Mais dois anos de crónicas e afins que venho partilhar convosco.
Lagos, 30 de Dezembro de 2015
sobre A Dívida Pública
e a Desvalorização da Moeda no País
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É urgente escrever sobre a desvalorização interna, isto é, em Portugal, do euro. Porque é que o euro foi
bastante desvalorizado em Portugal durante este ano de 2015?
É conveniente recordar que, quando Portugal entrou para o
euro, em 1989, um euro foi equiparado a ±200$00 (± duzentos escudos).
Assim foi feita a conversão dos depósitos bancários, dos preços dos bens à
venda, …
Pois neste ano de 2015, houve uma reestruturação da dívida por não ser
possível fazer face aos compromissos da dívida pública e o euro, em Portugal,
foi desvalorizado. Actualmente 1 euro ≈ 6$20, isto quer dizer que actualmente 1
euro, em Portugal, vale
32,26 vezes menos do que valeu na altura da conversão de moedas, do
escudo para o euro. O que é que isto implica?
Vamos às importações de bens, isto é, às compras que se
faça aos outros países e aos outros países da União Europeia. Actualmente tudo
o que se compre está sujeito a um índex de valores do euro para os diferentes países. Assim os
nossos fornecedores desses países, para tudo o que nos vendam, vão à tabela e
ao preço estabelecido no seu país e acrescentam um valor indexante que
multiplicará por aquele preço e o resultado será o preço a pagar em euros por
Portugal. Compreende-se agora porque todos preços dos bens estão a subir em
Portugal, apesar de o petróleo ter os preços mais baixos, de há trinta anos!!!!!
E relativamente aos salários?
Há uma grande diferença entre o salário mínimo nacional e os salários, em geral. Antes
de tudo, há que esclarecer que os subsídios, 13.º mês e 14.º mês de salários,
têm de acabar e o salário mensal deve ser o correspondente ao que tem
sido a média do salário
de cada um, incluindo os 13.º mês e 14.º mês como ponto de partida.
É na base do salário mensal que é estabelecida a pensão de reforma, não
inclui mais nenhumas ajudas ao salário. Vão viver de quê os trabalhadores do
salário mínimo pensionistas?
Porque foi criado este salário mínimo nacional em Portugal
e noutros países?
Para acabar com trabalhadores indigentes!!!!!!!!!
Trabalhadores cujo salário não consegue pagar as suas despesas mínimas e estão
cada vez mais endividados. Foi isto que se pretendeu evitar!
Acontece que em Portugal, apesar de haver um salário mínimo
estabelecido, cada vez há mais trabalhadores não-especializados que não
conseguem pagar as suas despesas básicas. Então algo está errado nisto tudo!
Quando se fala de que há que ter contenção com o salário
mínimo como estrangeiros que vêm cá dizer umas coisas e receber muito mais para
convencer o ignorante porque os de cá têm receio de não o conseguir. Estão a
ludibriar!
NÃO É COM O SALÁRIO MÍNIMO QUE DEVEMOS SER CONTIDOS, mas
sim com os salários máximos das empresas, isto é, os salários dos quadros
superiores e intermédios das empresas. São esses que precisam de ser contidos assim
como os seus detentores, em tempos de crise; também para se conseguir aumentar a produtividade
do país e assim revalorizar
o euro em Portugal.
A economia de qualquer país precisa de que os seus
trabalhadores não-qualificados tenham um salário mínimo que dê para pagar as
suas despesas básicas para
que a economia funcione; por isso foi criado o salário mínimo e os outros
países europeus mais desenvolvidos do que Portugal têm todos salários mínimos superiores ao de
Portugal e as suas economias funcionam muito melhor do que a portuguesa. r
ANEXOS do jornal PÁGINA 1 online
Ministro
anuncia “entendimento” para aumentar salário mínimo para 530 euros
15 Dez, 2015 -
19:16
Vieira da
Silva reconhece que ainda subsistem divergências sobre contrapartidas a
oferecer às empresas.
Ainda não há acordo de todos
os parceiros sociais, mas já é certo que o salário mínimo vai mesmo subir para
os 530 euros, afirmou esta terça-feira o ministro do Trabalho, Vieira da Silva,
no final de uma reunião da Concertação Social.
“Aquilo que para mim é mais
relevante é que, a partir de 1 de Janeiro, o salário mínimo seja pago aos trabalhadores
abrangidos no valor de 530
euros e isso reuniu consenso ou, pelo menos, um entendimento, que esse
valor entrasse em vigor”, disse o governante aos jornalistas.
Vieira da Silva reconheceu
que ainda subsistem divergências sobre contrapartidas a oferecer às empresas,
mas o valor de 530 euros acabou por ser bastante consensual.
“À semelhança do que
aconteceu no passado, foi discutido que as empresas pudessem ter um auxílio
para absorver este crescimento [do salário mínimo] que reconhecemos que é um
crescimento com algum significado. Em torno desse ponto, que sendo importante
não é o ponto central deste acordo, houve divergências. Como da parte dos
parceiros foi manifestada a vontade de que existisse um acordo unânime, isso
tornou necessário um adiamento desta discussão durante uns dias”, explicou.
Quanto à reivindicação da
CGTP, que defende um aumento imediato para 600 euros, Vieira da Silva,
considera que a Intersindical e os seus filiados “compreendem bem o significado
do salário mínimo passar de 505 para 530 euros”.
A negociação entre os
parceiros sociais sobre o salário mínimo vai prosseguir na próxima
segunda-feira.
SAIBA
MAIS
COMENTÁRIoS
·
H. DAMASO
BENTINHO
16 DEZ, 2015 LEIDEN NEDERLAND 18:19
Aumento de miséria que
continuara em Portugal em relação a Europa...
Aqui é de 905 euros... Limpos...
Nobel
aconselha Portugal a ter cuidado com aumento do salário mínimo
15 Dez, 2015 -
01:54
Governo e
parceiros sociais reúnem-se para discutir subida, tendo o executivo proposto
que esta remuneração passe dos actuais 505 euros para os 530 euros em 2016.
O economista e prémio Nobel
da Economia de 2008, Paul
Krugman, faz um aviso a Portugal: é preciso muito cuidado com o aumento
do salário mínimo.
Questionado esta
segunda-feira, em Lisboa,
Paul Krugman defendeu que está em jogo a economia portuguesa.
“Eu acho que é problemático
infelizmente. O euro está
em desvalorização interna, o que é uma frase magnífica para dizer corte
de salários e de preços até, através disso, se ganhar competitividade. Por
isso, é preciso ter muito cuidado. Se não sair do euro for o caminho escolhido
por Portugal, temos de ter muito cuidado com tudo o que possa minar esse
processo”, alertou o Nobel da Economia.
Eleitores odeiam a
austeridade", mas "adoram o euro"
Numa conferência de homenagem ao economista José Silva Lopes que morreu em Abril, organizada pelo
Banco de Portugal, Krugman criticou a forma como o euro foi criado, mas admitiu
que deixar a moeda única pode não ser a melhor opção.
Regressar às moedas nacionais
seria "muito complicado", não pela desvalorização dos depósitos, mas
também politicamente porque, apesar de "odiarem a austeridade", os
eleitores "adoram o euro".
Questionando que impactos
teria a saída do euro nos bancos e nos depósitos, o Nobel da Economia admitiu
que deixar a moeda única seria "um pesadelo, talvez um pesadelo
temporário" e que "não seria impossível, mas muito difícil".
Além disso, defendeu que a
saída do euro "está politicamente fora da discussão" porque a maioria
dos eleitores são favoráveis à moeda única.
Na sua opinião, a zona euro
precisa de "uma verdadeira união bancária" europeia, considerando que
pensar de que "a responsabilidade de apoiar os bancos em tempos difíceis é
nacional é basicamente uma ideia maluca".
Subida do SMN em
análise
O Governo e parceiros sociais
reúnem-se para discutir o aumento do salário mínimo nacional (SMN).
O encontro realiza-se na
sequência da primeira reunião de concertação social do Governo socialista, na
quinta-feira, onde este apresentou aos parceiros sociais uma proposta de
aumento do SMN para a legislatura, começando pelos 530 euros no próximo ano e
terminando nos 600 euros em 2019.
Para chegar aos 600 euros em
2019, o executivo propõe, no seu programa de Governo e num anexo entregue aos
parceiros, que no próximo ano o SMN seja de 530 euros, passando para os 557
euros em 2017 e para os 580 em 2018.
O SMN esteve congelado nos
485 euros entre 2011 e Outubro de 2014, quando aumentou para os 505 euros, na
sequência de um acordo estabelecido entre o Governo, as confederações patronais
e a UGT.
O acordo tripartido para o
aumento do SMN vigora até dia 31 deste mês.
SAIBA
MAIS
COMENTÁRIOS
·
VERA
15 DEZ, 2015 PALMELA 12:55
Centeno diz 530 euros! Costa
diz 600 euros! o melhor é fazerem um acordo e ficarem nos 550 euros, é menos
mal! menos 50 euros faz falta, mas +20 ajuda qualquer coisa e não deve fazer
assim tanta diferença!!! Assim sendo as pensões mínimas já podem subir aos 300 euros
(de 280 com duodécimos, são só mais 20 euros também), ou seja, aumenta-se 20 euros
no salário mínimo e 20 euros aos pensionistas e reformados com menos do
ordenado mínimo. Pode ser que, em 2017, já possam aumentar os 50 euros a ambas
as partes; é regime de igualdade para os que menos têm! Como vêem contento-me
com pouco, é uma questão de 'boa vontade'.
·
JOSEFERREIRA
15 DEZ, 2015 SMIGUEL 12:54
Completamente de acordo,
Augusto Saraiva. Ainda ontem me revoltou tanto ver nos prós e contras, alguém
destes empresários que deveriam sentir vergonha na cara quando se pôem a
comentar, dizendo que as pessoas têm uma escolaridade baixa e que não merecem
mais do que o salário mínimo, qualquer pessoa vê que é falso, muitas vezes a
falta de formação está é neles e ainda por mais quando se sabe que muitos dos
licenciados estão no desemprego ou então por que têm escola a mais, ou seja, se
não é da malha é do malhão, de tudo se servem estes canalhas sem carácter para
explorarem os trabalhadores ou para poderem desvalorizá-los ao máximo. É de uma
falta de respeito, de sensibilidade, falta de seriedade e de um egoísmo que nem
há explicação. Infelizmente é por estas mentalidades e por outras que somos o
país que somos.
·
AUGUSTO
SARAIVA
15 DEZ, 2015 CEAUSA41@HOTMAIL.COM 12:15
Lamentável a visão destes
economistas! Como é que se passa todo este tempo a discutir o SMN se nunca foi
fixado o Salário Máximo Nacional?! Como é que se entende que uma empresa não
pode pagar mais de 500 euros a um trabalhador quando a mesma paga milhares de
euros ao gestor dela? E ninguém é capaz de fazer a simples pergunta a esses
senhores e aos da concertação social: «E o senhor, quanto é que ganha?»...
·
JOSÉFERREIRA
15 DEZ, 2015 SMIGUEL 11:02
Os eleitores odeiam a
austeridade e adoram o euro???!!! Com certeza que não passa por mim esta
afirmação. Mas se é assim e se pensam assim, não há mais nada que tenha maior
grau de estupidez do que esta realidade. Mas até acredito que haja muitos
destes. Quando somos um país pequeno com pouca competitividade e uma economia
fraca, ter uma moeda destas para competir com países fortes, esta é que é o
cúmulo da estupidez! Mas este país infelizmente é assim, é pequenino, mas quer
ser grande à força nem que para isto tenha que fingir ser grande. Um país que
já perdeu a sua autonomia, a sua democracia, copiando tudo o que os outros são,
mas sempre abaixo dos outros e ainda com orgulho. Qual é o resultado??? Um país
cheio de miséria com o custo de vida que passou de 8 para 80 e como uma das
causas está a mudança do escudo para a moeda única (…) que todos estes
eleitores burros adoram. Nem vejo ninguém falar sobre isto, é uma cegueira
completa. Cheio de desemprego, salários precários e já estão congelados há
cinco anos, dos mais baixos desta Europa que nem me dá orgulho de ser europeu,
na qual muitos nem ganham para as despesas com grande parte que já tem
emigrado, mas ainda assim os eleitores adoram o euro. É como aquelas mulheres:
“quanto mais me bates, mais gosto de ti"
·
RUI PEDRO
GUERREIRO
15 DEZ, 2015 MONTIJO 08:50
Não existe nenhum prémio
"Nobel da economia"...
“E
por que não um ordenado máximo nacional?”
16 Dez, 2015 -
23:03 • Liliana Carona
Mensagem de
Natal do bispo da Guarda centra-se no combate às desigualdades.
Se existe ordenado mínimo nacional,
para o Bispo da Guarda deveria existir também o ordenado máximo nacional. Na mensagem de Natal, D.
Manuel Felício critica as desigualdades existentes no país e afirma que “não há a cultura de fazer
contenção onde se deve fazer contenção”.
Reportagem
de Liliana Carona
A propósito da mensagem que o
Papa Francisco publica para o Dia Mundial da Paz, dia 1 de Janeiro, D. Manuel
Felício, bispo da Guarda, retoma o assunto na mensagem de Natal e a necessidade
de combater a indiferença.
“Olhar para tanta gente que
sofre e que está desenquadrada da sociedade, não podemos encarar isso como uma
fatalidade e a solidariedade é um dos caminhos a promover”, defende o prelado
diocesano, afirmando que “as desigualdades continuam e fortemente muito
patentes”.
D. Manuel Felício dá como
exemplo os escalões de
ordenados, “conforme há um ordenado mínimo também deveria existir um
ordenado máximo e as pessoas distribuíam-se por aqui, não há a cultura de fazer
contenção onde se deve fazer contenção, faz-se contenção no ordenado mínimo
porque as empresas precisam de empregar gente menos qualificada para terem
resultados”.
“Ainda não temos a cultura de
apostar na qualidade para ganharmos a batalha do desenvolvimento através da
qualidade; ainda não chegamos lá, haveremos certamente de percorrer esse
caminho para lá chegarmos”, acrescenta.
A misericórdia e a
solidariedade são para todos e para as gerações futuras. D. Manuel Felício
aborda o tema das alterações climáticas sentidas na própria diocese da Guarda.
“Praticar a misericórdia e
criar condições às famílias para que se sintam bem, envolve estar atento a esta
dimensão”, assume D. Manuel Felício.
O bispo da Guarda aborda
ainda as alterações climáticas, uma preocupação do Papa Francisco. Lembra que o
mês de Outubro foi o mais quente de que há memória e o mês de Novembro, o mais
quente desde há 40 anos. "Isto há-de ter consequências, não devíamos estar
com problemas de água e estamos, as barragens estão vazias e a misericórdia e a
solidariedade não são só para os que hoje vivem, são também para as gerações
futuras e uma responsabilidade nossa”, concluiu.
D. Manuel Felício falava à
margem do encontro com os jornalistas para divulgação da mensagem de Natal.
COMENTÁRIOS
·
ANTÓNIO FLORENTINO C
17 DEZ, 2015 BENAVENTE 23:33
Estou inteiramente de acordo com
estas declarações feitas pelo Sr. D. Manuel Felício. Bispo da Guarda. É bom que
alguém que faz parte integrante da Igreja Católica, em Portugal, queira de
forma clara dar voz à voz do Papa Francisco. Ajuda-nos a todos a compreender a
afirmação do Papa Francisco, que cito. "A fé que não sabe radicar-se na
vida das pessoas permanece árida e, em vez do oásis cria outros desertos."
Só assim se conseguirá ir desmontando o pensamento que alguns têm de que "
A Igreja, em Portugal é uma fábrica de (resignantes) e (bem-pensantes)."
Um modelo social justo, só pode ser aquele em que a RIQUEZA de uns não seja
criada à custa do EMPOBRECIMENTO de outros. Não se pode ter a ilusão de se atingir
o DESEJÁVEL, mas o POSSÍVEL, com boa vontade, depende de nós. Deus não faltará
com o seu contributo.
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PEDRO
17 DEZ, 2015 CARREGADO 17:26
e qual seria o objectivo?....
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ANDREIA SANTOS
17 DEZ, 2015 SETÚBAL 15:03
Concordo plenamente ainda que,
mesmo que dificultasse, sempre iriam arranjar maneira de ganhar o mesmo valor
em prémios. Já o fazem para evitar descontos à base de ordenado. E o acumulo de
funções e pensões. Isto é uma vergonha.
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MARIA COSTA
17 DEZ, 2015 VISEU 15:02
Parabéns ao Senhor Bispo da
Guarda, a quem tenho o prazer de conhecer pessoalmente. Isto sim é combater as
desigualdades. Que Deus o proteja e lhe dê muita saúde.
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FERNANDO CORREIA
17 DEZ, 2015 LISBOA 14:55
CONCORDO PLENAMENTE. APENAS
ACRESCENTO QUE DEVERIAM SER CONTABILIZADAS TODAS AS BENESSES QUE AS EMPRESAS
DÃO A ALGUNS COMO POR EXEMPLO CARROS, COMBUSTÍVEL, TELEMÓVEL PAGO, CARTÃO DE
CRÉDITO ETC...
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SÓTRETAS
17 DEZ, 2015 EHPÁPUBLICAM 11:59
"Faz-se contenção no
ordenado mínimo porque as empresas precisam de empregar gente menos qualificada
para ter resultados”. Mas que conversa da treta! Então as pessoas menos
qualificadas servem para atingir resultados, mas têm menos direitos para terem
aumentos nos seus salários? E quando é ao contrário? Quando dizem que as
pessoas têm qualificações a mais para determinados serviços??? E aquelas
pessoas que estão nas caixas dos hipers, alguns licenciados, também é preciso
tantas qualificações para estes serviços? Isto é simplesmente ridículo, ainda
para mais quando se vêem tantos licenciados desempregados e nos tempos actuais
cada vez mais se tira mais escolaridade e mais formação! Se há quem esteja
desactualizado muitas vezes, são os próprios donos das empresas... Um tecto
máximo nos ordenados, isto sim e já se compreende. Mas neste país, os gestores
podem ganhar balúrdios, um salário por dia de muitos trabalhadores, mas os
pobres trabalhadores, muitos dos tais que produzem resultados, estes só podem
levar uns míseros 500 euros. Quanto ao resto, vocês têm estado bem caladinhos,
ainda há pouco tempo um da mesma laia dos bispados também veio defender o
salário mínimo. Estes sorrisos por detrás destas batinas têm muito que se lhe
diga às vezes...
·
ADISAN
17 DEZ, 2015 MEALHADA 11:23
Na verdade, não funciona o
ordenado máximo ou o tecto (tectos há demasiados) nas reformas, até porque os
legisladores (políticos) são os primeiros a serem beneficiados com a falta de
tectos (não de tetos) nas reformas e ordenados milionários!
·
JOSÉ LUÍS CORTESÃO N
17 DEZ, 2015 LISBOA 09:49
Não podia estar mais de acordo em
relação ao que o Bispo da Guarda diz e quanto aos prémios de gestão e outras
coisas parecidas, quem é contratado por uma empresa é para fazer um determinado
trabalho; logo não tem de receber mais por ter feito algo que é da sua
competência e obrigação. Mas também sei que é algo que os grandes deste país
mais uma vez ignoram como sempre este tipo de comentários e de ideologias e lá
dizem ‘trabalhem mas é para eu encher os bolsos’. Enfim pessoas sem consciência
e que só pensam no próprio umbigo; que ganham a vida a usar e abusar de quem
tenta fazer alguma coisa pela própria vida e, às vezes, pensando no parceiro do
lado e tentando ajudar, seria bom que as consciências de alguns começassem a
pensar um pouquinho mais sobre estas coisas, verdade.
·
GUIMA
17 DEZ, 2015 CASCAIS 07:43
E já agora porque não um tecto
também para as reformas e acabar com reformas milionárias com meia dúzia de
anos de descontos.
·
PITAGORAS
17 DEZ, 2015 LISBOA 07:37
Mais um discurso que levará a um
aumento exponencial da emigração, deslocalização das sedes das empresas,
empobrecimento. Quando esquecemos a Globalização, a UE, a competitividade e a inovação
produzimos discursos fora da realidade.à
Lagos, 22 de Dezembro de 2015
Sobre A Esperança
A
Esperança é um dom que pode vir connosco ao nascermos se os nossos pais no-lo
transmitiram ou não; mas também pode ser adquirido ao longo da nossa vida por
interacção com os outros. Também, se nascemos com ela, a podemos perder como
acontece com todos os outros dons que nos enriquecem: amor, paz, caridade, fé,
…
Ninguém
se faz a si mesmo, homens e mulheres, vamo-nos fazendo pela interacção com os
outros física e indirecta através de livros, internet, ….
As
palavras esperança, futuro, jovens estão interligadas, apesar de a esperança ser um dom de que
precisamos toda a nossa vida na nossa caminhada para lá da morte.
Adoptando
a perspectiva dos jovens, pode-se afirmar que foi criada uma geração com 34% de
jovens desempregados até aos 25 anos, segundo os dados estatísticos mais
recentes em Portugal, mas que se aproxima bastante da média da Europa, Estados
Unidos e outros países da civilização ocidental.
A
falta de trabalho surge sempre relacionada com o aumento da população
e tem por consequência a emigração e é cíclico ao longo dos tempos da
nossa história humana. Contudo pior do que não encontrar trabalho nos tempos
que correm é a precariedade no
trabalho que elimina as possibilidades de longo prazo na vida de cada um e que é
transversal a todos os estratos sociais actualmente e que também é algo
novo na nossa sociedade.
A
precariedade foi inventada nos EUA com a desculpa de assim se dar trabalho a um
número superior de homens e mulheres, aumentando a rotatividade nos postos de
trabalho. Parecia uma medida positiva, mas na verdade tem sido destruidora e
continua a sê-lo cada vez mais, abrangendo mais e mais áreas da nossa vida num
tsunami destruidor que arrasa tudo e todos, incluindo a nossa cultura.
A
precariedade destrói a ideia de futuro
e isso leva-me às sociedades tradicionais africanas onde não existe a palavra “futuro”
nas suas línguas porque não o havia nas suas vidas, apenas uma continuidade do
mesmo; só têm a ideia de tempo presente e é isso que estamos a adoptar na nossa
civilização ocidental. Quando os jovens são educados para a precariedade; o
futuro não faz mais parte das suas vidas e a sua sociedade deixa de ter futuro.
A
precariedade no trabalho leva à precariedade em tudo o que se relaciona com o
ser humano e as suas relações entre si. A grande maioria dos homens e mulheres
depende dos ganhos do seu trabalho para sobreviver e é isso que lhes dá
estatuto social e estes ganhos pouco mais dão do que para as suas necessidades
básicas, eliminando assim a possibilidade de poupança que também é um conceito relacionado com o conceito “futuro”
e consequentemente também foi banido pelos jovens.
A
precariedade traz a ideia de viver a curto
prazo e destrói as ideias de “longo prazo” e “planear”. Os jovens actuais
já foram educados neste conceito de precariedade e de aceitar a precariedade e
de viver e conviver com a precariedade; então tudo o que vá para além da
precariedade soa-lhes a estranho e obsoleto, ultrapassado; não aceitável. Assim
o conceito tradicional de “família” não lhes faz mais sentido. A precariedade
no trabalho que desemboca no desemprego com períodos cada vez mais longos sem
trabalho; elimina a possibilidade de criar raízes, ter uma família com filhos
para serem educados e orientados pelos pais. Como o vão fazer sem
possibilidades económicas para isso? O próprio vai-se desenrascando, uns dias
melhor, outros dias pior; mas aos filhos? Como lhes dar essa vida? “É melhor
não os ter” assim decidem. Inconscientemente o egoísmo, mesmo que altruísta,
vai-se instalando, vai alastrando e tomando conta da sociedade sem futuro.
Quando
o egoísmo tudo domina, já não há cultura e sociedade; há ilhas individuais que
só vêem o curto prazo e não estabelecem links uns com os outros;
estabelecem-nos, mas links efémeros, passageiros porque outra consequência da
precariedade e do curto prazo é a falta
de afectos. Onde há precariedade há curto prazo, há egoísmo que é inimigo
dos afectos. Para os afectos é preciso tempo como nos informa Antoine
Saint-Exupéry. O curto prazo não tem tempo para o tempo necessário para os
laços afectivos.
A
precariedade proíbe-nos de planear;
só se pode viver o presente.
A
precariedade proíbe-nos de amar; para amar precisa-se de tempo para o(s)
outro(s)…
Eu
tenho esperança de que a esperança sobreviva à precariedade.
Eu
tenho esperança de que as gerações vindouras sobrevivam ao egoísmo.
Eu
tenho esperança de que a esperança reconstrua a civilização da qual faço parte.
Eu
tenho esperança de que os jovens passem a adoptar a esperança e terminem com a
precariedade.
Eu
tenho esperança de que os jovens aprendam com a raposa de Saint-Exupéry a criar
laços e a mantê-los.r
Lagos, 06 de Novembro de 2015
sobre O Convento e Igreja de
Nossa Senhora do Carmo
O
convento e igreja de Nossa Senhora do Carmo, das Irmãs Carmelitas Calçadas,
foram edificados em 1554. Anteriormente, neste mesmo local, situava-se a ermida
de Nossa Senhora da Conceição, segunda localização em Lagos.
Esta
Ordem teve uma grande influência em Lagos com a criação da Ordem Terceira para
leigos. A minha mãe foi presidente desta Ordem em Lagos de 1954 a 1959.
A
01 de Novembro de 1755, aconteceu o grande terramoto que, com ondas enormes,
cobriu toda a cidade e todos os que estavam nela faleceram. Ao convento aconteceu
a mesma coisa: ficou arrasado e das Irmãs apenas sobreviveram três que se
encontrariam fora da cidade e regressaram ao convento de Évora porque a cidade
ficou inabitável, sem água, sem casas e muitas doenças e males sobrevieram aos
que conseguiram sobreviver por se encontrarem distantes da cidade, na altura,
09:45 horas da manhã.
Somente
a igreja, por se encontrar no alto da colina e de costas para o mar, restou,
apesar de danificada.
Depois
de muitos anos, a cidade foi recuperando e no espaço do convento foi criado o
Teatro Gil Vicente que começou a funcionar em 1867.
Em
1906, este teatro deixa de existir e constrói-se nele a Escola Industrial e
Comercial de Lagos que após a revolução do 25 de Abril de 1974 passou a
designar-se Escola Gil Eanes, mas que actualmente já deixou de lá existir e o
espaço foi entregue a associações de carácter cívico. r
Lagos, 03 de Novembro de 2015, terça-feira
sobre As Minhas Caminhadas
Hoje
iniciei um novo período nas minhas caminhadas: passo a fazê-las três vezes por
semana também com períodos de corrida na medida das minhas possibilidades. r
Lagos, 27 de Outubro de 2015
sobre o portal “Confraria
Bolos D. Rodrigo”
Hoje
criei o portal Confraria Bolos D.
Rodrigo no WIX.com. Está a dar-me muito trabalho, mas também muita
autoaprendizagem. A base já está; agora é continuar. Vou construindo este
portal, aprendendo a fazê-lo com a ajuda da equipa do WIX quando não consigo
ultrapassar a dificuldade. Gosto do que estou a fazer. Acredito que vai ser
muito útil para a divulgação dos bolos D. Rodrigo. r
Lagos, 05 de Outubro de 2015
Sobre As Minhas Caminhadas
Actualmente
já faço as minhas caminhadas duas vezes por semana com bastante regularidade e
por isso decidi acrescentar mais um grau de dificuldade: nos locais melhores
para fazer uma corrida, hoje iniciei correr
um pouco de acordo com as minhas possibilidades físicas e ir alternando
caminhada e corrida. Custou-me muito e corri bem pouco; parecia ter as pernas
bastante pesadas e com dificuldade em levantá-las o necessário. Foi o início;
melhores dias virão, tenho a certeza. Também as caminhadas, no princípio, eram
feitas em períodos bastantes irregulares e actualmente já me consegui
ultrapassar. O tempo e a perseverança hão-de ajudar-me. Estou muito sedentária!
r
Lagos, 23 de Setembro de 2015
sobre A Dívida Pública
Portuguesa
A
dívida pública portuguesa atingiu os níveis que alcançou nos governos
socialistas portugueses que apostam na despesa pública como criação de emprego
e aumento do consumo. Nada mais falacioso! E a situação que Portugal tem vindo
a viver demonstra-o claramente.
Ouve-se
criticar o Governo pelo grau de austeridade imposto quando devemos ir sempre às
causas e as causas desta austeridade têm a ver com factores externos como
as fraudes bancárias que ocorreram nos Estados Unidos resultantes de toda uma política
fraudulenta de crescimento económico à base do crédito privado, pessoal e
de bens de consumo que se propagou por toda a Europa. Essa política ruinosa
porque fraudulenta levou à crise na construção civil e à crise bancária porque
a banca estava sobrecarregada de créditos principalmente à habitação. Quando a
crise rebentou, porque o período de vida de fraudes é sempre curto e todo o
processo está montado para derrubar os mais fracos economicamente, as finanças
dos outros níveis sociais balançam, mas aguentam porque têm reforços noutros países;
só que a economia de um país está já bastante dependente e cada vez mais das
economias dos outros países porque vivemos numa aldeia global e não há
retrocesso possível (por isso cada vez há menos espaço para fraudes e políticas
fraudulentas porque estas arrastam todas as economias e ninguém fica imune) as
empresas mais fracas faliram, a banca mais fraca faliu e a outra cortou no
crédito, apostando apenas no crédito seguro, isto é, aquele que tem retorno
seguro.
Relativamente
a factores internos, o problema de
Portugal foi que o Governo português socialista aderiu a esta política de
crédito americana e contraindo empréstimos e lançando obrigações do Estado
português sem qualquer limite, aumentou enormemente a dívida pública em áreas
sem retorno, isto é, não se tratou de investimento público com retorno, que viesse
a criar receitas, mas sim de contrair dívida para consumo, sendo este construção
de estradas e autoestradas não necessárias com a justificação na União
Europeia de que iriam ter portagens que pagariam os empréstimos; só que
as populações reclamaram e o partido socialista precisava dos votos e foi
retirando as portagens. As portagens que conseguiram não ser abolidas, as
populações e empresas evitam-nas porque são incomportáveis para os seus
orçamentos e as receitas das portagens ficaram muito aquém do mencionado porque
afirmar que as receitas vão ser deste ou daquele valor e orçamentar com base
nisso é fácil, depois os valores reais mostram a ignorância e dolo do que foi
feito. Além disto, seguiram-se contratos ruinosos para o Estado Português, mas
que beneficiavam bastante as empresas que ficaram com as concessões; empresas
de amigos e conhecidos partidários e de outras associações e empresas, tudo
apoiado por contratos estatais. Todos os outros foram postos de parte.
Assim
se passou também na informatização das escolas; passou Portugal a ser o
país com mais escolas informatizadas da Europa. Os tais amigos e conhecidos
ganharam bastante, mas a dívida pública cresceu bastante também e todo o
material informático das escolas ficou a degradar-se abandonado porque consumia
muita electricidade que as escolas não tinham orçamento para pagar e os
professores não se sentiam à vontade a trabalhar com este material. Mais uma
vez, o rácio (da estatística) não corresponde à realidade.
Chamaram-se
quadros superiores portugueses para o ensino superior e investigação.
Passados poucos anos, a maior parte voltou a sair porque o país não lhes dava
as condições logísticas, financeiras e não há o mecenato português para terem
as condições adequadas para trabalhar, mas foram feitos os gastos públicos e o
crédito aumentou sem ter retorno.
E
mais, muito mais… tudo dentro da mesma onda.
Acrescentando
a isto, dívida pública que vencia e que era necessário pagar.
Assim
Portugal, em 2010, 2011 apanhou o rebentamento da onda da crise americana com créditos existentes enormes públicos,
empresariais e pessoais sem possibilidades de pagar devido à falência de muitas empresas da
construção civil e ao desemprego
consequente em vários sectores por arrasto que alastrou por todo o país e por
toda a Europa e consequente diminuição
das receitas do Estado.
Como
continuar a manter a mesma despesa do Estado em funcionários, pensões, apoios…?
Como
aumentar a despesa pública na reparação, construção de casas e prédios para
alugar a preços reduzidos, fazendo obras públicas? Lançando mais obrigações do
Estado Português no mercado de capitais internacional? A que taxas de juro?
Pagáveis como?
O
Governo Sócrates pediu empréstimos e lançou obrigações a taxas de juro que
chegaram a ser à volta dos 20%. O
Governo Sócrates culpa a oposição por ter chumbado o PEC4. O PEC4 não tinha
condições para fazer face aos compromissos a pagar com a dívida pública. É mais
uma falácia do partido socialista. Como teríamos sobrevivido sem o empréstimo
da Troika em tranches a juros tão baixos comparados com os que estávamos a
pagar e as suas condições?
Quem
teria feito melhor, no geral, do que o Governo Passos Coelho – Paulo Portas tem
feito, incluindo a credibilização de Portugal no estrangeiro?
NINGUÉM,
ninguém mesmo! r
Lagos, 09 de Maio de 2015
sobre Nova Administração no Condomínio
Hoje
fui indigitada pelos outros condóminos deste prédio para ser a administradora
deste condomínio por tempo ilimitado, substituindo assim o anterior
administrador, do 4.º Esq. Está a dar-me bastante trabalho criar todo o sistema
de contabilidade e pô-lo em dia, mas também foi uma lufada de ar fresco que
entrou na minha vida. Voltei a precisar da internet e isso tem-me feito
recuperar muito do que tinha deixado para trás. Tudo isto está a ser muito bom
para mim. Sinto-me mais interessada e capaz! r
Lagos, 21 de Março de 2015
sobre
o Dia Mundial da Poesia
Hoje
comemora-se o Dia Mundial da Poesia
e mais uma vez gostaria de deixar uma marca.
Da minha
preadolescência, gostaria de salientar três poemas que, de maneira diferente,
me impressionaram e fui repetindo pedaços deles, de que me lembrava, ao longo
da minha vida. São eles:
“A
Bela Infanta” romance tradicional in «Romanceiro de Almeida Garrett»;
“Se
Queres Viver em Paz” de D. João Manuel (século XV);
“Todo-o-Mundo
e Ninguém” in «Auto da Lusitânia» de Gil Vicente.
Passo
a transcrevê-los:
A Bela Infanta
Estava
a bela infanta
No
seu jardim sentada;
Com
um pente de ouro fino
Seus
belos cabelos penteava.
Deitou
os olhos ao mar
Viu
vir uma grande armada;
Capitão
que nela vinha
Muito
bem a governava.
-
Dizei-me, ó capitão
dessa
tão nobre armada,
se
encontraste o meu marido
na
terra que Deus pisava.
-
Anda tanto cavaleiro
naquela
terra sagrada ...
Dizei-me
vós, ó Senhora,
As
senhas que ele levava.
-
Levava cavalo branco,
selim
de prata dourada;
na
ponta da sua lança
a
Cruz de Cristo levava.
-
Pelos sinais que me dizeis
lá
o vi numa estacada
morrer
morte valente;
eu
sua morte vingava.
-
Ai triste de mim, viúva,
ai
triste de mim, coitada!
De
três filhinhas que tenho
Sem
nenhuma ser casada! ...
-
Que daríeis vós, Senhora,
a
quem o trouxera aqui?
-
Dar-lhe-ia ouro e prata fina,
Quanta
riqueza há por aí.
-
Não quero ouro nem prata,
não
os quero para mim.
Que
daríeis mais, Senhora,
A
quem o trouxera aqui?
-
De três moinhos que tenho,
todos
três daria a ti.
Um
mói cravo e canela;
O
outro mói gergelim.
Rica
farinha que fazem!
Tomara-os
el-rei p’ra si.
-
Os teus moinhos não quero.
Não
os quero para mim.
Que
mais daríeis, Senhora,
A
quem o trouxera aqui?
-
As telhas do meu telhado
que
são de ouro e marfim.
-
As telhas do teu telhado
não
as quero para mim.
Que
daríeis mais, Senhora,
A
quem o trouxera aqui?
-
De três filhas que tenho
todas
as três daria a ti.
-
As tuas filhas, infanta,
não
são damas para mim.
Dá-me
outra coisa, Senhora,
Se
queres que o traga aqui.
-
Não tenho mais p’ra te dar
nem
tu mais que me pedir.
-
Tudo não, Senhora minha,
ainda
te não deste a ti.
-
Cavaleiro que tal pede,
que
tão vilão é de si;
por
meus vilões arrastado
o
farei andar por aí
ao
rabo do meu cavalo,
à
volta do meu jardim.
Vassalos,
meus vassalos,
Acudi-me
agora aqui!
-
Este anel de sete pedras
que
eu contigo reparti.
Que
é da tua metade?
Pois
a minha vês aqui.
-
Tantos anos que chorei,
tantos
sustos que tremi! ...
Deus
te perdoe, marido,
Que
me ias matando aqui.à
Se Queres Viver em Paz
Ouve,
vê e cala
E
viverás vida folgada.
Tua
porta cerrarás
Teu
vizinho louvarás.
Quanto
podes não farás
Quanto
sabes não dirás
Quanto
vês não julgarás
Quanto
ouves não crerás,
Se
queres viver em paz.
Seis
coisas sempre vê
Quando
falares, te mando:
De
quem falas, onde e quê
E
a quem, como e quando.à
Todo-o-Mundo e Ninguém
Ninguém
– Que andas tu aí buscando?
Todo-o-Mundo
– Mil coisas ando a buscar;
Delas não posso
achar,
Porém
ando porfiando,
Por quão bom é
porfiar.
Ninguém
– Como é teu nome, cavaleiro?
Todo-o-Mundo
– Meu nome é Todo-o-Mundo
E meu tempo todo
inteiro
Sempre é buscar dinheiro
E sempre nisto me
afundo.
Ninguém
– Meu nome é Ninguém
E busco a consciência.
Demónio
– Esta é boa experiência!
Dinato, escreve isto bem.
Dinato
– Que escreverei, companheiro?
Demónio
– Que ninguém busca consciência
E todo o mundo dinheiro.
Ninguém
– E agora que buscas lá?
Todo-o-Mundo
– Busco honra muito grande.
Ninguém
– E eu virtude que Deus mande
Que tope com ela já.
Demónio
– Outra adição nos acude:
Escreve logo aí a fundo
Que busca honra todo o mundo
E ninguém busca virtude.
Ninguém
– Buscas outro maior bem que esse?
Todo-o-Mundo
– Busco mais quem me louvasse
Tudo quanto eu
fizesse.
Ninguém
– E eu quem me repreendesse
Em cada coisa que errasse.
Demónio
– Escreve mais.
Dinato
– Que tens sabido?
Demónio
–Que quer em extremo agrado
Todo o mundo ser louvado
E ninguém ser repreendido.
Ninguém
– Buscas mais, amigo meu?
Todo-o-Mundo
– Busco a vida e quem ma dê.
Ninguém
– A vida não sei que é,
A morte conheço eu.
Demónio
– Escreve lá outra sorte.
Dinato
– Que sorte?
Demónio
– Muito garrida:
Todo o mundo busca a vida
E ninguém conhece a morte.
Todo-o-Mundo
– E mais queria: o paraíso.
Sem ninguém me
estorvar.
Ninguém
– E eu ponho-me a pagar
Quanto devo para isso.
Demónio
– Escreve com muito aviso.
Dinato
– Que escreverei?
Demónio
– Escreve
Que todo o mundo quer o
paraíso
E ninguém paga o que deve.
Todo-o-Mundo
– Gosto muito de enganar
E mentir nasceu comigo.
Ninguém
– Eu sempre a verdade digo
Sem nunca me desviar.
Demónio
– Ora escreve lá, compadre,
Não sejas tu preguiçoso!
Dinato
– Quê?
Demónio
– Que todo o mundo é mentiroso
E ninguém diz a verdade.
Ninguém
– Que mais buscas?
Todo-o-Mundo
– Lisonjear.
Ninguém
– Eu sou todo desengano.
Demónio
– Escreve, anda lá mano!
Dinato
– Que me mandas anotar?
Demónio
– Põe aí muito claro
Não fique a tinta no tinteiro:
Todo o mundo é lisonjeiro
E ninguém desenganado. r
Lagos, 02 de Março de 2015
sobre Aniversário dos meus 60 anos
Hoje fiz 60 anos. Não
me sinto nem triste nem saudosa da mocidade. Estou feliz com os meus 60 anos.
Acho que é uma idade bonita e parece-me que se inicia um novo ciclo de 10 anos
na minha vida e que será o melhor de todos os que tenho vivido até agora e isso
só me deixa ainda mais feliz. Estou sozinha, mas feliz! r
Lagos, 25 de Dezembro de 2014
sobre Dia de Natal
Hoje é Dia de Natal e eu
passei-o sozinha. Este é o segundo ano. A pouco e pouco, vou-me habituando. Se
por um lado, sinto a falta de ter uma família, principalmente nestes dias
comemorativos; por outro lado, vou-me habituando ao Bem que é a Paz e a
Tranquilidade; o não ser contrariada, às vezes para pior; contrariada só para
ser contrariada. O trabalho é muito na casa, mas vai-se fazendo. Com a Graça de
Deus, tudo se vai conseguindo, incluindo a Graça de ter a Esperança de que vai
chegar a hora de ter a minha família. Tenho muita confiança, no Senhor Deus e
em todos do Bem. r
Lagos, 02 de Novembro de 2014,
domingo
sobre O Lançamento de Nova Moeda na Sociedade
Hoje falou-se nas
notícias que, depois dos EUA lançarem moeda na sociedade, seguiram-se a União Europeia
e o Japão a fazerem o mesmo. Objectivo divulgado desta acção: tentar fazer
crescer a economia.
Acontece que esta
medida, por si só, não faz crescer a economia. Trata-se de uma maneira de fazer
calar os descontentes e ignorantes. A atitude dos EUA compreende-se porque há
vários países que têm como moeda o dólar. Há, se se nota falta de liquidez,
isto é, falta de dinheiro na sociedade, nos bancos, necessidade de lançar nova
moeda no país para que a economia funcione sem constrangimentos.
Só que a União
Europeia e o Japão não têm esta situação, a não ser os utilizadores dos
paraísos fiscais; onde andará esse dinheiro? Logo a mesma medida não se
justifica; só se for em muito pequena escala para substituir as moedas que saem
da circulação para o coleccionismo, para souvenirs, por desgaste, ...
Caso contrário, é
apenas uma panaceia, uma medida psicológica que não cura porque o problema do
desemprego nestes países tem a ver com a fuga de empresários para os países
asiáticos onde a mão de obra é muito mais barata e os outros custos impostos
pelo Estado aos empresários não existem. Assim estes países estão sem empresas
de mão de obra não-qualificada e, portanto sem empregos para aqueles cidadãos
que não têm trabalho para buscarem a emigração porque em todo o lado se passa o
mesmo.
Enquanto não
encontrarem motivos para os empresários criarem empresas com mão de obra também
não qualificada nos EUA, EU e Japão, o desemprego não baixa e estes cidadãos
estão cada vez mais pobres porque cada vez há mais desempregados e a recessão
não desaparece. Nestas circunstâncias, lançar nova moeda no país só vai
aumentar o volume de dinheiro nos bancos que depois não sai para a economia,
provocando a inflação. Só se houver aumento dos salários das classes mais
baixas e em Portugal houve um aumento do salário mínimo, logo este facto vai
exigir mais alguma moeda a circular, mas não muita, pois afinal só vai
proporcionar aos que trabalham, mais um cafezinho por dia. r
Lagos, 30 de Outubro de 2014,
quinta-feira
sobre Passeios pela Marginal
Hoje, ao fazer a
minha caminhada habitual, reparei como ainda não me tinha acontecido, no muro
que ladeia a margem direita do rio de Lagos e recordei-me da minha infância,
(nasci em 1955) nos anos 1960s, quando o meu pai me ajudava a subir para o muro
e, com a minha mão na dele, eu caminhava, com alguma adrenalina, sobre o muro
até que ele se quebrava para dar acesso às escadas para o rio. Depois subia
para o muro seguinte e lá continuava o passeio, só de vez em quando dava uma
espreitadela ao rio e sustinha a respiração.
O meu irmão era cerca
de dois anos mais novo do que e chegou uma altura em que também ele queria
subir para o muro. Então era a minha mãe que segurava a mão dele e ele
caminhava também cheio de ansiedade. Afinal um passo em falso fora do muro e
não sei se os nossos pais conseguiriam segurar-nos pela mão. Naquela idade, os
pais são superhomens e supermulheres. r
Lagos, 22 de Junho de 2014
Hoje, escrevi este
poema-canção, pensando numa menina, Sara, de 12 anos.
TENHO UM AMIGO SECRETO
Tenho um amigo
secreto
Não há nada mais
vulgar
Tenho um amigo
secreto
E gosto muito dele
gostar.
Gosto do seu cabelo
E gosto do seu olhar
Gosto muito de vê-lo
E gosto do seu andar.
Se me olhas sou feliz
Gosto de ti porque
sim
O meu coração me diz
Não há no mundo outro
assim.
Penso em ti ao
acordar
Penso em ti quando me
deito
Sempre que estás a
falar
O coração salta-me do
peito.à
de Maria de Portugal
Lagos, 21 de Junho de 2014
Hoje escrevi este poema-canção,
pensando numa senhora de idade, mãe.
MÃE
És a mulher da minha
vida
Desde o dia em que
nasci.
És a mulher mais
querida
Difícil é viver sem
ti.
Só tu és para mim
O sol, a lua, as
estrelas.
No infinito sem fim
Tu já és uma delas.
Um dia quando
partires
Tudo será diferente
Virão dias infelizes
No coração da gente.
Sabe que olhando o
céu
Procurar-te-ei numa
estrela
Assim desvendarei o
véu
E dir-te-ei como és
bela.à
de Maria de Portugal
Lagos, 14 de Junho de 2014
Hoje escrevi este
poema-canção pensando em alguém que vi na televisão.
HELLO! HELLO!
“Hello! Hello!
Give me a smile!”
Oh! She just passes by
And does not notice me.
Hello! Hello!
My heart achely beats
Hello! Hello!
So much love my heart seeks.
And now I know
You are the one
The one my heart chose
The one my heart needs.
And now I know
You’re in my guts
We’re no more strangers
We are forever close.
For life together
For life along
Hold my hand
And sing my song.à
Written by Maria de Portugal
Lagos, 10 de Março de 2014
Sobre As Minhas Caminhadas
Hoje iniciei um
percurso de 2 km que faço numa hora a caminhar. Pretendo fazer
este percurso, desde que haja sol, duas vezes por semana. r
Lagos, 24 de Janeiro de 2014
Sobre Os Dom Rodrigo
Os
bolos D. Rodrigo têm a sua a origem em Lagos, quando Lagos era a capital do
Algarve e, portanto cá havia o Palácio do Governador (do Algarve), surgindo
no dia 01 de Abril de 1754,
data da recepção oferecida pelo Alcaide de Lagos ao recém nomeado Governador
do Algarve, Capitão-General D. Rodrigo António de Noronha e Menezes que tomava
posse. Além da recepção festiva na sua chegada e da sua família a Lagos também
houve um almoço-recepção no castelo do alcaide com a presença de todas as
edilidades mais importantes de Lagos e arredores. As freiras do Convento do
Carmo de Lagos, as Irmãs Carmelitas, também quiseram presentear o Governador do
Algarve que tomava posse e, com a permissão do alcaide trouxeram para a mesa
duas grandes e ovais travessas de prata de BOLOS D. RODRIGO e a Madre
Superiora Carmelita, também convidada, explicou a D. Rodrigo estes bolos que
lhe ofereciam, criados para esta ocasião e que foram denominados BOLOS D.
RODRIGO.
Assim os BOLOS D.
RODRIGO são bolos conventuais, criados no Convento do Carmo sediado em LAGOS,
Portugal pelas Irmãs Carmelitas deste convento para o dia 01 de Abril de
1754 e percorreram os tempos até aos nossos dias muito apreciados por
todos. Por isso esta é uma data a comemorar.
Todos gostaram e este
bolo conseguiu preservar-se à passagem dos séculos e actualmente, século XXI,
está a ganhar projecção nacional e internacional. Então chegou a hora de
identificá-lo de forma correcta.
Se utilizarmos a sua
designação completa como se faz com os bolos de outras regiões, por exemplo: o
pastel de Belém ninguém o designa por Beléns e muitos outros exemplos se pode
encontrar por este país fora.
Ora os bolos D. Rodrigo
podem ser designados assim que é a forma mais apropriada e, na pastelaria,
pedimos assim:
1 bolo D. Rodrigo
2 bolos Dom Rodrigo
3 bolos D. Rodrigo
........
mas é nosso costume
encurtar tudo o que se diz de modo que a mensagem que se quer passar, chegue
mais depressa ao receptor. Neste caso, podemos omitir bolo(s) porque este
significante é claro para a empregada da pastelaria e assim podemos dizer em
português corrente
1 Dom Rodrigo
2 D. Rodrigo
3 D. Rodrigo
.......
porque o plural que
advém da quantidade desejada só se pode aplicar ao significante “bolo” e não ao
nome próprio que o identifica – D. Rodrigo, Governador do Algarve com
residência oficial em Lagos, capital do Algarve na altura. Já agora, Lagos foi
capital do Algarve de 1573 a 1755, logo durante 182 anos. r
Lagos, 23 de Janeiro de 2014
Aproximam-se as
eleições europeias que acontecerão em Maio deste ano e também ultimamente tanto
se fala da necessidade de acordos entre os partidos de governo – Socialista,
PSD e CDS-PP. Tenho chamado a atenção para os perigos para a democracia que
estas ausências de oposição, fruto das coligações entre partidos de áreas
opostas, trazem para a democracia.
Em Portugal,
critica-se o que se diz ser a incapacidade em Portugal para formar coligações e
assim quebrar as barreiras que a oposição sempre provoca ao governo e, por
outro lado, diz-se há já muitos anos, que a democracia perdeu terreno na Europa
e que se necessita de a renovar porque os níveis de abstenção em actos
eleitorais são elevadíssimos, muito superiores a 50%, em alguns casos superiores
a 70%, o que demonstra o desinteresse dos europeus pela política.
Ora é exactamente por
causa das coligações entre partidos de áreas opostas no espectro
político, anulando assim a oposição e quebrando o sistema alternativo que
surgiu, como consequência desse facto, a desmotivação dos europeus para
votarem em actos eleitorais porque, votem em quem votarem na área
democrática, as políticas não se alteram; são sempre as mesmas e contra a
maioria da população e os seus interesses. Assim vão surgindo, cada vez com
maior número de lugares nos parlamentos nacionais, os partidos que se situam
nos extremos da direita e da esquerda, pois são os únicos que se apresentam sem
coligações e não fazem coligações governamentais porque o papel político que
querem é mesmo fazer oposição.
Então é importante
não esquecer que a causa dos elevados níveis de abstenção em actos eleitorais
são exactamente a grande moda de não alterar o que está estabelecido e contra a
grande maioria das populações que há muito tempo grassa na Europa e a sua
consequência mais desastrosa é o surgimento nos parlamentos nacionais de
partidos extremistas. Não se trata de moda moderna, mas sim de consequência! r
http://goo.gl/RSVXh5 site da Confraria dos Bolos
D. Rodrigo, Lagos, Portugal
Os meus filmes
1.º
– As Amendoeiras em Flor e o Corridinho Algarvio.wmv http://www.youtube.com/watch?v=NtaRei5qj9M&feature=youtu.be
2.º
– O Cemitério de Lagos
3.º
– Lagos e a sua Costa Dourada
4.º – Natal de 2012
5.º – Tempo de Poesia
Os
meus blogues
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http://www.passo-a-rezar.net/ meditações cristãs
http://www.descubriter.com/pt/ Rota
Europeia dos Descobrimentos
http://www.psd.pt/ Homepage - “Povo Livre” - Arquivo
- PDF
http://www.radiosim.pt/
18,30h
– terço todos os dias
http://www.custodiosdemaria.pt/ (terço + livrinho das orações do
terço; linda gravura da Senhora do
Perpétuo Socorro + Oração-Pedido)
(livros, música, postais, … cristãos)
http://www.livestream.com/stantonius 16h20 – terço; 17h00 – missa
(hora de Lisboa) http://www.santo-antonio.webnode.pt/