sábado, 1 de setembro de 2012

As Minhas Leituras: entrevista ao Dr António Monteiro – Embaixador de Portugal por Maria João Avilez.


Hoje venho partihar convosco esta minha crónica e um extracto de uma leitura de uma entrevista. Espero que gostem!

Lagos, 03 de Janeiro de 2003


De um programa televisivo de após 25 de Abril no ano de 1974 retirei a seguinte reflexão:

Não dá bom resultado para ninguém impor demasiado a sua vontade aos outros membros da casa. A escravidão não é coisa dura apenas para o escravo, mas também para o senhor. A escravidão numa família é um mal para todos. Se qualquer um dos seus membros exigir obediência dos outros em todas as coisas, grandes ou pequenas, não tardará que ninguém tenha vontade própria excepto o senhor. Depois todos acabam por cair pesadamente em cima do mais forte, em busca de apoio ou em acusação.”

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As Minhas Leituras: entrevista ao Dr António Monteiro – Embaixador de Portugal por Maria João Avilez.

A diplomacia é a arte de levar os outros a fazer as coisas à nossa maneira.» diz-nos António Monteiro – Embaixador de Portugal em França, é a definição de diplomacia que mais gosto e que aprendi quando era novo. Cada vez menos acredito na imposição e mais na necessidade – e na obrigação – de levar os outros a perceberem que há vantagem em mudarem uma atitude ou adoptarem um determinado caminho. Isso tem de advir de uma convicção e nunca de uma imposição.

Gosto da vida e tenho a consciência de que, no meio de todas as pequenas frustrações daquilo que não pude alcançar, tenho tido uma vida profissional e pessoal relativamente feliz. Mesmo nos momentos de turbulência na minha vida pessoal – que os tive – houve uma retaguarda afectiva e foi essa vida familiar que possibilitou uma vida diplomática bem sucedida. Claro que houve quem me ajudasse, amigos e colaboradores e muitas vezes o próprio adversário ... Ou quem começa por ser um adversário e depois, no termo de um processo negocial, quando se chega à paz, se transforma em parceiro ...

Procuro ser rápido na decisão, mas procuro também ser ponderado. Mesmo após ter tomado a decisão e as suas responsabilidades, continuo a pensar nela. Sobretudo se implica com a vida de pessoas, levo mais tempo a pensar. Além disso, ainda tenho boa memória, gosto de trabalhar em equipa e sei ouvir. Alguns dos meus colaboradores dizem-me por vezes que se fartam de dizer coisas, que eu oiço e depois não faço nada do que oiço. Oiço, mas quando chega o momento da decisão, tomo a que convictamente penso ser a melhor. À medida que vou envelhecendo, estou mais disponível para ouvir os outros, forço-me até a ouvir coisas que não valem a pena ... depois, sou curioso por natureza, o que me tem dado até, preciosas indicações para corrigir as primeiras impressões.

in revista Única pp.64-72 do jornal Expresso nº1763 de 12 de Agosto de 2006 numa entrevista assinada por Maria João Avilez.
 

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