Hoje venho partilhar convosco este meu livro – o 3.0 volume “As minhas Crónicas (2010-2011)” que espera também ser publicado. Espero que gostem e sintam vossas muitas das minhas crónicas. Assim se vai fazendo o nosso quotidiano.
Apresentação
Este é já o segundo volume de “As minhas crónicas”. Trata-se de compilações bienais das crónicas que vou escrevendo e dando a conhecer nos meus blogues para assim partilhar o meu quotidiano, reflexões, opiniões que vão surgindo por isto e aquilo. Talvez tenham alguma importância para quem as lê …
De alguma maneira são o eu retrato.
Estes volumes não têm epílogo porque não se trata de um tema/trabalho fechado.
30
de Dezembro de 2009
Sobre
As Prendas para o Menino
Jesus
Jesus
Cristo nasceu no ano do recenseamento romano na Palestina.
Aproximava-se a data do recenseamento em Belém e era exigido a todos
os cidadãos que se recenseassem no concelho onde tinham nascido.
José pertencia à linha de David e tinha nascido em Belém. Maria
estava prestes a dar à luz, mas o José não podia deixar de
comparecer para se recensear em Belém e à sua família para bem de
todos.
Quando
chegaram a Belém, esta cidade-vila estava cheia de gente que, como o
José, tinha nascido no concelho, mas morava longe. Todas as
hospedarias estavam cheias e José não conseguiu lugar em nenhuma
delas nem/ou por causa do bebé que estava prestes a nascer.
Já
nos limites de Belém e perante mais um “não”, José desesperou.
Vendo o seu desespero, o dono da hospedaria cedeu-lhes a ramada. Não
seria o lugar ideal para um bebé nascer, mas era melhor do que
acontecer na rua sem nenhum resguardo. José agradeceu e lá se
encaminhou com Maria e o seu burro, em cima do qual Maria fez o
percurso de Nazaré a Belém.
José
aconchegou umas palhas e Maria deitou-se tapada com as mantas que
tinham trazido, enquanto o José saiu a buscar água e algum alimento
para os dois. Quando regressou, tal não foi o seu espanto quando viu
Maria com um menino ao colo embrulhado na sua roupinha trazida por
ela. Ele não queria acreditar, mas era verdade: Maria já tinha o
seu bebé ali, à vista. Correu à hospedaria a pedir uma parteira
que a examinasse para saber se estava tudo bem com ela e com o
menino. Era
noite, seria difícil! -
disseram-lhe na hospedaria – Mas,
pela manhã, ficasse descansado que teria uma mulher experiente para
vê-la. Tinha a sua palavra. –
disse-lhe o estalajadeiro.
Finalmente
José dirigiu-se com calma para a ramada. A noite não estava fria,
mas húmida e lá se deitou ao lado de Maria e do Menino para ficarem
mais quentinhos.
Entretanto,
uma luz brilhava no céu e não era uma estrela. Era completamente
diferente delas. Vários astrólogos a viram e pensaram: É
este o sinal pelo qual estávamos esperando. O Rei dos reis já
nasceu. Onde terá acontecido? Quem será ele?
Os
astrólogos daqueles tempos eram pessoas muito importantes e muito
desejadas. Os reis só tomavam decisões, após ouvi-los. Na verdade,
eram eles que governavam porque os reis só faziam o que os magos
(assim se chamavam naquela época) lhes diziam e aconselhavam. Mesmo
que desejassem muito fazer o contrário, não se atreveriam porque
não queriam as consequências que o mago tinha avisado que
aconteceriam, se o rei teimasse em fazer o que queria. Os magos
viviam muito bem, eram muito respeitados e eram os
cientistas da época.
Mais
uma vez, os magos sabiam o que mais ninguém sabia: o Rei dos reis
tinha nascido e só eles o sabiam. Aquela luz o testemunhava e
aquela luz era Cristo. Mas Cristo não avisou apenas os magos. Aquela
luz apareceu perto dos pastores com um anjo. Eram pastores que, de
madrugada, tinham saído com os seus rebanhos para passarem o dia na
serra. Disse-lhes o anjo:
-
Esta noite, na cidade de David,
nasceu-vos o Salvador que é o Messias, o Senhor. Isto vos servirá
de sinal: encontrareis um menino envolto em panos e deitado numa
manjedoura.
De
repente, os pastores que já estavam cheios de medo com a presença
daquela luz e do anjo, ouviram uma multidão de vozes, sem verem
ninguém, cantando:
-
Glória a Deus nas
alturas e paz na Terra a todos os de boa-vontade. (S.
Lucas 2, 8-15)
Os
pastores ficaram extasiados com aquela manifestação divina e após,
decidiram ir a Belém ver o que tinha acontecido e que o Senhor lhes
dera a conhecer.
Entretanto,
já era manhã cedo, Maria e José esperavam a parteira e decidiram
pôr o Menino na manjedoura perto da vaca que estava na ramada e do
seu burro e fizeram a sua higiene.
O
estalajadeiro saudou-os e trouxe um jarro com o qual ordenhou a vaca
e ofereceu o leite para o Menino beber e os pais também. Também
lhes ofereceu pão e chouriço. A parteira entrou e ficou com Maria,
enquanto José saiu com o estalajadeiro que se sentia uma pessoa
muito feliz.
Chegaram
os pastores e contaram ao estalajadeiro e a José o que lhes tinha
acontecido. O estalajadeiro e José ficaram estupefactos. Sai a
parteira e diz a José: - A
sua mulher está bem e o Menino também. Ela é uma santa. Cuide bem
dela!
Quanto
lhe devo? - pergunta-lhe José e ela diz: - Nada!
Nada! E sai, benzendo-se muitas vezes. José entra na ramada,
preocupado. O que se passa, Maria?
Está
tudo bem! - diz-lhe ela.
Podemos
entrar? Queremos ver o Menino. É o Messias!
- dizem os pastores. Entrem!
Entrem! - disse-lhes José. Eles
ajoelharam-se em frente do Menino e as ovelhinhas circundaram-nos
balindo, contentes. Os pastores ofereceram os queijos que tinham, pão
e leite.
Chegaram
mulheres com fruta e uma sopa quente para eles e para verem o Menino
e assim foi toda a manhã.
Depois
chegaram familiares de José que acorreram para conhecer o
Menino, não sabendo que lá estava José.
Reconheceram-se e ficaram muito contentes. Levaram José, Maria e o
Menino para sua casa. José agradeceu, comovido.
Manhã
cedo da noite em que nasceu, já Jesus Cristo estava a receber
prendas; bem simples, é verdade; mas prendas com o coração.♥
ramada
= abrigo feito nos campos para recolha de gado.
ordenhar
= espremer as tetas de um animal-fêmea para lhe extrair o leite.
28
de Dezembro de 2009
Sobre
O tenor Andrea Bocelli
No
passado dia 26, a RTP2 brindou-nos excepcionalmente às 17:00 horas,
no Programa PALCOS (que tem horário habitual às 01:30 horas e por
isso nunca vejo, apesar de gostar muito) com o mais recente DVD de
Andrea Bocelli do qual sou fã pela maravilhosa voz e técnica vocal
que tem que merecem de nós a maior admiração.
Pois
bem, este seu mais recente trabalho intitula-se My
Christmas e é mais um excelente trabalho.
Ninguém perde o seu tempo ao apreciá-lo.
A
quem não teve oportunidade, convido a consultar o seu portal
http://www.andreabocelli-theofficialwebsite.com/
que
está maravilhoso, muito completo e, além da qualidade técnica,
também está muito profissional. Quem ainda não faz parte do seu
Clube de Fãs porque não passar a fazer?
http://www.andreabocelli.org/fanclub.html
Parabéns
à RTP2 pelo excelente programa musical de Natal com que nos brindou.
A mim agradou-me imenso!❐
Andrea Bocelli's
Biography
At last, a legend for the new millennium. A legend in the Homeric
sense of a myth,
A myth, the “word that speaks” which has flowered here
through song: pure enchantment and sensational power, like Caruso,
Gigli, del Monaco, Corelli ...
A legend (of Andrea Bocelli's stature) is not created by design: the
most astute marketing would never be able to produce such result. It
is simply that people recognize him and he has a following in the
most far flung parts of the world (and so for the artist the greatest
adventure begins: bearing the responsibility for those millions of
souls who ask to identify themselves in his voice, to unlock and
interpret their deepest needs – first and foremost, the need for
beauty.)
And so it happened in an apparently equal context (a singing
competition, a showcase of popular songs), and yet – with hindsight
– the ideal, in fact the most perfect place: the infancy of a
legend followed a careful course which went beyond imagination, broke
traditions and created its own originality.
Bocelli sang at San Remo and that excited universe which was
concealed behind the mask of the bored television public, recognized
and voted for him. The tone of his voice brought tenderness to
the world, his fame increased exponentially
beyond the entire media circus. Because
«if God would have a singing voice, He would sound a lot like Andrea
Bocelli» (even Celine Dion's famous comment is a clear,
unadorned testament to the artist's mythical status and the
perception of a gift: that voice, that sensibility, that delivery,
that simultaneously melancholy and radiant colour, unrivalled
expression in song of the love of a lover or a father, a matchless
expression of earthly desire or heavenly love.
The
responsibility of talent
“I don't think one decides to become
a singer. It is decided for you by the reactions of the people around
you. Perhaps one should not say «listen to me, I want to sing for
you», but if people say «please, sing for us» then ...”
Andrea Bocelli had to reckon with a double gift, both elements of
which are completely absorbing. The first aspect is the
superb potential of his voice: a timbre which is as
recognizable as a signature, quite unlike any other (as in the case
of Callas, quite unmistakable and on hearing which it is impossible
to remain unmoved), full
and powerful, with a versatility ranging from the belcanto to the
furore of verismo, from the sacred repertoire to the popular ballads.
Not to have developed, not to have nurtured such a rare talent, to
bring it to bloom (through assiduous technical work and
interpretative study) would – we believe – have been unpardonable
for a man like Bocelli.
The second gift is even more delicate and complex than the
miracle of the two vocal chords that seduce audiences all over the
world: life's journey led Andrea Bocelli in adolescence to a
different ability which deprived him of sight. This was truly a
privation which increased the flow of an extraordinary and unique
sensibility.
(So here once again is the legend, so tangible and vivid: the one who
cannot see has the most exceptional vision ... You only need to
remember “Homer's etymology: «he who does not see»): Bocelli
transforms his limitation: he excels in his interpretation of the
lyrics, his perception of the subtleties of musical expression is
sublime ... The result is a «talent
for representation» which regularly breaks through all
possible barriers of repertoire, whether linguistic or cultural. The
result is also a professional approach which is driven by a voracious
appetite for culture and a fierce self-criticism in the search
for a level of perfection which can attain utopia.
The
empowerment of an unusual journey
Andrea Bocelli is an
opera singer. A refined tenor (whose use of his voice combines
the unmistakable power of the heroic tone with the youthful fragrance
of a graceful tenor fortified by an unusually polished timbre) who
can sing anything from Verdi to Puccini, from Mascagni to Massenet;
an artist who scrupulously studies the score (evident also by the way
in which he does not emulate the great masters of the past: Bocelli
brings his own interpretation, his own approach to each role). He is
a «complete»
musician as they used to say of those who had a solid
background of study behind them, including piano. Moreover he
forged his own personality through the study of the humanities and a
degree in Law.
Paradoxically, at times it pays to restrict one's breadth of
interest while instead eclecticism, intellectual curiosity, the
absence of prejudice – in the colourful and diverse world of the
opera-goer – are a source of diffidence and even suspicion.
Bocelli, the superb voice that the opera had been awaiting for years,
«exploded» onto the world stage performing a song at the San Remo
Festival. An anomalous route offering extraordinary possibilities: a
real breath of fresh air in a world – that of the opera – which
risked forgetting its own popular origins, so fiercely attached was
it to its elitist and somewhat shaky pedestal. An anomaly which for
millions represented a true motive for recognition 8how many have
been able to get closer to our great operatic heritage, thanks to the
songs performed by Bocelli,
a true bridge between «popular» and «classical» music)
something which is not understood by one, albeit very small corner of
the world of musical criticism which is jointly responsible for the
operatic autism which seriously prejudices the musical art form that
represents the best Italy has been able to produce in the last four
centuries. In honour of the truth, many among the hesitant champions
of preconceived ideas (representatives of the operatic cosmos which
has always made a legend of a vocal past which we will never see
again – it was already so in the eighteenth century, no doubt it
will be repeated again in a hundred years time - ) have gradually
changed minds ... following Andrea Bocelli's professional rise, the
expansion of his exquisitely operatic repertoire, his theatrical and
recording successes.
Andrea Bocelli has paid the price of this unusual career path: had he
been «only» an opera singer, he would from the start have been
carried along in the palm of those demanding musical aristocracy. But
his voice will not be held back by boundaries: it rings out all over
the world in «Time to say
goodbye», while on stage it resonates in the operatic
masterpieces. A genre which has found a regenerating thrust of
unheard of power precisely as a result of the «Bocelli phenomenon».
Thanks to the tenor from Pisa, the spotlights of the media turn once
again towards the opera and young audiences leave their prisons of
prejudice and ignorance, discovering a rich mine of emotions in the
teatro musicale.
Such an ambassador for opera, able to move audiences as wide as
oceans, capable of launching a melodic «cross over» genre which
today counts innumerable emulators, capable of developing an
understanding of what is beautiful in vast sections of the
population, also – like all true legends – generates a current of
snobbish diffidence ... albeit an ever decreasing one with each day
that passes.
Instead, alongside his worldwide fame, Andrea Bocelli's awareness of
the cultural and social function now held by his name increases: the
legend is a vital ingredient of human civilization.
An
old fashioned training of a modern tenor
... but we could equally say «the
modern training of an old fashioned tenor.»
Both of these definitions would describe the background and
professional training of Bocelli, the star, «a
modern but old fashioned tenor» (as he likes to describe
himself).
Modern but old fashioned as Puccini undoubted was or Mascagni. And it
is the same Tuscan landscape of Puccini and Mascagni that gave birth
to Andrea Bocelli. He was born on 22nd September 1958 and
grew up at the family farm in Lajatico, a very close-knit rural
community nestling between the vines and olives groves in the
province of Pisa (the farm still today produces excellent wine which
is highly prized around the world).
His parents must receive the credit for having identified and
encouraged young Andrea's musical talent, allowing him to
start studying the piano from the age of six years old. Later
his musical passion would
extend to the flute and saxophone. But it was in his voice
that Andrea discovered the ideal instrument: the karmic line of his
life became evident from the moment the magic of the voice struck the
sensibility of the young musician ...
In 1970, he enjoyed his first success in a singing competition:
Andrea was not yet twelve years old when he
won the Margherita d' Oro in Viareggio singing «O
sole mio». After singing
lessons with Maestro Luciano Bettarini (himself a legendary
singing teacher with a striking list of illustrious pupils from
Fedora Barbieri to Tagliavini, Corelli to Panerai and Bastianini)
Bocelli approached Franco
Corelli, an artist whom Andrea had always worshipped (his
esteem was reciprocated over the years by the great singer from
Ancona). In order to pay for singing lessons,Andrea would play the
piano in the local bars and in the meantime he continued with his
studies graduating in
Law at the university of Pisa (a profession which he practised
for a year when he worked as a Public Defence Counsel).
Immediately after taking part in a singing master class held by
Franco Corelli in Turin, Andrea Bocelli had an opportunity to make
his début on the operatic stage in Verdi's
«Macbeth» (in the role of Macduff
directed by Claudio Desderi and touring Pisa, Mantova, Lucca and
Livorno – during the same period that saw him take off in the world
of pop discovery by Caterina Caselli and her record label “Sugar”.
That Christmas he was invited to sing the Adeste
Fideles in the Sala Nervi in the Vatican before the Pope.
While only the previous year, on the 28th December, Andrea
had made his début in the world of classical music in a concert at
the Teatro Romolo
Valli in Reggio Emilia.
No more courtrooms or requests in piano bars: this was the start of a
meteoric rise. Andrea Bocelli had found the stage: in fact the stage
found Andrea Bocelli and would never leave him.
Con
te partirò
There is something miraculous about the parallel track along which
the tenor Andrea Bocelli's career developed. In 1996, the melody of
the song «Con te partirò»
(and later its arrangement as a duet with Sarah Brightman with the
title «Time to say goodbye») was heard in every corner of the
world. The Bocelli phenomenon was being talked about everywhere: an
artist whose explosion onto the recording world – with an album
entitled «Romanza» - broke
all records.
In Germany, for example, the duet remained at number one in the
charts for fourteen consecutive weeks, selling more than three
million copies and becoming the best selling single of all time.
At the same time, Andrea embarked on his operatic course, measuring
his repertoire according to a forward looking plan for the management
of his voice which was both prudent and courageous.
It was Sardinia (in the adventurous theatre in Cagliari which in that
period was making its name by presenting intriguing and at times
eccentric productions of high quality which attracted great media
interest) that hosted Andrea Bocelli's first entirely operatic
concerts.
Followed by Torre del Lago Puccini, where in the summer of 1997 the
tenor performed parts of «Madame
Butterfly» and «Tosca»
and also the «Aria
dei 9 do» from «La Fille
du Regiment» to a resounding ovation.
In 1998, came a new début: another important milestone in the
development of the artist's vocal and stage career. This time Andrea
played the leading role «Rodolfo»
alongside Daniela Dessi in Puccini's «La
Bohème» on stage in Cagliari, directed by Steven Mercurio.
That same year he met Maestro Zubin Mehta and this led to a first
collaboration between them for an important concert in Tel Aviv. The
celebrated orchestra conductor was enthusiastic about Bocelli's
talents and declared his views several times in public, extolling the
Tuscan tenor's
musicality, his
solid preparation
and his musical
refinement.
In 1999, Andrea performed at the arena in Verona for the first time
(as a guest at the Gala in Léhar's
«Merry Widow» directed
by Anton Guadagno). Here he was applauded by an audience of eighteen
thousand after his flat top note in «Tu
che m'hai preso il cuore» and the Brindisi from the
«Traviata» with Cecilia
Gasdia. In October, he made his début in the United States in
Massenet's Werther, on stage in Detroit, directed by Steven Mercurio
and with Denice Graves in the role of Charlotte.
1999 was also the year in which Andrea received the nomination of
«Best New Artist» at the
Grammy Awards becoming the first classical artist to receive this
honour in thirty-eight years. This was the year in which the album
«Sogno» was released
which included Andrea's masterly interpretation in duet with Céline
Dion of «The Prayer», which had already won the Golden
Globe Award as Best Original Song and was subsequently
nominated at the Oscars.
From this point on, Bocelli Legend supported by huge record sales,
was unstoppable. His concerts would find the most celebrated
directors on the podium such as Lorin Maazel (the classical tour in
1999, in Munich and Verdi's «Requiem»
recorded in London in 2000) and Zubin Mehta. Another important
professional collaboration not to be overlooked brought Bocelli
together with Myun Whun Chung, the Director of the Orchestra of the
National Academy of S. Cecilia in Rome.
In January 2001, Andrea made his début on the stage of the
Filarmonica in Verona in Mascagni's «Amico
Fritz», a role which was particularly well suited to
Bocelli's voice. On 28th December of the same year he went
to New York upon the invitation of Mayor Rudolph Guiliani where he
sang Schubert's «Ave
Maria» at “Ground Zero” before the world as part of the
memorial to the victims of 11th September 2001.
In the summer of 2002, Andrea made his début in the role of
Pinkerton in
«Madam Butterfly» at
Torre del Lago. Following further successful recordings and
international awards (for example, in 2002, he received two World
Music Awards in Monte Carlo: “World
best selling classical artist” and “Best
selling Italian artist”. He was also awarded the Luciano
Cirri prize in Rome for his contribution to the spread of
Italian culture throughout the world and, for the same reason, he was
awarded the Caruso prize in
Sorrento in September. In October, in London, he received the
National Music Award and in
December the “Best of the world”
prize at the American Music Awards). In 2004, Bocelli made his
debut in the role of Cavaradossi
in «Tosca» at the
Festival of Torre del Lago Puccini. His operatic career continued
unabated (he played the lead in «Werther»
again at the Municipal Theatre in Bologna) and sang at many large
concert venues. In the meantime, his repertoire of classical
recordings also continued to grow significantly. Because beyond the
reverberations of his enormous success all over the world which now
had become a historic fact, the legend had pursued a careful path and
it is striking how when the time is right – the artist in the
fullness of his vocal power and interpretative skill – fixes
archives, stocks the shelves of time leaving memory and testimony
alive for those who will follow.
The
essential (is invisible to the eye)
It is the whole of existence which is called into play in Antoine de
Saint-Exupery's brilliant maxim (from «Le
Petit Prince» which reminds us that «you
can only see with your heart. The essential is invisible to the eye.»
Bocelli curious, passionately active and tenaciously positive about
life, is deeply familiar with the secret of this literary reflection
... a sentence which is unnerving in its dazzling and linear truth.
The essential in a tenor's professional sphere is, in this case too,
invisible to the eye. It is through his discography under the
signature of international record labels («Sugar
Music» under licence to Polydor) that one measures the career
of an artist. And in Bocelli's case it is by his recordings that his
voice can be guaranteed to be kept constantly up to the minute for
generations to come. As Caruso did at the start of the last century,
so Bocelli continues to do at the beginning of the millennium.
The first classical recording dates back to 1997 and was entitled
«Viaggio Italiano». It
was a Caterina Caselli Sugar project undertaken with the Moscow Radio
Symphony Orchestra under the direction of Vladimir Fedoseyev. The
album booklet read as follows “The
tenor Andrea Bocelli in a concert of well known operatic arias and
classical songs, an imaginary journey through the mystical world of
opera and the Italian operatic tradition, the only true cultural
heritage of the great mass emigration to the United States. This
record is an homage to the decisive role of the Italian emigration to
North America in safeguarding and spreading the Italian musical
tradition throughout the world. An homage and a cultural recognition
for millions of émigrés who kept alive and spread throughout the
New World one of the most important Italian cultural legacies : the
opera, the melodrama, the bel
canto and,
more in general, the melodic tradition and the Italian popular song
(...)”. from Puccini to Schubert, from Verdi to Donizetti
(«Nessun Dorma», «Ave Maria», «La donna è mobile», «Una
furtiva lacrima» and many others), with a pleasing list of
masterfully performed classic Neapolitan songs. Notwithstanding all
of this, Maestro Bocelli's fierce self criticism adds a note: “I
extend my heartfelt apologies to all Neapolitans for my accent, but –
given the love I have for their language – I hope I will be
forgiven. I hope to improve my pronunciation very soon. Foundly
yours”
1998 saw the release of Aria
– The Opera Album with the Orchestra of the Maggio Musicale
Fiorentino directed by Gianandrea Noseda. Bocelli's voice extended
its potential in seventeen stunning arias from the operatic
repertoire. On the eve of the new millennium, he released a CD
entirely dedicated to Sacred
Arias with the Orchestra and Choir of the National Academy of
Saint Cecilia directed by Myung-Whun Chung (recorded in 1999). Pages
«composed to extol the
greatness of God and celebrate His Glory» wrote Bocelli
about an album which was “profoundly desired and wanted”.
The spiritual strength of the pieces was exalted by Bocelli's unique
voice.
“A song is not fine song (bel canto) if it does not create
enchantment” the Tuscan tenor will say many years later with
his typical intense simplicity during a television interview. His
recorded homage to Christianity remains one of his most luminous and
vibrant artistic productions. Sacred
Arias became the
best selling classical album ever released by a solo artist.
Bocelli earned a place in the Guiness
Book of World Records occupying the first, second
and third places in the American classical music charts and
holding onto the top positions week for almost three and a half
years.
A
voice for the new millennium
The year 2000 marked a new milestone in Andrea Bocelli's recording
career: Puccini's «La Bohème»
with the outstanding conductor Zubin Mehta directing the Israel
Philarmonic Orchestra. Barbara Frittoli played the role of «Mimi».
Andrea had already played the role of «Rodolfo»
in 1998, in Cagliari, prompting praise from the teacher Franco
Corelli who commented: “Andrea
is an operatic tenor with a voice of rare beauty. His sense of
romance and melody goes beyond the very essence of «Rodolfo» the
bohemian”.
It is “music of feelings, passions and tears” as Andrea said
himself, finding in «Rodolfo» a passionate young man who could be
like so many boys today ... At the end of the recording, that giant
of interpretation, Zubin Mehta, expressed himself as follows on
Andrea's innate musicality: “
He manages to capture my internal rhythm. With every phrase I
execute, he barely has to perceive what I am doing and he is already
following me.”❐
27
de Dezembro de 2009
Tradições
- II
Este
Natal tenho-me lembrado muito dos Natais da minha infância. Tenho-me
recordado de como me metia na cama no maior silêncio e de como
praticamente quase não respirava para não perturbar Jesus Cristo.
Queria
muito que Ele viesse à minha casa. Havia uma mistura de sentimentos:
era um afecto muito grande que sentia por Ele e se Ele viesse à
minha casa e, se ainda por cima, me desse prendas era a
realização plena; talvez um sentimento
inconsciente de ser correspondida no meu afecto de criança por Ele.
Era a prova de que Ele também gostava
de mim e isso numa criança é
importantíssimo. Assim à distância, parece-me um sentimento que se
assemelhava a termos alguém que gosta de nós, nos visita e dá-nos
prendas; acho que é um afecto de criança correspondido. Por nada eu
queria perturbar ou desrespeitar Jesus.
E
ficava quietinha, metida entre os lençóis e as mantas na
expectativa da chegada de Jesus com as prendas. Acho que seria capaz
de escutar alguma mosca tal era o silêncio que fazia para estar
alerta e não perturbá-l'O. A noite de 24 para 25 de Dezembro era
longa e tardava tanto amanhecer ...
Ter
prendas no sapatinho era uma grande alegria! Nos anos 1960, as
prendas tinham muito mais valor porque eram raras e sempre muito
esperadas. Com a Graça de Deus, sempre tive prendas no meu sapatinho
e assim sempre me senti muito amada por Jesus.
Muito
bom ano de 2010; que seja melhor do que o de 2009. Também para mim.❐
16
de Dezembro de 2009
Sobre
Agricultura inovadora –
II
Consideremos
uma família de três filhos a viver no Minho e com uma propriedade
de 1 hectare.
Pai
– Joaquim Vieira; mãe – Alzira Vieira; filhos – Margarida de
20 anos; Manuel de 18 anos e Tiago de 16 anos.
A
Margarida trabalha numa loja de vestuário e bijutaria e está feliz;
o Manuel já é mecânico e trabalha numa oficina de automóveis.
Eles trabalham em Braga e os pais e o irmão vivem a 10 km da
capital. O Tiago gostaria de ser agricultor, aproveitando o facto dos
pais terem esta propriedade e ingressou este ano no primeiro ano da
Escola Agrícola para obter o diploma de Técnico Agrícola nível
III, segundo a classificação existente na União Europeia.
O
interesse e entusiasmo do Tiago pelas coisas agrícolas chamaram a
atenção do professor João Dias que já tem conversado com ele no
intervalo, após a aula. Já foi com o Tiago visitar a propriedade
dos pais dele. Disse-lhe que a terra é boa para produzir vários
bens desde kiwis a uvas para a produção de vinho verde. O Tiago
cada vez sonha mais e planeia mais o que fazer naquela propriedade.
Os
pais já o tentaram refrear um pouco, mencionando que ele tem dois
irmãos e que, primeiro, é necessário conversar tudo entre a
família. Com uma lagrimazinha ao canto do olho o Tiago contou ao
professor o que os pais lhe tinham dito. O professor pôs-lhe a mão
no ombro «Calma,
meu rapaz. Tudo tem uma solução. Tenho um amigo que é
advogado
e ele vai encontrar a melhor solução para resolveres o teu
problema.»
o
Tiago deu um sorriso e um peso enorme saiu dos seus ombros.
Passado
um mês, num domingo à tarde, houve um encontro familiar entre toda
a família, o professor e o advogado. Toda a família estava um pouco
inquieta e também envergonhada, mas as coisas tinham de ser
esclarecidas. Os pais já não tinham a juventude de outros tempos;
os irmãos mais velhos estavam afastados das lides agrícolas, mas
não queriam que o irmão tomasse assim conta de tudo porque eles
também tinham ali uma parte.
Então
o advogado falou:
“O
Tiago é um lavrador nato. Vê-se isso no entusiasmo e amor que ele
põe em tudo o que se relaciona com a agricultura e é uma pena
desperdiçar este talento e esta terra.
Proponho
que toda a família faça uma sociedade agrícola em que todos
são sócios: os pais em partes iguais, os três filhos em partes
iguais. Assim fica assegurada a distribuição do rendimento da
propriedade.
Por
outro lado, o Tiago inscreve-se como trabalhador a tempo inteiro
desta empresa na qualidade e função de Gerente com o seu
salário adequado e na altura da partilha do rendimento disponível
anual recebe a sua parte igual à de cada irmão. O pai também pode
passar a trabalhador a tempo inteiro da mesma empresa na qualidade de
tractorista/tratador do gado/ (...) com o salário adequado e a mãe
também. Isto para lhes garantir os benefícios sociais estatais de
qualquer trabalhador agrícola, no mínimo.
Os
dois irmãos têm a sua quota-parte no rendimento disponível anual
da empresa. Contudo, se alguma vez quiserem ou virem a precisar de um
posto de trabalho, certamente que a Margarida poderia preparar-se no
Centro de Emprego/Associação de Empresários Agrícolas, fazendo um
curso de técnico administrativo de empresa agrícola ou outra
especialização porque a empresa também precisa dessa especialidade
e o Manuel poderia trabalhar com as máquinas agrícolas, repará-las
...
A
propriedade é pequena, mas trabalhadores especializados conseguem
uma maior produtividade e um maior rendimento no mesmo espaço.”
O
professor acrescenta:
«A
terra seria para permacultura e agricultura biológica e uma parte
pequena para subsistência da família. Poderiam acrescentar-lhe uma
actividade artesanal de produção de compotas, de mel, de queijo,
requeijão, iogurte, ... para vender à consignação em lojas
gourmet
e nos mercados e feiras de agricultura biológica. Com o tempo
poderão aumentar a propriedade, comprando mais terra arável ... »
❐ (continua)
09
de Dezembro de 2009
Sobre
o TGV em Portugal
O
TGV é importante para todos os países e por isso mesmo ele é cada
vez mais implementado.
O TGV também é importante para Portugal, se e só se for
simultaneamente de transporte de mercadorias, principalmente, e de
pessoas e simultaneamente com carris da rede europeia que virá a ser
intercontinental. Como os outros países da Europa mudaram
de carris quando foi necessário para integrar a rede europeia assim
é urgente que Portugal o faça!
Os
acordos e compromissos que o partido socialista tem vindo a fazer
desde 2005 com a Espanha são de uma leviandade a toda a prova que só
pode ter por base ignorância, estupidez ou malvadez. Não há outra
hipótese a considerar!
São
medidas atrás de medidas de um enorme
despesismo que levaria até um país como a Alemanha à
bancarrota. Então, Portugal ... Palavras para quê?
É
necessária toda a atenção do Parlamento Português, agora que as
suas decisões e escolhas podem concretizar-se, para evitar que
Portugal venha a ser um quintal de terceira ou quarta da Espanha e
não mais um jardim da Europa. A vossa atenção também para a
gestão das empresas que absorvem dinheiros públicos; por aí também
o país pode agravar ainda mais o endividamento público. O garrote
já aperta bastante.❐
07
de Dezembro de 2009
Sobre
A Inovação na
Agricultura
A
situação da agricultura em Portugal e na Europa está em perigo.
Além de tudo o mais, só o facto de os deputados portugueses em
Lisboa e no Parlamento Europeu não quererem trabalhar nesta
comissão, mostra como está a moda para ocidente.
Contudo,
parece-me que não é difícil de perceber e sem fazer qualquer
futurologia que os tempos vindouros serão tempos de grande
turbulência e cada um de nós precisa de se alimentar normalmente
três vezes por dia; então compreendo a dureza desta área, mas não
compreendo o abandono, desprezando a urgência premente de a Comissão
da Agricultura estar na vanguarda.
Se
há sector que exige uma mudança radical, esse é o sector da
agricultura. Se há sector que precisa de inovação e das novas
tecnologias, esse é o sector da agricultura.
O
sector da agricultura, atualmente, depende quase totalmente dos
derivados do petróleo. O petróleo é uma energia que se está a
esgotar e é essencial para a segurança e defesa
de qualquer país. Quando um bem escasseia e é imprescindível para
vários sectores nevrálgicos de cada país, várias coisas costumam
acontecer:
- o roubo constante desse bem;
- a subida incomportável do preço desse bem;
- a falta frequente desse bem;
- (..........)
Este
é um dos graves problemas da agricultura atual.
Outro
é o bem precioso que é a água
para a agricultura.
Podemos
pensar que durante muitos séculos a agricultura sobreviveu sem
qualquer dos vários derivados do petróleo que são tão necessários
nos nossos dias.
Para
encetar a agricultura inovadora, precisa-se de tornar os bens
derivados do petróleo e indispensáveis na agricultura
contemporânea, completamente dispensáveis.
Também
se precisa de ter em conta que turbulências a ocorrer a nível
internacional vão dificultar o transporte dos bens alimentares intra
e interpaíses e Europa, o que vai dificultar a importação e a
exportação de bens alimentares que passarão a ser intermitentes,
mesmo de TGV e ter-se-á de começar a contar principalmente com o
abastecimento local.
Sabe-se
que a agricultura anterior aos derivados do petróleo para a
agricultura era uma agricultura de subsistência. O desafio atual
consiste em tornar a agricultura, sem os derivados do petróleo,
competitiva
e produtiva.
Este
desafio não pode ser resolvido a nível local, mas numa cooperação
entre as várias associações de agricultores a nível europeu
com transmissão de conhecimentos e de resultados das experiências
realizadas entre todos. Só assim o progresso para a agricultura
inovadora será consistente.
As
sementes transgénicas não podem ser usadas e aceites em nenhuma
parte; já que o seu objectivo é mais a esterilidade das
espécies, incluindo a humana e o que é feito é contra natura
portanto impossível de ser considerado numa economia inovadora e
biológica que será sempre fértil, pois sementes geram sementes.
Acredito que se trata de mais um processo inventado para obrigar à
fidelização dos clientes agricultores e riqueza dos produtores, já
que aqueles necessitam de comprar todos os anos sementes, pois as
sementes transgénicas não produzem novas sementes que sejam
férteis.
Que
fazer?
Muita
coisa, mas com passos firmes, curtos e seguros.
Relativamente
aos vários sectores do Estado, acredito que esperam propostas dos
agricultores, mas a solução é encontrar
em conjunto propostas e soluções, todos se colocando ao
mesmo nível e estudando o que é mais conveniente e possível em
cada momento e tendo sempre em mente que, em agricultura, só há
médio e longo prazos. A curto prazo não se faz nada. Muitas vezes o
longo prazo é superior a uma ou duas gerações.
A
partir daqui passa-se para o planeamento. Sou Master em Economia na
especialidade de Planeamento e pela minha formação e carácter acho
que este é o melhor instrumento a usar. Outros criticam o
planeamento e preferem outras maneiras de fazer. Desde que os
resultados sejam bons, têm a minha cooperação. Para fazer o
planeamento há que se situar a área, concelho, região, país onde
está inserida a empresa agrícola e analisar tudo em rede. Cada caso
é um caso.❐
(continua)
03
de Dezembro de 2009
Sobre
Poder, Serviço e
Autoridade - II
Continuando
a trabalhar este tema, debrucemo-nos sobre a entidade Estado.
A
ideia de Estado moderno é a de uma planificação orgânica e
referida a um único centro de todas as esferas da vida
social e do controlo efectivo sobre todos os domínios e
sobre todas as associações particulares ou indivíduos.
Devido
à estreita ligação entre Estado e Sociedade, pode-se afirmar que o
Estado é a forma
que atinge a vida social numa fase adiantada do seu desenvolvimento,
uma vez diferenciadas, autonomizadas e tornadas complexas as suas
funções, isto é, o Estado intervém como o elemento que permite
assegurar a sobrevivência, a estabilidade e a permanência de todo o
corpo social. Ele mantém em equilíbrio mais ou menos dinâmico,
mais ou menos estável as tensões, as diferenças, os
desequilíbrios, os conflitos de interesses dos grupos, das classes,
das associações. Para Locke
(séculos XVII e XVIII), o Estado não desempenha só esta tarefa,
mas também garante a possibilidade da realização dos fins a que a
população
se propõe, ou seja, a própria felicidade na Terra. O
Estado deve garantir a segurança da vida social,
deve estimular e possibilitar o máximo
desenvolvimento das potencialidades individuais
e a sua acção
não deve ser de repressão, mas sim deve
proporcionar a segurança, a liberdade,
defender a propriedade dos cidadãos.
Ao Estado cabe uma missão de humanidade, uma missão ética e
espiritual; o Estado está ao serviço
da humanidade; ao
serviço dos ideais supremos a que a humanidade se propõe.
A integração dos indivíduos no Estado
deve ser feita pelo reconhecimento e pela consciencialização
através da educação.
Trata-se, segundo Fichte,
de uma integração orgânica que garante, de facto, a perfeita
equidade entre todos.
Os
Estados modernos fundamentam a sua coesão interna e a sua autonomia
e independência em relação aos outros Estados no princípio
da soberania que resolve o problema da ordem no interior
do próprio Estado. Na relação entre Estados, ao longo do século
XIX, foi-se desenvolvendo uma ordem jurídica que regulasse
exactamente as relações entre Estados – o Direito
Internacional. Já no século XX, se criaram organizações
com o fim específico de zelar pela ordem internacional, tentando
resolver pacificamente os conflitos surgidos entre os
Estados-membros, promovendo o progresso e a cooperação,
esforçando-se no sentido de proporcionar à humanidade uma paz
duradoura.
A
Organização das Nações Unidas,
cuja Carta data de 26 de Janeiro
de 1945, constitui o resultado desse mesmo esforço. Dela faz parte o
seguinte extracto:
Nós,
os povos das Nações Unidas, resolvidos a preservar as gerações
vindouras do flagelo da guerra que, por duas vezes no espaço da
nossa vida, trouxe sofrimentos indizíveis à humanidade e a
reafirmar a fé nos direitos fundamentais do Homem, na
dignidade e no valor do ser humano, na igualdade de direitos
dos homens e mulheres assim como das nações, grandes e pequenas
e estabelecer condições, sob as quais a justiça e o respeito às
obrigações decorrentes de tratados e de outras fontes do direito
internacional, possam ser mantidas e a promover o progresso
social e melhores condições de vida dentro de uma liberdade mais
ampla e para tais fins praticar a tolerância e viver
em paz uns com os outros como bons vizinhos e unir as nossas
forças para manter a paz e a segurança internacional e a
garantir, pela aceitação de princípios e a instituição de
métodos, que a força armada não será usada a não ser no
interesse comum, a empregar um mecanismo internacional para
promover o progresso económico e social de todos os povos.
Resolvemos
conjugar os nossos esforços para a consecução desses objectivos.
Carta
das Nações Unidas
10
de Novembro de 2009
Sobre
A Corrupção
Quando
ouço responsáveis de instituições governamentais afirmarem
que a comunicação social não deve divulgar nos seus órgãos os
assuntos relacionados com a corrupção
porque isso prejudica a imagem de Portugal junto daqueles
estrangeiros, potenciais investidores; acredito que estes
responsáveis têm muito poucas bases democráticas e que prejudicam
muito a nossa democracia.
1.0
– Os meios de comunicação social são um dos poderes democráticos
da sociedade civil. Estes não podem branquear as acções
negativas e aqueles que, de algum modo, prejudicam e usam
a democracia e os cargos que ocupam para enriquecer ilicitamente,
para corromper e destruir o tecido económico, financeiro e
estrutural do país, incluindo a própria democracia.
2.0
– A imagem de Portugal não fica prejudicada pela divulgação que
a comunicação social faça dos podres da nossa sociedade, incluindo
os casos de alta corrupção que caiam nas malhas da lei. Pelo
contrário, desta maneira, os investidores estrangeiros sempre ganham
uma esperança de que Portugal esteja a mudar e eles consigam
investir em Portugal sem cair nas armadilhas da corrupção. Todos
os potenciais investidores estrangeiros sabem que em Portugal a
corrupção domina e é transversal e não é pela comunicação
social que o sabem, mas à boca pequena por aqueles que já
investiram em Portugal e têm a experiência do que realmente cá se
passa, país de características terceiro-mundistas, eles o afirmam.
Basta
censurar a comunicação social, acabando com a liberdade de opinião
e de expressão para todas as outras liberdades ficarem encerradas e
deixarem de existir também e passarmos de uma democracia para uma
oligarquia autocrática
que não governa, mas se governa,
submetendo tudo e todos, seja com uso de luva seja com uso de
cacete.❐
07
de Novembro de 2009
Sobre
Poder, Serviço e
Autoridade
Acredito
que a grande maioria da população portuguesa quer viver em
democracia e sobre isto não tenho dúvidas; mas compreendo que a
grande maioria da população portuguesa não identifica a democracia
que anseia com a democracia em que tem vivido e isto causa-lhe
desilusão, resignação mal-contida, vontade de mudar ... porque o
conceito de democracia e a praxis democrática portuguesa não
se reflectem uma na outra. Então vamos tentar compreender um pouco
melhor as verdadeiras relações democráticas.
É
comummente aceite que os três elementos
constitutivos do Estado são:
- A população, povo, comunidade, conjunto de indivíduos ligados entre si pela ordem estável de um sistema jurídico único e autónomo.
- O território, espaço geográfico definido pelas fronteiras sobre o qual um Estado exerce a soberania. É parte integrante do território: o solo, o subsolo, o espaço aéreo e as águas territoriais, se as houver.
- O vínculo jurídico do Estado que une entre si a população. Consta da organização política regulada por uma Constituição ou Lei Fundamental e segundo a qual se processa a gestão das coisas públicas e a sua coordenação com vista à consecução do bem colectivo. Na Constituição de um Estado se exprime a identidade política de uma comunidade e, por isso, ela é o seu verdadeiro princípio da autonomia e soberania, não só em relação aos seus cidadãos e território como ainda em relação aos demais Estados.
Há
dois tipos
de Estado:
1.o
Estado Absoluto
- caracteriza-se pela concentração de todo o poder e de todas as
suas funções nas mãos de uma só pessoa ou oligarquia ao qual
(quais) compete legislar, governar e exercer a justiça sem ter de
dar contas a ninguém e
2.o
Estado de Direito
- que tem como características o reconhecimento e a vigência da LEI
e o reconhecimento do princípio
da divisão dos poderes
e da respectiva independência. O Direito ou a Lei Civil regulam não
apenas as actividades dos cidadãos como também as acções dos
próprios governantes assim se evitando a arbitrariedade. Por sua
vez, o princípio da divisão dos poderes garante a independência do
legislativo e dos tribunais em relação ao executivo, salvaguardando
desse modo o respeito
pelos direitos fundamentais do cidadão em democracia.
Então
que é o poder?
O
poder é uma relação de domínio sobre outrém, o submisso.
Num
Estado de Direito, não há domínio e submissão que é uma relação
característica do Estado Absoluto. Num Estado de Direito, há
obrigações e direitos a
todos os níveis da hierarquia e cada direito implica uma obrigação
e há delegação de poderes,
cedendo a Autoridade, tudo
veiculado pela LEI que,
quando parte dela já não satisfaz a população, se actualiza.
Veja-se quantas vezes a Constituição já foi alterada e as leis, em
geral.
Então,
quem detém o poder num Estado de Direito, numa democracia?
O
Poder está
na mão da população
com dezoito e mais anos de idade em Portugal. Quando esta vota para o
Parlamento, está a colocar lá os seus representantes
escolhidos de entre o leque dos partidos políticos que se
candidataram e que apresentaram um programa
eleitoral que será
o Programa do
Governo do(s) partido(s) que
alcançaram a maioria dos votos. Assim a população que detém o
poder, delega-o no Parlamento e no Governo eleitos e estes são
instituídos da Autoridade
delegada pela população e colocam-se ao serviço
da população, cumprindo o Programa que obteve a maioria dos votos.
Assim
quanto maior a responsabilidade de determinado cargo, maior o serviço
a prestar à população e maior o número daqueles a quem se serve.
1)
Agora,
o poder da população apenas se exerce nas eleições nacionais?
Com
certeza que não. A população tem obrigação de estar atenta e
organizada na sociedade civil e estas associações
da sociedade civil têm a obrigação e o direito de, todos os
dias, fazer valer os direitos daqueles que se sentem de alguma forma
lesados, junto das instituições que
detêm a Autoridade, baseada na LEI, que vão restituir os
direitos que foram lesados de modo a que a sociedade civil permaneça
em paz, harmonia, feliz e realizando-se nos vários níveis pessoais,
sem beliscar o bem-comum, a dignidade e liberdade de cada um dos seus
cidadãos numa evolução constante dentro dos parâmetros dos
valores democráticos.
Assim
num Estado de Direito, numa democracia que também está em constante
evolução como tudo o que tem vida, a vida democrática não assenta
em três pilares de poderes, mas sim em três pilares de
Autoridade do Estado que são
poderes delegados que recebem a Autoridade por delegação da
população e se põem ao serviço desta:
1.0
– A Autoridade Legislativa que é
exercida pelas assembleias para o efeito constituídas (Parlamento,
Assembleias Legislativas ou Constituintes). Cabe-lhes preparar,
discutir e aprovar as leis que regulam a vida de um Estado desde a
Constituição ou Lei Fundamental até às outras leis gerais.
2.0
– A Autoridade Executiva que é
exercida pelo Governo. A estrutura e composição do Governo é
variável de país para país. A sua função é pôr em prática,
nas situações concretas, as leis gerais elaboradas pelo Parlamento;
isto é, governar o país e administrá-lo segundo a Lei.
3.o
– A Autoridade
Judicial
é o que compete aos Tribunais.
É sua função velar pela observância da ordem jurídica e pelo
cumprimento da Lei, denunciando
as suas violações
e resolvendo os conflitos que possam surgir na sua interpretação
quer nas relações entre cidadãos quer nas relações entre
cidadãos e os órgãos da Autoridade ou do Governo.
Há
dois sistemas de governo em democracia:
- O modelo presidencialista que tende mais para a separação das Autoridades. Neste sistema, o Presidente (Chefe do Estado) ocupa uma posição única na vida do Estado, sendo independente perante o Legislativo e nomeando ou demitindo os membros do Governo e os seus colaboradores. Por outro lado, o Parlamento não pode fazer demitir o Governo, através do voto de desconfiança como também o Presidente, que é Chefe do Executivo, não pode dissolver o Parlamento. Contudo, frequentemente o Presidente interfere no Legislativo mediante o veto ou ainda mediante a apresentação de propostas de lei de sua iniciativa, a iniciativa legislativa.
- O modelo Parlamentarista representa uma das soluções típicas da colaboração dos poderes. O Executivo, formado a partir do partido ou partidos com mais lugares no Parlamento, tem perante este responsabilidade política; isto é, o Parlamento exerce uma acção de vigilância sobre o modo como o Governo cumpre as leis. Por outro lado, o Presidente (Chefe do Estado) pode, em certas circunstâncias previstas na Constituição, dissolver o Parlamento, recorrendo a novas eleições.❐
1)
Escrevendo isto, imediatamente me veio à memória uma conversa de
Jesus Cristo com os discípulos entre os quais estamos incluídos, há
dois mil anos. «Sabeis que os
chefes das nações as governam como seus senhores
e que os grandes
exercem sobre elas o seu poder.
Não
seja assim entre vós! Pelo contrário, quem entre vós quiser
fazer-se grande, seja o vosso servo
e quem no meio de vós quiser
ser o primeiro, seja vosso servo
(aquele que serve, que presta serviço).» (S. Mateus
20,20-28)
Infelizmente,
ainda há muito quem não compreenda esta afirmação.
05
de Novembro de 2009
Sobre O
serviço público da RTP
Todos
falam do serviço público da televisão pública, mas parece-me que
não é um só o entendimento que se tem deste conceito. Acredito que
podemos encontrar dois conceitos bastante diferentes, partindo dos
diferentes conceitos de público.
Para
uns, o público é a escumalha, “the mob”, ignorante que
se dá por satisfeito com novelas de faca e alguidar e futebol de
terceira, quinta categoria e é isso que a televisão pública lhe
deve dar para satisfazer as suas necessidades.
Por
outro lado, há os outros que acham que o público somos todos nós
com defeitos, qualidades e aspirações; cada qual em constante
evolução e em patamares muito diferentes, com
muito mais facilidade em aprender dos outros do que da sua própria
experiência de vida e aí entra o papel fundamental da televisão.
Para
este grupo, o serviço público da televisão pública deve dar
programas de qualidade, sejam novelas que podem formar os
cidadãos em muitos aspectos e algumas têm-no feito, são futebol
e outro tipo de desporto de qualidade, são teatro e cinema
de qualidade, são documentários de diversas áreas, actuais
e de interesse público, são programas de crítica social,
política, ... é tudo o que possa servir directa ou
indirectamente de instrumento para a formação de melhores cidadãos
que saibam viver com uma cada vez melhor cidadania numa sociedade
cada vez melhor para os seus cidadãos.
É
isto que este grupo espera do serviço público da televisão pública
e isto tem de ser pago com a publicidade
concorrendo em igualdade de circunstâncias com as televisões
privadas e não com erário público.
A
televisão privada tem tido, principalmente, um objectivo: um lucro
cada vez maior e interessa-lhe agarrar sobremaneira a publicidade
que escolhe a televisão pública. Sejamos democratas e deixemos a
publicidade escolher os canais onde quer aparecer – público ou
privados. Eu, se tivesse publicidade para divulgar, escolheria a
televisão pública exactamente pelo serviço público que lá se faz
ou gostaria que lá houvesse; até poderia pôr essa condição. De
certeza que gostaria de escolher entre televisões privadas e também
a pública; só assim me sentiria a escolher de pleno direito.❐
19
de Outubro de 2009
Sobre
Temas urgentes da
legislatura actual
Na
sexta-feira passada, escutei nos noticiários da rádio e da
televisão que no parlamento, foram logo apresentados quase uma
dezena de projectos legislativos sobre vários temas. Contudo, nenhum
me pareceu de algum interesse especial para o país. É apenas uma
opinião minha, cidadã de pleno direito.
Nessa
qualidade, gostaria de apresentar alguns temas que considero bem
urgentes a nível nacional. Devido a mais uma vez Portugal se
encontrar na cauda da União Europeia, para sair desta crise de
vários quadrantes e pelo facto de termos uma taxa de mortalidade
superior à taxa de natalidade, proponho:
1.0
– várias comissões de trabalho, uma para cada um dos temas:
Família e Famílias Numerosas; PME, Segurança Social, Fiscalidade,
Segurança, Banca, Planeamento Regional, ...
2.0
– Cada comissão reúne toda a legislação existente, estuda-a,
organiza-a, ordena-a, trabalhando-a de maneira a ficar mais
eficiente, eficaz e de mais fácil manuseamento. Elabora a legislação
que faz falta para suprimir lacunas e retira a legislação obsoleta,
a mais e a desadequada.
3.0
– Convida as organizações da sociedade civil para colaborar,
exprimindo aquilo que acham necessário e urgente existir, aquilo que
as prejudica, aquilo que gostariam de ver legislado, a sua
experiência e conhecimentos de organizações internacionais
congéneres, ...
É
urgente apoiar a todos os níveis as famílias, elas são o núcleo
principal da nossa sociedade. Precisam de um carinho especial. Elas,
as famílias portuguesas, são as guardiãs da cultura portuguesa, da
história portuguesa, do nosso património genético, de nós
existirmos de corpo inteiro no futuro. O trabalho precisa de ser
organizado, tendo em atenção que os pais, os filhos, os parentes,
os amigos precisam de algum tempo para conviver, sentir-se, estar,
... Se as empresas tiverem responsáveis mais competentes, muito dos
tempos mortos são eliminados, a produtividade aumenta, perde-se
menos tempo, ganha-se mais tempo para a família e a empresa aumenta
a sua produtividade, criando os intervalos necessários para
descontrair um pouco, trabalhando por objectivos e menos por
horários fixos e pouco produtivos.
É
urgente uma atenção muito especial para as famílias numerosas,
diminuindo-lhes as despesas o mais possível a
vários níveis: fiscalidade, água e electricidade, segurança
social, educação, habitação, ... para que elas se sintam apoiadas
e queridas por este país.
A
Segurança Social pode colaborar mais com as famílias de
desempregados, dando-lhes a formação necessária e aconselhando-os
de maneira a poderem acolher nos seus lares idosos, crianças de
famílias empregadas ou disfuncionais, ...
Os
Centros de Emprego podem dar formação para profissões por conta
própria, incluindo trabalho de carácter social e Economia
Doméstica.
Há
sempre gente empregada e que precisa de apoio extra, incluindo que
lhes vão buscar os filhos, que lhes façam as compras, ...
É
urgente apoiar os sobredotados porque se encontram em todos os
estratos sociais e precisam de apoio para participarem em encontros
nacionais e internacionais, concursos, para poderem inventar e
produzir ... A sua associação ou associações precisam de apoio e
legislação. Eles são cada vez mais necessários para haver
empresas inovadoras e dinâmicas.❐
13
de Outubro de 2009
Sobre
As
eleições autárquicas 2009
«Ele
há coisas ... » diz o povo numa expressão difícil de
traduzir.
Pois
é, no passado domingo, dia 11, aconteceram as eleições
autárquicas. Em primeiro lugar, há que salientar a elevada
abstenção destas eleições – 41% (aprox.) Foi o
verdadeiro vencedor destas eleições. Parece-me que nunca se
atingiu um nível tão elevado de abstenções em eleições
autárquicas. Acredito que tem a ver com a enorme proximidade entre
estas três eleições e grande desilusão política; parece-me que
as pessoas já não se sentem a viver em democracia, fruto sabe-se lá
do quê.
Continuemos.
Como eleições autárquicas que foram – o
objectivo era conquistar câmaras, juntas de freguesia, mandatos nas
assembleias municipais. Pois bem, o Partido
Social-Democrata obteve o maior número de câmaras e o maior número
de freguesias; o Partido Socialista obteve o maior número de
mandatos nas assembleias municipais. Portanto, o Partido
Social-Democrata obteve
o primeiro lugar
com 39% (aprox.) e foi o partido
vencedor destas
eleições e elege o
presidente para a
Associação Nacional de Municípios. O Partido Socialista
obteve o segundo lugar com 38% (aprox.) e perdeu estas eleições.
Continuando,
analisemos então a dinâmica de cada um dos três primeiros partidos
relativamente às últimas eleições. Em 2005, também o Partido
Social-Democrata foi o vencedor destas eleições, obtendo 157
câmaras municipais e o Partido Socialista também ficou em segundo
lugar com 108 câmaras municipais. Contudo, é importante salientar
que a dinâmica mostra que o Partido
Social-Democrata, relativamente a 2005, perdeu 19 câmaras
municipais. Então, o PSD foi o maior dos partidos perdedores
nestas eleições.
Por
outro lado, o Partido Socialista,
relativamente a 2005, foi o partido ganhador destas eleições, pois
obteve mais 23 câmaras
municipais.
Também
a CDU (Partido Comunista + Verdes) foi
uma coligação perdedora, pois em 2005 obteve 32 câmaras municipais
e, este ano, obteve 28 câmaras municipais, perdendo quatro
câmaras.
Extrapolando
de uma forma qualitativa, podemos afirmar que o PSD está numa
dinâmica de derrota nesta matéria. Portanto, terá de mudar alguma
coisa que deve estar errada, talvez bugs a vários níveis
estejam a desfigurar o partido e a enfraquecer a sua posição de
líder.
Relativamente
ao Partido Socialista, este está numa dinâmica de vitória. Será
que tem o apoio afectivo da maioria da população? Se tiver, a
dinâmica de vitória manter-se-á; se não tiver, mais cedo ou mais
tarde, entrará em águas turbulentas. A população com mais de 35
anos vai ter muita dificuldade em engolir
novamente um Portugal monocromático. Os mais novos ainda não sabem
o que é ... ❐
01
de Outubro de 2009
Sobre
Siglas de expressões
estrangeiras
Ao
assistir aos telejornais, neste caso, sobre as eleições na
Alemanha, novamente voltei a escutar SPD
– como sigla do Partido Social-Democrata da Alemanha e
imediatamente me veio à memória um episódio um pouco desagradável
para mim, exactamente por causa desta informação.
Há
já alguns anos, aconteceu-me estar a uma mesa onde também estava
uma senhora alemã. Estávamos em época eleitoral na Alemanha e eu
falei do SPD como partido social-democrata alemão. Era esta a
informação que sempre temos tido dos meios de comunicação e eu
considerava-os fidedignos. Então a senhora alemã, já com as faces
bem vermelhas, certamente de muita raiva contida, disse-me:
-
O SPD não é partido social-democrata alemão! O SPD
é Sozialistische Partei Deutschland
(partido socialista alemão) e é da esquerda.
Eu
fiquei sem palavras. Ela estava mesmo exaltada comigo!
Senhores
jornalistas, por favor, sejam mais rigorosos!
Já
agora, parece que FDP -
Freiesdemokratische Partei (partido liberal-democrata) é o
partido do centro-direita na Alemanha. O SPD deve fazer parte do
Grupo Socialista Europeu.❐
30
de Setembro de 2009
Sobre
Análise aos resultados
eleitorais das legislativas 2009
Os
resultados eleitorais destas eleições foram muito sui
generis.
Para fazer esta análise há que primeiro constatar quem teve mais
votos:
1.0
- O partido que teve mais votos foi o partido socialista – 36,6%
com 96+11
deputados para o parlamento, contudo foi o único partido perdedor
dos seis partidos mais votados – perdeu
24 (vinte e quatro) deputados o que representa uma perda
de cerca de 584 mil votos. Claro que a sua maioria absoluta da última
legislatura é sempre uma excepção, a regra é a maioria relativa.
2.0
– Também há que verificar que o centro-direita português teve
mais votos e tem mais deputados do que o partido socialista: o PSD –
Partido Social-Democrata obteve 29,1% e 78+32
deputados no parlamento e o CDS – Centro
Democrático e Social (abandonou a linha PP) obteve 10,5% e 21
deputados o que perfaz 39,6%
e 102 deputados
no parlamento. Portanto, é o
centro-direita que tem a maioria no parlamento.
Tem a escolher de duas opções: formar governo ou formar uma frente
de oposição no parlamento. Não sei qual delas é a mais aliciante,
talvez a segunda!
3.0
– Há que estudar as dinâmicas em cada um dos partidos
relativamente às eleições legislativas de 2005.
PS
(Partido Socialista) – foi o único partido perdedor entre
os seis primeiros partidos. Perdeu cerca de 584 mil votos e 24
deputados. Ficou em primeiro lugar, mas não detém a maioria no
parlamento, já que essa pertence ao centro-direita que, me parece,
não tem obstáculos programáticos que dificultem uma aliança. Quer
formar governo. Vai pegar numa casa muito endividada por ele. Será
para continuar a endividá-la mais ou para a recuperar diminuindo as
dívidas? Na campanha eleitoral afirmou sempre, sem dúvida alguma,
continuar na linha do endividamento. Portanto, cumprindo a sua
palavra, vai escolher a primeira hipótese.
PSD
(Partido Social-Democrata) – Os PP do PSD estão a fazer um
grande favor ao PS. Porque será?
O
PSD foi um dos partidos ganhadores. Subiu de 28,8% nas últimas
legislativas e 75 deputados para 29,1% e 81 deputados. Ganhou mais
seis deputados no parlamento. Em aliança com o CDS
tem a maioria: 39,6% e 102 deputados.
CDS
(Centro Democrático e Social) – Foi o grande
partido ganhador. Subiu para 10,5% com 21 deputados.
Obteve mais nove lugares no
parlamento. Esta vitória deve-se a um abandono das políticas PP e
dedicar-se às políticas sociais durante a última
legislatura que lhe grangeou credibilidade junto do eleitorado e ao
programa eleitoral que apresentou nesta campanha eleitoral. As
sessões televisivas do parlamento deram a conhecer a sua posição
nesta matéria junto da população portuguesa. Os PP do PSD também
deram uma grande ajudinha. Por tudo isto, a poderosa máquina
socialista já começou o seu trabalho de desgaste político do Dr.
Paulo Portas, invadindo os meios de comunicação com notícias
aleivosas, lançando suspeitas, coacções para enfraquecer o
adversário e conseguir uma melhor negociação para si. Já têm uma
grande experiência nesta matéria desde a nossa primeira democracia
ainda na monarquia. Isto só demonstra a força que o CDS ganhou
nestas eleições.
BE
(Bloco de Esquerda) – Foi o segundo maior partido ganhador.
Subiu para 9,9% com 16 deputados no parlamento. Obteve mais
oito lugares no parlamento e mais duzentos mil votos.
Passou para quarta força política no parlamento. Acredito
que ganhou muitos votos dos descontentes com as políticas do governo
socialista de maioria absoluta do engenheiro José Sócrates. Este
facto impede-o de fazer uma aliança com o partido socialista e
também o seu programa eleitoral que é completamente oposto ao
programa e governo do partido socialista. Se
esta aliança não descredibilizasse completamente o Bloco de
Esquerda, Partido Socialista e Bloco de Esquerda perfazem
46,5% dos votos e 112 deputados. Contudo, é uma aliança impossível.
CDU
(Partido Comunista + Verdes) – Foi o quarto partido
ganhador. Subiu para 7,9% com 15 deputados no parlamento. Ganhou mais
um deputado. Obteve mais 30 000 votos do que nas
últimas legislativas. Ao contrário dos votos no CDS e no BE, os
votos desta coligação são votos seguros, permanecem. Com passo
seguro tem vindo a aumentar o seu eleitorado.
PCTP/MRPP
– Foi o quinto partido ganhador destas eleições. Obteve cerca de
53 000 votos do eleitorado português. Subiu o seu número de votos
relativamente a 2005. Ainda não conseguiu um deputado, mas parece
que andará perto. Nas próximas eleições legislativas, talvez.
4.0
- Reflectindo sobre o resultado destas eleições, podemos afirmar
que os partidos de esquerda estão em
ascensão em Portugal. Mantendo o BE o seu programa
eleitoral e a sua linha política, o natural será uma aliança entre
o BE e o MRPP no futuro. Será mais rápido para o MRPP conseguir
assentos parlamentares e haverá uma maior coesão nos votos do BE.
Acredito
que os votos socialistas no BE, têm por objectivo uma oposição
firme e constante às medidas do governo socialista; mas é
eleitorado que não aceita as linhas programáticas do BE e,
portanto, não o quer no governo. Para este eleitorado aceitar uma
aliança do BE com o partido socialista, o BE teria de passar para
uma linha política muito mais moderada semelhante à do Dr. Manuel
Alegre o que faria perder ao BE, o seu eleitorado seguro que passaria
para o MRPP. Então, apesar de um namoro firme, tentador e desafiante
da parte do PS ao BE, acredito que o BE vai
conseguir resistir a tanta tentação e manter a sua nega,
satisfazendo o eleitorado que o colocou na quarta posição no
parlamento.
A
CDU é igual a si própria e acredito que se mantém fiel ao seu
eleitorado como este lhe é fiel e vice-versa.
O
CDS tem todas as possibilidades de passar a líder da oposição e os
PPD a quarta ou quinta força política. Basta ao CDS manter-se
centro democrático e social, respeitando este programa e o
seu eleitorado. Se começar a balançar entre medidas sociais e PP
perde a credibilidade neste eleitorado e perde a posição que já
alcançou. Parece-me ser esta a posição do CDS, neste momento.
Os
movimentos destes partidos durante esta legislatura que se aproxima
ditarão o futuro das suas posições no parlamento português. Assim
me parece! ❐
12
de Setembro de 2009
Sobre
Os debates da
pré-campanha eleitoral para as legislativas 2009
Como
boa cidadã que me considero e já sabendo de antemão em que partido
político vou votar, vi todos os debates desta pré-campanha e,
após a última, terminei com uma exclamação:
-
Mas o engenheiro José Sócrates nunca falou do seu programa
eleitoral, nunca manifestou as suas ambições, os seus desejos para
a nova legislatura que se aproxima. Falou sempre das medidas
que o seu governo tomou nos últimos dois anos de governação.
Claro
que, como ele tentou apanhar os pontos fracos dos programas
eleitorais dos seus opositores no debate; também estes poderiam ter
feito o mesmo e tê-lo questionado sobre o programa eleitoral
socialista e tê-lo criticado. Preferiram, maioritariamente
criticar-lhe a governação, mas ele governou quatro anos e meio e os
primeiros dois anos e meio foram especialmente difíceis para a
população portuguesa no seu todo. Faltaram à oposição dados
estatísticos, números, gráficos sobre os quatro anos e meio de
governação José Sócrates a acompanhar as críticas.
Contudo,
toda a população ainda tem bem presente tudo pelo que passou nestes
quatro anos e meio e sabem que, com o partido socialista, vem aí
mais do mesmo e uma consolidação cada vez maior dos escolhidos
para garantir os votos socialistas permanentemente como tem vindo a
acontecer na Venezuela.❐
30
de Agosto de 2009
Sobre
Assembleia
de voto virtual na internet
Gostaria
muito de que nós pudéssemos votar nas eleições em Portugal pela
internet; não é o voto electrónico que em Portugal não faz nenhum
sentido. Claro que nos tempos mais próximos não votaria toda a
população pela internet http://www.cne.pt/;
coexistiriam o sistema tradicional e o pela internet. Desde que fosse
bastante divulgado, acredito que bastante gente o utilizaria.
mailto:cne@cne.pt
Claro
que votando pela internet:
- os descontentes não teriam oportunidade de boicotar as assembleias de votos;
- também não seria possível anular votos. O voto seria aceite ou não;
- não seria possível, aqui e ali, haver situações menos democráticas;
- haveria menos abstenções, mas, às vezes, elas até dão jeito às forças políticas, ...
- .......
Mas
estamos na era da inovação. É difícil às novas gerações
andarem com papelinhos e contarem papelinhos, ...
Bem
sei que estamos em Portugal e somos portugueses e há coisas a que
não temos direito, ... mas que gostaria, gostaria. Ainda temos
direito a sonhar?... ❐
28
de Agosto de 2009
Sobre
O
armazenamento de CO2
no subsolo
Mais
uma vez foi noticiado o armazenamento de CO2
no subsolo. Agora a novidade é serem feitas estruturas metálicas
com as qualidades das árvores, isto é, capazes de absorver o
dióxido de carbono existente na atmosfera e canalizá-lo para o
subsolo. Dizem que estas estruturas metálicas absorveriam muito mais
dióxido de carbono do que as árvores, logo defendem que seria
melhor comprar-lhes estas estruturas do que plantar árvores. As
árvores não armazenam dióxido de carbono no subsolo; elas consomem
dióxido de carbono, o que é completamente diferente. Como sempre o
grande problema é a ignorância. Só conseguem ver cifrões. Que
pena!
Cada
vez que ouço falar em armazenamento de dióxido de carbono no
subsolo, lembro-me da estória O
rei vai em camisa. Conta esta estória o seguinte:
“Todo
o seu tempo consumia el-rei Baldrúquio das Arábias a vestir-se e a
despir-se porque era muito vaidoso e fútil e o seu guarda-roupa
imenso era uma colecção imensa das mais espaventosas roupas.
Era
costume de el-rei, no dia dos seus anos, mostrar-se ao povo das
Arábias em grandiosa procissão. Nesse grande dia, é claro,
Baldrúquio das Arábias estreava um traje novo ...
Ora
os alfaiates da corte já não tinham figurinos que satisfizessem a
fantasia de el-rei; nem os tecelões engenho para fabricar o tecido
extraordinário que plenamente agradasse a Sua Majestade.
Havia
por isso na corte uma agitação enorme, pois o grande dia
aproximava-se e o monarca, desesperado, andava de um lado para o
outro, a clamar e a gritar que não tinha o que vestir, que os seus
veneráveis conselheiros eram uma súcia de idiotas sem uma ideia
aproveitável, os tecelões do reino uns ignorantes e os alfaiates
uns néscios sem préstimo para nada.
Para
acalmar a cólera de Baldrúquio, o primeiro-ministro mandou espalhar
no reino este pregão;
- que
receberiam prémio condigno os tecelões e alfaiates capazes de
condignamente vestir el-rei no dia dos seus anos.
Ao
pregão acorreram, passados dias, dois tecelões desconhecidos que
se
comprometiam a vestir Baldrúquio com um tecido novo e maravilhoso,
tão maravilhoso e tão novo que
só as pessoas inteligentes, depois de fabricado, o poderiam ver –
que os de fraco entendimento, os ignorantes e os estúpidos, por mais
que nele afirmassem os olhos, não teriam o poder de ver o
maravilhoso pano.
Gostou
el-rei. Deu-lhes dinheiro, uma oficina e um tear e liberdade para
trabalharem sem que ninguém os vigiasse ou importunasse.
El-rei
gostou; mas ficou, ao mesmo tempo, preocupado: pertenceria ele ao
número dos felizes de superior entendimento, capazes de ver o
misterioso pano? Ou seria, pelo contrário, incapaz de o ver? ...
Passaram
dois meses.
No
fim, os dois artistas participaram a Sua Majestade que estava findo e
pronto o seu trabalho, pois não só tinham fabricado o inigualável
pano, mas também, sem precisão de medida ou prova, o tinham talhado
e ajeitado ao corpo do seu rei, corpo tão elegante esbelto como
outro não havia no reino das Arábias.
Sorriu
el-rei, contente. Mas à cautela, que o diabo às vezes arma-as,
mandou o seu primeiro-ministro examinar o traje, pois ao mesmo tempo
– pensou – não devia perder a excelente ocasião de apreciar o
valor intelectual do seu mais importante servidor.
Foi
o ministro à oficina. Franziu os olhos para melhor ver. Avançou e
recuou. Não via nada. Por mais que se afirmasse e se esforçasse,
via só um grande tear vazio num grande salão vazio – e nada mais.
Todavia soltou uma grande exclamação.
E
avançando dois passos e pondo a mão em pala sobre os olhos
franzidos, ajuntou:
- Oh! ... Que maravilha! ... Nunca el-rei, meu senhor e amo, vestiu uma coisa assim em dias da sua preciosa vida! Que maravilha!
- Notai a finura do tecido, Excelência! - dizia um dos artífices – E o peso, Excelência! Dignai-vos apreciar o peso do maravilhoso pano!
- Bem vejo ... Bem noto ... Que leve! Que pesado!
O
ministro metia os pés pelas mãos porque o certo era que não via
nada, não notava nada, não vislumbrava nada.
Não
era estúpido o ministro. Não era. O facto é que, na oficina
vazia, não havia realmente nada, além do tear vazio. Os
tecelões contaram com a vaidade da corte e de Sua Majestade que
haviam de preferir ver o invisível, a confessar honestamente que
nada podiam ver e, por isso, não fizeram tecido nenhum, pois nem
eram realmente capazes de o fabricar ...
Deu
o ministro ao rei as suas impressões e Sua Majestade atreveu-se
então a ir ele próprio à oficina porque a verdade é que - pensou
– se aquele idiota vira alguma coisa, também ele havia de ver ...
Foi.
Foi – e já se deixa ver que ficou maravilhado ... De si para si,
pensou que não via coisa nenhuma; mas, de si para si, atribuiu a
deficiência da sua real visão à péssima iluminação da oficina.
Logo
decidiu aumentar os impostos ao seu povo para compensar com
largueza de rei aquela parelha de artistas sem igual e, logo ali,
desembaraçado, lhes pagou
...
Chegou
o grande dia.
Quis
Sua Majestade que os próprios artífices o vestissem para a
procissão espaventosa, pois outras mãos não eram dignas de tocar
no maravilhoso traje.
A
coisa durou horas e era de ver a profusão de gestos de el-rei e dos
artistas no acto imaginário de enfiar no corpo de Sua Majestade
peças de vestuário imaginárias, feitas de um tecido imaginário
...
Não
ficou nu el-rei. Não ficou nu porque a real camisa era real e longa
e de bom pano; mas ficou em mangas de camisa a tiritar de frio.
O
cortejo fez-se em muito silêncio porque a notícia das singulares
qualidades do tecido espalhou-se a todo o reino – e ninguém queria
fazer confissão de estupidez.
Inesperadamente,
porém, no meio do silêncio majestoso, ouviu-se uma voz de criança:
- Olha ... O rei vai em camisa!
- O rei vai em fralda de camisa! - gritou outra vozita de inocente.
- Vai em camisa, vai! - atreveu-se a confirmar um cidadão.
- Vai em camisa, o rei ... Vai em camisa! - gritava agora o povo todo, enquanto Sua Majestade, el-rei, convicto de que, em verdade, fora espantosamente ludibriado por uma parelha de espertalhões sem par no reino, desatava a correr, envergonhado, vexado, desesperado a caminho do palácio ... ❐
Pois
é, eu não daria um cêntimo nem por um m3 de CO2
no subsolo. Quem me poderia garantir que lá estaria o CO2
que diziam armazenado?
Para
mo provarem, incendiariam o planeta, animais morreriam, se no subsolo
existissem mesmo essas quantidades de CO2. Quando houvesse
um incêndio na área, se lá estivesse mesmo armazenado o CO2,
o solo atingiria enormes temperaturas; acredito que teriam muitas
dificuldades em apagar este incêndio e que a intensidade deste seria
enorme. Prefiro as árvores que consomem CO2.
Enfim,
mais uma forma de acabar com tudo na Terra, mas para eles surge
apenas o enriquecimento próprio. Que eles inventam, inventam!❐
07
de Agosto de 2009
Lendo
a revista ESTRATÉGIA
– de Estudos Internacionais,
n.o
24-25, 2.o
semestre de 2007, http://www.editorial-bizancio.pt/
encontrei um excelente artigo, ABC da Ciência Política, muito
didáctico. O seu título Cidadania,
comunidade política e participação democrática – região,
Estado e União Europeia
de Carlos E. Pacheco Amaral, Professor na Universidade dos Açores.
De lá extraí uma série de palavras de
origem grega
e o seu significado que acho interessante recuperar. Elas são:
logos
– a capacidade do ser humano de se forjar a si mesmo. (p.164)
polis
– reunião em comunidades e a organização política (p.165);
comunidade política. (p.186)
idiota
– aquele(a) que, em vez de se empenhar activamente na condução e
na definição da sua vida, por não poder ou não querer, tem outros
que o fazem por ele. (p.165)
cidadão
– é o sujeito político que se procura afirmar como agente
corresponsável pela definição daquilo que irá fazer com a sua
vida em sociedade. (p.165)
tirania
– sociedade com apenas um cidadão. (p.166)
oligarquia
– sociedade com um número reduzido de cidadãos. (p.166)
democracia
– sociedade com um número elevado/universal de cidadãos. (p.166)
demos
– conjunto coeso e solidário de cidadãos. (p.177)
kratia
– poder político. (p.177)
“A
União Europeia deverá prover a igualdade de tratamento dos
Estados-membros e dos seus cidadãos, característica presente nos
princípios fundadores do Projecto Europeu. Também deverá promover
o respeito pelos valores europeus fundamentais
http://www.europeanstory.net/
e assegurar o desenvolvimento da cidadania europeia, incentivando a
constituição de um verdadeiro espírito europeu.” (p.252)
Centro
da Europa
eixo Londres
– Milão
separa a Europa do Norte da Europa do Sul.❐
30
de Julho de 2009
Sobre
A classe média
Fala-se
em classe média abstractamente ... ou considerando-a um sector
bastante alargado. Parece-me que ajuda considerar o salário médio,
o núcleo da classe média.
Assim
os dados estatísticos mais actuais, são os de 2008. O Instituto
Nacional de Estatística publica que o salário médio de 2008 foi de
15 643 €. Então à classe média pertencerão os indivíduos que
aufiram de salário mensal 16 000€ ou valores que se aproximam por
defeito ou por excesso. Para o concelho de Lisboa o valor é de 22
199€; logo, à classe média do concelho de Lisboa pertencerão os
indivíduos que aufiram 22 000€ mensais ou valores que se aproximam
por defeito ou por excesso.
Aqueles
que auferem 1000€, 2000€ e 3000€ mensais, recebem dez
vezes menos do que a média da classe média. Se considerarmos
os indivíduos situados no extremo por defeito e aqueles que estão
no extremo por excesso, o coeficiente é 20 (20 vezes menos ou 20
vezes mais, dependendo da perspectiva; isto aceite dentro da mesma
classe económica. Com um mínimo de justiça, não os podemos com
certeza incluir na classe média.
Na
União Europeia de que fazemos parte, só é aceitável e é
considerado um objectivo a atingir, existir um coeficiente 5 ou 6
entre os 20% mais ricos e os 20% mais pobres. Agora coeficiente 20
dentro da mesma classe média num país democrático da União
Europeia civilizada é uma vergonha!❐
27
de Julho de 2009
Sobre
A água
A
água é um dos bens essenciais à nossa existência sine
qua non.
Também 60% do nosso corpo é água. Contudo,
ninguém é capaz de a produzir e todos a gastam sem excepção. A
água é um dos elementos da Natureza.
Houve
uma altura na minha vida em que, falando para crianças, lhes
mencionei exactamente que a água é um dos bens mais valiosos que
existe. Houve quem me repetisse em pergunta “dos
mais valiosos?” A minha intenção tinha surtido o
efeito pretendido e eu disse-lhes “Já
pensaram que bastam três ou quatro dias sem bebermos água para
morrermos. Sem água não
existimos.” Foi-me dito “Não
tinha pensado nisso. A água é assim ...” Eu disse-lhes
“Pois é, a água é muito
barata e é só abrir a torneira. Mas já pensaram que, se não fosse
assim, só aqueles que são muito ricos existiam. Todos os outros
morriam porque não podiam comprar água.”
Pois
é, valioso, valioso ... não é o ouro ou o diamante, mas a
água.
Contudo está a tornar-se cada vez mais um bem escasso e por
conseguinte, um bem mais caro: o aumento da temperatura ambiente leva
à evaporação, o consumo das águas subterrâneas leva à secura
dos solos, a extracção do petróleo e produção dos seus derivados
consomem muita água, muitas indústrias, na sua laboração,
consomem muita água, as novas centrais nucleares não usam urânio,
mas usam grandes quantidades de água, ...
Contudo,
à mesa a água está também mais sofisticada; hoje em dia, cada vez
com mais garbo a água se apresenta: são
as garrafas que a contêm que são apresentadas cada vez com mais
refinamento e caras; é a própria água que se apresenta cada vez
mais ligada a sabores sofisticados. Tudo isto lhe dá o requinte para
disputar as mesas dos restaurantes das figuras proeminentes e as
bebidas tradicionais das mesas mais requintadas. Com todo o direito
que lhe assiste a água disputa a “mesa do rei” e a mesa do
pobre.
Por
todos este motivos, sou uma fã incondicional da água e uma amiga da
Confraria da Água.❐
http://www.confrariadaagua.pt/
22
de Julho de 2009
Acho
que, nesta época de eleições, os portugueses gostariam de saber os
resultados actuais dos investimentos feitos pelo actual governo em
explorações petrolíferas na Venezuela e no Brasil.❐
21
de Julho de 2009
Sobre
O carregamento das
baterias dos carros eléctricos
Muita
gente coloca o problema do carregamento das baterias dos carros
eléctricos que só têm autonomia para 200km. Na minha opinião,
cafés
e restaurantes
junto a estradas/autoestradas que regularmente recebem os viajantes
que aí fazem uma paragem para desentorpecer as pernas,
tomar uma bica, tomar uma refeição também poderiam ter o
necessário para recarregar as baterias dos carros eléctricos. Basta
usarem os seus telhados e paredes exteriores mais interessantes para
painéis fotovoltaicos. Também escolas,
universidades,
prédios
de condomínio poderiam arrendar telhados e paredes exteriores
interessantes a empresas até unipessoais para lá instalarem painéis
fotovoltaicos e depois venderem energia eléctrica a quem quisesse
carregar as baterias dos seus carros eléctricos.
Depois,
seria só necessário colocar
na net os locais de carregamento das baterias
como se faz actualmente para dar a conhecer os preços dos
combustíveis.❐
11
de Julho de 2009
O que mais me fez perder
a cabeça esta semana ...
foi
uma notícia no telejornal de ontem, 10/07/2009, sexta-feira. A
notícia em si é que me fez perder a cabeça; o facto de ter sido
noticiada, acho que foi o que de mais correcto poderia ter
acontecido.
1.o
– Uma trabalhadora de uma empresa em Portugal recebeu de salário
líquido referente ao mês de Junho passado (2009) 330,05€
(trezentos e trinta euros e cinco cêntimos), enquanto que o salário
médio em Portugal, em 2008, foi de 15 643€ e o salário médio em
Lisboa foi de 22 199€.
2.o
– Este salário foi despejado na mesa, à frente da empregada
que foi chamada para recebê-lo, de um saco de
plástico com 330 moedas de um euro e uma moeda de cinco cêntimos.
Isto
é matéria punível, mas tudo está assim como se isto fosse o
normal, o dia-a-dia. Este facto situa-se no dia dez de Julho de 2009,
em Portugal, União
Europeia.
O mínimo que se pode dizer é que é incrível!❐
01
de Julho de 2009
Sobre
As calibragens
Hoje
os telejornais noticiam que Bruxelas anulou a necessidade de
calibragem para certos produtos agrícolas. Do Ministério da
Agricultura, informou-se que agora os agricultores têm um tempo para
se desfazerem das máquinas de calibragem. Eu fiquei estupefacta!
A
mim parece-me que não tem nada a ver uma coisa com a outra. Uma
coisa é haver directivas que impõem determinadas calibragens para
certos produtos agrícolas serem vendidos
no mercado; outra coisa são as máquinas de calibragem.
Se
eu fosse agricultora, ficaria muito contente com esta directiva
europeia que anula a anterior para certos produtos e também ficaria
muito contente com as máquinas de calibragem que possuísse.
- A diferença é que, agora, eu posso fazer preços diferenciados para os meus produtos agrícolas. Há sempre clientes para produtos de calibragem A e sabemos que, quando estão todos misturados numa caixa; os primeiros clientes escolhem estes e deixam os outros para quem vier atrás, o que é muito injusto porque os clientes posteriores compram produtos inferiores pelo mesmo preço que os primeiros clientes.
Com
as máquinas de calibragem que já tenho, se fosse agricultora, agora
calibro os meus produtos em A, B
e não-calibrados e atribuo a cada
grupo um preço diferenciado que todos consideram justo. Eu sei que,
se eu não o fizer, as empresas distribuidoras o farão porque
aumenta as receitas sem reclamações de ninguém porque é justo!❐
29
de Junho de 2009
Sobre
Portugal 2008
Na
revista EXAME n.o300
de Abril de 2009 p.116-127, temos bastantes dados estatísticos
fornecidos pelo Instituto Nacional de Estatística que é uma pena se
não lhes darmos uns minutos de atenção.
Qual o retrato de
Portugal em 2008?
Em
2008, existem 331 250 empresas em Portugal; 1122 são grandes
empresas e 330 128 são PME.
Em
2008, existem em Portugal 2 580 300 postos de trabalho;
desses, as PME disponibilizam 2 513 510 postos de
trabalho – 97,4%.
Em
2008, existem 5125 mil pessoas empregadas em 2 580 300 postos de
trabalho. Grosso modo, isto quer dizer que, neste ano, cada
posto de trabalho foi utilizado por duas pessoas. Portanto, em média,
com tudo o que de irreal isso comporta, são os contratos de seis
meses e menos que predominam. As PME criam três quartos dos empregos
– 74%; realizam mais de metade dos negócios – 56,2% e, em média,
cada empresa tem 7,8 empregados.
Sabemos
que a desculpa de afirmarem que os empregados portugueses
têm baixo nível de instrução para justificar os baixos salários
que os trabalhadores não-qualificados e qualificados portugueses
recebem já não serve porque sabemos que a verdade é que já há
muitos portugueses que declaram níveis de escolaridade mais baixos
do que aqueles que possuem para poderem obter um emprego e aí também
se tira credibilidade aos dados estatísticos. Sabemos que temos
muitos licenciados a declararem que têm a licenciatura ou o 9.o/12.o
ano de escolaridade para conseguirem um emprego do qual receberão
mensalmente um salário nominal de 450€ a 500€ e as estatísticas
apontam para, em Portugal, ano de 2008, a existência de uma
remuneração média mensal de 15
643 euros. Como quando a média
em estatística nos dizia que se andava a comer 1,5 galinhas/dia e
havia muitos portugueses que nem sabiam o que isso era na sua
alimentação antes do 25 de Abril (revolução), também agora me
parece que anda muito quadro médio e
superior a
ganhar fortunas e exigem aos
seus trabalhadores não-qualificados e qualificados que recebam ainda
menos do que os 450€/500€ mensais ou se contentem com estes que
recebem (baixando assim o salário médio nacional/regional); que
façam sacrificios por causa da crise, mas para eles a crise não
lhes bate à porta. «Muito
bem prega frei Tomás» ... Por
exemplo:
ADIDA
EM LONDRES
De acordo com “O Correio da Manhã”, Maria Monteiro, filha do antigo Ministro António Monteiro e que actualmente ocupa o cargo de adjunta do porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros vai para a Embaixada portuguesa em Londres.
Para
que a mudança fosse possível, José Sócrates e o ministro das
Finanças descongelaram a título excepcional uma contratação de
pessoal especializado.
Contactado
pelo jornal, o porta-voz, Carneiro Jacinto, explicou que a
contratação de Maria Monteiro já tinha sido decidida antes do
anúncio da redução para metade dos conselheiros e adidos das
embaixadas.
As
medidas de contenção avançadas pelo actual governo, nomeadamente o
congelamento das progressões na função pública, começam a dar
frutos.
Os sacrifícios pedidos aos portugueses permitem assegurar a carreira desta jovem de 28 anos que, apesar da idade, já conseguiu, por mérito próprio e com uma carreira construída a pulso, atingir um nível de rendimento mensal superior a 9000 euros.
É
desta forma que se cala a boca a muita gente que não acredita nas
potencialidades do nosso país, os zangados da vida que só sabem
criticar a juventude, ponham os olhos nesta miúda.
A
título de curiosidade, o salário mensal da nossa nova adida de
imprensa da embaixada de Londres daria para pagar as progressões de
193 Técnicos Superiores de 2ª classe, de 290 Técnicos de 1ª
classe ou de 290 Assistentes Administrativos.
O
mesmo salário daria para pagar os salários de, respectivamente, 7,
10 e 14 jovens como a Maria, das categorias acima mencionadas, que
poderiam muito bem ser despedidas, por força de imperativos
orçamentais.
Estes jovens sem berço, que ao contrário da Maria tiveram que submeter-se a concurso, também ao contrário da Maria, já estão habituados a ganhar pouco e devem habituar-se a ser competitivos.
A
nossa Maria merece.
Também
a título de exemplo, seriam necessários os descontos de IRS de 92
Portugueses com um salário de 500 Euros a descontarem à taxa de
20%.
Novamente,
a nossa Maria merece!'
Merece,
em nome do Progresso, do grande Choque Tecnológico!
Quando é que acabam estes tachos? Há muitos mais.... É só ver os gabinetes governamentais e as empresas públicas! Como primeiro emprego... é bom!!! E que curriculum eles fazem!
Em que consiste a "manutenção" do portal do ministério da justiça?
Trata-se de actualizar conteúdos, um trabalho que provavelmente muitos dos nossos adolescentes fazem lá na escola ou em casa. O ministro Costa considerou tratar-se de uma tarefa altamente técnica que justifica uma remuneração de 3.254,00 euros mensais mais o subsídio de almoço, e para o cargo convidou Susana Isabel Costa Dutra que (por um acaso daqueles que só acontecem em Portugal) é filha do ministro Alberto Costa.
(...
que las hay, las hay)
Este
Portugal 2008 ainda é/continua a ser uma
sociedade muito dicotómica, a vergonha da União
Europeia e como primeiro ou quase dos países da Europa, pede-se
uma mãozinha à União Europeia para Portugal passar a ser um país
melhor para todos os portugueses que sozinhos não se
consegue mudar a mentalidade dos instalados que não vão e não
querem ir além dos seus umbigos.
O
PIB, em 2008, foi de 163 119 milhões de euros o que significa que o
PIB per capita foi de 15 380 euros para uma população de 10
605 917 habitantes.
Um
dos dados estatísticos que demonstra um grande avanço é o nível
de produtividade (valor
acrescentado bruto por trabalhador) em 2008 – 31 800
euros, enquanto que em 1988 era de 9400 euros.
“Ao
longo destes vinte anos a idade média das empresas que se
dissolvem
tem vindo a aumentar, sendo de três a quatro anos.”
(in
revista EXAME
n.o300
de Abril de 2009 p.124) Três a quatro anos de vida de uma empresa é
muito pouco e ainda tem sido menos! Parece-me muito difícil terem
conseguido ultrapassar as despesas iniciais de arranque da empresa.
Parece-me que neste ano de 2009 o IEFP já dá um apoio valioso para
que as empresas possam ter uma vida mais longa. Alguém ficou a
ganhar com estas empresas de tão poucos anos de vida, mas certamente
não foram os seus proprietários, os que investiram o que tinham e
não tinham.
62%
das sociedades foram dissolvidas nos primeiros 18 anos sendo os
restantes 38% registados em apenas dois anos (2007-2008). As empresas
estão a morrer quase à nascença; assim é difícil aumentar a
dimensão das empresas portuguesas, algo tão importante para a
estabilidade da economia portuguesa. A rotatividade nos postos de
trabalho também é demasiado elevada e prejudica o nível de
produtividade da empresa e possivelmente a sua existência.❐
19
de Junho de 2009
Sobre
A data das futuras
eleições legislativas e autárquicas
Há
líderes políticos que afirmam que estas eleições têm de ser em
datas diferentes, embora aproximadas porque a população portuguesa
as confundiria, se fossem no mesmo dia. Eu proponho que se dê à
população portuguesa a oportunidade de provar a sua maturidade
política que já tem demonstrado em muitas eleições.
Proponho
que se
façam ambas as eleições no mesmo dia.
Seria bom que nos informassem dos milhões de euros que custa ao
erário público um acto eleitoral. Este ano que temos a sorte de
ambas as eleições poderem coincidir, há que aproveitar a
oportunidade de efectuar esta poupança, atribuindo este dinheiro a
quem mais precisa na época de crise tão difícil que estamos a
atravessar e não sabemos ainda por quanto tempo. Os
partidos políticos receberão apenas os subsídios de um acto
eleitoral,
mas todos andamos a fazer sacrifícios. Este é tempo de poupança,
também para o Estado, parece-me. Por
outro lado, se estivermos atentos, eleições a 27 de Setembro e 11
de Outubro, significa duas semanas de campanha eleitoral para as
primeiras eleições seguida de mais duas semanas de campanha
eleitoral para as segundas eleições. A população já tem
dificuldade em aguentar duas semanas porque ao fim da primeira já se
decidiram. Então quatro semanas é demais, parece-me!
❐
15
de Junho de 2009
Sobre
os
TGV
Novamente
aí vem o governo com mais uma medida de força: «Construímos
o TGV Lisboa – Porto porque temos fundos europeus e pronto!»
1.o
Parece-me
muito pouco credível a justificação de haver fundos europeus para
cobrir parte das despesas como motivo para construir seja o que for.
Aliás, não acredito que os fundos europeus sejam assim distribuídos
sem que primeiro seja avaliado se essa construção acrescenta
algum benefício ao que já existe e se é necessária.
Não acredito que os fundos europeus sejam assim esbanjados sem pelo
menos estes critérios. Aliás, cada vez deve ser mais difícil
convencer os europeus a contribuírem para a Europa, se isso
acontecer.
Ora,
TGV Lisboa – Porto não faz nenhum sentido
porque já há o Alfa Pendular e as pessoas estão satisfeitas com
este serviço e sabem que o TGV não lhes traz qualquer valor
adicional significante. Fazer «quero,
posso e mando» em ano de
eleições e fora não dá votos e revolta a população.
2.o
Acredito que faz
falta construir uma rede de linhas TGV ou AGV
(como alguns já mencionam) que
abranja toda a Europa (Norte – Sul – Este - Oeste), Ásia até,
chegando até Moscovo, Xangai,
... para pessoas e mercadorias, consumindo
electricidade.
Acho este um projecto de futuro e já o tenho mencionado. Claro que
planeado por gente competente, com visão de futuro, com várias
acessibilidades e tudo o que é adequado a viagens longas para
alguns, a ser concretizado em várias fases e adequando sempre
conhecimentos e ganhos de erros em cada fase para que não se acabe
já obsoleto como é característico em Portugal.❐
12
de Junho de 2009
Sobre
As eleições europeias
on-line
No
jornal 24 horas de
30/05/2009, edição n.o4022, leio na página 16, o
artigo Internet – O
primeiro voto, que “um
homem estónio foi a primeira pessoa na história da União Europeia
a votar através da internet, na quinta-feira (28 de
Maio). Vahur Orrin, de Tallin,
votou em Bruxelas logo após a abertura da assembleia de voto virtual
e está no YouTube.”
A
questão é: porque é que nem uma única vez ouvi alguém falar da
possibilidade de votar on-line para o Parlamento Europeu em
vez de ir à assembleia de voto?
Porque
é que o programa Euronews
só é transmitido de madrugada há anos e porque é que não é
também transmitido num horário normal também na RTP1?
Será
que a assembleia de voto virtual em Bruxelas é apenas virtual e
esses votos não contam para as eleições para o Parlamento Europeu?
Porquê?
Porquê? Porquê?
Porquê
tanta falta de informação sobre os assuntos da União Europeia, se
Portugal é seu Estado-membro de pleno direito? ❐
10
de Junho de 2009
Sobre
As sondagens
Nestas
eleições europeias do dia 07 passado, o grande tema foi o facto de,
pela primeira vez, mesmo as sondagens que têm sido sempre fidedignas
terem apresentado resultados discrepantes
da realidade. «- Como
foi isto possível?» - todos os
comentadores comentavam.
Então
parece que os agentes das sondagens desprezaram um elemento muito
importante, já que numa amostra, todos os elementos dessa amostra
são importantes para que, tendo em atenção a margem de erro, os
resultados sejam fidedignos. Esse elemento foi a recusa de
bastantes interpelados a participarem na amostra à boca das urnas.
Parece-me
que é aconselhável contar com este elemento também para o
relatório. Cada empresa que o use como achar mais adequado em cada
momento. Quando tudo está bem e os portugueses não têm receio das
consequências, eles são cooperativos tanto no sim ao governo como
no não ao governo. Quando prevêem situações desagradáveis e
talvez perniciosas; então, aí, surge a revolta surda. A partir dos
quarentões, há uma experiência que não se esquece.❐
08
de Junho de 2009
Sobre
As eleições europeias
2009
Ontem
os resultados eleitorais foram dando surpresas em crescendo e foram
mostrando que os eleitores portugueses estão cada mais conscientes
da democracia em que vivem e do poder que têm com o seu voto,
usando-o ou não.
O
Partido Social-Democrata e o Bloco de Esquerda foram os grandes
vencedores destas eleições por motivos diferentes. O Bloco de
Esquerda pelo cartão vermelho mostrado à maioria absoluta do
Partido Socialista e o Partido Social-Democrata pelo bom trabalho de
bastidores que a Dra. Manuela Ferreira Leite tem feito no partido que
a recebeu com o seu núcleo central completamente esfrangalhado por
vários interesses alheios ao próprio partido, mas beneficiando os
que conseguissem impô-los. Ela conseguiu criar a sua equipa de
trabalho e aquietá-los; primeiro na expectativa, depois pelo
profissionalismo técnico que demonstrou e agora, calando-os com a
credibilidade que conseguiu para/com estas eleições. Para quem
partiu daquele cenário péssimo em que aceitou presidir ao PSD e
pelo pouco tempo que teve – ano e meio - é uma vencedora. É
importante não esquecer isto! Por tudo isto e pelo primeiro
lugar, a Dra Manuela Ferreira Leite e a sua equipa são os grandes
vencedores!
Agora
o PSD tem outro grande desafio para vencer em pouco tempo para as
eleições legislativas. A partir da base que já tem, mostrar aos
portugueses que tem o melhor projecto governativo e a melhor equipa
governamental e que ganhe o melhor para este país!
É
importante passarmos a ter dois modos de votar; não podemos
continuar só com este modo tradicional de cruz no papel de voto. As
novas gerações já se habituaram a fazer tudo a partir do
computador, via net. O acto de votar tem de passar também por aqui e
por telefone, se possível, convivendo com o modo tradicional de
votar até a percentagem deste ser tão insignificante que justifique
o seu cancelamento. É urgente! Acredito que as abstenções baixarão
consideravelmente.❐
03
de Junho de 2009
Sobre
os Senhores
Muita
gente anda atrás de muitos senhores – estrelas de plástico, de
papel, de barro. Mas se os escolheram de livre vontade, os ganhos e
os prejuízos também são deles.
Eu
sou cristã, católica, ecuménica e social-democrata e, de livre
vontade, escolhi desde bem cedo na minha vida e mantenho apenas dois
Senhores, usando a expressão de Jesus Cristo, escolhi e mantenho o
Senhor Jesus Cristo e o Senhor deste Senhor, Deus. “Vinde
a Mim todos (...) porque sou manso e humilde de coração”.
É o mais bonito convite que nos pode ser feito porque nos aceita
livres e felizes. Ele nos faz livres e felizes. Ele é o Filho!
Os
crentes, além de Deus, devem ter um Senhor porque é assim
que Deus nos quer organizados.
01
de Junho de 2009
Sobre
nadadores-salvadores
Os
concessionários de bares e restaurantes nas praias estão irritados
com o governo pelo novo diploma que saiu recentemente exigindo a
contratação de dois nadadores-salvadores por cada 100km de praia
por sua conta. Dizem que não há nadadores-salvadores
suficientes e que não os conseguem encontrar. Por
outro lado, as capitanias marítimas dizem que há mais de 5000
nadadores-salvadores aprovados e prontos a serem contratados.
Então,
qual é o verdadeiro problema e que ninguém menciona?
A
mim, parece-me que a verdade ronda o seguinte: o
valor do salário a pagar. São os concessionários
que pagam os salários a estes profissionais e é a capitania que os
prepara.
Acredito
que esta profissão é
- uma profissão de grande risco de vida;
- uma profissão de seleccionados e preparados com grande exigência;
- uma profissão de vida curta;
- uma profissão também de contacto humano e de grande diplomacia;
- uma profissão de jovens;
- uma profissão mal remunerada;
- (........)
Acredito
que os concessionários pagam o que podem, mas não é o suficiente
para estes profissionais andarem satisfeitos. Então parece-me que só
há uma solução:
O
salário adequado a estes profissionais ser estabelecido como parecer
pelas capitanias, mas quem quiser pode pedir/receber mais. Depois
estes profissionais poderiam estar agrupados numa associação, tipo
ordem, e quem os quisesse contratar dirigia-se a esta entidade e
dizia o que poderia pagar, fazendo prova disso e se este valor
ficasse aquém do pré-estabelecido a capitania (Estado) pagaria o
restante para que o salário mínimo para esta profissão ficasse
garantido.
A
mim, parece-me que esta profissão, além de um serviço que presta
ao concessionário é um serviço público para bem do público e por
isso o erário público também deve contribuir quando o do
concessionário não é suficiente.❐
30
de Maio de 2009
Sobre
Satisfação e prazer
Parece-me
que está mais do que na altura de começarmos a destrinçar melhor
as coisas. É nosso direito e obrigação. Há uma grande diferença
entre satisfação e prazer. Satisfação é terminar com uma
necessidade; prazer é uma busca sem fim e uma insatisfação
crescente até encontrar a destruição (doença/morte) e enquanto
durar ter o seu corpo ocupado pelos piores dos piores seres. Deus
dá-nos a possibilidade da satisfação; por isso Ele colocou o mundo
à nossa disposição porque sabia e sabe que temos necessidades de
vária ordem e que, para sermos felizes, precisamos de satisfazê-las.
Agora quando se ultrapassa a satisfação, e cada caso é um caso,
caímos na busca do prazer e aí metemo-nos na estrada da destruição
(do ser humano e do corpo físico). A escolha é de cada um(a) de nós
e as consequências também!❐
22
de Maio de 2009
Sobre a fusão nuclear
Europeus
responsáveis apresentam a fusão nuclear como a principal solução
para a falta de recursos energéticos fósseis dos quais dependemos
praticamente na totalidade.
Dizem-nos
que a fusão nuclear é muito mais aceitável do que a energia
nuclear porque o grande problema desta são os resíduos que
representam uma centésima parte destes na fusão nuclear.
Estas
são as premissas. Agora peçamos o discernimento para nos
aproximarmos da Verdade.
Primeira
questão: Parece-me do maior bom-senso que, se
nós não existirmos para nada nos
serve os grandes avanços tecnológicos, a energia nuclear, a fusão
nuclear, a aviação, os TGV, grandes produções
alimentares, grandes produções de bens de consumo e de bem-estar,
...
Segunda
questão: para existirmos, nós precisamos de um determinado tipo de
ar onde é predominante o oxigénio, precisamos da água
potável como nós a conhecemos, precisamos de energia,
precisamos da natureza, ... Somos os mais frágeis de todos os
seres vivos porque somos os mais complexos. Quando estes elementos
essenciais nos faltam, adoecemos e somos destruídos/morremos.
Então
não podemos pensar em cadeia, mas sim em rede!
Actualmente,
os nossos bens essenciais, indispensáveis estão em vias de
extinção: a energia, mas também o oxigénio e a água.
Agora,
os responsáveis estão completamente vocacionados para a
resolução do problema da falta de energia e
então chegam à conclusão da criação da energia através da fusão
nuclear, da madeira. Mas é “pior a
emenda do que o soneto”. A fusão
nuclear precisa de enormes quantidades de água e de enormes
quantidades de energia para alcançar a fusão. A madeira provém das
árvores que precisam de muito tempo para crescer e também precisam
de água e o carvão em combustão produz muito CO2
que é mortal para nós. Trata-se
apenas de uma abordagem muito simples. Agora pensar apenas nos lucros
de construir para algumas empresas e depois, se não resultar,
deita-se abaixo, por exemplo centrais de fusão nuclear com o recurso
cada vez mais escasso que é o dinheiro dos contribuintes que não
usam off-shores,
acho do pior egoísmo.
Isto
tudo me parece muito primário.
A
água está cada vez mais cara para os consumidores; dizem-nos que é
para pouparmos. Mesmo a produção petrolífera consome muita água.
“(...) os iraquianos,
durante o período do embargo e depois da intervenção de 2003, nem
sempre geriram da melhor forma as suas infraestruturas petrolíferas
e as suas reservas. Na enorme jazida de Rumeila, as autoridades
iraquianas decidiram injectar fuel para poderem aumentar a
recuperação e manter a produção, em
vez de água normalmente utilizada,
mas mais difícil de conseguir naquela região. Esta manipulação
perigosa tem como consequência que cerca de 5% desta jazida
supergigante poderão estar definitivamente perdidos.”(SÉBILLE-LOPEZ
Phillipe; As geopolíticas do petróleo; p.348)
Está
a ser cada vez mais comum dessalinizar a água do mar e dos oceanos e
já há mares praticamente sem água e também sem peixes que é
consequência. A água ninguém a produz, é-nos dada pela natureza.
Ninguém é capaz de produzi-la e a partir da água obtém-se o
oxigénio e o hidrogénio, usado no nuclear.
As
árvores, além de nos darem oxigénio, dão-nos também a chuva,
água, consomem CO2 e são muito mais amigáveis para a
nossa existência.
Atenção,
senhores decisores deste mundo, nós e os senhores estamos em vias de
extinção!❐
21
de Maio de 2009
Sobre as coimas sobre as
empresas poluidoras
O
governo do engenheiro José Sócrates decidiu baixar o valor das
coimas mínimas para as empresas poluidoras por
estas não pagarem, queixando-se em tribunal de não terem capacidade
para pagar tais coimas.
Na
altura que estes valores foram atribuídos, foi afirmado pelos
deputados que estes valores serviam para desencorajar estas empresas
de poluírem, fazendo-as encetar medidas, métodos e estratégias não
poluidoras. Parece que esta alteração não se deu porque faltou um
pequeno pormenor na minha opinião: estabelecer
que ou
paga a coima
ou
introduz as medidas necessárias
na empresa para deixar de poluir.
Este pormenor faz toda a diferença para a mudança. O texto
legislativo como está e como ficou, com as coimas mais baixas não
resolveu o problema e a diminuição do valor das coimas mínimas vai
continuar a não provocar a mudança, esperemos que desejada pelo
primeiro-ministro que já foi ministro do Ambiente. É uma mera
opinião!❐
01
de Maio de 2009
Porque
é que os Vivos, muitas vezes, não podem/vêm buscar o seu corpo
natural que morreu?
Porque
o seu corpo natural durante a vida escolheu, várias vezes, actos da
Morte e não da Vida. Assim quando morre, a Morte toma conta do corpo
natural e os Vivos que faziam unidade com o corpo natural não o
podem vir buscar para a Vida para voltarem a ser unidade.❐
18
de Abril de 2009
Sobre “Orçamento por
Programas”
Acabo
de ler na revista EXAME nº296 de Dezembro de 2008, p.12 a opinião
de Nuno Mota, consultor de Gestão que escreve: “(...) este
Orçamento do Estado traz, a partir da página 110, um capítulo
totalmente dedicado a “Orçamento
por Programas”, que os anglo-saxónicos designam por
Performance Budgeting.
A
ideia é simples. Ao invés de termos um quadro com as aplicações
dos dinheiros públicos, passamos também a ter os objectivos que se
pretendem atingir com a aplicação dos dinheiros públicos e os
respectivos indicadores que permitiram avaliar a concretização
desses objectivos (uma espécie de Balanced Scorecard).
Primeiramente,
é de louvar esta medida que pretende não só trazer uma maior
transparência ao nível da Despesa Pública bem como permitir ao
comum dos portugueses uma leitura explícita dos programas
governamentais para cada uma das áreas e em terceiro lugar, facilita
ao Estado e aos portugueses o controlo sobre a eficácia de tais
gastos.
Por
exemplo, o Estado prevê gastar uma verba X euros em campanhas de
publicidade que visa reduzir X acidentes de viação. No ano
seguinte, é possível controlar se esses gastos tiveram o impacto
pretendido e em última instância, corrigir a política. Fica assim
documentada a eficácia, trazendo uma maior
transparência ao debate público bem como ao “debate de café”
sustentado em números concretos.
Este
trabalho está todo a ser desenvolvido in-house, sem recursos
a contratação de consultores externos. Os “arquitectos” são
uma comissão criada pelo Ministro das Finanças, coordenada pelo
Professor João Loureiro e a implementação operacional a cargo de
uma equipa também criada pelo ministro Teixeira dos Santos – Grupo
de Trabalho para a Implementação-Piloto da Orçamentação por
Programas – trabalho acompanhado pelo Professor Álvaro
Aguiar. O recurso à técnica de Orçamentação por Programas
revela-se um verdadeiro oásis.”
Parabéns,
Senhor Ministro!
Assim
já vamos conseguindo ser cada vez mais da vanguarda, cada vez mais
europeus.❐
17
de de Abril de 2009
Parabéns,
Susan Boyle!
Pelos
grandes dons que possui e que faz uso deles: uma linda voz, uma
grande coragem, bastante ousadia, ...
No
entanto, os preconceitos horríveis que abundam na nossa sociedade
europeia estiveram lá presentes para quem os quisesse analisar.
Assim, à primeira, detectamos:
1.o
o preconceito da aparência
– sem nenhuma educação e sem nenhum respeito pelo seu semelhante
que se mostra diferente; alguém que aparece vestida simplesmente,
sem o cabelo tocado por mãos profissionais e com o rosto limpo e
natural é imediatamente vaiado, assobiado, pontapeado, achincalhado,
... sem lhe darem a menor hipótese de mostrar porque está ali;
2.o
o preconceito da idade
– quando ela mencionou quarenta e sete anos; a chacota ficou
ainda muito maior. Depois de ouvi-la perguntaram-lhe: -
Porque só aparece agora? E ela respondeu: -
Porque não me deram oportunidade antes! Estes são mesmo
tempos de mudança.
3.o
o
assédio sexual
– desempregada, como resposta à chacota relativamente à sua idade
ela pôs a sua anca em movimento, mencionando que era apenas uma
anca, numa oferta sexual sua porque ela sabe que, por muito bons que
sejam os seus dons e as suas qualidades, sem sexo as portas não se
abrem, pelo menos até agora. Será que com ela vai ser diferente? ❐
16
de Abril de 2009
Sobre
o Centro Histórico de Mértola
O
responsável pelo Centro Histórico de Mértola, Dr Cláudio Torres,
afirma no programa O
Meu Bairro
que tem vestígios arqueológicos de uma era cristã que não tem o
Pai, o Filho e o Espírito Santo. Então só podemos estar perante
vestígios da época da primeira evangelização: a evangelização
de Jesus Cristo. Seria muito bom se actualizassem, se refundassem o
Cristianismo. Parece que já há elementos arqueológicos.❐
10
de Abril de 2009
Sobre a conversão
Neste
tempo da Quaresma, tenho andado a pensar sobre a conversão.
Tradicionalmente, considerava-se conversão, converter-se como o
facto de passar a frequentar uma igreja e ser baptizado.
A
mim, parece-me que, para
haver conversão, para
converter-se é necessário sair do mundo do Mal e passar para o
mundo do Bem,
isto é, nunca mais praticar o mal sob que condições for e por
nenhum meio. Receber o Baptismo e frequentar uma igreja são
consequência dessa decisão que resulta do trabalho de Deus, do Pai,
de Jesus Cristo, do Espírito Santo ... a operarem em nós e podem e
deveriam ser sinais disso, dessa conversão, mas infelizmente ... ❐
02
de Abril de 2009
Sobre as obrigações
para a mudança na economia
A
nível da União Europeia, parece-me que, para além do problema
financeiro que já está em cima da mesa de trabalho, há outras
questões que precisam de ser postas também em cima da mesa de
trabalho.
Um
outro problema muito grave que há que enfrentar: é a fuga de
empresas para países do Leste Europeu e da Ásia. A Europa
Ocidental não pode ficar a ver-se ser transformada num deserto
impessoal e sem pessoas. Então parece-me mais do que urgente
reunir à mesma mesa grandes companhias que estão a fechar na Europa
Ocidental, banqueiros, sindicatos e as várias instituições
europeias e questionar os representantes destas companhias: -
Meus amigos, o que é que vocês precisam para ficarem também nesta
parte da Europa?
E
chegar a consensos e no Conselho Europeu propor aos
primeiros-ministros e seus assessores: -
Vamos dar estas condições a estas companhias. Quem se propõe
aceitar?
A
nível de empresa, claro que há que criar fórmulas e parâmetros
para, a partir das RECEITAS
previstas e reais, saber até onde podem ir cada um dos custos:
energia limpa e/ou renovável, equipamento, quadros superiores,
quadros intermédios, operacionais, ... todos precisam contribuir
para a diminuição dos custos, inclusive Estado e autarquias e
também são necessários parâmetros para os lucros. É crime haver
lucros tão elevados em pleno século XXI. Esse valor fica a
fazer falta na economia através dos operacionais, através das
autarquias, através dos investimentos do Estado, através dos
investimentos privados que provocam o crescimento da economia e a
tornam saudável.
Vamos
começar de novo a partir dos alicerces, da base. Quem quiser, entra;
quem não quiser, fica de fora a vivenciar as glórias do
passado!
Para
todos os níveis é essencial o controlo, supervisão e coaching.
Para
contratar, se querem paz, não promovam injustiças. Assim
principalmente, três critérios são essenciais:
- os mais competentes;
- não estabelecer limites de idade;
- critério da proximidade de residência (dos mais próximos aos menos próximos do local de trabalho).
Trata-se
de uma mera opinião!❐
26
de Março de 2009
Sobre
o luto
Nesta
Quaresma, gostaria de reflectir sobre o luto. Este acontece quando
perdemos algo ou alguém que nos era muito querido. Os vários
períodos de perdas passam pela vida de todos nós. Ninguém conclui
a sua vida na Terra sem ter passado por isso. Faz parte do nosso
crescimento individual espiritual e do processo de aproximação à
nossa essência. Somos um grão de trigo.
Quando
alguém se ausenta das nossas vidas, fica a esperança de um retorno,
de um reencontro; quando alguém parte definitivamente, fica um
grande vazio em nós de perda, algo que nos é insuportável se não
for preenchido pela Fé, Esperança e compreensão do que somos e da
nossa relação com Deus. Para os crentes, não faz sentido fazer o
luto, usando a cor preta, mas sim o branco com se faz em
África, no Japão, ... porque é um tempo de paz e harmonia e maior
aproximação a Deus e à nossa Família Celeste. O preto não faz
sentido para os crentes porque é a cor das trevas, da destruição,
do aniquilamento!
Já
agora, após a Quaresma, vem a Páscoa inaugurada com a Ressurreição
de Jesus Cristo. Que grande confusão anda por estes tempos com a
palavra ressurreição. Até já criaram Centros de Ressurreição!
Só ressuscita quem não morre, mas vive a Vida Eterna. Todos aqueles
que dizem ressuscitar, voltam a morrer definitivamente ou não, mas
morrem. Somos mesmo muito pacientes!
“A dor é inevitável na
passagem por esta vida, mas diz-se que quase sempre é suportável,
se não lhe opomos resistência e não se lhe juntam o medo e a
angústia.”
in
Paula
de Isabel
Allende
“Quem desce um nível aos
infernos e consegue aguentar-se sem se revoltar e querer sentimentos
negativos, sobe dois níveis para o céu, a Paz, a Amizade, a
Harmonia.”
Cristina
Candeias, astróloga
14
de Março de 2009
Sobre o Processo de
Bolonha
Parece-me
que há cada vez mais professores universitários a boicotarem e a
incentivarem os estudantes universitários a boicotar o Processo de
Bolonha. É pena! Esta mudança é essencial para o novo paradigma.
Este
boicote está a fazer-se subrepticiamente pelos que estavam muito bem
instalados no sistema anterior e não querem mudar de estratégia,
aprender e fazer de maneira diferente, usar a Pirâmide Invertida.
Apelo
aos responsáveis pelo Processo de Bolonha que façam controlo,
supervisão e coaching2
por toda a Europa onde seja necessário. É importante!❐
10
de Março de 2009
“A
Fé e a Esperança passarão, só o amor-comunhão fica.”
de S. Paulo
Esta
frase de S. Paulo tem, na minha opinião, um significado diferente
daquele que os teólogos lhe estão a dar. Eles entendem o sentido
desta frase como se este facto acontecesse neste tempo terrestre.
Haveria um tempo para nós, seres materiais terrestres, que
perderíamos a esperança e a fé e só nos restaria o amor-comunhão;
mas o amor-comunhão é exactamente consequência da fé e da
esperança!
Na
minha opinião de leiga, o sentido desta frase é outro completamente
diferente, pois cada vez é maior o número de pessoas com fé e
esperança, que são coexistentes; não por obra nossa, mas sim por
obra d'Aqueles que nunca nos desiludem.
Acredito
que o que S. Paulo nos quis transmitir foi que a Fé, a Esperança e
o Amor-Comunhão são coexistentes enquanto tivermos este céu e esta
Terra. Quando passarem este céu e esta Terra material para ficar a
Terra original, ficará apenas o Amor-Comunhão, como é natural.
Também para aqueles e aquelas que já faleceram e subiram para o
céu, isso já aconteceu. Já não têm a Fé e a Esperança porque
já não precisam desses dons, mas mantêm o Amor-Comunhão porque
esse dom é a ligação que nos envolve a Deus, ao Pai, à Família
Celeste. Acho que assim é que é!❐
03
de Março de 2009
Sobre o Plano de Reformas
do Governo José Sócrates
Este
Governo tem andado a destruir a sociedade portuguesa de uma forma
atroz e também na área da Segurança Social. E o seu Plano de
Reformas é só mais um item a acrescentar.- Quando se exige experiência profissional seja a quem for para conceder um posto de trabalho em qualquer empresa, faz-se discriminação de vária ordem e depois há sempre algumas excepções;
- quando se vulgariza o recibo verde para a maior parte da população, faz-se discriminação de vária ordem e depois há sempre algumas excepções;
- quando, com/sem o recibo verde se vulgariza o trabalho precário, faz-se discriminação de vária ordem e depois há sempre algumas excepções;
- quando há milhares e milhares de desempregados portugueses, incluindo os INACTIVOS, em que alguns são aliciados para a emigração como única saída legal para a sua situação e há milhares e milhares de imigrantes chegando e trabalhando em Portugal, legais e não legais, muitos com duplo emprego, garantido pelas organizações que os trazem, faz-se discriminação de vária ordem e depois há sempre algumas excepções;
- quando se estabelece 40 anos de actividade laboral para alcançar a reforma, sabendo que, principalmente desde que este governo iniciou funções, ninguém alcançará essa meta dentro de 20 e mais anos porque emprego para uma vida é assunto de governos anteriores e actualmente na história de vida de qualquer cidadã(o) pesa mais o tempo em que esteve desempregado do que aquele em que esteve empregado, faz-se discriminação de vária ordem e depois há sempre algumas excepções;
- quando, devido a ninguém conseguir, no futuro, 40 anos de actividade laboral para obter a reforma plena e se for dos escolhidos talvez atinja os 50%, outros muito menos e outros nada de pensão, faz-se discriminação de vária ordem e depois há sempre algumas excepções;
- quando se fala, certamente a delirar, de que se trata de um estratagema para obrigar os cidadãos portugueses a poupar com os míseros 400€ que licenciados ganham por mês, se se encontrarem entre os escolhidos do geral, faz-se troça, faz-se discriminação de vária ordem e depois há sempre algumas excepções;
- quando se fala, certamente a delirar, que são os salários médios e altos os mais penalizados, há que fazer contas e 50% de 5000€ (de alguns com um salário médio, pois salários altos são 20 0000€, 100 000€ e mais elevados) são 2500€ e 50% de 400€ são 200€. Com 2500€ ainda se consegue sobreviver; com 200€ é que não há como. Acredito que as pensões serão ainda mais baixas porque dificilmente os portugueses conseguirão 20 anos de actividade laboral, mas não porque o quiseram. Assim faz-se discriminação de vária ordem e depois há sempre algumas excepções;
- (.....)
e
mais, muito mais se pode, com verdade, acrescentar!
O
mais engraçado desta reforma sobre o tempo de reformar o valor da
pensão de velhice é o facto de a reforma e o plano de pensões
terem sido criados após a Segunda Guerra Mundial para acabar com a
enorme quantidade de mendigos que invadiam ruas e estradas,
mendigando para matar a fome, após terem sido excluídos da
população activa.
Com
este Plano de Reforma, destina-se a Reforma e a atribuição de
pensões às classes média e média alta que são os menos
interessados em pensões do Estado, (talvez
a crise financeira lhes tenha
mudado a opinião) pois têm o
rendimento dos capitais que foram possuindo ao longo das suas vidas e
as classes média baixa e trabalhadora, por conta deste governo
socialista de José Sócrates, não têm rendimentos do capital e
também não têm pensões do Estado. Durante o tempo de vida activa,
muito poucas oportunidades de trabalho legal tiveram e na casa dos
trinta anos ninguém mais os aceita no mercado do trabalho, portanto
não têm como chegar quase aos setenta a trabalhar, não lhes deram
esse direito. Quando chegarem à idade da reforma, a esmola que o
Estado lhes der, não chegará sequer para o pão e vão ainda ser
sobrecarregados com o ónus de preguiçosos, que não quiseram
trabalhar e, portanto não devem viver à custa das classes média e
média alta que trabalharam; as famílias que os sustentem. Para isso
a Segurança Social já começou a elaborar a sua base-de-dados.
Fazendo
um pouco de previsão, talvez a eutanásia e o descuido de objectos
nos corpos de operados lhes vá resolvendo o problema. O futuro será
presente e saber-se-á!❐
21
de Fevereiro de 2009
Sobre a poupança
Se
a classe média baixa ou a classe média (acredito que apenas uma
pequena parte porque a maior parte continua aflita, pois as suas
despesas básicas não encontram receita para as pagar e são as
famílias, amigos, as instituições de solidariedade que colmatam a
falta de receita. Mesmo os da droga devem estar com diminuição das
receitas e cada vez têm menos lojas para roubar) já consegue poupar
alguma receita, retirando-a do consumo; isso só melhora a economia e
a carga fiscal porque essa poupança com certeza não é guardada no
colchão, mas sim depositada no banco e que o banco irá emprestar a
outros para o investimento ou consumo que darão impostos ao Estado.
Ao banco não interessa ter muito dinheiro em caixa; o banco precisa
de emprestar esse dinheiro para com os juros pagar as suas despesas e
ainda ter lucro para os accionistas. Se há quem possa fazer poupança
que o faça; também aumenta as receitas fiscais!❐
04
de Fevereiro de 2009
É
muito importante repensar tudo o que se relaciona com aeroportos.
Por
quê? A crise actual e a fase de transição de paradigma que estamos
a viver.
- a crise energética com a falta de recursos petrolíferos e devido a essa escassez o aumento normal dos preços, incluindo refinados, combustível quase único para os aviões;
- a oferta de melhores condições, rapidez e tempos adequados nos transportes de alta velocidade e o sistema de supercontrolo e limitações nos aeroportos faz com que já e cada vez mais os utilizadores do avião o substituem por este tipo de comboios.
- O facto de estes comboios serem alimentados por energias limpas cada vez mais do tipo renováveis e a custos mais baixos;
- o grande volume do desemprego a nível mundial;
- ......
Tudo
isto me faria repensar
a questão do novo aeroporto, do investimento a fazer, do aeroporto
actual que a crise +
transição de paradigma que explodiu em Novembro passado lançaram
para a ribalta.❐
20
de Janeiro de 2009
Investidura do 44º
Presidente dos EUA
Após
ter sido eleito no dia 04 de Novembro de 2008, o presidente dos EUA
fez hoje o seu juramento de fidelidade à Constituição e tomou
posse do cargo.
É
o presidente da mudança e teve 88% da confiança dos americanos em
oposição a Bush. Tem uma tarefa árdua à frente, mas o apoio de
toda a população e uma grande força para vencer. Acredito que
conseguirá. Bem-haja!❐
20
de Janeiro de 2009
Sobre
As nossas escolhas
Na
minha opinião, é muito importante cada um de nós fazer o seu mapa
astral no sentido de se conhecer a si próprio. Penso que, quando nos
conhecemos, nos aceitamos melhor e fazemos melhor a nossa caminhada,
o nosso percurso.
Como
já foi afirmado, é errado pôr toda a nossa confiança num
astrólogo, ... que passa a dominar completamente essa pessoa e a
fazer dela uma marioneta que usa e abusa a seu bel-prazer porque este
poder é muito perigoso, pois quem o usa deste modo sente-se imune a
tudo e a todos pelo medo que lhes inspira.
Sou
crente e acredito que Deus nos (seres humanos) fez livres porque, na
evolução da Criação, nós estamos na posição de charneira entre
o mundo material e o mundo imaterial e por isso temos de escolher.
Então nós fomos criados livres por Deus para podermos e sabermos
escolher. Assim nós escolhemos e fazemos o nosso futuro. Como?
O
nosso futuro, nós construímo-lo, não afirmando que quero que o meu
futuro seja assim e assim e assado; mas nós construímos o nosso
futuro por aquilo que fazemos aos outros, incluindo todos os seres
vivos e a natureza. Assim Deus nos ajuda a fazer as escolhas mais
certas. Jesus Cristo ensinou-nos: há
um tempo para semear e há um tempo para colher.
Assim
durante toda a nossa vida, há períodos em que façamos o que
fizermos, tudo corre bem porque estamos a semear e depois há outro
período em que colhemos o que anteriormente semeámos. Se alguém
quiser analisar, verificará que isto é verdade. Ou seja, haverá
outros que nos farão aquilo que nós fizemos a outros que estavam na
mesma situação que nós agora estamos.
Assim
construímos o nosso futuro! Com as nossas escolhas diárias! Com os
nossos relacionamentos bons ou maus para com os outros!
Outra
coisa são os tempos de sofrimento que nos são muito necessários
para nós pararmos, pensarmos, analisarmos o nosso percurso; são
tempos de crescimento interior indispensáveis na nossa caminhada!❐
16
de Janeiro de 2009
Sobre
o arranque da economia
Na
minha opinião, a questão não é baixar
IRS ou fazer
investimento, criando emprego. Essa é uma falsa questão!
Ambas
as medidas são necessárias para o arranque da economia.
Agora lojas de produtos estrangeiros na enorme quantidade que há,
aumentando em muito o valor das importações portuguesas e
exportações desses países com a saída da moeda de Portugal para
pagar essa mercadoria; isso talvez os portugueses possam dispensar
bem, me parece.
Por
outro lado, baixar o IRS quando está muito alto, tem várias
consequências como o aumento do rendimento dos portugueses.
É
claro para todos que, quando se aumenta o rendimento dos portugueses,
aumenta-se o consumo em Portugal e dessa forma mantêm-se empresas e
mantêm-se empregos, muito mais variados e espalhados por todo o país
e isso tem também por consequência o aumento do investimento, pois
as empresas com superavit
investem de diversas maneiras, aumentando portanto o investimento
privado. Ambas as formas de investimento são necessárias:
investimento público e investimento privado e o que este governo
socialista propõe é só o aumento do investimento público que é
sempre selectivo.❐
02
de Janeiro de 2009
A
diferença abissal entre o gorila e o ser humano consiste em mais 10%
de genomas diferentes que se traduzem na nossa CAPACIDADE DE
RACIOCINAR. Além disso, Deus dá-nos, à nossa espécie, a
CRIATIVIDADE e duas ferramentas que nos distinguem: a VOZ e a
PALAVRA. São duas ferramentas complementares e ambas podem ser
bastante buriladas. Somos muito especiais para Deus. Temos tudo e
somos os mais frágeis de todas as espécies para não nos
esquecermos de quanto Deus e o Pai nos vão dando. Assim é!
Lagos,
26 de Dezembro de 2008
18-12-2008 → mais um
acto de violência contra professores no YouTUBE
Hoje
de manhã foram ouvidas no Conselho Directivo da Escola do Cerco no
Porto os alunos em questão, a professora em causa, a Associação de
Pais. Na rádio, a presidente da Associação de Pais afirma que tudo
se tratou de uma brincadeira, que a própria professora, no princípio
pensou que se tratava de uma brincadeira (o Carnaval ainda está
longe) e não levou a sério, só depois ... Também afirma que estes
alunos não devem ser castigados com suspensão; só com repreensão.
Comentário:
1.o
– Qual a intenção destes alunos ao premeditarem este acto?
R:
“As
classificações dos alunos desta escola são, na maioria positivos;
dois destes alunos têm positiva e um deles teve nove.”
Foi afirmado pela professora. Isto não serve de desculpa, pelo
contrário. Parece-me que foi um estratagema para que a classificação
daquele que teve nove passasse para dez como os
outros dois tiveram; sob coacção. Parece-me que a prática nesta
escola é a da coacção para obter positivas e então a atitude a
tomar é saber se há ou não coacção
para obter positivas. O que me parece é
que os pais estão satisfeitos com os resultados positivos dos seus
filhos, os meios não interessa desde que não se saiba. Só que isto
não é justo para os alunos que trabalham para conseguir
classificações positivas.
2.o
– E os professores? Podemos pensar com todo o direito que este
filme que aparece no U-Tube é apenas uma situação, de muitas
outras anteriores só que a nenhum dos alunos lhes apeteceu filmar
com o telemóvel. Isto demonstra o quê? Que os professores passaram
de senhores doutores venerados a bobos e bombos das festas dos
alunos. E relativamente aos pais destes alunos? Parece-me que a
consideração que têm pelos professores é idêntica à dos seus
filhos. E aqui é que está o cerne da questão: para alguns alunos e
seus pais os professores não passam de bobos
e bombos das festas dos seus filhos.
O que interessa é a classificação para passar
de ano.
3.o
– Como reagem os professores a tudo isto que lhes tem caído em
cima?
a)
Se não aconteceu com eles “não
sabem, não viram, não estavam lá. Eles até são bem comportados
na sua aula.” Se aconteceu com eles, ignoram; levam na
brincadeira; não querem que os colegas o saibam; não apresentam
queixa; não falam com ninguém sobre o assunto porque são sempre
acusados de que a culpa é sua por não se saberem impor aos alunos.b) Que sublimação fazem os professores? Odeiam o Ministério da Educação e pressionam os sindicatos para que os façam sofrer como eles têm sofrido com os alunos durante todos estes anos sem qualquer protecção ou apoio da parte do Ministério da Educação e querem ser protegidos como os alunos têm sido.
Não,
repreensão não é de maneira nenhuma suficiente porque eles “fazem
orelhas moucas” em sacrifício e saem de lá heróis prontos a
premeditar e fazer muito pior. São MALFEITORES
que estão a formar, a condicionar e a levar aqueles que ainda
estudam para este mesmo caminho porque é mais compensador. Ganham
traquejo para a sociedade que têm de enfrentar!❐
Lagos,
14 de Dezembro de 2008
Há
cientistas que afirmam que somos extraterrestres. Que ignorância
nesta matéria!
Todos
nós, considerados normais, saudáveis, somos terrestres. Uns com
identidades do mar, outros com identidades do interior da Terra
(trevas), outros com identidades da superfície da Terra, outros com
identidades da atmosfera; mas todos estão relacionados com a Terra.
Somos terrestres!
Lagos,
10 de Dezembro de 2008
Há
grande contestação com o porto de cargas e descargas na zona nobre
de Lisboa. Foi criada uma associação dos amigos de Lisboa contra
este porto e foi entregue uma petição para o seu encerramento na
Assembleia da República. Depois as empresas ligadas a este porto
entregaram uma petição na Assembleia da República com razões a
favor da existência do mesmo.
Eu
sou pró a associação dos amigos de Lisboa, pois não me parece que
aquela zona que é nobre, seja adequada a contentores em série. Mas
porque não tentam encontrar um lugar mais adequado para o porto de
cargas e descargas de contentores; por exemplo, Setúbal ou outro
porto que achem mais conveniente, sem andarem a perder mais tempo à
toa?
Eu
acho que um porto destes faz falta nesta zona, mas não onde o estão
a construir. Porque não predomina o bom-senso?
Lagos,
25 de Novembro de 2008
Sobre
a economia do século XXI
A
crise sobre todas as crises já existentes que rebentou este mês,
veio acabar de vez com a mentalidade existente para entrarmos numa
fase de transição para um novo paradigma que está cada vez mais
claro. Agora a questão é: procuramos
e achamos e aceitamos o novo paradigma ou andamos “a
lutar contra a maré” e
cada vez mais nos afundamos na nossa teimosia, mas havendo
sempre lugar para todos.
Quais
são os itens do novo paradigma?
- preocupação ambiental, pois num ambiente poluído não há lugar para a vegetação, logo não se produz oxigénio ad eternum e não sobrevivem todos os seres que dependem do oxigénio como nós;
- reflorestação, repovoação com espécies características de cada região, recuperação da natureza devastada pela erosão para a silvicultura, reservas de caça, safaris fotográficos, lagos artificiais, prática desportiva, lazer, ...
- cada vez mais um maior consumo das energias renováveis e energias limpas e cada vez menos consumo de energias combustíveis porque também as suas reservas estão a esgotar-se;
- o automóvel particular deixa de ser considerado, em geral, um bem necessário porque as enormes fábricas vão sendo cada vez menos e o trabalho tende a ser cada vez mais perto de casa;
- o transporte público tende a ser cada vez mais variado e acessível 24h por dia e os utentes usam em cada momento o transporte mais adequado para cada situação específica para um determinado número de pessoas (a carta de condução continua a ser necessária para o rent-a-car). O transporte particular continuará a existir, só em menor número para aqueles que precisam e/ou podem economicamente;
- os bens de primeira necessidade são sempre necessários quer em tempos de crise quer em tempos prósperos, mas cada vez mais ecológicos e naturais, também associados aos tempos de lazer que serão cada vez mais apreciados e a família ocupa cada vez mais o seu devido lugar na sociedade como seu núcleo;
- as profissões de carácter social estão em ascendência porque são necessários apoios a vários níveis à família: os vários serviços serão cada vez mais no domicílio/empresa, deslocando-se o profissional a casa/empresa do cliente. Ambos os cônjuges trabalham e isso não é uma obrigação, mas um direito;
- a solidariedade está cada vez mais na moda; o Banco do Tempo, o comércio justo, ...
- Deus e a religião estão cada vez mais na moda e ganham as Igrejas mais verdadeiras, isto é, cuja prática e teoria estão mais em uníssono, mas sempre em liberdade de escolha e frequência;
- a aldeia global é cada vez mais uma realidade que vive no respeito pela identidade de cada um;
.....................❐
Lagos,
22 de Novembro de 2008
Todos
falam do desemprego e do número actual de desempregados; mas
precisam também de falar em Portugal e em toda a União Europeia da
outra parte de desempregados que, para os eliminar das estatísticas,
os meteram no saco dos INACTIVOS. Há muito para dar a conhecer sobre
o que os portugueses têm vindo a sofrer incognitamente –
desempregados e inactivos – a quem tudo tem sido vedado a favor de
empresas clandestinas de empregados estrangeiros clandestinos e de
estrangeiros enviados para Portugal de forma ilegal. Muito há para
dar a conhecer na forma visual, escrita e oral sobre isto, incomode a
quem incomodar a favor de Portugal e dos portugueses.
Lagos,
21 de Novembro de 2008
Sobre a ética nos
relacionamentos empresariais
Quando
está na moda o egoísmo levado ao extremo de ninguém se sentir na
obrigação de pagar as suas dívidas, o mais tardar no médio prazo,
a economia desmorona-se. Por quê? Pelas rupturas que isto faz no
ciclo económico: quem compra não paga, (moda que vem da Idade
Média, em que a nobreza e a realeza não pagavam nada; tudo lhes era
entregue devido ao seu sangue azul. Consideravam-se divinos! Só a
burguesia e os trabalhadores sustentavam a economia para todos. Já
estamos em pleno século XXI com direitos iguais para todos.) mas
esses bens incluem o preço da matéria-prima e do trabalho de muita
gente que desta maneira não são remunerados. Não sendo
remunerados, não têm com que pagar pelos serviços e bens que
outros lhes fazem/entregam. Com este deixa andar, o sistema vai
paralizando.
Então
surge a necessidade de implementar um conjunto de valores – Ética
– nos relacionamentos empresariais; valores do Bem que têm de
sobrepor-se aos valores do egoísmo já ancestrais. Todos somos
iguais perante a Lei e a Natureza; então temos de pôr isso em
prática: todos trabalham; pelo seu trabalho recebem o rendimento
equitativo; com esse rendimento e com saber vão escolher as suas
despesas possíveis e pagar a tempo e horas para que os que recebem
também possam pagar a tempo e horas, respeitando o trabalho e a
dignidade de cada um e para que o ciclo económico não se rompa e,
mais cedo ou mais tarde, venha o descalabro.
Tudo
é muito simples e ao mesmo tempo tão frágil! O Estado tem de ser
o primeiro a dar o exemplo e a criar medidas reguladoras, dando a
possibilidade de o credor poder recorrer a algum órgão com poder
para obrigar o devedor a cumprir a sua obrigação no mais curto
espaço de tempo porque isso representa uma economia mais activa e
justa.
Lagos,
19 de Novembro de 2008
Sobre a indústria
automóvel
O
crédito passou a estar fora de moda; rebentou na mão dos seus
idólatras. Agora a moda é a poupança, mas as famílias estão
depauperadas! Acontece que, devido ao facto de as despesas essenciais
serem superiores ao rendimento e com o crédito paralizado ou muito
dificultado, o consumo cai abruptamente, as empresas industriais e
comerciais não vendem, fecham por vários motivos e aumenta o
desemprego, o rendimento diminui ainda mais e, como em qualquer
projecção tudo vai de mal a pior, neste caso (noutros sempre a
melhorar) se não se insere um factor novo, principalmente se for o
mais adequado.
Relativamente
à indústria automóvel; o automóvel passou de bem de luxo a bem
necessário quando os trabalhadores passaram a necessitar de
percorrer grandes distâncias para irem trabalhar. Quando os
desempregados são muitos milhares ou milhões, os automóveis passam
a não ser necessários, também porque não há como pagar as
despesas de manutenção e as despesas de utilização deste. Assim
fazem o abate do que têm e não pensam de maneira nenhuma
substitui-lo.
Por
outro lado, há que melhorar em muito as condições do ambiente, do
ar, ... e, finalmente as empresas, os municípios, as famílias estão
a ganhar cada vez mais consciência ecológica e a fornecer e a
utilizar cada vez mais transportes públicos adequados, horários
adequados, preços compatíveis para que haja cada vez mais
utilizadores dos transportes públicos e a grande crise que estamos a
atravessar dá uma grande mãozinha. Claro que tudo isto tem a ver
com competência e conhecimentos que muitas vezes não estão
presentes nos responsáveis.
Deste
modo, o volume de vendas não vai recuperar para os níveis já
alcançados também porque, além da questão ecológica e todas as
outras, há a Era da Espiritualidade e a Era da Verdade que a nossa
geração e as gerações mais próximas vivem e viverão, que nos
transmitem e nos abrem a possibilidade de apetências para cada vez
mais sermos e cada
vez menos termos
(bens dispensáveis).
Concluindo,
toda a economia, política e outras ciências sociais vão ter de se
converter e adaptar a esta nova Verdade, a este novo paradigma para
bem de todos nós, para a sobrevivência das espécies, da Vida e o
planeta agradece e acredito que Deus também!❐
Lagos,
18 de Novembro de 2008
Na
minha opinião, não há uma razão directa entre baixos salários –
funcionários/executivos/empregados corruptíveis. Parece-me que o
funcionário corruptível é o resultado/consequência/convergência
de vários itens:
- baixos salários;
- leis ambíguas e não concretizáveis;
- ambiente permissivo;
- falta de valores morais;
- falta de apoio aos mais honestos e todo o apoio aos mais corruptos com toda uma rede assistencial. Nenhum funcionário (...) é corrupto, isolado, único.
A
corrupção é o vírus que corrói a democracia e as finanças do
Estado e, portanto, todo o sistema social, económico, político do
Estado. Como o dinheiro do corrupto é ilegal raramente circula no
país da corrupção.
Lagos,
17 de Novembro de 2008
A
mudança já chegou! Toda a gente está a necessitar da mudança! O
melhor exemplo é a eleição do democrata Barack Obama nos Estados
Unidos da América com o suporte muito carinhoso de 80% da população
deste país e parece-me que podemos afirmar de 80% da população
mundial. Se pudessem, todo o mundo votaria nele pela mudança que as
suas palavras trouxeram de esperança para todos os cidadãos
anónimos.
Agora,
o ser humano é por natureza conservador. Por quê esta necessidade
de mudança? A mim, parece-me que o mal-estar em que vive a população
da civilização ocidental é muito superior ao seu pouco ou nenhum
bem-estar e por isso não aguentam mais porque seja o que for que
venha, será sempre melhor. Então venha a mudança!
Por
outro lado, toda esta situação já está inserida numa fase de
transição para um novo paradigma, pois a verdade é que estamos
sempre numa constante evolução; desta vez para uma cada vez melhor
e mais estável social-democracia. É para aí que nos levam os
anseios dos seres humanos que alcançaram uma primeira esperança na
criação dos Estados Unidos da América.❐
Lagos,
15 de Novembro de 2008
Sobre as quotas dos
professores
Na
minha opinião, está errado estabelecer duas quotas de Excelente por
escola, isto é, o universo de atribuição das quotas aos
professores ser a escola porque a competência dos professores não
se distribui por igual por todas as escolas, mas é aleatória; umas
escolas terão mais professores excelentes outras terão menos. Umas
escolas dão mais possibilidades a haver nelas professores
excelentes, outras não. Para que esta classificação possa ser o
menos injusta possível, na minha opinião, terá de ser feita a
nível regional/nacional e por agentes externos. Parece-me o mais
certo.
Lagos,
10 de Novembro de 2008
Sobre as faltas
Não
conheço o Estatuto do Aluno nem as normas porque são regidos, mas
sei que, quando um aluno falta, justificada ou injustificadamente,
não conhece a matéria que foi leccionada à turma da qual faz parte
e que há que tomar medidas para colmatar esse problema, na minha
opinião!
Lagos,
09 de Novembro de 2008
Para
governar em social-democracia, depois de estabelecer as linhas
programáticas do governo, há que criar estratégias e estas devem
ser diferentes para os três níveis da economia: primeiro nível –
grandes empresas e multinacionais. Estas comandam a economia e de
certo modo a política e estabelecem um partenariado com o governo e
com as finanças. Segundo nível – classe média e pequenas e
médias empresas. Este nível precisa apenas de alguma atenção do
governo em política fiscal. É este nível que activa a economia e é
empreendedor com possibilidades de internacionalização com o apoio
dos consulados e embaixadas. Terceiro nível – microempresas,
trabalhadores de baixos rendimentos e desempregados. Este nível
sustém a economia. Ao terceiro nível, o governo precisa dar mais
apoio através de taxas de imposto mais baixas, através de toda uma
rede de apoios sociais de instituições estatais que são muito
variadas com o objectivo de diminuir a quantidade daqueles sem
qualquer actividade económica e que ainda não entraram na chamada
Terceira Idade ou Idade da Reforma e toda esta Geração dos Recibos
Verdes que nem à Reforma Mínima têm direito.❐
Lagos,
08 de Novembro de 2008
No
passado dia 04 deste mês, nos EUA aconteceu a mudança; foi eleito o
presidente da Mudança – Barack Obama. Todos nós temos muitas
esperanças nele, todo o mundo espera dele a mudança. Parabéns, Sr.
Presidente Barack Obama!
Lagos,
02 de Novembro de 2008
Na
leva da crise, o governo do engenheiro José Sócrates decidiu
investir, hoje, domingo, numa
reunião já costumeira dos domingos,
(necessidade? Quebrar o costume cristão!) 700 milhões
de euros no BPN – Banco Português de Negócios e exige o aumento
de capital da banca portuguesa, diz-se que para equilibrar a banca e
dar-lhe liquidez. Tudo isto já se fez na União Europeia e nos
Estados Unidos. No entanto, parece-me que há mais do que isso.
Parece-me que se trata de aproveitar a onda para instalar os seus
boys nos quadros da banca portuguesa e ter controlo nas suas
decisões. Não investem e não arriscam o seu dinheiro, mas têm os
cargos garantidos e as suas decisões sob sua supervisão à custa
dos contribuintes que vivem numa enorme aflição de falta de
liquidez.
Lagos,
21 de Outubro de 2008
Sobre “As
mulheres que não querem ter filhos” - programa Sociedade
Civil
Na
minha opinião, há que começar por ter algo anímico que nos
impele, homens e mulheres, para ter filhos: a afectividade.
Há homens e mulheres que têm afectos; há outros e outras que não
o têm. Quando temos afectividade, temos necessidade de a exprimir,
de a lançar a alguém, de prolongar a nossa espécie, de cuidar de,
de nos relacionarmos, de estarmos em relação com, ...
Quem
não o sente, está dominado pelo egoísmo; já perdeu as suas
características humanas. Tudo tem a ver com isto: as imagens que
mostramos ser, são mesmo as nossas ou realmente somos diferentes por
dentro, dominados pelo que não é humano?
Daí
vêm as nossas apetências ou não.
Agora
outra coisa diferente é: fomos educados ou não para sermos
pais/mães, apesar da apetência? Uma família é um grupo de seres
humanos como uma empresa. Há quem receba uma empresa e não consegue
ter êxito porque não sabe lidar com as pessoas com quem trabalha;
há quem queira ter uma empresa por inveja e depois não consegue ter
êxito porque não sabe lidar com as pessoas. Há que aprender
organização; há que aprender a educar e aprender a
organizar e aprender a dar espaço na família. Há que
aprender a ser; aprender a deixar
ser família.
Ninguém
chega ao fim da sua vida sentindo-se realizado, se não conseguiu
transmitir afectos a
ascendentes, a pares da mesma geração, descendentes (biológicos ou
não); se não se realizou profissionalmente,
socialmente, se não foi
crente. Há uma regra muito certa: «faz
aos outros o que queres para ti»; então aí está a
fórmula: na velhice, receberemos o que semeámos com os nossos
ascendentes (em sentido lato – gerações anteriores) e confiemos,
tenhamos fé. Alguém nos fará o que nós fizemos. Assim é!
Lagos,
18 de Outubro de 2008
Neste
início de nova Era Espacial – Era da Espiritualidade – é
importante compreender, na minha opinião, que, quando todos falam em
refundação e refundamento actualizados, nada mais queremos do que
voltar a encontrarmo-nos connosco próprios, com a nossa entidade à
luz da nossa mente actual. Este processo é uma sequência natural
que encontramos nas leis mais básicas da natureza: tese – antítese
– síntese – tese – antítese - ...
A
Era Espacial por que passámos foi a de expansão, desenvolvimento
material, encontro, mistura, fundição, ... Agora, o que pretendem
os sobreviventes?
Agarrar
o que resta da identidade de cada um – a cultura com tudo o que lhe
é subjacente – e reagrupar-se. Seria bom se se escolhesse
respeitar a identidade do próximo e todos vivéssemos em boa
vizinhança. Que cada indivíduo pudesse visitar, dialogar, conviver
com os vários grupos, tendo a possibilidade de escolher aquele com o
qual se quer identificar, sente mais afinidade ou gosta mais de estar
em cada momento da sua vida.
Todos
estamos em evolução permanentemente e cada um de nós num nível
diferente. Precisamos de alcançar esta liberdade, respeito e
tolerância individuais para sermos felizes. É a minha opinião!❐
Lagos,
08 de Outubro de 2008
Sobre a União
Europeia
Parece-me
haver nas instituições europeias uma certa crispação devido a
não-delimitações dos espaços de cada um: presidente vs presidente
da Comissão; Banco Central Europeu vs Bancos Centrais de cada
país-membro; ...
São
funções distintas, mas há que saber o que as distingue, as áreas
de actuação, ...
Relativamente
ao BCE, há que compreender que não se pode utilizar uma mesma
medida para o que é diferente: PIB diferentes, níveis salariais
diferentes, níveis de poder de compra diferentes, ...
O
BCE vende dinheiro; é natural que o preço seja o mesmo para todos,
pois será atribuído um preço médio, mas outras medidas, na minha
opinião, devem ser estabelecidas com parâmetros máximos e mínimos,
sendo o mais importante o controlo
e supervisão
do BCE de maneira a que todos atinjam os objectivos estabelecidos
pelo BCE, com a ajuda, apoio e conhecimentos dos técnicos deste. Por
outro lado, estes técnicos darão a conhecer ao BCE a situação
real em cada país-membro o que ajudará o BCE a programar a sua
actividade.
.......❐
Lagos,
24 de Setembro de 2008
A juventude dos países
civilizados
Ontem
e hoje os media noticiam o rapaz finlandês de 22 anos que, com uma
pistola automática, ontem, matou nove colegas e um professor e a si
próprio. No ano passado, foi noticiado um caso igual também na
Finlândia e quantos mais haverá por essa Europa que se mantêm
longe da ribalta internacional.
As
autoridades finlandesas apontam para a necessidade de dificultar a
aquisição de armas. Também se aponta a violência nos filmes,
desenhos animados, noticiários e a própria juventude; mas a
violência é sempre procurada e quando se tenta esta eliminar, há
contestação. Então a verdade é que tudo isto não é causa;
é consequência e a causa está nos valores e contravalores do país
e da sociedade e nas escolhas dos progenitores, das gerações
anteriores que geraram esta sociedade e modelaram a mentalidade
actual.
Foram
as escolhas feitas e que continuam a ser feitas que originaram as
consequências que temos porque somos limitados, apesar dos
cientistas nos quererem vender que somos deuses e omnipotentes; tudo
podemos e não se precisa de Deus, que assim são os civilizados. E
as consequências? Os cientistas pensaram nelas? Será que são tão
omnipotentes que não têm culpa do que está a acontecer à grande
sociedade civilizada?
Na
minha opinião, este jovem sofria do síndroma da sociedade
civilizada:
-crianças
que crescem sozinhas quase sem verem os pais; cujos pais não sabem
dar carinho aos filhos, não sabem brincar com os filhos, deixam as
suas crianças por conta própria ...
-crianças
que crescem sem afectos de pais, sem afectos e sem carinho;
-crianças
que crescem ligadas à televisão e ao computador e aos jogos de
computador porque os pais não têm tempo nem sabem como estar com
eles;
-jovens
de uma sociedade civilizada com liberdade total desde bastante cedo
para serem como os adultos: bebidas alcoólicas, tabaco, drogas,
sexo, ... e sair de casa para viverem longe da asa dos pais;
-crianças
e jovens de uma sociedade civilizada sem Deus, sem fé, sem moral,
sem valores morais porque só assim se consideram civilizados;
-sociedades
civilizadas manipuladas por organizações que desprezam o Bem e a
prática do Bem e fomentam o Mal e a prática do Mal e do medo por
todos os poros da sociedade: televisão, jogos de computadores,
relacionamentos, família, escola, revistas da juventude, desportos
... dizem que dá adrenalina, “pica” ... e já é a Morte.
Este
jovem afirmou:
«Odeio
o mundo» (isto é, “não quero viver neste mundo, não quero que
vocês vivam neste mundo; quero salvá-los deste mundo” ... e
matou-os e matou-se.)
«Só
há dor; solidão.»
Consequências,
consequências, …❐
Lagos,
22 de Setembro de 2008
Sobre o centrismo
religioso
Na
minha opinião, antes de determinar quem está no centro, precisamos
de definir quem faz a roda à volta do centro. Quando se afirma o
Teocentrismo de Deus, suponho que se subentende que são os homens e
mulheres que o circundam. Assim, não acredito nesta afirmação.
Considero-a errada.
Para
mim, a VERDADE é que Deus não é teocêntrico, mas sim piramidal
porque Deus está acima de tudo e de todos e é omnipresente;
portanto, não pode ser teocêntrico porque isso o colocaria ao nosso
nível e isso é um erro crasso.
Jesus
Cristo é cristocêntrico porque
Ele é humano e divino e nós
somos criados à Sua imagem e semelhança. Ele é o
Primogénito Celeste. Assim é!❐
Lagos,
03 de Setembro 2008
Sobre Angola
No
dia 30-08-2008 passou na RTP2 um documentário sobre Angola, agora
que lá se está em vésperas de eleições. Lembrei-me do outro
documentário de Agosto de 2006 e reparei que a sociedade angolana se
está a desenvolver e muita coisa está a ser feita o que é sinal de
satisfação, mesmo para estrangeiros como eu.
Os
políticos parecem com vontade de abraçar a democracia e aceitar com
normalidade o facto de terem obtido menos votos que outros. Lá
chegará a sua vez de serem maioria porque governar desgasta, pois é
impossível atender às necessidades de todos quando as necessidades
são muitas e os descontentes votam sempre na oposição para
passarem a ser atendidos. Assim se faz a democracia; assim se vão
satisfazendo todos; assim se acalmam os marginalizados na esperança
de que um dia a sua força política será poder e assim deve ser.
No
entanto, há coisas que eu gostaria que fossem tidas em atenção. A
construção civil não pode existir de uma forma anárquica numa
cidade. É sempre muito importante o trabalho em equipa, em equipas
de técnicos especializados.
Assim
a construção civil numa cidade precisa de um arquitecto
paisagista. Ele é o elemento essencial na modelação de
qualquer cidade porque a construção civil tem de obedecer a regras
e a necessidades específicas dos habitantes dessa cidade. Vi a
inauguração de uma Escola
Profissional de Construção Civil em Luanda e fiquei
contente. De certeza que esta escola vai ter e formar técnicos
conhecedores desta matéria e alerta para estas questões e assim o
município de Luanda já tem técnicos para corrigir os erros que lá
estão a acontecer.
Uma
cidade precisa de ser habitada, mesmo com todos os serviços que tem
e os preços dos terrenos devem ser controlados exactamente para
evitar a desertificação; pois são os habitantes que, com a sua
presença, evitam os assaltos e a cidade a saque como é
característica das cidades de serviços e sem habitação. Para a
cidade ser habitada, é necessário:
- que os preços das habitações não fiquem insuportáveis;
- que haja serviços onde os habitantes ganhem o seu sustento por conta própria ou por conta de outrém;
- que seja uma cidade arborizada porque as árvores produzem oxigénio que os habitantes precisam para existir e os habitantes produzem dióxido de carbono que as árvores precisam para existir;
- que haja uma distribuição equilibrada de parques dentro da cidade e nos limites da cidade que sejam os pulmões desta e locais de lazer e de prática de desporto das populações. Além disso, as árvores amenizam o microclima, evitando as secas e as chuvas torrenciais e também evitam a erosão do solo, plantando as árvores mais adequadas em lugares estratégicos;
- que as áreas residenciais tenham parques infantis e espaço livre para as crianças brincarem após a escola. Não é criança, a criança que não brinca, desenvolvendo assim a sua criatividade e não será adulto feliz nem comunicativo;
- que os musseques vão diminuindo de tamanho, retirando famílias de lá através de Programas de Inserção Social e distribuição de habitação social, principalmente famílias que recebam órfãos na sua família – famílias de acolhimento – e passados dois, três anos, se quiserem, podem fazer adopção plena destas crianças. As crianças estão tão carentes de afecto, de pai e mãe do coração! Os órfãos que não forem sociáveis e, portanto, ninguém os queira; precisam de instituições que os recolham e, com afecto, os socializem porque maus tratos já eles tiveram muito. Estas instituições precisam de dar a estas crianças tempo e espaço para também brincarem. Depois devem ser contactados por famílias de acolhimento que os queiram receber. Todo aquele que tem crianças ao seu cuidado, tem direito a receber os subsídios estatais adequados à idade da criança, subsídios criados para apoiá-los nas despesas que lhes são inerentes. O Governo português tem um bom Programa de Inserção Social que pode servir de ponto de partida e caso de estudo, fazendo depois as devidas alterações. As famílias de acolhimento inseridas em Programas de Inserção Social devem escolher a área profissional que querem para si nos ramos primário, secundário e terciário e receber formação adequada para que o seu negócio corra bem e formação a nível de higiene e manutenção da habitação e distribuição de tarefas na família de modo que as crianças recebidas se sintam integradas e saibam como agir. O acompanhamento por parte da Segurança Social deve prolongar-se no tempo até a família ficar completamente autónoma e funcional.
- Que se trave a erosão provocada pelas chuvas e ventos, criando as suas margens naturais com o apoio de métodos naturais, evitando assim algumas das cheias, a destruição de habitações e bens e deslocamento das pessoas e morte de animais domésticos;
- aprofundar a democracia, criando pontos de encontro como coretos (da música) onde quem quisesse expor as suas ideias, as suas críticas, as suas propostas poderia fazê-lo sem quaisquer represálias nem para quem os ouvisse, tipo Hyde Park em Londres. As liberdades democráticas como, por exemplo liberdade de opinião, têm de ser garantidas.
- que nas áreas residenciais de habitação social, haja recintos com coretos para quem quiser tocar, cantar e espaço para os habitantes conviverem, dançarem, escutarem e os reformados possam jogar, conviver, ...
- que haja um Centro Cultural que também seja Centro de Conferências adequado a uma capital;
................❐
Lagos,
03 de Setembro de 2008
Sobre segurança nas
gasolineiras
A
mim, não me parece que a insegurança nos postos dos combustíveis
tenha solução com a presença das forças de segurança pública.
Parece-me muito difícil de pôr em prática quando se quer o Estado
com redução da despesa pública, apesar de esta proposta ser das
gasolineiras.
Parece-me
mais adequado que as gasolineiras criem ou expandem segurança
privada e video-vigilância nos seus postos de combustíveis. Esta
segurança privada trabalharia em cooperação com a segurança
pública em termos acordados. A segurança privada não precisa de
usar armas de fogo ou armas brancas; precisa de ter preparação
física e táctica adequada e armas adequadas para reter os
assaltantes, identificá-los e levá-los à segurança pública. É a
minha opinião!❐
Lagos,
28 de Agosto de 2008
Quando
ouço fazerem críticas, interpretações a textos, lembro-me logo de
uma mesa-redonda, num dos canais da televisão, já há alguns anos
(parece-me que por alturas da publicação do livro Jangada
de Pedra do escritor José Saramago) em que o escritor
respondia às questões de três pessoas: jornalistas e críticos.
Eles principalmente expunham as suas opiniões sobre as obras do
escritor e o escritor esperava deles perguntas ou dúvidas sobre a
sua obra. Lembro-me de que, após uma das exposições, José
SARAMAGO, depois de várias expressões faciais, disse:
-
Bem, quando escrevi esse texto não me ocorreu nada disso. Ocorreu-me
exactamente o que escrevi. Não havia nada de subentendido; mas mal o
livro é publicado, deixa de ser nosso. Se conseguiram ver, deduzir
tudo isso do que escrevi; fico muito feliz.
Sobre
a Bíblia, parece-me que acontece exactamente a mesma coisa. Eram
pessoas simples, marginalizados da sociedade, com um coração
ardente de amor à causa. Narravam o que viveram, o que vivenciavam,
o que tinham aprendido dos apóstolos, ...
Interpretações
e uso de conhecimentos teológicos elaborados, complexos; raciocínios
místicos, ... começam a surgir muito, muito depois e não têm a
ver com os evangelistas. Assim me parece!❐
Lagos,
26 de Julho de 2008
Também
a nível da União Europeia há escassez de competência ao nível
dos tecnocratas. Falta criatividade e portanto, temos
líderes-executivos que decalcam modelos sem conseguir ter a
criatividade suficiente para os adaptar às situações.
A
tradição e os modelos de estudo são a inflação resultar do
aumento do rendimento da população. Assim passa a haver
muita moeda no mercado, aumenta a procura sem resposta da oferta,
aumentam os preços dos bens como consequência e surge a inflação.
A
inflação que estamos a viver na União Europeia é nova, é
diferente. Surge de uma política de cartelização para destruir a
economia florescente da União Europeia. Os lucros que estas empresas
estão a ter não vão ser distribuídos pela população europeia e
também não fazem aumentar os investimentos porque quem está a
ganhar não vai investir na União Europeia. É importante verificar
e estudar os rendimentos da população europeia e assim será
demonstrado que as suas queixas têm razão de ser, pois os seus
rendimentos são muito reduzidos e insuficientes mesmo para as
despesas essenciais e, se nos debruçarmos sobre os desempregados, a
sua situação é ainda pior. Então as medidas têm de ser
diferentes.
A
medida que o Banco Central tomou, é errada porque ainda vai conter
mais o pouco investimento que se possa haver.❐
Lagos,
11 de Julho de 2008
Sobre as margens de lucro
É
normal/costume o Ministério das Finanças estabelecer margens de
lucro máximas nos diversos ramos da economia. Isto tem como
objectivo evitar descalabros no bom funcionamento da economia como
inflação, desemprego, enormes desigualdades sociais, a inequidade
(porque o mesmo bem vender-se-ia a preços muito diferentes em
lugares diferentes e, por conseguinte, o nível/qualidade de vida
dessas pessoas seria completamente diferente; uma ocupação muito
desigual do território, isto é, assimetrias regionais ...
Dependendo
do custo do bem e da sua utilidade, seja de primeira necessidade ou
não, assim se estabelecem as margens de lucro. Na prática, o
vendedor pode utilizar essa margem de lucro estabelecida ou margens
mais baixas, dependendo da concorrência e da duração do bem. Mais
altas é que não pode ou fica sujeito a multas pesadas da ASAE3.
Já agora o valor sobre o qual recai essa margem de lucro pode ser:
first in, first out (FIFO); last
in, first out (LIFO) ou preço
médio em armazém. O critério estabelecido não é ao gosto
do momento ou do empresário, mas tem a ver com a duração do bem e
a variação do preços nos mercados. O petróleo e seus derivados,
devido ao carácter/peso que têm na economia de qualquer país, pois
a sua oscilação provoca oscilações muito superiores nos preços
de todos os outros bens e também porque é um bem duradouro porque
não se estraga, é razoável/comum atribuir-lhe margens de lucro ou
FIFO ou preço médio que os empresários não ficam prejudicados.
O
IRC vem depois equilibrar os ganhos concretos do exercício, já que
a margem de lucro serve para compensar o empresário do capital
investido e para pagar todas as despesas e é um valor estabelecido a
priori.
Quando
excepcionalmente, os empresários nos vários níveis da cadeia
económica, decidem políticas de aumento diário dos preços e então
num bem como os combustíveis, é sabido que isso vai provocar um
descalabro na economia e revolta na população porque a sua vida
fica impossível, insustentável. Ninguém aumenta os preços dos
seus produtos diariamente como consequência da procura aumentar
porque esta não tem uma aceleração tão elevada; vai aumentando.
Toma-se esta política de preços quando o objectivo
é arrasar um alvo. Isto é, uma medida política e
não uma medida económica de preços. Como se pode defender o alvo?
Actuando
imediatamente sobre os agentes mais próximos de si, deste inimigo
invisível e procurando detectar a origem, a fonte do ataque para o
neutralizar. Por exemplo, não é assim que agem os médicos?
Então
com os elementos de controlo que qualquer Governo deve ter para se
defender; põe no terreno os elementos de regulação do mercado de
modo a obrigá-los a pararem ou pelo menos desacelerarem esta subida
súbita dos preços com taxas excepcionais sobre estes lucros
desmedidos e a serem cobradas mensalmente PORQUE
DE COIMAS SE TRATA. Como se determina esta taxa?
Pois
bem, o Ministro das Finanças estabelece uma margem de lucro razoável
para as empresas de combustíveis nos vários níveis da economia.
Por exemplo, 20%. Então a ASAE vai ao terreno, verifica os
documentos e tudo o que ultrapassar os 20% sobre, por exemplo o custo
médio em armazém, é obrigatório entregar às Finanças, nas
repartições de Finanças e são 80% sobre o custo médio. É assim
que se governa um país e se mantém uma economia saudável e a
população com qualidade de vida.❐
Lagos,
28 de Junho de 2008
Devido
a uma subida súbita, diária e continuada nos preços dos
combustíveis durante este mês de Junho, todos os bens tiveram os
seus preços aumentados, não devido a esta subida súbita dos preços
do crude e seus derivados na Bolsa de Nova Iorque, mas porque
imediatamente todos os agentes económicos aproveitaram a boleia e
aumentaram ainda mais os seus produtos/mercadorias, também
diariamente, aumentando ainda mais os seus lucros. Crise? Para quem?
Trata-se
de uma maneira bastante vulgar de rebentar com qualquer economia. A
mesma táctica foi usada na Argentina, onde foi destruída a classe
dominante e substituída pela outra que estava na sombra. Agora
aplica-se a mesma táctica à União Europeia, que estava a ir muito
bem e a incomodar muita gente, principalmente o Commonwealth, além
das potências emergentes: China, Rússia, (...)
Em
Portugal, a situação também está muito quente, as forças da
sombra têm atacado forte e feio ...
Não
acredito nos resultados das sondagens. Acho que as pessoas não estão
a ser verdadeiras quando respondem aos inquéritos. A revolta é
muito grande para as leituras das sondagens serem verdadeiras.
Acredito que o PS deu o tiro certeiro e mortal em si próprio quando,
confrontado com a esquerda, fez tabu e recusou-se a enunciar
medidas para atacar os fazedores desta escalada inflacionista,
enunciando imediatamente mais medidas, ainda mais penalizadoras para
a população.
Por
outro lado, o presidente da Câmara Municipal da Anadia foi
empreendedor e para conseguir mais poder de manobra na sua Câmara,
decidiu aproveitar os óleos usados do seu concelho e prepará-los
para serem usados como combustível nos vários veículos que a
câmara tem a seu cargo e assim reduzir as suas despesas camarárias.
Não teve qualquer intuito comercial ou de lucro escondido. Que
aconteceu? As Finanças matam imediatamente o empreendedorismo deste
homem que nem estava a encher os seus bolsos com fugas ao fisco ou
ganhos para si próprio. Tudo era para a Câmara diminuir as suas
despesas; mas o fisco/ministro aplica-lhe logo multas
de milhares de euros para não se meter em
empreendedor e diminuir as despesas da Câmara. Isso não pode
acontecer!!!
Ele
até pediu desculpa ao senhor ministro pela televisão pela sua
ignorância de tentar ser empreendedor. Quanto às empresas de
combustíveis que há meses andam a subir todos os dias os preços do
gasóleo (para usar no sector da produção) principalmente e da
gasolina; para esses está tudo muito bem e aos media dizem que vão
estudar o problema. A carestia de vida que estão a trazer à
população, os lucros indevidos que metem nos bolsos. Qual quê?
Maledicência vossa! (Ai Portugal, Portugal, em que mãos andas
metido).
Acredito
que estes factos vão estar na mente de todos os eleitores quando
votarem. Tanto o que se relaciona com o PS, como o que se relaciona
com a esquerda, como o silêncio e acomodamento do centro. Acho que
este foi e manter-se-á o turning point. É só esperar para
ver!
É
incrível! Aumentam-se os preços para aumentarem as receitas do
Estado; mas como? Se as receitas das pessoas não aumentam; elas só
têm uma saída: diminuir nas despesas. Se as despesas dos
particulares diminuem, só há uma consequência: as receitas do
Estado diminuem, apesar e por causa da subida dos preços. Mas isto é
do mais elementar!
Se
se aumentam os impostos para aumentarem as receitas do Estado, mas as
famílias não vêem as suas receitas aumentadas, elas fazem cada vez
menos despesas e as receitas do Estado diminuem!!!
Se
se permite e alicia um coeficiente de oito ou nove entre os 20% de
rendimentos mais elevados e os 20% dos rendimentos mais baixos; isso
provoca diminuição das receitas do Estado porque as famílias de
rendimentos mais baixos gastam no país o que ganham e geralmente não
conseguem fazem poupanças ou fazem muito poucas e, em ambos os
casos, é dinheiro que circula no país e são muito mais
famílias do que as que têm rendimentos mais elevados. Por
outro lado, as famílias dos rendimentos mais elevados gastam pouco
no país, além de serem em menor número. Gastam principalmente
produtos importados e saídas para o estrangeiro. Então quando o
coeficiente é elevado, as receitas do Estado são menores. Mas isto
é do mais elementar! Por alguma razão Portugal tem o coeficiente
mais elevado! Haja humor que já não há paciência para aguentar
mais destes três anos.
O
Mercado Negro -> economia paralela -> imigração
clandestina -> emigração clandestina -> desempregados ->
corrupção = não pagam impostos indirectos, mas pagam em maior ou
menor grau impostos directos como IVA.
Quando
os desempregados aumentam bastante, não negando os desempregados
metidos no saco dos Inactivos, são um alvo fácil do Mercado Negro e
da economia clandestina e suas organizações. Aí as receitas do
Estado diminuem por dois lados: este capital humano continua
desempregado para a sociedade e os seus rendimentos não são gastos
no país onde vivem para não denunciarem as suas actividades.
E
quando todos chegarem à velhice? Estes vão encontrar algum
estratagema para integrar os seus e fazê-los receber chorudas
pensões; mas ... e os outros?❐
Lagos,
21 de Junho de 2008
Parece-me
que a Comissão Europeia, o Parlamento Europeu têm de estar muito
mais próximos dos cidadãos europeus e isso só se consegue com um
canal europeu nas estações televisivas de serviço público de cada
um dos países-membros, a transmitir diariamente o que lá é feito,
decidido para a Europa com noticiários, reportagens, documentários,
mostrando a cara e as opiniões dos decisores desta Europa.
Enquanto
isto não acontecer as instituições europeias e os seus decisores
não existem para o cidadão europeu; estão muito longe, noutra
galáxia completamente desfasados do dia-a-dia de qualquer um de nós.
Não nos entram pela casa dentro!❐
Lagos,
23 de Maio de 2008
Assisti
ao debate a quatro dos candidatos a presidente do PSD na TVI. Foi
curto, mas creio que todos se expuseram quanto baste.
Na
minha opinião de militante de base do PSD, achei bem a Dra Ferreira
Leite não ter participado da euforia dos primeiros momentos, mas
pareceu-me que esperou demais para começar a intervir e interveio
muito pouco. Do meio para o fim já participou quanto baste que é
sempre bom nestes debates e terminou com uma boa imagem política. A
mensagem deixada foi clara, verdadeira, coerente com o que tem dito
em todas as suas participações e vai de encontro aos anseios da
população, neste momento.
Não
tenho nada a criticar do que foi mencionado pela Dra Ferreira Leite,
porém parece-me que mais alguma coisa poderia ter sido dita dentro
da mesma linha política.
Em
geral, gostaria de recordar:
1º.
que o liberalismo, actualmente, contém em si várias tendências:
liberalismo oligárquico, populista, social-democrata, socialista
democrático e que se espera de um partido social-democrata que tenha
políticas sociais-democratas.
2º.
No início de 1972, em entrevista
ao jornal República, Sá Carneiro
declarou-se aberto à social-democracia.
Criar uma ala liberal parlamentar em plena ditadura é ser muito mais
à esquerda do que liberal popular.
Acredito
que quanto mais se relacionava com a política e seguia o Governo de
Olov Palme na Suécia, mais se identificava com a social-democracia e
mais ideias concretas desta linha política tinha para Portugal.
Em
06 de Maio de 1974, Sá Carneiro com Magalhães Mota e Pinto Balsemão
fundam um novo partido português – o PPD, Partido Popular
Democrata. Na minha opinião, os três não comungavam das ideias
sociais-democratas com que Sá Carneiro se identificava, mas tinham
linhas políticas convergentes; todos se sentiam bem dentro da ala
política liberal. Acredito que Magalhães Mota se situava mais à
direita de Sá Carneiro, mais identificado com a linha popular do
liberalismo e Pinto Balsemão se situava mais à esquerda e assim os
três sentiram que poderiam congregar à sua volta um número
suficiente de militantes para que o partido fosse uma presença de
respeito no panorama político português. Com o evoluir político
português, o CDS clarificou a sua faixa política na área popular e
o PPD na área social-democrata e adoptou a nova sigla e assim tem
sido e assim conquistou duas maiorias absolutas e tem sido a segunda
força política portuguesa.
3º.
Eu acredito que o Professor Cavaco Silva entrou para o Governo PPD e
passou, com Sá Carneiro, a social-democrata e todos os seus governos
são de um verdadeiro social-democrata. Teve três governos seguidos
como primeiro-ministro graças à sua política social-democrata. A
sua popularidade decaiu precisamente por este longo período de
governação que deu crédito à oposição que estava na altura da
alternância democrática e ele isolou-se cada vez mais devido à
pressão.
4º.
devido à crise financeira que se vive e ao desemprego, acredito que,
para além de incentivos ao investimento estrangeiro, é também
necessário apoiar e incentivar as micro e PME porque, para além das
grandes empresas estrangeiras que se instalam e depressa saem do
país, deixando muito pouco, devido aos incentivos que receberam; as
micro e PME mantêm-se no país, nas áreas com menor demografia,
segurando a população e assegurando rendimento local. Ambos são
necessários.
5º.
A política fiscal parece-me que tem de ser feita, tendo em atenção
as necessidades de Portugal e o que se passa em Espanha, para que
Portugal pare de desenvolver a economia espanhola e comece a
desenvolver a portuguesa.
6º.
Sobre IVA, IRS e IRC, acredito que há que estar muito mais atento ao
que se passa na União Europeia, principalmente, países vizinhos.
7º.
Parece-me que é muito perniciosa e de consequências imprevisíveis
a política de imigração que tem sido seguida. Parece-me que esta
área exige muito mais atenção e estudo.
8º.
Parece-me necessário baixar o IRS para os trintas por cento e estar
muito atento aos profissionais liberais, corrigindo os seus IRS para
valores mais adequados com a realidade, quando isto não acontece
pelos próprios.
9º.
Parece-me que a solução mais adequada para o momento que se vive é
uma forte fiscalização com punição aos infractores e a baixa dos
impostos mais elevados dos IVA, IRS, ...
O
Dr Luís Filipe Menezes foi presidente do PSD de Outubro de 2007 a
Maio de 2008, incluído.
Lagos,
21 de Maio de 2008
Formas de Governo
Há
formas de governar um país, as mais diversas; viva-se numa
democracia ou numa ditadura.
Numa
democracia e se o partido político a governar se situa ao centro do
espectro político, seja ele partido socialista democrático ou
partido social-democrata, tem a obrigação e o dever de ter duas
linhas de orientação: o programa
eleitoral apresentado ao eleitorado e com o qual ganhou as
eleições e ao mesmo tempo e em stand-by, medidas
reguladoras do mercado para que o objecto da sua linha
programática (programa eleitoral) se possa sempre cumprir e assim
ter a confiança do eleitorado.
Muito
raramente o mercado se autorregula porque há sempre grupos que, para
defenderem os seus interesses particulares, actuam sempre e sem pedir
autorização de maneira a impedir esta autorregulação do mercado,
pondo em risco o bem-estar e a melhoria das condições de vida da
maioria ou da grande maioria da população.
Assim
é importante e necessário que estes governos estejam atentos para
actuarem de imediato e assim bloquearem
estes interesses e
serem fiéis ao seu eleitorado. Entre essas medidas, está o controlo
sobre as várias margens de lucro, de maneira a conter a inflação,
manter os preços de mercado aceitáveis relativamente aos
rendimentos da maioria da população, ... e conseguir assim um
desenvolvimento sustentável. Para isso foram eleitos seus
representantes.❐
Lagos,
18 de Maio de 2008
Sobre os gestores
Relativamente
ao salário dos gestores, na minha opinião, devem ganhar de acordo
com a mais-valia que aportam à empresa que gerem.
Isto é, deveria ser criado um coeficiente que multiplicado pelas
receitas anuais, indica qual o salário indicado para o gestor,
distribuído por parte fixa e parte variável e regalias, a ser
atribuído em Janeiro do ano seguinte.
É
de uma enorme anacronia, um gestor ter um ordenado de gestor dos
países mais desenvolvidos e a empresa que gere não produz mais
valias adequadas a esses salários, ela tem resultados negativos,
acaba por falir; mas o salário dele é cada vez maior e não sofre
qualquer diminuição, enquanto que os operacionais passam meses e
meses com salários em atraso e o seu salário é muito baixo
comparado com os salários dos seus iguais nos países com maior per
capita,
quando ele (gestor) é que é o principal responsável. Não há
justificação possível!❐
Lagos,
28 de Abril de 2008
Sobre o cargo de
Presidente do Conselho Europeu
Parece-me
que falta atribuir ao cargo de Presidente
do Conselho Europeu funções para criar e desenvolver
Presidências Abertas e/ou
Roteiros Abertos ou algo
semelhante, de acordo com a sua criatividade, pelos vários países
da União Europeia e assim ficar a conhecer e dar a conhecer esta
União Europeia aos vários países que a compõem e também
cooperar, in loco, para um
maior equilíbrio entre cada país-membro e a União Europeia.❐
Lagos,
25 de Abril de 2008
Sobre formação política
e cívica
Na
minha opinião, não se pode formar para
a cidadania sem a coluna da formação
política e história política do
país. Tudo isto é um dos fundamentos essenciais da
democracia e não é assunto só para a família ou sociedade ou
meios de comunicação. Tudo isto é assunto essencial do sistema
educativo de qualquer país democrático.
Assim
eu escolheria o I ciclo do ensino básico (1º – 6º ano de
escolaridade) para que se ensinasse o hino, a bandeira, os
representantes do Estado, os vários poderes de um regime político,
... tudo o que pode ser visto, visitado, escutado de uma forma
sintética; seriam as Bases da Formação Política. Isto porquê?
Porque
nestas idades a memória está ávida de saber e aceita o que é
simples e perceptível.
Depois
vem a adolescência e consigo o período da contestação, do
negativismo, da procura pessoal. Assim aconselho, para o II ciclo do
ensino básico (7º – 9º ano de escolaridade) ateliês
sobre esta temática.
A
seguir o ministério decide: um ano ou dois anos sobre a mesma
temática, mas numa disciplina nos 10º – 11º anos ou 12º ano de
escolaridade: Formação Cívica.
Trata-se
apenas de uma mera opinião, muito discutível, de uma cidadã.
Lagos,
24 de Abril de 2008
Snobismos
Os
portugueses adeptos do anglicismo que nas últimas décadas se querem
fazer afirmar em Portugal, continuam a usar realizar
com o significado inglês de compreender, perceber; apesar de
esta palavra ser de origem latina e só fazer sentido para nós,
portugueses, usá-la no sentido de concretizar,
fazer como era usado
pelos romanos. Só que eles querem fazer extinguir tudo o que
cheire a latino; só se se destruírem a si próprios, pois eles são
latinos.
É
serem snobs no sentido mais pejorativo desta palavra, pensando que se
mostram muito intelectuais e chiques.
O
mais engraçado é ouvir americanos dos Estados Unidos usarem realize
no sentido de concretizar,
fazer e isto
não é snobismo porque eles usam muitas palavras de origem latina o
que era bastante comum na época da colonização dos Estados Unidos.
Eles, sim, estão a ser naturais e eruditos.❐
Lagos,
23 de Abril de 2008
Qual o segredo da
felicidade?
Hoje
este foi o tema do programa Sociedade
Civil e eu fiquei com vontade de participar.
Na
minha opinião, a felicidade é um dom; o mais caro dos dons, no
sentido de querido e por isso é um dos mais difíceis de alcançar.
É um dom de Deus; é Deus. Deus é felicidade, isto é, quem vive em
comunhão com Deus, sente-se FELIZ; não porque tenha alcançado tudo
o que sonhou, mas porque ganhou a qualidade de ser crente de verdade.
Enquanto o egoísmo, nas suas várias formas, o domina, nunca se
sentirá feliz; sentirá sempre a felicidade “na outra margem do
rio”.
Há
de certeza um caminho a percorrer para nos sentirmos felizes:
1º
– ter fé; crer em Deus; confiar em Deus;
2º
– ser discípulo de Jesus Cristo;
3º
– usar o serviço e não o poder;
4º
– aprender a relativizar. Tudo tem uma importância relativa e “o
copo está sempre, muito mais, meio cheio do que meio vazio”;
5º
– competir consigo próprio e nunca com os outros. Estabelecer
metas alcançáveis e porfiar;
6º
– não exigir nada dos outros e assim ninguém o decepciona. Cada
um dá apenas o que tem e há quem não tenha nada, nem sequer
afectos;
7º
– a cada dia as suas preocupações, mas ter projectos, objectivos,
metas a alcançar;
8º
– evitar sistemas de dependência;
9º
– ter sempre planos alternativos e o que lá vai, lá vai ...
10º
– nunca esquecer que “quem faz um cesto, faz um cento se lhe
derem verga e tempo”. Evita o sentimento de desilusão;
11º
- .................
Isto
é, aprender a viver e a socializar de uma forma sadia. Deixar
egoísmos e fazer comunhão. Fazer aos outros exactamente o que quer
para si e deixar acontecer.
Quando
conseguimos isto, já somos felizes! A felicidade mora em nós!
Lagos,
18 de Abril de 2008
Sobre
o PSD português – III
O
PSD está em crise. Então, cansa ouvir sacudirem a água do capote e
os porta-vozes lançarem as culpas para quem não as tem: a saída do
Doutor Durão Barroso, o PS estar a ocupar o espaço político da
social-democracia. Isto não tem nada de ético!
A
crise que o PSD está a viver só a pode acarretar a si próprio, a
mais ninguém. O espaço político português que pode ser governo já
o povo português o definiu há bastante tempo com o Professor Doutor
Cavaco Silva: é a social-democracia. Outros quadrantes só podem
entrar para o governo com coligações. Se o PSD muda o visual e nega
o nome que usa, falando em PPD e anunciando medidas PPD, a resposta
das sondagens só é uma, deslocamento dos votos para outros partidos
e subida das abstenções do eleitorado do centro-direita.
Se
é isso que querem, pois continuem ... mas não lancem as culpas para
os outros. Não é bonito! Não é ético!
Está
na hora de perceberem que as escolhas do eleitorado são mesmo
escolhas deles e não de direcções e alas e eles sabem o que
querem!
Quando
o Dr Durão Barroso aceitou o cargo de presidente da Comissão
Europeia, ele passou a fazer um grande favor ao seu partido, o PSD e
ao país, Portugal. Só tacanhos que “não vêem um palmo à
frente do nariz” podem pensar e dizer o contrário, ou inimigos
ou adversários. E claro, que também foi uma escolha muito acertada
para o seu currículo profissional.
Quando
o PS toma medidas conotadas com a social-democracia, está a tomar
medidas acertadas para ganhar uma maioria, talvez absoluta, e ser
governo. Só se fosse idiota, faria o contrário.
Quando
o PSD nega o nome que usa, destrói a sua identidade e sai da
social-democracia; só pode ser muito IDIOTA
e INCOMPETENTE
e não pode culpar mais ninguém: SÓ A SI PRÓPRIO!
Lagos,
20 de Março de 2008
Sobre
o PSD português - II
No
início de 1972, em entrevista ao jornal República,
Sá Carneiro declarou-se aberto à social-democracia.
Acredito que quanto mais se relacionava com a política e seguia o
Governo de Olov Palme na Suécia, mais se identificava com a
social-democracia e mais ideias concretas desta linha política tinha
para Portugal.
Em
06 de Maio de 1974, Sá Carneiro com Magalhães Mota e Pinto Balsemão
fundam um novo partido português – o PPD, Partido Popular
Democrata. Na minha opinião, os três não comungavam das ideias
sociais-democratas com que Sá Carneiro se identificava, mas tinham
linhas convergentes; todos se sentiam bem dentro da ala política
liberal. Acredito que Magalhães Mota se situava mais à direita de
Sá Carneiro, mais identificado com a linha popular do liberalismo e
Pinto Balsemão se situava mais à esquerda e assim os três sentiram
que poderiam congregar à sua volta um número suficiente de
militantes para que o partido fosse uma presença de respeito no
panorama político português. Com o evoluir político português o
CDS clarificou a sua faixa política na área popular e o PPD na área
social-democrata e assim tem sido e assim conquistou duas maiorias
absolutas e tem sido a segunda força política portuguesa.
Lagos,
13 de Março de 2008
Sobre o sindicalismo
actual
Hoje,
na RTP2, programa Sociedade Civil,
debateu-se este tema. Fala-se da dissociação entre trabalhadores e
sindicatos e fala-se da repressão que o patronato exerce sobre os
trabalhadores sindicalizados e das perseguições que aqueles fazem
para que estes não se reúnam no horário de trabalho e no local de
trabalho e isto são causas para a não-aderência dos trabalhadores
mais jovens. Então há que resolver o problema, contornar o problema
e cabe aos sindicatos encontrar as saídas. Proponho:
1.
comunicar com frequência,
trabalhadores – sindicatos, através
do e-mail,
enviando inclusivé para simpatizantes;
2.
não reunir no local de trabalho,
em geral, apesar de ser um direito, mas constrange e prejudica os
trabalhadores e pode ser contornado. Então reúne-se, localmente,
regionalmente, ao fim-de-semana, num café, num restaurante, nas
horas mortas, reservando a sala. Eles ficam contentes;
3.
preparar bem a reunião e dar apenas uma tolerância de 5 a 10
minutos e que a reunião dure apenas “o quanto baste”
dentro de 1,5h ou 2h;
4.
Nestas reuniões, principalmente, serem orientadores e saberem ouvir
os trabalhadores;
5.
após as reuniões, elaborar relatórios, conclusões e propostas e
enviar por e-mail e estudar as respostas e tomar medidas, se
necessário;
6.
..........................
Lagos,
04 de Março de 2008
Sobre a avaliação dos
professores
Este
tema parece-me muito complexo e polémico e por isso muito difícil
de abordar e resolver.
Primeiro,
há que ter em consideração que os professores do ensino público
que actualmente temos, resultam de um processo muito conturbado desde
a revolução do 25 de Abril de 1974 com muitas excepções ao longo
destes quase trinta e cinco anos. Muita coisa diferente se foi
acumulando e muito pouco se foi burilando. Por tudo isto, não se
pode “cortar a eito”, mas sim conhecer a realidade
específica e tomar medidas concretas para situações concretas, mas
tudo situado dentro do mesmo plano estratégico. Como sempre, estudar
cada caso, planear quantos professores são necessários, escolher os
melhores, mais competentes e libertar os outros.
Os
professores contratados pelo Ministério da Educação são milhares
e parece-me que não estão escolhidas as melhores vias.
Depois,
se tivesse de tomar decisões nesta matéria, começaria por fasear
para tornar mais fácil e mais eficaz as decisões a tomar:
1º
Decidiria, não fazer as avaliações de todos os professores, devido
ao seu número elevado, num só ano, como tem sido falado; mas sim,
de uma forma aleatória, em três anos, por exemplo. Se todos
os professores fossem 3000; aleatoriamente faria a avaliação de
1000 no ano 1; outros mil no ano 2 e os outros mil no ano 3. Depois
voltaria a fazer aleatoriamente para ⅓
no ano 4; ... Poderia acontecer haver professores avaliados
dois anos seguidos, outros dois anos sem serem avaliados; mas o
importante seria que, em cada três anos, todos os professores seriam
avaliados apenas uma vez. Isto consegue-se fazer com uma boa
base-de-dados e computadores.
2º
Colocaria inspectores do Ministério/empresa privada contratada para
este serviço a fazer a avaliação de cada professor apresentado
pelo computador, não presencialmente numa sala de aula, que isso é
constrangedor para o próprio avaliador, para o professor em causa,
para os alunos que estão na sala de aula e nunca seria uma aula
igual às outras. Utilizaria as imagens das câmaras de vigilância
que poderiam ser enviadas para o local de trabalho do avaliador que,
após a avaliação através das imagens, visitaria a escola em causa
e teria entrevista também para avaliação e comunicação com o
professor e com o responsável desta área na escola.
3º
Dos vários itens para avaliação do professor colocaria a
classificação
mais recente do professor nos exames
feitos, por exemplo, de cinco em cinco ou dez em dez anos, também de
forma aleatória a serem realizados todos os anos por ⅓,
¼ de todos os professores para
a sua aptidão actual para a função
ao nível de conhecimentos, de relacionamento com os alunos,
resolução de conflitos, ...
servem também para estimular o professor a fazer reciclagens e
actualizar-se.
4º
Autoavaliação pelo professor(a);
5º
Noutra perspectiva, a avaliação do responsável do grupo de
disciplina;
6º
Noutra perspectiva, a avaliação do responsável da Direcção nesta
matéria da escola.
7º
................
Lagos,
22 de Fevereiro de 2008
Sobre as energias
renováveis
Há
pouco tempo, no programa Biosfera,
foi dito que já havia equipamentos para absorver o calor humano
produzido nos ginásios e que daria para aquecer várias
habitações/apartamentos.
Hoje,
no programa Sociedade Civil foi
dito que a energia mecânica de pedalar nas bicicletas dá para fazer
funcionar computadores e DVD.
Juntando
as duas ideias e outras, pedia-se ao primeiro-ministro para facultar,
a preços bastante reduzidos, bicicletas de exercício físico para
casa. Seria muito bom porque
1º
- se punha toda a família a fazer exercício, incluindo os
adolescentes e jovens e assim, reduzia-se os níveis de obesidade
em geral, e também a obesidade de adolescentes e jovens;
2º
- os pais viveriam mais descansados porque os seus filhos passariam a
maior parte do seu tempo a pedalar dentro de casa;
3º
– os pais ficariam mais contentes porque as suas casas seriam
aquecidas pelo calor humano e não por aquecedores eléctricos ou a
gás; poupariam algum dinheiro.
4º
– os computadores, televisores, telemóveis, ... seriam todos
alimentados por esta energia mecânica e os pais poupariam muito
dinheiro.
5º
– todos da família teriam de pedalar no horário mais conveniente
e um determinado período de tempo, pré-estabelecido. Quem não
cumprisse os objectivos, não poderia utilizar os equipamentos
eléctricos do seu agrado um dia, dois, ... Seria feita uma tabela
semanal.
Passando
para os ginásios, acredito que os utentes passariam a utilizar
bicicletas e passadeiras gratuitamente. Certamente daria para o
ginásio vender energia eléctrica à REN.❐
Lagos,
14 de Fevereiro de 2008
Sobre o desemprego
É
crime não aceitar cidadãos portugueses sem experiência
profissional, MAS
QUALIFICADOS PELA SUA FORMAÇÃO, para os lugares a que se
candidatam. Estão a destruir, não só a hipotecar, o futuro e uma
cultura, a nossa. Não é só com a poluição que se hipoteca o
futuro; também, com o mesmo peso, quando se destrói a esperança, o
futuro das pessoas.
Quando
não se dá ÀS PESSOAS
SEM PADRINHOS, a
possibilidade de ganharem experiência, de construírem uma vida com
o apoio dos seniores da empresa, como era costume; está-se a fazer,
conscientemente, algo muito pernicioso, CONSCIENTEMENTE.❐
Lagos,
13 de Janeiro de 2008
Sobre
as Civilizações
Hoje,
no programa da RTP2, Caminhos, da
responsabilidade da religião islâmica, dos extractos mostrados do
seminário sobre Civilizações que aconteceu recentemente, fixei as
frases seguintes ditas principalmente por um homem do King's College
de Londres:
«A
Europa já não é o que era há 100 anos.» (portanto
inícios do século XX - colonizadora)
«Segundo
o Islão, o mundo deve ser uma comunidade. E enquanto não for uma
comunidade? Nesse caso, devemos competir.»
«O
Islão tem muito património histórico em Portugal.»
(Acredito que também em Espanha, na Inglaterra, já que é a
primeira comunidade islâmica da Europa, em França, ...)
(.........)
comentário
Acredito
que não tenha compreendido bem porque eram extractos passados com a
rapidez habitual em televisão, mas não gostei do que compreendi.
1º
– Os europeus têm direito à sua cultura e à sua religião, o
Cristianismo, que tem cá na Europa as suas origens, a sua base, o
seu povo. Não respeitar isso é aceitar hospedagem de um bom
anfitrião, agradecer-lhe o convite e, uma vez bem instalado,
expulsar o anfitrião e deixá-lo “sem eira nem beira”.
Isso não faz parte de nenhuns valores dignos desse nome.
2º
– Como entender o conceito comunidade
deste orador? Comunidade homogénea onde todos professam a mesma
religião, só podem pensar de uma maneira e seguem todos os mesmos
padrões de vida? Se a comunidade for heterogénea e plena de
diversidade que sentido faz a palavra competir?
3º
– O que cada um faz, é responsabilidade da
comunidade (de que faz parte)? Mas, se perante Deus, cada um é
responsável pelos seus próprios actos e por eles ganha ou perde
Graça de Deus.❐
1Deputado
obtido pelo círculo da emigração.
2
Idem.
2
Coaching = treino para o desenvolvimento
de competências profissionais;
3Autoridade
de Segurança Alimentar e Económica
Bom trabalho!
Os meus blogues
http://www.psd.pt/ Homepage (rodapé) - “Povo Livre” - salvar (=guardar)
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