tudo e a todos.

Ter uma atitude de amizade e não de poder em relação a tudo e a todos significa respeitar os sinais que a vida nos for dando tanto os que vêm de dentro de nós mesmos como os que vêm de fora de nós mesmos.

Quanto mais tivermos esta atitude amorosa face à vida, mais abrimos as portas à intuição.

Seguir a intuição implica aceitar que há uma ordem que preside a tudo. Um Ser Superior que nos vai orientando pelos caminhos da vida. Ouvir a Sua voz. Reconhecer n’Ele um Mestre amigo, sempre pronto a ajudar-nos, sempre à espera que O acolhamos por muito que d’Ele nos afastemos.


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