sábado, 6 de junho de 2015

Obama's Challenge – America's Economic Crisis and the Power of a Transformative Presidency de Robert KUTTNER

Recém-eleito presidente dos Estados Unidos, Barack Obama é o homem para quem todas as atenções se voltam neste início de 2009. O momento não podia ser mais decisivo e delicado: Obama ascende ao poder herdando um país envolvido numa guerra que já muita controvérsia gerou e mergulhado numa das mais graves crises económicas de sempre. Com este livro, o comentador e analista político, Robert Kuttner, não só faz uma análise do panorama atual e do que deve ser feito para o alterar como traça o perfil do novo presidente e os passos que o podem conduzir a uma liderança sólida e efectiva, concentrada no estabelecimento de uma democracia mais forte, de um governo mais eficaz e de uma sociedade mais justa. A recessão, o ambiente, a globalização, a segurança social são assim alguns dos temas abordados neste livro e que influenciarão a curto e a longo prazo o equilíbrio político e económico a nível mundial. O Desafio de Obama é uma obra que capta de forma lúcida e vigorosa um ponto de viragem na nossa história e que por isso se torna imprescindível.
Editorial PRESENÇA; 219 pp.
Robert KUTTNER é um dos mais respeitados comentadores e analistas políticos nos Estados Unidos. Cofundou a revista American Prospect, foi colunista da Business Week e escreve atualmente para o jornal Boston Globe. É ainda autor de diversos livros sobre economia e política.
2007 – The Squandering of America (O Desperdício da América)
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Ficha Técnica
Título original: Obama's Challenge – America's Economic Crisis and the Power of a Transformative Presidency
Autor: Robert KUTTNER
Data: 2008.
Tradução: Editorial PRESENÇA, Lisboa, 2009, 1.a edição
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Apresento-vos extractos desta obra que vos convido a ler:
(pp.19-36) (…) todos os grandes presidentes recorreram à sua capacidade de liderança,
em primeiro lugar, para transformar o entendimento público a respeito dos desafios nacionais e,
em segundo, para ultrapassar impasses derivados de obstruções do Congresso, do poder de grupos de interesse, da passividade do eleitorado assim como da sabedoria convencional.
Cada um à sua maneira encontraram aliados, cada um deles cresceu interiormente imenso durante o respectivo mandato. Cada um deles começou por transformar o ambiente nacional e, em seguida, a direcção da política nacional, sujeitando-se a enormes riscos políticos em nome de princípios pelos quais as pessoas lhes viriam a desenvolver um profundo respeito. Com frequência atraíram alguns membros dos partidos da oposição e também foram grandes unificadores. Estes presidentes incentivaram movimentos em prol da mudança (para o bem comum) e assim pressionaram-se a si próprios e ao Congresso para que fossem muito para além do que era considerado concebível – a audácia da esperança. Geraram um ímpeto acelerado tendo em vista reformas drásticas que se revelou politicamente irresistível. A História sugere que não basta a um presidente dispor de maioria no Congresso, precisa também de ser capaz de mobilizar apoio alargado tendo em vista mudanças significativas em todo o país.
Ser um presidente inovador significa compreender a corrente dominante, mas ser líder da mudança necessária no momento, discernir aspirações tácticas e necessidades por satisfazer nas pessoas e, em seguida, fazer dessa mudança inovadora a perspectiva dominante pela qual a população clama. Este empreendimento requer sabedoria, capacidade de decisão e de liderança. Acima de tudo, precisa de reabilitar o papel construtivo do governo quer no espírito das pessoas quer no que o governo tem para oferecer.
Os candidatos a presidentes ao reunirem legiões de equipas de sondagens e de consultores de campanha arriscam-se a ficarem reféns delas. Lincoln, Roosevelt, Lyndon Johnson não precisavam de sondagens. Desfrutavam de uma perfeita sintonia com a opinião pública, um talento que contribuiu para que fossem excelentes estrategos com uma excelente bússola interior.
(pp.37-124) Atualmente vivemos na mais grave crise financeira desde a Grande Depressão e uma recessão profunda. Esta crise é o resultado desnecessário de desregulamentação excessiva – tramóias a mais do sector privado, governo a menos para as contrabalançar.
Um sistema financeiro extremamente enfraquecido deu origem a uma contracção do crédito que as taxas de juro baixas podem apenas melhorar, não curar. Nas atuais circunstâncias, só há uma política geral de abordagem capaz de resgatar a economia da situação em que se encontra e devolvê-la ao caminho da prosperidade amplamente partilhada:
·     restabelecer a tributação sobre as empresas e os americanos mais ricos,
·     reduzir os gastos em guerras no estrangeiro,
·     incorrer em défices temporariamente mais elevados e
·     utilizar as receitas para investimentos sociais de vulto (devido ao grande aumento do desemprego e também para apoiar a criação de novas empresas)
·     complementar os resgates financeiros dos bancos com uma supervisão e uma regulamentação muito mais rigorosas.
Roosevelt costumava deixar os seus assessores mais próximos exasperados ao ter conversas com pessoas de que nunca ninguém tinha ouvido falar. Obama tem também a perspicácia de aprender com os erros e de fazer correcções de rumo e escolheu nomear um conjunto de assessores ideologicamente díspares e ouvir cuidadosamente todos os argumentos antes de retirar as suas próprias conclusões.
É preciso começar por objectivos exequíveis e prestar muita atenção à sequência, às prioridades e à lógica das grandes transformações que dão início às reformas incrementais.
“Por liderança refiro-me não apenas aos líderes de transacção que prosperam graças a acordos, compromissos e manipulações dentro de um dado sistema, mas aos líderes transformadores que dão resposta a necessidades, esperanças, expectativas e desejos humanos fundamentais e que são capazes de transcender e mesmo de procurar reconstruir o sistema político ao invés de se limitarem a operar no seu seio.” de James MacGregor Burns
O presidente Roosevelt, na sua primeira Conversa à Lareira, deixou claro que o mercado privado tinha falhado e que a ajuda do governo ia a caminho. Instaurou-se a si próprio enquanto líder do governo e, nesse papel, enquanto defensor do americano médio que estava a passar dificuldades sem que tivesse qualquer culpa disso. Ainda demoraria sete anos para o país sair da Grande Depressão, mas a população sabia que tinha um amigo na Casa Branca, um amigo que aproveitara a oportunidade para recordar aos cidadãos que as políticas liberais tinham falhado e que o governo era a fonte de auxílio.
Os cientistas políticos estabelecem a destrinça entre poder e autoridade. O poder pode traduzir-se na força bruta e a autoridade conquista-se através do respeito. O receio do poder presidencial abusivo é o reverso da medalha do desejo ardente de autoridade legítima que só uma grande liderança será capaz de restabelecer.
Todas as reformas transformadoras implicam lutas. A reforma exige a mobilização dos menos poderosos, por vezes, a concessão de poder a uma minoria corajosa e, por vezes, a conquista do apoio das pessoas quase do zero. Os grandes presidentes souberam como usar as palavras com fins inspiradores, mas também souberam como fazer jogo duro. Há ocasiões em que os presidentes fazem atrasar o progresso. “Os líderes, por muito que se afirmem em prol da harmonia, não se esquivam ao conflito; enfrentam-no, exploram-no e, com o tempo, acabam por personificá-lo.” escreveu James MacGregor Burns. (...)

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