Apresentação
Este
é já o terceiro volume de
“As
minhas crónicas e afins”.
Trata-se de compilações bienais das crónicas que vou escrevendo e
dando a conhecer nos meus blogues para assim partilhar o meu
quotidiano, reflexões, opiniões que vão surgindo por isto e
aquilo. Talvez tenham alguma importância para quem as lê …
De
alguma maneira são o meu retrato.
Estes
volumes não têm epílogo porque não se trata de um tema/trabalho
fechado.❐
AS
MINHAS CRÓNICAS e AFINS (2010-11)
de
Maria de Portugal
Lagos,
28 de Novembro de 2011
Sim
ao Euro ou sim ao Escudo
Grande
polémica vai por este país sobre se sim ao Euro ou sim ao Escudo e
eu pasmo.
Ainda
há tão poucos anos foi criado o Euro!
Agora
as razões (motivos) para se voltar ao Escudo são as mesmas que se
utilizaram para aderir ao Euro. Quem não se lembra, mesmo os da
última geração, os jovens, dos problemas inerentes à inflação:
1-
muitas notas, mas cada vez se comprava menos com elas e porquê?
Sem
haver aumento da produtividade o Banco Central de Lisboa
produzia mais moeda (e notas); então as, por exemplo 1000
notas atuais tinham o mesmo valor que as 100 anteriores. Logo
poder-se-ia ter mais dinheiro na carteira, mas comprava-se muito
menos do que se comprava anteriormente. Logo ganhava-se o mesmo
ou um pouco mais, mas quem não tinha bens estava cada vez mais
pobre. Isto porque o Banco Central de Lisboa
não precisava de anunciar ao povo que tinha lançado no país mais
notas e moedas. Então quando as empresas aumentavam os salários
depois de muita insistência dos sindicatos, elas sabiam que o
poderiam aumentar até um certo um ponto que os trabalhadores
ficariam na mesma com menos poder de compra, mas felizes porque os
seus salários tinham sido aumentados nominalmente
apenas e os sindicatos falavam em salários nominais e salários
reais. Por outro lado, quem tinha bens (de valor ou não) poderia
vendê-los por um preço muito superior,
descontando a inflação que é, muito simplesmente, em maior ou
menor escala, o lançamento em circulação de meios de
pagamento para além das necessidades do movimento económico.
Esta
acção pode ser benéfica e mesmo necessária quando feita em
pequena escala e com rigor e porquê? Há sempre dinheiro a sair do
país: emigrantes que, quando se deslocam ao seu país levam a moeda
do país onde trabalham para cambiar no seu próprio país; há
turistas que levam dinheiro do país visitado para guardarem como
recordação; há coleccionadores; há paraísos fiscais; há a
corrupção que lava este dinheiro fora do país; … Então vai
havendo cada vez menos moeda a circular no país e periodicamente o
Banco Central do país emite moeda que lança para o mercado através
dos bancos de que nós somos clientes para colmatar esta falta. Assim
não se sente a falta do dinheiro que saiu e a inflação é
diminuta, não provocando nem aumentos de salários nem aumentos nos
preços.
Agora
o que se passa atualmente é bem diferente. Não há dinheiro a
circular no país, na Europa, isto é, os bancos de que somos
clientes não têm dinheiro
porque há problemas muito graves a acontecer:
1-
Há os paraísos fiscais
que absorvem muito dinheiro europeu e aqueles encontram-se fora da
Europa; logo esse dinheiro não circula na UE. Pode circular noutros
países, mas não na UE.
2-
O Euro incomodou muita gente
porque veio desafiar o dólar que era a moeda internacionalmente
aceite e moeda corrente em bastantes países. Isso fez com que se
elaborassem estratégias para fazê-lo cair e o dólar voltar a
ganhar o seu poder, pois o câmbio faz perder muito
dinheiro.
A
UE veio desafiar os blocos instituídos e os blocos emergentes e
estes, atacando a moeda – Euro – enfraquecem também o próprio
bloco – União Europeia. Como? retirando moeda do mercado.
Vários têm sido os meios: emigrantes, facilitando o crédito e o
endividamento exageradamente, os paraísos fiscais, exportando e não
importando, …
Então
o normal seria a União Europeia lançar em circulação
meios de pagamento para além das necessidades do movimento
económico. Depois o que
fazem aqueles que retiveram enormes quantidades de Euros? Lançam-nos
na União Europeia através dos seus emigrantes, turistas, concedendo
créditos vantajosos e então o que acontece? Quem tem esses Euros
faz compras: compra bens móveis e imóveis como empresas, bancos, …
passa a dominar a economia, as finanças, … passa a dominar a União
Europeia. Quando o país, UE superabundam de moeda que medidas tomam
estes governos? Promovem a subida dos preços e instala-se a inflação
desordenada, sem controlo.
Claro
que tudo isto são apenas suposições, mas é assim que se faz o
dia-a-dia de todos nós.
A União Europeia pediu aos
países emergentes que lhes comprassem dívida soberana, mas não é
a altura adequada para quem quiser fazer algo de grande vulto.
Esperam que primeiro os Bancos Centrais produzam e lancem quantidades
de Euros nos países da União Europeia para suplantar a falta de
moeda que atualmente existe. Depois sim, a Europa ficaria a nadar em
Euros nas mãos de alguns que passariam a fazer muitas
compras.(parece-me)❐
Lagos,
06 de Novembro de 2011
A
economia pertence ao grupo das Ciências Humanas porque o seu objecto
e objectivo último são as pessoas. Principalmente quem governa,
seja a que nível for, não pode esquecer que toma decisões para o
desenvolvimento do país que existe pela sua população e que
directa ou indirectamente vai afectar pessoas positivamente ou
negativamente. E também não pode esquecer que está a governar para
toda a população; não só para a que o(a) elegeu. Todos são
afectados pelas suas medidas e a sua obrigação é manter a
população num nível satisfatório geral. Quem se sente
prejudicado/injustiçado tem
todo o direito de reclamar
e há que ter essas reclamações em atenção porque elas são o
barómetro dos resultados/consequências das medidas que vai tomando
para corrigir. Sem este barómetro poderia trabalhar muito, mas como
não corrige por ignorância, vai de mal a pior até fazer cair num
abismo toda a população. É muito importante qualquer governante
estar atento às vozes e movimentações da sociedade em geral para
ir fazendo as devidas correcções.
Decidir
cortar os dois subsídios: 13.o
e 14.o
salários talvez para dar margem de negociação à oposição; foi
uma decisão errada politicamente porque dá vantagem política à
oposição e faz a linha política onde está inserido perder
posições, pois é uma medida que afecta muita gente negativamente.
É mau jogo dar tantos pontos ao adversário!
Se
achava que poderia cortar apenas um subsídio; isso deveria ter
apresentado logo, talvez não ganhasse pontos, mas também não
perdia, oferecendo bastantes pontos à oposição. Qualquer
governante está sempre a fazer política, mesmo que o seu ministério
seja economia.
As
empresas privadas agradecem que a Segurança Social corte estes
subsídios só aos funcionários públicos e reformados e não ao
sector privado; talvez o objectivo seja inverter a posição
procura/interesse entre privado e estatal, demonstrando que cada vez
mais o privado está a ficar mais aliciante do que o estatal. Têm
esse direito!
Por
outro lado, sugerir às empresas aumentar em meia-hora o horário de
trabalho dos seus colaboradores, pagando o mesmo salário, para
participarem no aperto que os funcionários públicos estão a sofrer
para se ultrapassar a crise, também foi uma decisão infeliz. As
pessoas não são máquinas. As máquinas, pomo-las a trabalhar mais
meia-hora e elas produzem o correspondente a essa meia-hora de
produção dentro do estabelecido para produzirem. Então se as
pessoas fossem máquinas (só que as máquinas não consomem o que é
produzido, só as pessoas), a empresa aumentaria talvez a sua
produtividade porque
PRODUTIVIDADE
DO TRABALHO – Valor acrescentado bruto (VAB) por trabalhador.
Obtém-se dividindo o VAB da empresa pelo número de trabalhadores ao
seu serviço. Mede a eficiência das firmas na utilização dos
recursos humanos. Comparações entre a produtividade de empresas de
diferentes sectores devem ser feitas com cuidado. Tal como entre
sectores de actividade diferente se deve ser cuidadoso. Por exemplo,
uma indústria de capital intensivo terá, em condições normais,
uma produtividade do trabalho superior a uma indústria de
mão-de-obra intensiva.
VALOR
ACRESCENTADO BRUTO (VAB) – Soma das vendas totais, trabalhos para a
própria empresa, variação de produções, subsídios destinados à
exploração e receitas suplementares, menos os consumos intermédios.
Alternativamente, o VAB poderia ser calculado somando os impostos
directos, despesas com o pessoal, despesas financeiras, outras
despesas e encargos, amortizações, reintegrações e provisões do
exercício, perdas extraordinárias do exercício e de exercícios
anteriores e resultados líquidos e subtraindo as receitas
financeiras correntes, ganhos extraordinários do exercício e de
exercícios anteriores.
Contudo,
há que ter em atenção que mais meia-hora de trabalho implica
obrigar pais e mães a ficarem aflitos com os seus filhos que estão
à sua espera e mil e uma tarefas domésticas que ficam atrasadas
porque estes colaboradores não ganham para ter empregadas(os)
que façam estas tarefas por eles como muitos dos decisores. Então
significa que eles não vão produzir o que produzem nos seus tempos
mais produtivos. Pelo contrário, porque eles já estão cansados e
desmotivados é muito natural que haja bastantes acidentes de
trabalho neste período o que vai provocar a ausência dos
acidentados por um período mais ou menos longo; logo diminuição do
índice de produtividade.
Por
outro lado, ter a empresa a laborar mais meia-hora implica aumento
dos custos fixos, pelo menos.
E
o que é que o Estado recebe a mais por toda esta situação
supostamente a criar?
Nada,
porque na verdade, se a empresa não conseguir vender este suposto
excedente de produção não realiza dinheiro, aumenta os custos dos
produtos em armazém e os seus lucros não apresentam aumentos no
final do exercício anual e portanto não há aumento da receita
fiscal para o Estado.
Na
verdade, esta medida sugerida parece mais um castigo para os
trabalhadores do privado, significando que os cortes nos salários do
sector estatal são feitos como um castigo. Mas como? De que culpa
são estes acusados? Não foram eles os causadores da crise em
nenhuma fase desta.
Estamos
numa fase de recessão e muitas empresas não conseguem vender o que
produzem ou os serviços que prestam e por isso há tantas empresas a
falir. Como se justifica este suposto aumento de produção? Os
empresários/gestores devem pensar 'mas vamos vender este excedente
de produção a quem? Só se for ao Senhor Ministro!!!!'
Nada
disto faz sentido!!!!!!!!
A
solução não está em aumentar a produção, baixando o custo da
mão-de-obra operacional que está a um nível terceiro-mundista e,
por isso, com o apoio dos restantes países da UE, nos últimos
tempos, Portugal vinha a aumentar anualmente o salário mínimo.
Agora temos problema quando a empresa paga salários
terceiro-mundistas aos colaboradores operacionais e paga salários
superiores aos salários dos quadros superiores congéneres nos
países mais desenvolvidos economicamente da União Europeia
quando as empresas destes Estados da UE apresentam volumes de vendas
muito superiores aos das empresas congéneres portuguesas. A solução
não passa por escravizar os colaboradores operacionais, mas
resolver o problema dos salários dos quadros superiores e encontrar
mercados para vender a produção nacional.❐
Lagos,
15 de Novembro de 2011
Há
várias políticas de impostos. Cada Governo segue as suas. A um
Governo Social-Democrata espera-se que tenha políticas
principalmente sociais. Por isso, é eleito. Como social-semocrata
que sou, acho que, em altura de crises, os impostos devem manter-se
baixos para evitar a recessão e, se possível, ajudar ao crescimento
do sector da economia, pois é esse que gera riqueza de onde se
vai buscar as receitas dos impostos. Se se aumentam os impostos
em época de crise, “mata-se a galinha dos ovos de ouro” e depois
não há ouro para ninguém; destrói-se o sector produtivo e as
famílias e cada vez é menor a receita dos impostos porque o Governo
levou quase todos à falência. Agora quando se quer mudar a classe
empresarial, quando se quer mudar a estrutura empresarial; aí os
meios justificam os fins (será?).
Pois
bem, mas além disso, há outras matérias também muito importantes,
neste caso, para Portugal:
- trata-se dos impostos sobre o turismo – Portugal, cada vez mais, vive do turismo já que se destrói o seu tecido empresarial produtivo; então para não matar mais uma das poucas “galinhas dos ovos de ouro” que temos, os impostos sobre este sector têm de ser dos mais baixos da União Europeia e países congéneres. O motivo é claro: atrair os turistas para as várias e variadas belezas do nosso país e dar a conhecer ainda mais belezas que não estão ainda expostas porque (claro), aumentando as receitas do turismo, aumenta-se a receita dos impostos (não é a carga fiscal que o Governo recebe, mas sim as receitas dessa carga fiscal.)
- trata-se dos impostos sobre a cultura – os portugueses de Portugal andam a viver uma das piores crises de que se lembram e isso deixa-nos desanimados, deprimidos e até revoltados o que não é bom para a economia e a estabilidade do país; então a cultura tem um papel importantíssimo a desempenhar neste momento em que não há presente e parece que não há futuro para ninguém. A cultura não aparece como panaceia, mas sim como uma oportunidade de conhecer outras vidas, outras culturas, outros pensamentos … Fazer trocas de espectáculos com companhias estrangeiras … é necessário levar os portugueses a esquecer por momentos as suas agruras e pensar noutras coisas, noutras situações, procurar encontrar saídas … Aliviar a alma! É necessária uma política de incentivo ao deslocamento dos portugueses aos lugares onde se faz cultura, pagando o Estado uma percentagem do preço do bilhete para aqueles de mais baixos recursos e é necessário que os impostos sejam dos mais baixos da carga fiscal para que as companhias da cultura consigam manter-se e fazer o seu trabalho. Na história de qualquer país, isto sempre aconteceu. Só por ignorância, não se toma em atenção este factor – a cultura;
- trata-se da defesa das nossas fronteiras – Portugal é um país fronteiriço e é também fronteira da União Europeia. Portugal não pode descurar a defesa das suas linhas de fronteira até como elemento dissuasor. Sabemos das apetências de muitos por este pedacinho de terra. É importante a sua defesa para não se tornar numa “república das bananas” que já está muito a caminho disso.❐
Lagos,
05 de Agosto de 2011
Hoje
faz um mês que o meu pai faleceu.
A
nossa vida vai voltando às suas antigas rotinas; agora já sem a sua
presença.
A
pouco e pouco vai sendo mais fácil aceitar a sua partida e começamos
a aceitar como normal a sua ausência.
“Está
a ficar melhor” dizia a ele e a mim própria e estava
convencida disso. Ele sorria e tudo estava bem.
Partiu
sereno e tranquilo; era isso que o seu rosto deixava transparecer,
mas deixou saudade!
Lagos,
20 de Abril de 2011
Sobre
A Social-Democracia e a
Responsabilidade Social do Estado
A
nossa cultura de estrutura grecocristã sempre privilegiou a relação
com o outro. O outro é por definição o próximo e procuro o meu
próximo porque só na relação com o outro eu me conheço, aprendo
a partilhar, aprendo a gostar ou não de mim mesmo, participo no bem
comum, posso reconhecer o bem e o mal, ... É pelo outro que eu sou
com a multiplicidade dos meus modos de ser.
Por
consequência, o processo de socialização traz consigo uma nova
experiência de relações e a criação do Estado. Existe uma
relação estreita entre Estado e Sociedade, sendo que o Estado é a
forma que atinge a vida social numa fase adiantada do seu
desenvolvimento, uma vez diferenciadas, autonomizadas e tornadas
complexas as suas funções. A razão de ser do Estado reside na
Constituição. A Lei define as
normas e os limites do exercício do poder/serviço, mas
principalmente garante a eficácia do poder exercido por aqueles que
foram mandatados para isso.
A
ideia de Estado moderno é a de uma planificação orgânica e
referida a um único centro de todas as esferas da vida social e do
controlo efectivo sobre todos os domínios e sobre todas as
associações particulares ou indivíduos.
O
Estado é o garante da ordem social, mantém em equilíbrio mais ou
menos dinâmico, mais ou menos estável, as tensões, as diferenças,
os desequilíbrios, os conflitos de interesses dos grupos, das
classes, das associações.
Nos
regimes democráticoliberais, estes deixam aos indivíduos e
associações maior margem de liberdade e espaço para a luta pela
obtenção dos seus interesses/objectivos. O liberalismo democrático
alia a tradição liberal ao princípio da democracia e a existência
social é regulada pelo Estado segundo o princípio
da redistribuição pelo qual o Estado tem a obrigação
de zelar pelo bem-estar das suas populações mais desfavorecidas de
modo a que todos tenham as condições mínimas para se sentirem
felizes.
Num
Estado democrático, as relações deste (Estado) com a população
são relações de serviço,
pois é para a servir que a população criou, aceita e sustenta o
Estado. Atualmente, terceiro milénio, na sociedade da informação e
comunicação, as relações do Estado com as suas populações têm
de ser cada vez mais de serviço porque as populações são cada vez
mais letradas e conscientes desta realidade e por conseguinte, cada
vez mais exigentes com o Estado que as assiste porque esse é um
direito seu. Não faz mais sentido, o Estado gastar o dinheiro dos
contribuintes (e contribuintes somos todos nós que ainda antes de
nascermos já estamos a contribuir para o Estado pelas compras que os
nossos pais fazem para nós. Antigamente eram apenas os endinheirados
que contribuíam pagando as despesas relacionadas com o património
do Estado e sua manutenção, com as despesas de guerra, com uma
percentagem nos actos de venda, ... e por isso, depois usavam
poder sobre os demais que não tinham com o que contribuir) com
empresas mal geridas por gente incompetente e a receber elevados
rendimentos em nome de um bem comum que essa empresa possa trazer à
população. Não se aceita mais isto; não se pode aceitar. A
preocupação do Estado tem de ser cada vez mais social e
canalizada para essa franja da população desfavorecida pela fortuna
(boa-sorte). Então as empresas que continuamente dão prejuízo,
sejam elas quais forem, não podem continuar a existir deste modo,
arrecadando para si o que faz falta à população mais
desfavorecida. As despesas do Estado têm de ser concentradas nos
grupos populacionais mais desfavorecidos nos quais se inclui as
famílias numerosas porque há que ter em atenção o rendimento
per capita
da família.
Quanto
às receitas, o Estado vai buscá-las aos diversos tipos de impostos
que a população é obrigada a pagar e também a investimentos
seguros de capital que vai fazendo em empresas
que dão lucros e portanto, bem geridas, aumentando assim
as receitas ao longo do ano do Estado. As empresas não podem dar
prejuízo ao Estado porque isso é roubar as populações mais
desfavorecidas. Estas empresas têm de ser vendidas ao sector privado
para este as tornar rentáveis. Se se trata de um nicho de mercado do
bem comum; então o Estado contribui
com uma parte da despesa que o cidadão mais desfavorecido
faz ao usar/utilizar esse bem. Por exemplo, os transportes públicos
– o preço do bilhete é 1€; então o cidadão mais desfavorecido
paga 20 cêntimos; 30, 40, 50, 60 cêntimos, o resto a empresa recebe
do Estado. O mesmo para as actividades culturais, ..., aumentando
assim o consumo e as receitas fiscais do Estado. Se se tornar uma
empresa de lucros continuados e aliciantes e distribuição de
dividendos, o Estado
pode comprar acções desta empresa e agir como qualquer outro
accionista. O interesse do Estado, representante dos interesses da
população a que diz respeito, é aumentar os seus proventos de modo
a poder beneficiar mais a população com mais necessidades por
satisfazer.
As
empresas que já são públicas e bem geridas, dando lucros e
aumentando os proventos do Estado como a Caixa Geral de Depósitos no
seu todo (porque é o seu todo que equilibra as receitas desta
empresa e a torna lucrativa. Desmantelar esta empresa e vender a
parte que equilibra os seus balanços é prepará-la para dar
prejuízo e vendê-la depois ao desbarato), são uma bênção para o
Estado e de modo nenhum podem ser desmanteladas ou privatizadas.
Mesmo um ignorante na matéria considera isso uma idiotice.
Este
é e será um Estado social e democrático.❐
Lagos,
14 de Março de 2011
sobre
O Infante D. Henrique e a
vila de Lagos
Há
historiadores que afirmam que o Infante D. Henrique, quando escreveu
num documento/carta “(...) minha
vila” se referia a uma sua vila romana que possuiria em
Sagres.
Acontece
que o Infante D. Henrique não teve nenhuma vila (romana ou não) em
Sagres. O Infante D. Henrique teve uma casa simples na Raposeira,
perto de Sagres, para quando queria estar sozinho. Agora, na verdade,
o Infante D. Henrique possuía uma
vila, era Senhor de uma vila, a vila
de Lagos. Daí ele escrever com todo o direito “minha
vila”.
Acontece
que Lagos, no barlavento algarvio, foi sede
de Bispado segundo documentos dos Concílios de Toledo dos
anos 622, 631-633 e durante os pontificados dos Papa Honório, Papa
João IV e Papa Teodósio até à invasão dos mouros que se iniciou,
em Lagos, em 716 (vide JP
Rocha – Monografia de LAGOS; João Batista Coelho; Faria e Silva –
Monografia de LAGOS; JP Rocha; António C. Inglês, prior de Santa
Maria). Também o prova a Vila
do Bispo que ainda existe, agora já não a típica vila
romana com casa senhorial para o Bispo e casas para os seus
trabalhadores agrícolas e criados; mas uma vila, sede de concelho no
barlavento algarvio.
De
716 a 1241, tempo da ocupação moura na maior parte deste período,
LAGOS passa de sede de Bispado
a aldeia, quando D.
Francisco Paio Peres Correia, com o apoio de vários reis cristãos,
a reconquista de forma definitiva para os portugueses; apesar de
ainda existirem muitas tentativas dos mouros para reconquistarem este
território.
Em
1258, Alfonso X de Castela doa a aldeia de Lagos ao Bispo
de Silves, D. Frei Roberto.
O
rei D. Afonso IV faz doação de Lagos a D.
Gonçalo Fernandes (Mário
Cardo).
Em
documento de 05 de Janeiro de 1361, o rei D.
Pedro I concede jurisdição própria a Lagos, tornando-a
independente de Silves e concede-lhe a designação de Vila
e concelho.
D. João I deu-lhe o título de Vila
Notável
a 08 de Fevereiro de 1402, D. Manuel I deu-lhe Foral
e
Brazão de Armas,
D. João III reafirma-lhe o título de Vila
Notável
em 25 de Agosto de 1535 e el-rei D. Sebastião deu-lhe o título de
cidade
e capital do Algarve
em 1573. Lagos tinha assento nas Cortes
de Évora, no
Terceiro Banco.
Em
documento de 05 de Março de 1372, Lagos é doada a D.
Gregório Premado (Livro
D. Fernando/ Batista Lopes).
No
ano de 1453, a vila de Lagos é doada ao Infante
D. Henrique (MARTINS; 1992; p. 40). Segundo documento de 05 de
Março de 1372, a vila de Lagos foi doada a Gregório Premado nesta
data e esteve na sua posse até 1453, ano em que passou a pertencer
ao Infante D. Henrique.
Em
documento de 04 de Agosto de 1464, por morte do Infante D.
Henrique, LAGOS – Vila e Castelo – é doada ao Infante
D. Fernando, irmão de D. Afonso V (Crónica
do Príncipe D. João/ Monografia de Lagos – JP Rocha/ Mário
Cardo).
Ainda
neste ano, 1464, LAGOS – Vila e Castelo – é doada a D.
Diogo, Duque de Viseu e este, por sua vez, doou LAGOS a sua
irmã, D. Leonor, por dote de casamento. LAGOS passa assim a estar
unida à Coroa Portuguesa, pois D.
Leonor passa a ser rainha de Portugal e Senhora de Lagos.
(Crónica do Príncipe D.
João/ Corografia S. Lopes/ Mário Cardo; Monografia de Lagos – JP
Rocha)
vide
PAULA, Rui M.; Lagos – evolução
urbana e património; edição de Câmara Municipal de
Lagos; Lagos, Outubro de 1992.
MARTINS
José António de Jesus; A
Freguesia de Santa Maria (do Concelho de Lagos) – Estudo Histórico
(Monográfico);
1.a
edição; Lagos; edição da Junta
de Freguesia de Santa Maria de Lagos;
Setembro de 1992.
Lagos,
25 de Fevereiro de 2011
Sobre
A Messe Militar de Lagos
Recentemente,
numa das reportagens dos telejornais, surgiram os edifícios que o
Estado tem posto à venda e entre esses edifícios estava a Messe
Militar de Lagos. O meu coração ficou apertado. O
que vai acontecer à messe militar? como sempre designámos
este edifício desde que me conheço.
Tenho
andado a pensar no assunto, pois aquele edifício remonta aos tempos
antigos, século XIII, quando ali foi criado um hospital com capela
dedicada a S. Pedro, patrono dos pescadores, para cuidar dos
lacobrigenses extramuros, já que este edifício se situava na margem
esquerda da foz da Ribeira dos Touros e havia um hospital com capela
que viria a ser a atual igreja de Santa Maria, intramuros para os
outros lacobrigenses na foz da margem direita da Ribeira dos Touros
ainda durante a existência da primeira cerca(muralhas) da povoação
Lacóbriga que já tinha sido sede de bispado.
Com
a Urbanização Henriquina, século XV, estas duas ribeiras de origem
lacobrigense são drenadas e no espaço adjacente ao hospital dos
pescadores e agricultores lacobrigenses é edificada a única
paróquia de uma grande vila – Lagos – a paróquia
de Santa Maria da Graça, em 1415. Lagos adquire novamente o
estatuto de vila em documento de 05 de Janeiro de 1361, no reinado de
D. Pedro I.
Em
1694, esta
igreja paroquial fica sob a guarda da Irmandade
de S. João de Deus,
fundando o seu hospital e convento nos terrenos adjacentes a esta
igreja e
foi-lhes confiado o tratamento dos enfermos militares. Onde era o
hospital de S. Pedro
foram construídos e inaugurados os Paços
do Concelho, em 1490 e lá se mantiveram até ao terramoto de
1755, quando foram arrasados.
Os
Paços do Concelho foram reconstruídos na atual Praça Gil Eanes e
inaugurados em 1798.
De
1794 a 1803, foi construído o atual edifício da Messe Militar, na
altura designado por Hospital Militar
com Torre do Relógio exatamente no local do antigo convento e
hospital para enfermos militares da Irmandade S. João de Deus e
primeiro edifício dos Paços do Concelho.
Com
todo este património histórico agregado àquele espaço, venho
propor à Câmara Municipal de Lagos que todo aquele quarteirão seja
restaurado, incluindo a igreja de Santa Maria da Graça, para
instalações da UNIVERSIDADE DE
LAGOS com protocolos com o
Ministério da Educação e afins e com a Universidade do Algarve.❐
Lagos,
21 de Fevereiro de 2011
Sobre
O Ensino Superior em
Portugal
Ouvem-se
os jovens, ouvem-se os empresários, analisam-se os dados
estatísticos e os reitores de universidades e directores de
faculdades e o ensino politécnico (os responsáveis) não estão a
compreender e a responder às necessidades de Portugal e dos
portugueses.
O
tecido empresarial está muito deficitário; isto quer dizer que
Portugal/Europa tem, de longe, um número insuficiente de empresas. A
consequência disso é uma elevada taxa de desemprego em todos os
níveis estruturais da empresa. Os jovens do ensino superior afirmam
que todos os dias enviam imensos currículos e não obtêm resposta,
isto quer dizer que os jovens do ensino superior continuam, apesar de
há tanto tempo, anos se falar no assunto, a serem preparados para
serem empregados(as) e receber o seu salário no fim do mês. A
responsabilidade é dos responsáveis do ensino superior que estão
com dificuldade em se adaptarem às novas situações que o país (e
Europa) apresenta, vivendo ainda no antigamente ...
Os
novos empresários de sucesso são filhos e netos de gente que
trabalhou no sector que eles agora assumiram. Milhares de empresas
criadas têm um tempo de vida muito curto: em média anual - dois
anos. Isto quer dizer que o problema dos jovens do Mediterrâneo-Sul
(África) é partilhado pelos jovens do Mediterrâneo-Norte e não só
...
O
empreendedorismo não pode ser apenas uma teoria muito agradável no
ensino superior. Sócrates que viveu há dois mil e quatrocentos
anos, morreu porque era um verdadeiro mestre. Atualmente muitos se
designam mestres, mas nem conseguem ser mestres de si próprios.
Depois de tantos anos, o ensino continua dominado por debitadores de
matéria do “alto das suas tribunas” quando durante este tempo
todo temos necessitado cada vez mais de mestres, discípulos do
filósofo Sócrates que dialogava, orientava, desenvolvia o sentido
crítico, punha a pensar, discorrer sobre os assuntos/problemas,
criava pensadores, empreendedores ...
Continuamos
a precisar do filósofo Sócrates ...
Acredito
que se precisa de uma cadeira facultativa “Empreendedorismo”
no último ano da licenciatura/mestrado que se prolongará no ninho
de empresas da universidade, politécnico durante o tempo que for
necessário para cada empresa criada caminhar por si própria
(importante, cada caso é um caso) e não há excepção para nenhuma
área ... onde aqueles que quiserem formar a sua empresa com colegas
e amigos da mesma instituição/outras vão sendo encaminhados,
orientados, apoiados
e ensinados por doutores no assunto. Só assim os nossos
jovens conseguem criar empresas que vinguem e dentro de uma, duas
gerações serem empresas nacionais, internacionais ... As faculdades
seriam pagas com uma percentagem das receitas das empresas destes
ninhos de empresas. O IEFP não tem abrangido e não abrange o ensino
superior.
Criar
uma empresa e mantê-la é um caminho com muitos escolhos e jovens de
famílias sem este know-how, não se conseguem aguentar.
O
Ensino superior tem de adaptar-se na prática aos novos tempos para
bem de todos, de Portugal e da Europa.
Lagos,
26 de Janeiro de 2011
Sobre
Impostos, taxas, ...
A
Agência Lusa teve a informação de que há cidades de destino
turístico que andam a lançar taxas sobre turistas e não-residentes
para aumentar as suas receitas. Mais um exemplo de decisores
ignorantes. Qualquer decisor deveria praticar um pouco de xadrez que
treina/desenvolve a capacidade de prever as consequências de cada
jogada/decisão antes de a fazer/tomar e a questão é que todos nós
tomamos decisões todos os dias a nível individual, de família,
profissional, cívico, político, ...
Decisores
políticos há que pensam: aumenta-se
o valor das taxas, aumentam-se as taxas e assim aumenta-se a receita.
Erro crasso! Esse é um raciocínio muito primário que não se
adequa aos seres humanos e não cabe na sociedade de homens e
mulheres, ...
Estes
decisores políticos não contam com a reacção do objecto do seu
raciocínio; mas ele reage, sim! Ora bem, as cidades de destino
turístico estão a sofrer cortes orçamentais pelo
sobreendividamento e então têm de procurar outras fontes de
receitas e estes decisores políticos vêem nos seus turistas a
galinha-dos-ovos-d'ouro, mas enganam-se porque os turistas já não
esbanjam e é só analisar os dados dos anos mais recentes.
A
verdade é que estes países estão a contrair empréstimos para
pagar empréstimos e contam com a sua capacidade de renegociação
para se irem aguentando na corda bamba e calando os credores, no
futuro. Portanto, o PIB presente e futuro está praticamente
penhorado e a saída para estes países são as populações dos
países não-sobreendividados que poderão importar produtos dos
países sobreendividados aumentando assim as suas exportações e
fazendo entrar alguma moeda extra sempre bem-vinda. Claro que estas
populações também se atreverão a fazer turismo para estes países,
mas claro que o farão não como mecenas, mas como “amigos do
seu amigo”, isto é, aquelas populações que ainda se podem
dar ao luxo de fazer turismo, escolherão os países/cidades que
lhes ofereçam melhores condições económicas para si, para que o
seu dinheiro disponível aumente os seus próprios benefícios.
Assim como os turistas normalmente são inteligentes, pois
conseguiram amealhar para fazer férias vão
escolher as cidades que lhes ofereçam melhores condições por mais
baixo preço e rejeitam taxas a si destinadas e “lá
vai pelo cano abaixo” as receitas-extra sobre turistas. É que
eles não gostam de ser tratados assim ...
Ao
contrário, é
diminuindo a carga fiscal;
é oferecendo melhores condições a preços mais baixos como packs
que se consegue aumentar a receita fiscal. Lá diz o povo na sua
grande sabedoria “Não
é com vinagre que se apanham moscas”,
pois não é ...❐
Lagos,
24 de Novembro de 2010
Sobre
A
descaracterização da língua portuguesa
Acredito
que há mesmo muito tempo (séculos) que a língua portuguesa não
era tão descaracterizada.
Nos
últimos tempos, adotou-se o abecedário
internacional
que veio substituir o abecedário português: foram acrescentadas
três letras – o y,
o w
e o k.
Acho muito bem!
O
problema está no seguinte: os decisores desta matéria foram mais
“papistas
que o Papa”
e decidiram eliminar
o som guê
do abecedário. Agora temos o jê
e o jota
que eram antes dois sons da mesma letra – j.
Agora fala-se do gato, por exemplo, às crianças na escola, mas o
abecedário não tem o som guê. Não acredito que para mudar para o
abecedário internacional tivéssemos de eliminar o som guê. Acho
incrível para tentar manter-me razoável.
O
novo Acordo Ortográfico contém aberrações, mesmo atentados à
língua portuguesa que bradam aos céus.
Ontem,
no programa Eurodeputados na RTP2 das 19:20h às 19:50h os
eurodeputados portugueses presentes abordaram o tema Estratégia
2020.
Tudo bem! Trata-se de um plano estratégico para a UE de dez anos:
2010 – 2020. Agora o problema está no facto de todos eles dizerem
vinte,
vinte
e não dois
mil e vinte.
Que eu saiba ainda se deve pronunciar dois
mil e vinte
quando se fala português e não a tradução à letra do inglês.
Calculo que comunicar em inglês seja bastante frequente para estes
eurodeputados na UE, mas daí a falar num programa para ser
transmitido em Portugal e visto por portugueses que ainda cá, me
parece, sejamos maioria, 2020 – vinte,
vinte
quando se trata de uma data. Acho que está a ser demais!
Já
agora o planeamento engloba três fases distintas: o plano; a
programação e o controlo da execução. O plano é teórico, geral,
são linhas programáticas, um caminho a percorrer; a programação é
composta por acções concretas, estabelecidas para concretizar o
plano estratégico escolhido para um determinado período; o controlo
da execução trata de estabelecer prazos e custos para realizar o
plano de acordo com o estabelecido no programa. Faz-se a previsão e
depois vai-se fazendo a comparação e o controlo para cumprir o
programa. Por tudo isto, não se pode dizer que a Estratégia
anterior fracassou; ficou aquém. Raramente se consegue cumprir um
plano no seu todo porque é sempre estabelecido a pensar no ótimo,
sem restrições ou constrangimentos e vai sempre sendo adaptado à
realidade ao longo do período.
Já
agora fala-se muito atualmente, para não sair desta corrente, em
condições climatéricas, substituindo este adjectivo o adjectivo
climáticas.
Acontece que estes dois adjectivos não
são sinónimos;
só a ignorância os tem tentado fazer. As condições
são sempre climáticas
porque têm a ver com o clima. O período
climatérico
tem a ver com a
temperatura, mas do corpo da mulher na altura da menopausa,
os calores súbitos.❐
27
de Setembro de 2006
Sobre
o Sistema da Segurança Social
Tenho
estado a ouvir e ver com atenção a presença do governo português
no parlamento na sua apresentação do novo sistema para a segurança
social.
A questão
da segurança social apoquenta todos os governos e sociedades da
actualidade e ao longo dos últimos anos; tenho escutado atentamente
as várias soluções que são propostas e tenho pensado sobre o
assunto e cheguei à seguinte conclusão:
Só há uma
saída: cada país, de acordo com o seu PIB, estabelece um plafond,
isto é, tecto máximo de massa salarial para descontar para a
segurança social que seja o adequado para pagar as pensões de
reforma respectivas aos descontos efectuados para a segurança
social. Os valores de massa salarial que ultrapassassem esse plafond,
não estariam sujeitos a desconto para a segurança social tendo em
vista as pensões de reforma, mas estariam sujeitos a outros
condicionamentos.
Assim o
leque dos vários níveis de pensões de reforma estariam sempre
dentro dos valores possíveis a serem pagos pela segurança social no
país. Não haveria pensões altíssimas nem a discrepância que
actualmente existe em Portugal entre os valores máximos e os valores
mínimos de pensões de reforma, mas todos viveriam em paz e sem
stress relativamente à sua pensão de reforma; pois todos
poderiam contar com ela quando chegasse a altura. Por outro lado,
aqueles que auferem ou auferiram salários de grande montante, teriam
garantida uma pensão de reforma razoável para o seu país e
certamente terão os dividendos dos investimentos que fizeram com o
que foi para além da massa salarial sujeita a desconto para a
segurança social.
Acredito
que desta maneira haveria estabilidade em todos os países
relativamente a este assunto. ❐
Lagos,
10 de Novembro de 2010
Ontem
assisti a uma reportagem sobre a Segurança Social na Suíça no
telejornal HOJE da RTP2 às 22:00h e imediatamente me lembrei da
crónica que escrevi no dia 27 de Setembro de 2006 sobre este assunto
e que transcrevo abaixo. Fiquei contente! A Social-Democracia começa
a concretizar-se em alguns países.❐
Lagos,
30 de Outubro de 2010
Sobre
A
Distribuição da Carga Fiscal
Nesta
época de mudança de paradigma e também de grande recessão porque
ainda existe o paradigma antigo, mas o novo paradigma já cá está
também; muitos são aqueles que não encontram espaço para si nesta
fase de transição, apesar de estarmos sempre em evolução (ou
retracção).
Devido
ao enorme número real de desempregados portugueses, a enorme
diminuição do número de empresas em Portugal, também a enorme
quantidade de estrangeiros a viverem cá e do elevado peso da
economia paralela na economia portuguesa, parece-me adequado não
centrar a carga fiscal no rendimento, mas principalmente no
consumo,
não pondo de parte todos os outros impostos, claro.
Contudo,
é necessário estudar o cabaz de bens de cada um dos escalões a
atribuir na distribuição do imposto sobre o rendimento e fazer
atribuir a cada escalão
um
determinado cabaz de bens
com um
determinado IVA.
Sobre
o IRS, sem grande análise sobre o assunto, atribuiria ao grupo mais
desfavorecido da população isenção
de IRS.
Aos que se enquadrassem naqueles 20% com rendimento mais baixo,
atribuiria IRS
de 15%;
aos que se situassem naqueles 20% com rendimento mais elevado,
atribuiria IRS
de 45%
e à classe média alargada atribuiria IRS
de 30%.
Isto nesta fase de transição, pois o IRS e o IVA principalmente
devem combinar sempre e no que respeita ao IVA é sempre muito
importante saber o que se passa em Espanha relativamente aos bens
essenciais principalmente para não estarmos indirectamente a enviar
portugueses para lá às compras e deixarmos o nosso comércio sem
actividade.
As
contas são sempre uma dor de cabeça em qualquer família; então as
Contas Públicas são uma dor de cabeça muito superior. Qualquer
orçamento é sempre um Balanço de Previsão que se compara depois
com o Balanço Final de Exercício a que diz respeito. Assim para se
elaborar um orçamento prevê-se, prevê-se ... e não se vê nada.
Quando se afirma que as receitas são, no Orçamento para 2011 de ...
mil milhões de euros; prevê-se, prevê-se; mas a verdade é que não
se sabe quantas empresas terão lucro, quantas entrarão em
insolvência, quantas serão criadas, quantos mais desempregados,
quantos entrarão para o mercado do trabalho, quanto renderão a
supervisão e controlo do Estado sobre os da economia paralela, ...
Quanto
à Despesa Pública é mais fácil prever e acertar: se se prever
entregar apenas ... mil euros para gastos em combustível para os
automóveis do Estado; o Estado não vai entregar-lhes mais do que
isso. A solução é utilizar o automóvel apenas para as deslocações
mais importantes e as outras fazer em carro próprio ou transportes
públicos como noutros países da Europa civilizada.
Se
se atribuir apenas ... mil euros para a manutenção dos edifícios
de uma escola; ela vai apenas receber isso e só com isso pode
contar. Se se atribuir ... milhões de euros para
publicidade/propaganda estatal; é apenas isso que pode gastar. O
ministério terá de encontrar no mercado português empresas que
façam este trabalho por este preço ou fazer menos campanhas de
publicidade, por exemplo. Claro que também há o item para Despesas
Extraordinárias, mas se o Governo for idóneo não usará este item
para despesas que não sejam extraordinárias mesmo e se for um ano
com poucas despesas extraordinárias, o valor desse item passa para o
orçamento seguinte como receita das despesas extraordinárias e
diminuirá o valor a ir buscar nesse ano para despesas
extraordinárias.
Portanto
na discussão do Orçamento no Parlamento, tanto apoiantes como
opositores têm de ter consciência disto e precisam de comparar com
as equivalentes do ano passado e prever ...❐
Lagos,
19 de Outubro de 2010
Sobre
A
Inovação na Agricultura – III
Na
minha opinião, a actividade agrícola em Portugal não pode ser
uniforme; mas sim ser feita uma análise a cada futura empresa
agrícola tanto na perspectiva nacional como internacional dos
mercados como do tipo de solos, dimensão, redes de transportes e de
distribuição, quadros técnicos para que tipo ou tipos de empresa
agrícola orientar a sua actividade.
Há
empresas agrícolas a usar cada vez mais a permacultura
que acho muito interessante, misturando-a com a agricultura
biológica
e os produtos obtidos devem ser condicionados sempre que possível
com qualidade para lojas
gourmet
pelos preços do mercado europeu. O TGV com carris
de bitola europeia
é aqui um factor muito importante para colocação destes produtos
frescos nos vários mercados da Europa. Este é o objectivo primeiro
para o TGV europeu porque a saída da recessão portuguesa só pode
ser feita através da exportação, já que nem
tão cedo os portugueses recuperam o poder de compra
para dinamizarem a economia a nível nacional. Por isso todos falam
da necessidade de exportar.
Aliás
entre os produtos obtidos da actividade agrícola, pode-se retirar
produtos gourmet,
mas também produtos de boa qualidade, média e inferior. É assim
que a natureza nos produz. Há necessidade de fazer a selecção
após cada colheita, acondicioná-los de acordo com os mercados a que
se destinam e vendê-los, uns a priori,
outros a posteriori,
mas a selecção é feita pelo produtor, não
desperdiçando
nada o que se consegue com um bom planeamento
regional de escoamento
para vários fins da produção agrícola.
Também
há que progredir a nível de mentalidades tanto de professores como
de estudantes a nível superior. A questão não está apenas em ou
trabalhar para outrém ou criar a sua própria empresa. Há mais
possibilidades como criar empresas
de serviços de coaching,
de aconselhamento/acompanhamento
a nível da agricultura que prestarão serviços a várias empresas
agrícolas de diversas dimensões com diversas produções
simultaneamente. Haja quadros competentes e com vontade que o resto
vai surgindo, primeiro dando a conhecer o seu trabalho e o seu valor
e depois os contratos irão surgindo nem que o pagamento seja feito
após a colheita. Atualmente pode-se orientar a produção agrícola
de maneira a que haja colheitas de diferentes produtos ao longo do
ano na mesma empresa agrícola e assim garantir receitas ao logo do
ano. Quase tudo está para ser feito segundo o novo paradigma.❐
Lagos,
10 de Outubro de 2010
Sobre
A
Obra feita dos Presidentes Portugueses
Há
muito pouco tempo, assistindo a uma reportagem na televisão - RTP,
verifiquei que os portugueses eram capazes de falar resumidamente da
obra de cada um dos nossos reis e o seu cognome, mas dos nossos
presidentes não são capazes de definir a obra de cada um.
Imediatamente
pensei que havia aqui um grande trabalho a fazer.
Sem
querer comparar reis e presidentes portugueses, parece-me que se
poderia fazer o mesmo trabalho que foi feito para os reis – uma
resenha que destaque o essencial e pelo qual cada um dos nossos
presidentes pode ser identificado e este trabalho passar a ser
divulgado e utilizado nas escolas em diferentes níveis de ensino.
Proponho, por exemplo, a Academia
de História para
fazer este trabalho. Parece-me importante e urgente!❐
Lagos,
03 de Outubro de 2010
Sobre
O
TGV em Portugal
Também
acho que o TGV com carris
de medida europeia
e não a medida ibérica, tem urgência em Portugal, se a União
Europeia financiar largamente esta obra já
que sabe a situação financeira de Portugal e de outros
Estados-membros da União Europeia.
É importante aproveitar os Fundos Europeus quando oferecem uma
grande percentagem a fundo perdido e sabendo a situação financeira
que Portugal atravessa.
Agora
se
e só se
a Espanha colocar também carris de medida europeia. Isto
é uma questão política e de princípio!
As linhas do TGV não podem e não devem ser utilizadas por outros
tipos de comboios; logo a Espanha não tem desculpa para continuar a
usar e exigir de Portugal a manutenção de uma medida de carril
diferente da europeia numa Europa – União Europeia – do século
XXI. Os membros do Governo de Portugal não podem continuar a ser
servis em relação a ninguém, principalmente à Espanha.
São
carris novos para o TGV tanto em Espanha como em Portugal e a
bitola tem de ser a europeia
ou as bases democráticas e respeitadoras da independência de cada
Estado-membro da União Europeia são uma farsa. Portugal
é um dos primeiros Estados independentes da Europa (1143), muito
antes da Espanha existir (1469)
e se a União Europeia não pugna pela independência de Portugal é
uma farsa de compadrios.❐
Lagos,
11 de Setembro de 2010
sobre
A
Ponta da Piedade em Lagos
Gostaria
que a Ponta da Piedade não fosse ponto de embarque/desembarque de
turistas para os passeios às grutas.
Passei
por lá este ano e fiquei bastante triste com o que presenciei: «a
sala»
tem a água suja da gasolina dos barcos que lá param; há mau cheiro
no ar e todo aquele espaço onde antes se nadava, está sempre
ocupado por barcos esperando ...
Já
não podemos nadar naquelas águas como outrora fazíamos – eram
águas límpidas, ar puro, apenas se ouvia o som das águas a bater
nas rochas, algum pássaro que por ali pairava ... nadávamos,
sentávamo-nos nos degraus ou nas rochas e ... aquela quietude era
maravilhosa e ali ficávamos em silêncio, escutando, apreciando, ...
Chamávamos àquele espaço a melhor de todas as piscinas – era a
Sala
de Visitas da nossa Costa d'Oiro.
Quem
ganha com estes passeios estragou e como! Conduzem-nos lá e
dizem-nos "Aqui é a sala." Não se pode lá entrar porque
quatro, cinco, seis barcos lá estão ocupando todo o pequeno espaço,
esperando turistas? sujando a água que não é mais límpida e o ar.
Agora é apenas a sala deles, mas muito mal tratada!
Há
tantos pontos normais para receber turistas ao longo do rio de Lagos
que não vejo necessidade deste ponto e o prejuízo é muito superior
ao lucro. Como cidadã natural desta cidade que amo, peço
que seja proibido
aquele ponto de embarque/desembarque de turistas para os passeios às
grutas.❐
Lagos,
19 de Agosto de 2010
sobre
As
Comemorações Henriquinas de 2010
Venho
propor para as Comemorações dos 550 anos sobre a morte do Infante
D. Henrique no dia 13 de Novembro deste ano o seguinte:
a)
A Praça Infante D. Henrique;
b)
A Rota do Infante D. Henrique.
Sobre
a Praça
do Infante D. Henrique,
gostaria que se mantivesse onde está, com esta designação e com os
testemunhos da sua história ao longo dos tempos, isto é, o que foi
feito em 1960 na altura das comemorações dos 500 anos deve ser
reposto e isso sabemos bem que é possível desde que haja vontade
para isso. A atual estátua
do Infante D. Henrique
deve manter-se onde está; ela está, pouco mais ou menos, no limite
do chão com o rio de Lagos/oceano Atlântico na vila henriquina de
Lagos. Por isso faz todo o sentido a calçada
portuguesa com desenhos de ondas do mar
que havia naquele lugar, para além de ser um trabalho tipicamente
português; tudo se coadunava.
Para
além disso, gostaria que no rectângulo em frente da igreja de Santa
Maria fosse colocado no centro um coreto
modelo século XIX que nos recordasse o coreto que lá tínhamos e a
época em que foi lá colocado. Gostaria que também fosse colocado
neste
rectângulo
um pelourinho
modelo séculos XVI-XVII a recordar o que lá existiu e aquela época.
Esta praça primeiro chamou-se Praça
dos Touros
e, após a designação passou a ser Praça
do Pelourinho (PAULA,
1992, p.174). Gostaria que este fosse colocado no canto igreja de
Santa Maria/Armazém Regimental.
Depois
destas referências estabelecidas, gostaria que se desfizessem as
vias de trânsito neste espaço, unificando-o até aos passeios dos
edifícios. Toda a composição restante, parece-me que um arquitecto
paisagista resolverá melhor do que eu.
Assim
que fosse possível, gostaria que fossem reconstruídos o Castelo
que foi construído ainda primeiro do que a primitiva muralha de
Lacóbriga no século IV antes da nossa era, muito antes dos mouros
ocuparem esta terra e o Palácio
dos Governadores,
sendo o hospital retirado do lugar onde está para outro lugar mais
adequado. No Jardim
da Constituição
gostaria que, de alguma maneira, a mais adequada, fosse compreensível
para todos nós como se processava o desembarque/embarque de
passageiros e mercadorias pelo Cais
Velho,
Porta
do Cais,
primeira Alfândega
porque é muito importante para todos nós, mas principalmente para
os estudantes.
Dentro
da mesma linha de pensamento, gostaria que a atual Praça Gil Eanes
recordasse a antiga Praça
Ribeira das Naus
com a Fonte
das
Oito
Bicas,
a Porta
de S. Roque
e a Gárgula
de Aguada das embarcações.
Com vontade, podemos tornar a nossa cidade numa das Cidades
Europeias ligadas ao Comércio das Especiarias
como há as Cidades
Europeias Medievais.
São aquelas: Génova, Veneza, Sevilha, Lagos, Lisboa, Antuérpia,
Amsterdão.
Relativamente
a uma nova estátua para estas comemorações, acho mais adequado
colocá-la na zona nova da cidade numa avenida/ praceta, largo (...)
do Infante D. Henrique que não vai em nada prejudicar a Praça
Infante D. Henrique que já existe. Não esquecer a importância do
caminho
de Lagos a Sagres
e a povoação Raposeira
que também merece estátua.
Também
gostaria que se criasse a Rota
do Infante D. Henrique e os Descobrimentos.
Esta rota começa no Porto
onde ele nasceu e saiu a primeira expedição para Ceuta; passa para
Lisboa
onde viveu a sua infância/adolescência (...); depois passa para a
Inglaterra
onde passava férias com os seus familiares; depois passa para Lagos
– Sagres – Raposeira;
depois passa para Ceuta;
depois passa para o descobrimento das ilhas
do Atlântico;
depois passa para a costa
ocidental
africana,
a costa
oriental africana
e a seguir o caminho
marítimo para a Índia
e a própria Índia.
Este
foi o grandioso projecto do Infante D. Henrique que se concretizou
para além da sua vida terrena, mas a Pessoa Celeste Infante D.
Henrique é imortal e a concretização de tudo o que ele projectou
também.
Assim
também se podem comemorar os 550 anos sobre a morte do Infante D.
Henrique.❐
BIBLIOGRAFIA
PAULA,
Rui M.; Lagos
– evolução urbana e património;
edição de Câmara Municipal de Lagos; Lagos, Outubro de 1992.
Lagos,
17 de Agosto de 2010
sobre
Social-Democracia
e Socialismo Democrático
Há
já vários anos que há uma tentativa interna e externa PSD para,
mantendo a designação, retirar-lhe todo o conteúdo
social-democrata e dar-lhe conteúdo "popular",
conservador. Ficaria Portugal com dois partidos à direita do Partido
Socialista com a mesma linha programática. Desta maneira, acabariam
com a Social-Democracia em Portugal e os sociais-democratas ficariam
párias ou integrar-se-iam no Partido Socialista que passaria a
praticamente hegemónico, vencedor de quaisquer eleições em
Portugal perpetuamente e em democracia. Seria democracia?
Contudo
Social-Democracia
e Socialismo
Democrático
são
realidades bem diferentes. A República da Rússia está a ensaiar o
modelo Socialista Democrático e ao mesmo tempo a transmiti-lo aos
Partidos Socialistas do mundo.
A
Social-Democracia
baseia-se
bastante na sociedade civil e em impostos indirectos abaixo dos 30%
sobre a matéria colectável, dando todo o apoio à sociedade civil
para se organizar e ter suportes por sector empresarial/ profissional
... de apoio aos seus associados ao longo das suas vidas e a vários
níveis. Seria bom que os portugueses começassem mesmo a registar e
guardar os valores de todos os impostos que pagam dia-a-dia, mais os
impostos indirectos: IRS/IRC/ ... No final do ano, somam o total dos
impostos pagos, multiplicam por 100 e dividem pelas receitas que
tiveram e assim acham a percentagem de imposto pago ao Estado e vão
ficar estupefactos.
Na
Social-Democracia, o Estado cobre todos os outros habitantes não
inseridos e com baixos recursos que não alcançam os mínimos
desejáveis a qualquer ser humano. As receitas do Estado, para além
dos impostos,
resultam das transgressões
puníveis,
de acções
de empresas lucrativas/de carácter estratégico que distribuem
dividendos todos os anos e atua nessas empresas como qualquer
accionista, defendendo os interesses do país e da empresa como
qualquer accionista, ...
O
que diferencia a social-democracia de um Estado Conservador?
Exatamente
a forma como a
Social-Democracia
adquire
as receitas
para cobrir as suas despesas; a maneira como gasta
o erário público e as regalias
sociais
que concede aos seus habitantes; a supervisão
que exerce sobre a economia dos privados para que cada um contribua
de acordo com as suas possibilidades reais económicas de forma
solidária para com os mais desfavorecidos da sociedade; um quociente
de 6 - 10 entre o rendimento dos 20% mais pobres e 20% mais ricos,
... O
Estado
Conservador
procura
criar a sociedade
dualista
com o quociente anterior muito elevado e cada qual por si o que é
totalmente oposto aos princípios cristãos.
Por
outro lado, o
Socialismo
Democrático
vai
buscar as suas receitas principalmente pela nacionalização
das empresas
de maior rendimento/de carácter estratégico para, através deste
rendimento fazer face às despesas sociais. Qual o problema deste
sistema na minha perspectiva? Exatamente a inércia dos trabalhadores
destas empresas, a dificuldade em inovar, a falta de motivação, ...
tudo o que já é histórico de problemas de gestão e de organização
ligados a estas empresas pela falta de incentivo devido ao salário
estar sem constrangimentos e garantido ao fim do mês e aos
compadrios. Também o peso demasiado excessivo da Despesa Pública em
matéria social.
(...)
❐
Lagos,
12 de Agosto de 2010
Sobre
O
Brazão da Vila de Lagos
"A
cidade de Lagos tem Brazão
de Armas
dado por el-rei D.
Manuel I
em 1504, quando Lagos era vila. Este Brazão consiste em dois
castelos pegados um ao outro, divididos por baixo com um arco em
porta. Sobre esta porta está outro castelo como servindo de remate
aos dois primeiros. Por baixo dos castelos vêem-se ondas e mar
levantado e de cada lado uma lança levantada (MARTINS; 1990).
Puseram este Brazão no frontespício da igreja/ermida
de Nossa Senhora da Graça,
junto da Porta da Vila, devendo concluir-se por ser este edifício
público o mais antigo daquele tempo e talvez seja o Brazão a que se
refere o Tomo VI da igreja
de Santa Maria
Tít. 21 que diz ser um escudo coroado. Contudo não há vestígios
deste Brazão e dos dois castelos.
Sendo
Lagos, Vila Notável feita por D. João I em 1402 parece que este lhe
devia dar Brazão de Armas." (MARTINS;
1992; p. 106) ❐
comentário
O
Brazão
de Armas
concedido por el-rei D. Manuel I em 1504, juntamente com o Foral
à Vila de Lagos, acredito que representa o seguinte:
dois
castelos
– a dualidade desta vila entre a vila murada, nobre e com funções
defensivas com a igreja de Nossa Senhora da Graça junto à Porta da
Vila e o núcleo extramuros, de produção ao redor da ermida de
Nossa Senhora da Conceição. Na altura, já a ermida de Nossa
Senhora da Conceição tinha sido substituída pela igreja de S.
Sebastião e já havia sido criada a segunda paróquia.Tudo isto até
ao século xv.
Outro
castelo servindo de remate aos dois primeiros
– Século XV. A única paróquia da vila na fase henriquina, a
igreja de Santa Maria da Graça na rua Nossa Senhora da Graça, com a
qual o Infante D. Henrique pretendeu unificar a vila a acabar com as
inimizades entre os dois núcleos. Este símbolo no Brazão talvez
fosse uma chamada de atenção de D. Manuel I para acabarem com esta
dualidade em Lagos e tudo retomar a uma única paróquia.
Sobre
arco em forma de porta
– simboliza a igreja de Santa Maria da Graça/ a vila de Lagos com
porta virada para o mar. Não dois blocos, frente a frente, inimigos;
mas agora toda a vila de Lagos virada para o mar, dele recebendo e
dele enviando; enfim vivendo com ele.
De
cada lado uma lança levantada
– simboliza a
defesa de toda a vila
que vai ser murada por D. Manuel I mais tarde, em 1520 e não apenas
a defesa da vila murada que existia antes.
Os
decisores de Lagos pegaram neste Brazão
de Armas
e colocaram-no no frontespício da igreja/ermida
de Nossa Senhora da Graça,
nesta altura sem culto porque eles queriam a situação de dualidade
e não gostaram do significado do Brazão, pois para eles aquela
igreja era a verdadeira igreja da vila, apesar de abandonada.
Acredito
que D. João I deu o título de Vila
Notável
a Lagos, mas não lhe deu Brazão porque o seu reinado foi pleno de
muitas preocupações e ocupações e o início de uma nova dinastia.
D. João I não se lembraria de Brazão para nenhuma vila. Acho que
não achava isso tão importante. Agora o título de Vila Notável
com assento no Terceiro
Banco
das Cortes
de Évora;
isso sim era importante para Lagos, mas também para D. João I ter
partidários fiéis nas Cortes a defender as suas posições.
Esta
é a minha tese.❐
BIBLIOGRAFIA
MARTINS
José António de Jesus; A
Freguesia de Santa Maria (do Concelho de Lagos) – Estudo Histórico
(Monográfico);
1.a
edição; Lagos; edição da Junta
de Freguesia de Santa Maria de Lagos;
Setembro de 1992; pp. 168.
Lagos,
09 de Agosto de 2010
Sobre
Lagos
– Vila Notável
A
08 de Fevereiro de 1402, o rei D.
João I
concede o título de Notável
à Vila de Lagos.
Porquê?
Primeiro,
este facto estava em documento dos arquivos da Câmara Municipal de
Lagos, segundo afirmam os Priores da paróquia de Santa Maria de
Lagos de finais do século XIX e outro de princípios do século XX.
Contudo, este documento foi destruído num dos incêndios que
flagelaram esta Câmara e já não há mais prova escrita, mas
acredito que ambos eram pessoas idóneas e podemos confiar na sua
palavra.
Segundo,
acho muito viável que D. João I tenha dado título de Notável à
Vila de Lagos porque acredito que tanto o alcaide como a população
terão tomado o partido de D. João (I) desde o primeiro momento
pelos mesmos motivos de muitas outras vilas e possivelmente
destacou-se nas suas posições. Assim que as coisas acalmaram no
reino, D. João I premiou-a com esse título e não a esqueceu.
Esta
é a minha tese.❐
BIBLIOGRAFIA
MARTINS
José António de Jesus; A
Freguesia de Santa Maria (do Concelho de Lagos) – Estudo Histórico
(Monográfico);
1.a
edição; Lagos; edição da Junta
de Freguesia de Santa Maria de Lagos;
Setembro de 1992; pp.97-98, 102.
Lagos,
24 de Julho de 2010
sobre
A
Data de 1378 na igreja de Santa Maria da Graça
Sabemos
que a igreja
de Nossa Senhora da Graça
existiu junto à Porta da Vila nas primitivas muralhas da
Lacóbriga/Lagos e que terá existido desde os primórdios deste
povoamento, certamente com designações diferentes.
Na
era cristã, já igreja de Nossa Senhora da Graça refundada por
milaneses pescadores, ela foi a única paróquia desta localidade até
Agosto de 1415 quando a igreja
de Santa Maria da Graça
situada na rua Nossa Senhora da Graça foi inaugurada e recebeu todo
o acervo do Cartório Paroquial da igreja de Nossa Senhora da Graça,
junto da Porta da Vila, passando a ser a nova e única paróquia de
Lagos.
Quando
foi que a igreja de Nossa Senhora da Graça, junto da Porta da Vila,
se tornou igreja matriz?
Acontece
que igreja é todo o corpo de fiéis e o edifício a que chamamos
igreja para simplificar, é a Casa
da Igreja;
neste caso Igreja – Corpo Místico de Jesus Cristo. Então esta
igreja tornou-se matriz quando amadrinhou outra igreja; neste caso, a
igreja de Nossa Senhora da Graça amadrinhou duas igrejas ao mesmo
tempo e ela finou-se, prolongando a sua vida nas duas novas igrejas a
que se deu:
- a igreja de Nossa Senhora da Graça na Fortaleza de Sagres que, por sua vez já é matriz porque fundou uma nova igreja – a igreja paroquial Nossa Senhora da Graça na vila de Sagres;
- a igreja de Santa Maria da Graça, paroquial por herança da igreja matriz, aquela situada na rua de Nossa Senhora da Graça que por sua vez passou a ser matriz da igreja de Santa Maria quando deu novo carácter à igreja da Misericórdia, passando para lá o seu acervo do Cartório Paroquial, tornando-a assim paróquia e dando-lhe um novo nome – igreja de Santa Maria.
Uma
igreja matriz, para além de fundar uma nova igreja, tem de passar à
nova igreja que funda algo importante, fundamental, de seu. Assim eu
acredito que, para além de todo o acervo do Cartório Paroquial e
além de outros bens, a igreja de Santa Maria da Graça recebeu esses
“letreiros
que apareceram nalgumas pedras da nave do meio da igreja de Santa
Maria da Graça com a data 1378, governando D. Fernando e sendo Bispo
de Silves, D. Martinho.”
(PAULA,
1992, p.356). Acredito que 1378
– deve ser a data de qualquer evento muito importante que aconteceu
na igreja de Nossa Senhora da Graça, junto da Porta da Vila.
Esta
é a minha tese.❐
BIBLIOGRAFIA
MARTINS
José António de Jesus; A
Freguesia de Santa Maria (do Concelho de Lagos) – Estudo Histórico
(Monográfico);
1.a
edição; Lagos; edição da Junta
de Freguesia de Santa Maria de Lagos;
Setembro de 1992; pp.24-27.
PAULA,
Rui M.; Lagos
– evolução urbana e património;
edição de Câmara Municipal de Lagos; Lagos, Outubro de 1992.
Lagos,
16 de Julho de 2010
Sobre
A Coligação
Ontem
uma das grandes novidades no programa Parlamento
em directo da RTP2 sobre o Estado
da Nação
foi a proposta do Dr. Paulo Portas para uma coligação PS + PSD +
CDS-PP.
Diz
a Ciência Política que, em democracia, o partido que está no
Governo poderá
ganhar eleições
- se mantiver satisfeita uma maioria da população;
- se usar a ”lei da rolha”, mantendo na esperança de melhores dias e na expectativa pessoal de melhoria de condições de vida os escolhidos;
- se anular a oposição, provocando a inexistência de alternativa credível ao Governo desgastado ou o surgimento de uma coligação.
Ora
bem, o PSD está a tornar-se uma alternativa credível ao partido no
Governo – PS. Então que acontece?
Surgem
os veteranos PS – Dr. João Cravinho e Dr. Mário Soares - a dar o
alerta da necessidade de um Governo Central para se conseguir
ultrapassar a crise e agora surge o Dr. Paulo Portas com esta
proposta de coligação.
Se
o Partido Social-Democrata aceitar uma coligação e o Dr. Pedro
Passos Coelho tem sido muito tentado nessa direcção, o PSD deixa de
ser alternativa de Governo porque entra para o mesmo barco e assume
as mesmas culpas e não vale a pena dizer aos portugueses que o PSD
queria diferente, faria diferente. Os portugueses já estão
politicamente mais adultos. Por outro lado, a direita deixa de ser
oposição, se entrar numa coligação com o PS.
Deixa
de haver oposição, se houver uma coligação PS + PSD + CDS-PP?
Claro
que não. Passa a haver apenas
uma oposição, a dos partidos à esquerda do PS.
Será a única oposição a esta coligação e poderá apresentar-se
como alternativa
credível à coligação,
recebendo o voto
útil
dos portugueses que tem uma percentagem bem interessante em Portugal
e passarem a ser governo. Então o PS ainda se vangloriará de ter
sido com a sua ajuda que a esquerda à esquerda do PS chegou ao
Governo - “dois
coelhos de uma só cajadada”
como diz o povo.❐
Lagos,
15 de Julho de 2010
Sobre
O
risco de pobreza em Portugal
Hoje
Portugal assistiu em directo no programa Parlamento
da RTP2 ao Estado
da Nação.
Nele o primeiro-ministro, engenheiro José Sócrates, afirmou que
“segundo
o relatório do Instituto Nacional de Estatística divulgado hoje
mesmo, diminuiu o risco de pobreza em Portugal relativamente ao mesmo
período do ano anterior”.
Acontece
que estes dados estão falseados logo à partida, não pelo INE que
se limita a trabalhar os dados que lhe chegam, mas pela recolha de
dados para fins estatísticos. Demonstram-no todas as instituições
de solidariedade social que existem no país e que vêem aumentar de
dia para dia o número daqueles que a elas se dirigem a pedir auxílio
de diversa ordem. Se esses forem questionados, nenhum deles está
registado em nenhum dos departamentos que fornecem dados ao INE.
Muitos outros há que não se dirigem a estas instituições porque
de algum modo têm alguém que os auxilia, mas também não estão
registados nos departamentos que fornecem dados ao INE. Quem são?
- São desempregados com mais de trinta/trinta e cinco anos que as empresas se recusam a empregar e que ainda não atingiram os sessenta e cinco anos para se candidatarem à reforma e a quem os Centros de Emprego fazem má-cara para eles deixarem de lá aparecer, pois estes informam-nos que os Centros não criam empregos e eles deixam de aparecer;
- são ex-empresários com dívidas e sem receitas ou qualquer tipo de auxílio estatal que não estão registados em nenhum dos departamentos que fornecem dados ao INE porque não há apoio para eles;
- são emigrantes portugueses de todas as idades e qualificações que tentam encontrar no estrangeiro a oportunidade que não têm no seu país e que não estão registados em nenhum dos departamentos que fornecem dados ao INE.
O
risco de pobreza continua a aumentar em Portugal, sim!❐
Lagos,
14 de Julho de 2010
Sobre
As
qualificações dos portugueses
Hoje,
na Rádio SIM, às 10:58h, no programa Café
Central
do Sr. José la Féria, uma ouvinte que entrou no ar, informou que
tem um filho doutorado
em Lisboa e que trabalha no Porto como Grafic Designer a recibos
verdes, ganhando 700€ mensais e vive em Barcelos. Paga de portagens
200€ mensais e vive com os pais, claro. O seu salário não dá
para devaneios de ter a sua casa e a sua família nuclear. Ela
pergunta ao auditório: Como é que a juventude dos nossos dias pode
ter filhos? Constituir família?
Este
caso não é a excepção. É a regra.
Já
escrevi sobre este assunto há algum tempo.❐
Lagos,
03 de Julho de 2010
Sobre
Factos
que ficam na história
As
Viagens
na Minha Terra
de Almeida Garrett fizeram-me estudar novamente as Invasões
Francesas de 1807-1811 e verifiquei que, desde o início, o Algarve
foi ocupado por regimentos franceses e isso levou-me a outra ordem de
pensamentos: exatamente à Praia de S. Roque e a uma espécie de
bivalves que lá se apanham na altura das marés grandes. Aquele cujo
nome varia de lugar para lugar onde é apanhado; em Lisboa são
cadelinhas e cá no barlavento são conquilhas ou condelipas.
Se
nos quisermos debruçar sobre o assunto, acho que, com estes bivalves
aconteceu o mesmo que com muitas outras coisas que temos: foram os de
fora que nos ensinaram a reconhecer e a aprender a gostar daquilo que
temos e não damos a nossa menor atenção até que um dia chega
alguém de fora e nos mostra como é bom.
Se
tomarmos atenção à palavra
conquilha,
ela
é uma adaptação da palavra francesa
conquille
e
certamente não é pela erudição da população do barlavento, mas
sim porque os soldados franceses já conheciam este género de
alimento e ensinaram aos nativos a cozinhá-los para eles e claro que
quem cozinha, prova e gostaram e adoptaram o nome para conquilha e o
alimento.
No
entanto, reza a lenda que não foi só a soldadesca que gostou das
conquilhas. Diz-se que havia um general ou um comandante francês de
Napoleão Bonaparte cujo passatempo favorito era apanhar conquilhas
na Praia de S. Roque (até Alvor): era o conde de Lippe. Certamente
algum português perguntou aos seus soldados franceses, em português,
apontando para o conde:
-
Ele, que faz?
E
o soldado francês, que não tinha estudado português, teria
respondido:
-
Conde
de Lippe.
(pensando
que lhe estariam a perguntar quem ele era)
O
português, de certeza, que foi ter com ele porque somos muito
curiosos e disse-lhe:
-
Condelipa?
√
Sim.
O
comandante teria no pensamento a sua pessoa e o lacobrigense aquilo
que ele estava a apanhar.
Imediatamente
se pôs a imitar o general e este ria-se do jeito do português e o
português ria-se de ver o conde de Lippe a rir-se e ia enchendo os
bolsos de condelipas.
Quando
ia chegando a casa, sai-lhe a sua mulher a caminho e pergunta-lhe:
→
Que
andaste tu a fazer que trazes os bolsos e as calças todos molhados?
(meio a rir, meio séria).
Ele
diz-lhe, muito atrapalhado:
-
São condelipas.
→
E
isso serve para comer?
-
O comandante diz que sim.
→
Ponho
isto a cozer numa panela com água e depois logo se vê.
Assim
passou a existir mais uma palavra nova na nossa língua –
condelipa
para designar aquela espécie de bivalves.❐
Lagos,
25 de Junho de 2010
Sobre
As
Faltas de Respeito ao Infante D. Henrique e à sua Cidade
Passo
regularmente pela Praça do Infante D. Henrique e deparo com a sua
estátua num estado calamitoso de sujidade e fico horrorizada. Este é
o ano em que se comemoram os 550 anos sobre a morte do Infante D.
Henrique e nunca vi a estátua tão suja. Se não houver a atenção
adequada aos lacobrigenses que não gostam de ver a estátua
daquele que colocou Lagos na história de Portugal, europeia e
universal em tal estado de desprezo e abandono; pelo menos pelos
forasteiros que neste ano andam à procura dos locais, monumentos
e paisagens que os enriqueçam sobre os Descobrimentos e são muitos
os grupos que se dirigem à estátua do Infante.
Houve
alguém que teve a infeliz ideia de destruir um espaço de lazer e
diversão para crianças que por ali se divertiam a andar de
bicicleta, a brincar e jogar uns com os outros e os adultos a se
encontrarem, conversarem, filmar e fotografar-se por ali. Colocar
lá os bancos foi boa ideia;
agora colocar lá aquele tanque foi muito má ideia e de muito mau
gosto porque não se interrompe assim um espaço de lazer para
usufruto dos que por lá passam e representa um perigo para as
crianças e idosos que brincando/conversando caem no tanque e rouba
espaço, muito espaço que faz falta a esta cidade. Retirar o mosaico
de pedra representando as ondas porque ali, no paredão existente,
batia o mar antes da construção da avenida; era um trabalho da
calcetaria portuguesa que mais nenhum povo o faz e que tão bem se
enquadrava naquele local, foi uma ideia muito infeliz; ainda por cima
num ano de comemorações henriquinas.
A
saída mais airosa que encontro para tão horrível decisão, é
repor tudo exatamente como estava relativamente ao mosaico de ondas
da calcetaria portuguesa e quanto mais cedo melhor. Também a estátua
do Infante D. Henrique deve passar a estar limpa e ser limpa com mais
frequência.
Tudo
isto é uma vergonha para todos os lacobrigenses e principalmente
para os serviços camarários.
Relativamente
ao espaço de lazer que foi criado em frente da Messe Militar e da
igreja de Santa Maria, gostaria que lá fosse colocado um coreto
tradicional (em tempos já lá esteve um) onde pode tocar
a Banda Filarmónica, cantarem/tocarem bandas, grupos ou indivíduos
ou aparelhagem de som para animar todos os que se encontrarem na
Praça do Infante e arredores. É um ótimo local de convívio para
todas as idades que tem sido muito esquecido.
Lagos,
23 de Junho de 2010
Sobre
Os
Próximos Concertos de Andrea BOCELLI
Na
lista de concertos a nível mundial que Andrea Bocelli tem,
destaca-se o concerto no Teatro
del Silenzio
em Lajatico, apenas por ser na sua terra natal porque ele prima pela
qualidade excelente em todos os seus concertos por todo o mundo.
Daqui a
um mês ocorrerá em Lajatico – Toscânia – Itália dois
concertos excepcionais:
23
de Julho 2010 – Concerto
Sinfónico
com participação poética de Andrea Bocelli;
24 de
Julho – ensaios públicos do concerto do dia seguinte;
25
de Julho – concerto
anual de Lajatico
de Andrea BOCELLI, das 6pm às 7pm.
O
próprio Andrea Bocelli fala dos programas dos concertos nos vídeos
da Home Page da Andrea
Bocelli Fans Community,
à direita http://www.andreabocelli.com/.
Quem quiser consultar o website e mapa, basta clicar
http://www.fourone.it/
O lugar é
fantástico, o Teatro del Silenzio é maravilhoso e os concertos de
Andrea Bocelli são excepcionais. Quem participa, volta sempre.
Não posso deixar de mencionar a
participação de Andrea Bocelli na festa de encerramento do
Campeonato Mundial de Futebol – FIFA World Cup - em Joanesburgo –
África do Sul, no dia 09 de Julho. ❐
Lagos,
11 de Junho de 2010
Sobre
“Eccellenze
Nascoste”
Apesar
de este programa estar praticamente concluído, não vou deixar de
vo-lo dar a conhecer para as próximas edições do mesmo nos
próximos anos pela excelência do mesmo.
“Eccellenze
Nascoste”
«Party today called the program of
events shows Excellencies HiddenFrom an idea of Andrea
Bocelli. A research laboratory dedicated to the music and the
arts with four concerts of different genres and the screening of a
docu-film dedicated to Pope John Paul II.
The event runs from 7 May to 11 June 2010 on our beautiful country - Italy, I remember the few that still do not know, birthplace of the great Italian tenor.
People of great charisma and professionalism, hidden from the media, but excellent in their kind.
It starts Friday, May 7 with a concert of "Div4s"the quartet of sopranos accompanied on the piano by Maestro Carlo Bernini, the artistic director of the event and responsible music of Andrea Bocelli and violinist Enrico Bernini, with a repertoire drawn from the more classic tunes and lyrics.
The May 14 is the turn of the duo Voice & PianoAurora Parcels (vocals) and Antonella Gualandri (plan) that offer the best Italian songs from the 30s through the 60s a modern interpretation.
Following Friday, May 21 Jazz concert Gina Giani and Doctor Jazz Quartet.
Closes the musical events May 28 Marco Macchiarini Night Band and The Sugar with a series of covers of his friend Sugar and other songs ranging from rhythm & blues to funk.
The event runs from 7 May to 11 June 2010 on our beautiful country - Italy, I remember the few that still do not know, birthplace of the great Italian tenor.
People of great charisma and professionalism, hidden from the media, but excellent in their kind.
It starts Friday, May 7 with a concert of "Div4s"the quartet of sopranos accompanied on the piano by Maestro Carlo Bernini, the artistic director of the event and responsible music of Andrea Bocelli and violinist Enrico Bernini, with a repertoire drawn from the more classic tunes and lyrics.
The May 14 is the turn of the duo Voice & PianoAurora Parcels (vocals) and Antonella Gualandri (plan) that offer the best Italian songs from the 30s through the 60s a modern interpretation.
Following Friday, May 21 Jazz concert Gina Giani and Doctor Jazz Quartet.
Closes the musical events May 28 Marco Macchiarini Night Band and The Sugar with a series of covers of his friend Sugar and other songs ranging from rhythm & blues to funk.
All concerts begin at 21:00 and will be held in the Teatro Comunale
Lajatico, while on June 11 will be screened in Piazza
Vittorio Veneto "I", the docu-film on the life of John
Paul II, Alberto Michelini, with music taken from Sacred Arias
performed by Andrea Bocelli.
The initiative is sponsored by: City of Lajatico, Banca Popolare di Lajatico, Theater of Silence, Almud, Four One.
Admission: € 20 for the concerts in the theater, 10 € for the film in place, 60 € for the complete package of four concerts.
Here is the complete program:
. Friday, May 7 21:00 ORE Div4s Sopranos in concert
Repertoire drawn from the more classical and opera arias, accompanied
. Friday, May 14 21:00 ORE Voice & Piano A trip back in time
Taken from traditional Italian repertoire from the '30s to the '60s, through rinterpretazione a modern twist.
. Friday, May 21 AT 21:00 Gina Giani and Doctor Jazz Quartet Jazz Concert
. Friday, May 28 AT 21:00 Marco Macchiarini and The Sugar Band nigh
From Sugar to the Rhythm and Blues
The initiative is sponsored by: City of Lajatico, Banca Popolare di Lajatico, Theater of Silence, Almud, Four One.
Admission: € 20 for the concerts in the theater, 10 € for the film in place, 60 € for the complete package of four concerts.
Here is the complete program:
. Friday, May 7 21:00 ORE Div4s Sopranos in concert
Repertoire drawn from the more classical and opera arias, accompanied
. Friday, May 14 21:00 ORE Voice & Piano A trip back in time
Taken from traditional Italian repertoire from the '30s to the '60s, through rinterpretazione a modern twist.
. Friday, May 21 AT 21:00 Gina Giani and Doctor Jazz Quartet Jazz Concert
. Friday, May 28 AT 21:00 Marco Macchiarini and The Sugar Band nigh
From Sugar to the Rhythm and Blues
.
Friday, June
11 21.00 - Piazza
Vittorio Veneto
Creed
Screening of the docu-film of Alberto Michelini about the extraordinary life
Pope John Paul II.»
Screening of the docu-film of Alberto Michelini about the extraordinary life
Pope John Paul II.»
Lagos,
25 de Maio de 2010
Sobre
World
Music Awards 2010
No
passado dia 18 deste mês de Maio, aconteceu em Montecarlo a entrega
de troféus do World
Music Awards 2010.
É um acontecimento dos mais importantes no mundo da música.
Acontece que o tenor Andrea
BOCELLI,
cujo reportório abrange vários géneros musicais foi um dos
laureados com o troféu
de carreira.
É mais um troféu muito importante que acrescenta ao número de
troféus que tem vindo a ganhar ao longo da sua carreira. Entre
outros, gosto de salientar o de Patrono
dos Artistas
que ganhou há poucos anos. É um tenor excepcional. Tanto no YOUtube
como no seu portal http://www.andreabocelli.com/
quem o quiser, pode vê-lo e escutá-lo. Está de parabéns, André
BOCELLI!❐
Lagos,
31 de Março de 2010
Sobre
A
situação actual em Portugal
Na
minha opinião, o cancro da sociedade portuguesa passa pelas suas
características terceiro-mundistas, isto é, vários gestores de
empresas públicas ou semipúblicas, funcionários públicos a
receberem salários nominais mensais superiores a 100 000€, 300
000€, 400 000€ aos quais são acrescentados prémios de gestão e
várias regalias em empresas cujas receitas estão muito aquém das
suas despesas correntes, mas que recebem enormes financiamentos dos
cofres do Estado cuja dívida pública já é 100% do PIB ou muito
próximo disso. Claro que estes cargos estão ocupados pelos
escolhidos das forças instaladas no poder para quem a crise não
existe nem nunca existiu e os que já estão na Reforma recebem
pensões correspondentes a tais salários que esgotam o Fundo de
Pensões da Segurança Social não deixando nada para a grande
maioria dos reformados de pensões de miséria.
Pois
este país – Portugal – tem um número muito superior a este de
não-escolhidos,
entre os quais estão pensionistas da Pensão Social Mínima que
mensalmente recebem pensões inferiores a 200€; pensionistas da
Pensão Mínima Agrícola que mensalmente recebem pensões inferiores
a 300€ e pensionistas da Pensão Mínima que recebem pensões
inferiores a 500€ mensais. Dizem as estatísticas que atualmente os
jovens portugueses vivem com os pais, em média, até aos trinta anos
de idade, pois e há licenciados e mestres que só encontram trabalho
indiferenciado com salários nominais inferiores a 500€ que muitos
já aceitam exactamente porque estão a viver com os pais porque este
salário não lhes paga sequer as despesas extras que fazem por estar
a exercer estes empregos: calçado, roupa, alimentação, transporte
...; trabalham para o currículo, para a reforma ...; mas que
currículo e que reforma?
Se
eles quiserem alugar um quarto num apartamento, vão ter de pagar
valores à volta dos 600€ e se quiserem alugar um T-zero, terão de
pagar à volta de 700€; mas se eles recebem pouco mais de 400€ e
as outras despesas com água, gás e electricidade, por exemplo, como
as pagam?
Depois
a propaganda vigente vem para a praça pública afirmar que há
vários milhares de ofertas de emprego disponíveis nos Centros de
Emprego e Centros Comerciais e ninguém os aceita. Temos um país de
preguiçosos, malandros, contrabandistas, ... (subentende-se). Pois
é!
Há
dias, um estudante do secundário da grande área de Lisboa afirmava,
no programa «Você na TV» perante esta questão, que isto se deve
ao grande
desajustamento entre o que pretende quem oferece e o que pretende
quem procura.
Pois é!
Mas
também há em Portugal muitos desempregados com apenas o ensino
unificado ou secundário e muitos desempregados com mais de 35 anos;
porém a questão é idêntica: o salário de maneira nenhuma
consegue pagar as despesas básicas do indivíduo!
E
as jovens famílias?
Afirmam
que os portugueses estão cada vez mais egoístas, já não sabem
fazer crianças, precisam dos estrangeiros ... Pois é!
(...)
É
importante uma economia de exportação, mas ... e isto Senhor
Primeiro-Ministro?❐
Lagos,
11 de Março de 2010
Novo
portal do Andrea Bocelli
Andrea
Bocelli
– cantor, tenor – já há algum tempo deu um new
look
ao seu portal http://www.andreabocelli.com/
e
tem muitas novidades para todos os seus admiradores(as) e fãs. Nunca
esquecer de passar pelo clube
de fãs
que também está fantástico.❐
Lagos,
17 de Fevereiro de 2010
Sobre
Soluções
para a crise
Mais
uma vez venho salientar que a saída da crise não passa pela
extorsão que está a ser feita às populações activas a trabalhar
e às empresas. Quanto maior for o imposto sobre o rendimento da
população activa e maior for o imposto sobre as empresas, maior
será o desemprego e maior será o número de empresas a fechar e,
portanto mais desemprego ainda e maior desmotivação para as
empresas que subsistirem e para os seus empregados e maior engenho
haverá na fuga ao fisco, principalmente da parte das clientelas do
poder dominante por se sentirem protegidas.
Desta
maneira, não aumenta a receita fiscal. Os cofres do Estado não
receberão o que poderiam receber.
A
saída da crise passa sempre por muitas medidas convergentes para o
mesmo: aumento
da população trabalhadora.
Temos
levado os últimos anos a ensinar a população a poupar e não se
endividar, mas o Governo endivida-se e endivida-se porque não será
ele a pagar e, ao mesmo tempo, vai enchendo os bolsos à sua
clientela que tem vindo a prestar serviços ao Estado que se
endivida, endivida ...
O
país está praticamente no fundo:
- não utiliza os fundos comunitários que lhe são destinados porque não tem como pagar a parte que lhe cabe nesses fundos nem que seja 10%, 20%, 30% dos valores atribuídos a Portugal. Depois é a “pescadinha de rabo na boca”: Como Portugal não utiliza os fundos disponibilizados por Bruxelas, cada vez lhe serão atribuídos menos fundos, menos quotas, ...
- os portugueses e as empresas portuguesas estão descapitalizados porque há bastante tempo que se habituaram a viver do crédito. Usavam o crédito para tudo. Agora bateram no fundo: Estado, empresas, particulares. A saída é o investimento directo estrangeiro e o que for possível de investimento privado português e investimento público;
- não tem tecido empresarial porque 99,9% deste são PME, atualmente. A grande maioria das empresas tem fechado, falido;
- o desemprego está a atingir valores reais alarmantes para qualquer país, também por se camuflar os desempregados com mais de 35 anos e menos de 65 anos que não entram nas estatísticas e não têm qualquer apoio estatal. Quem não ganha, não gasta e a economia paralisa porque já são um número bastante elevado;
- a fuga para o estrangeiro da grande maioria da juventude portuguesa de qualificações superiores que vai para ficar e não envia divisas para o seu país como os governantes têm andado habituados a contar com isso; completamente desmotivada e zangada pelos incompetentes que dominam este país e fazem asneiras atrás de asneiras na sua ignorância para as funções que desempenham e usam a “lei da rolha” para se manterem no poder;
- (...)
Para
aumentar a população trabalhadora, é necessário:
- diminuir a carga fiscal sobre os contribuintes: indivíduos e empresas de modo a tornar aliciante e compensador trabalhar legalmente neste país – micro, pequenas, médias, grandes empresas;
- atribuir as mesmas vantagens para criar empresas em Portugal tanto a estrangeiros como a portugueses. Os portugueses também necessitam de ser aliciados a investir em Portugal que cada vez é menos o seu país;
- supervisão de Bruxelas e delegados de Bruxelas a fazer e mostrar como se faz por mandatos nos vários níveis do sector público;
- baixar os salários inflacionados dos quadros superiores e aumentar os salários mínimos. Ouço muito falar dos sacrifícios aceites pelos irlandeses para superar a crise, mas não ouço falar do salário mínimo dos irlandeses que é superior a 1000€ e dos salários dos quadros superiores irlandeses que são inferiores aos seus congéneres em Portugal;
- implementar políticas que apoiem o empreendedorismo e a inovação caso a caso, no concreto;
- deixar a democracia respirar e viver;
- (...)
e
deixar acontecer;
porque
é diminuindo a carga fiscal que aumenta a receita fiscal.❐
Lagos,
06 de Fevereiro de 2010
Sobre
Governo de
Maioria Relativa do Partido Socialista
Um
partido democrático sabe principalmente governar em maioria
relativa, segundo as regras da democracia. Um governo que só sabe
governar em maioria absoluta é a face de um partido que conhece
muito mal as regras da democracia; é um partido doente numa
democracia porque não sabe orientar-se nestas regras que são de
diálogo e de procura do bom-senso e de saber umas vezes ganhar e
outras ceder.
Muitas
vezes se ouve os membros do governo e do partido socialista português
no parlamento afirmarem que o partido socialista teve a maioria dos
votos e por isso deixem-no governar. Isto demonstra uma grande
ausência de valores democráticos no seu seio.
Um
partido democrático, com os valores da democracia, sabe que o
parlamento é o órgão máximo da democracia porque é lá que estão
os representantes eleitos e escolhidos pela população que detém o
poder. Numa democracia, todos os órgãos
do poder
da ditadura passam a órgãos
de serviço
para a população em democracia porque todos os elementos destes
órgãos são pagos pela população através dos impostos que esta
paga, directa e indirectamente.
Numa
democracia,
o
governo está sempre sob a vigilância do parlamento
porque este é o elemento máximo da democracia, o guardião dos
valores democráticos do país e da população, defendendo os
interesses desta; para isso foram eleitos e estão a ser pagos por
ela e também o
governo está sob a vigilância do presidente da república.
Porquê? Porque o governo facilmente passa do serviço ao país a que
se comprometeu em acto eleitoral para se esquecer da população que
votou ou não nele e governar-se
a si próprio,
transformando serviço em poder e usando e abusando deste,
estabelecendo na prática uma ditadura no seio de uma democracia,
arruinando esta e enfraquecendo-a cada vez mais. Não me lembro de
nenhum
ditador que tenha aceitado afirmar que o seu país vivia numa
ditadura.
Sempre os ouvi afirmar que lá se vivia em democracia. Até Mugabe o
afirma. Claro que ele e os seus vivem a maior das liberdades que
alguma vez poderiam viver num país democrático ou numa ditadura de
outros.
Se
o governo foi eleito para governar, o parlamento foi eleito para o
vigiar e vigiar a observância das regras democráticas e do
bem-estar da população e defender os interesses desta. Então o
governo só tem de governar de acordo com o seu programa eleitoral e
os programas eleitorais daqueles partidos que com ele formam a
maioria da população porque, em democracia, só
se deve governar para a maioria da população
e não para 30% desta. É toda a população que lhes paga os
salários no final do mês.
Já
agora, que dizer de um partido, o partido socialista, que criou e
aprovou leis que vão contra
75% da população e se recusa
a aceitar o referendo que a grande maioria da população exige. Onde
estão os seus valores democráticos? Os seus valores republicanos?
Num ano em que até se comemora 100 anos de república; valores de
quê? Democráticos? Não me parece! Ou já se esqueceram de muita
coisa importante.❐
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Neste
Carnaval, gostaria de partilhar convosco:
«Sabes,
Cristina, eu só vou ao médico para ajudar a viver o médico; só
vou à farmácia para ajudar a viver o farmacéutico e depois não
tomo os medicamentos para me ajudar a viver a mim.»
Lagos,
11 de Janeiro de 2010
Sobre
A Kidzania
Tomei
conhecimento de que já há em Portugal um parque temático onde as
crianças exercem profissões a brincar e assim ganham uma ideia
muito mais concreta sobre qual/quais as profissões para que estão
mais vocacionados à medida que vão crescendo. Quando chegar a
altura da escolha da profissão, esta decisão já será tomada com
mais consciência e com mais conhecimento de causa.
Trata-se
de um parque temático para toda a família e tem mais de 60
profissões. Situa-se no IC16 entre a CRIL e a CREL. Para quem
quiser, é possível pesquisá-lo na net http://www.kidzania.pt/
Bom
trabalho!❐
O meu Clube de Leitura
Os meus filmes
1.º
– As Amendoeiras em Flor e o Corridinho Algarvio.wmv
2.º
– O Cemitério de Lagos
3.º
– Lagos e a sua Costa Dourada
Os meus blogues
http://www.psd.pt/
Homepage (rodapé) - “Povo Livre” - salvar (=guardar)
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(empresa de consultoria e
negócios utilizando a metodologia 'coaching')