Hoje venho
partihar convosco esta minha crónica e um extracto de uma leitura de
uma entrevista. Espero que gostem!
Lagos, 03 de Janeiro de 2003
De
um programa televisivo de após 25 de Abril no ano de 1974 retirei a
seguinte reflexão:
“Não
dá bom resultado para ninguém impor demasiado a sua vontade aos
outros membros da casa. A escravidão não é coisa dura apenas para
o escravo, mas também para o senhor. A escravidão numa família é
um mal para todos. Se qualquer um dos seus membros exigir obediência
dos outros em todas as coisas, grandes ou pequenas, não tardará que
ninguém tenha vontade própria excepto o senhor. Depois todos acabam
por cair pesadamente em cima do mais forte, em busca de apoio ou em
acusação.”
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As
Minhas Leituras: entrevista ao Dr António Monteiro – Embaixador
de Portugal por Maria
João Avilez.
“A
diplomacia é a arte de levar os outros a fazer as coisas à nossa
maneira.»
diz-nos
António Monteiro – Embaixador de Portugal em França, é a
definição de diplomacia que mais gosto e que aprendi quando era
novo. Cada vez menos acredito na imposição e mais na necessidade –
e na obrigação – de
levar
os outros a perceberem que há vantagem em mudarem uma atitude ou
adoptarem um determinado caminho.
Isso tem de advir de uma convicção e nunca de uma imposição.
Gosto
da vida e tenho a consciência de que, no meio de todas as pequenas
frustrações daquilo que não pude alcançar, tenho tido uma vida
profissional e pessoal relativamente feliz. Mesmo nos momentos de
turbulência na minha vida pessoal – que os tive – houve uma
retaguarda afectiva e foi essa vida familiar que possibilitou uma
vida diplomática bem sucedida. Claro que houve quem me ajudasse,
amigos e colaboradores e muitas vezes o próprio adversário ... Ou
quem começa por ser um adversário e depois, no termo de um processo
negocial, quando se chega à paz,
se transforma em parceiro ...
Procuro
ser rápido na decisão, mas procuro também ser ponderado. Mesmo
após ter tomado a decisão e as suas responsabilidades, continuo a
pensar nela. Sobretudo se implica com a vida de pessoas, levo mais
tempo a pensar. Além disso, ainda tenho boa memória, gosto de
trabalhar em equipa e sei ouvir. Alguns dos meus colaboradores
dizem-me por vezes que se fartam de dizer coisas, que eu oiço e
depois não faço nada do que oiço. Oiço, mas quando chega o
momento da decisão, tomo a que convictamente penso ser a melhor. À
medida que vou envelhecendo, estou mais disponível para ouvir os
outros, forço-me até a ouvir coisas que não valem a pena ...
depois, sou curioso por natureza, o que me tem dado até, preciosas
indicações para corrigir as primeiras impressões.❐
in
revista Única pp.64-72
do jornal Expresso nº1763 de 12 de Agosto de 2006 numa entrevista
assinada por Maria João
Avilez.
O meu Clube de Leitura
Os meus filmes
1.º
– As Amendoeiras em Flor e o Corridinho Algarvio.wmv
2.º
– O Cemitério de Lagos
3.º
– Lagos e a sua Costa Dourada
Os meus blogues
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negócios utilizando a metodologia 'coaching')
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